ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMBRAER: O
Desafio da Competitividade Sustentada no Setor Aeronáutico
Geraldo Claro dos Santos1, Vilma da Silva Santos2, Viviane Fushimi Velloso3, Paulo
César Ribeiro Quintairos4, Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira5
1
Pós-graduado em MBA Gerência Financeira e Controladoria - Programa de Pós-graduação em
Administração - PPGA - Universidade de Taubaté – Rua Visconde do Rio Branco, 210 Centro - 12020-040 –
Taubaté/SP – Brasil – [email protected]
3
Professora do Programa de Pós-graduação em Administração - PPGA - Universidade de Taubaté – Rua
Visconde do Rio Branco, 210 Centro - 12020-040 – Taubaté/SP – [email protected]
3
Professora do Programa de Pós-graduação em Administração - PPGA - Universidade de Taubaté – Rua
Visconde do Rio Branco, 210 Centro - 12020-040 – Taubaté/SP – [email protected]
4
5
Professor do Programa de Pós-graduação em Administração - PPGA - Universidade de Taubaté – Rua
Visconde do Rio Branco, 210 Centro - 12020-040 – Taubaté/SP – [email protected]
Orientador - Programa de Pós-graduação em Administração - PPGA - Universidade de Taubaté – Rua
Visconde do Rio Branco, 210 Centro - 12020-040 – Taubaté/SP – [email protected]
Resumo: A economia mundial se caracteriza por mudanças no modo de produção e organização da
sociedade capitalista que pode ser sintetizada pelo intenso fluxo de capitais que deixam de ser nacionais e
tornam-se internacionais na busca de melhores oportunidades de reprodução e crescimento. A conquista da
qualidade e produtividade e as novas condições de competir deixam de ser uma opção e tornam-se uma
determinante da estratégia das empresas na competição por mercados e lucros. Nesse contexto, analisouse as principais estratégias adotadas pela Embraer no seu processo de internacionalização, pois, considerase o desenvolvimento de uma boa estratégia fator relevante para o futuro da empresa. Realizou-se
pesquisa bibliográfica exploratória, aliada a um estudo de caso. Concluiu-se que, para a Embraer alcançar
os objetivos a que se propôs em sua internacionalização, como a conquista da qualidade e produtividade
tornou-se uma determinante da sua estratégia, a competição e atuação em novos mercados. Com isso,
seus resultados transformam-na em multiplicadora de capacidade, de formulação e implementação de
estratégias para ampliar ou conservar de forma duradoura sua posição sustentável no mercado, que para o
setor é definitivamente global.
Palavras-chave: Estratégia. Internacionalização. Embraer.
Área do Conhecimento: VI – Ciências Sociais Aplicadas.
Introdução
Nas últimas décadas, a intensificação do
processo de globalização tem exigido maior grau
de abertura comercial e financeira das economias
e, aliada, entre outros, ao advento da tecnologia
da informação, acabou por acirrar a concorrência
em nível internacional. Este acirramento da
competição fez com as empresas buscassem
novas formas de aumentar sua competitividade
para crescer e expandir seus mercados. Nesse
sentido, a estratégia de internacionalização para
aumentar a participação no comércio internacional
surge como uma das principais formas de
aumentar a competitividade das empresas.
A internacionalização, definida como o conjunto
de atividades que a empresa desenvolve fora dos
mercados que constituem seu entorno geográfico
natural, vem sendo crescentemente objeto de
política em grande parte dos países desenvolvidos
e em alguns em desenvolvimento.
Ela permite que o país obtenha novas formas
de receitas além daquelas geradas diretamente
com as exportações (entrada de recursos
provenientes da venda de produtos ao exterior),
principalmente na forma de remessas de lucros e
royalties, cujo impacto se dá diretamente sobre a
balança de serviços e, conseqüentemente, sobre o
balanço de pagamentos.
Este tipo de prática permite que as empresas
quebrem barreiras à entrada de vários tipos
(particularmente as barreiras não tarifárias que
muitas vezes impedem as exportações tradicionais
de determinados produtos), facilitando assim o
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
aumento da participação das empresas (e do país)
no comércio internacional.
Metodologia
A pesquisa empírica realizada neste trabalho é
de natureza qualitativa e foi conduzida pelo
método de estudo de caso. Buscou-se analisar os
resultados da implementação da estratégia de
internacionalização possa contribuir para a
viabilidade da prática da Inteligência Competitiva e
da gestão de mercado.
A internacionalização
Para Ianni (1995) a internacionalização é
entendida como o processo para que uma
empresa passe a operar em outros países
diferentes daquele no qual está originalmente
instalada, executando relações de importação e
exportação, tanto de partes quanto do produto
final. Nesse sentido, a internacionalização envolve
necessariamente a movimentação internacional de
fatores de produção.
Dessa forma, a internacionalização envolve
uma relação contínua com o exterior, não podendo
ser concebida, portanto, como algo temporário ou
mesmo voltado exclusivamente à superação de
um obstáculo conjuntural. Mais do que isso,
Bélanger (1997) cita que trata-se de um fenômeno
de natureza estrutural.
Nesse sentido, destacam-se a abertura de uma
filial para explorar as vantagens comparativas
locais, o estabelecimento de parcerias de
comércio
intra-empresa,
os
investimentos
cruzados entre empresas, o estabelecimento de
acordos de cooperação industrial e/ou comercial,
ou ainda a aquisição de empresas já constituídas
no país-alvo.
Por outro lado, Goulart, Arruda e Brasil (1994)
citam que tornou-se fundamental, diante desse
novo cenário, a escolha do método a ser utilizado,
bem como das formas contratuais que regerão o
processo. As estratégias de internacionalização
podem ser classificadas por três grandes formas:
• Transações: envolvem a comercialização
de produtos, marcas, e patentes;
• Investimento direto: abertura de plantas
produtivas ou de sedes para prestação de
serviços; e
• Projetos especiais: desenvolvimento de
ações produtivas delimitadas no tempo e no
espaço.
Com isso, a internacionalização das empresas
pode ser compreendida como sua própria
evolução, considerando, é claro, o ambiente onde
esta está inserida, setor de atuação e economia
local, ou seja, é uma forma de buscar espaço na
economia mundial.
Processo de internacionalização das empresas
Verifica-se que o estudo do processo de
internacionalização das empresas tem progredido,
entretanto, muito tem-se a discutir. Contudo,
Welch e Luostarinen (1988) indicaram que este
desenvolvimento foi inadequadamente modelado e
que as implicações para a teoria se encontram
ainda sem assimilação, pois a dificuldade de se
discutir uma “teoria da internacionalização”, ainda
não se encontra bem definido. Mas a partir de uma
definição mais ampla é definida como “o processo
de envolvimento crescente em operações
internacionais”.
Welch e Luostarinen (1988) citam que a
atuação de empresas em mercados estrangeiros
representa, por um lado, um aumento das
oportunidades de negócios e, por outro, maior
grau de incerteza dos resultados, ainda que se
busque diversificação de mercados em termos
geográficos e culturais, visando à redução dos
riscos associados, o que pode ocorrer em função
do acúmulo de experiências, aprofundando o
processo de internacionalização, realimentando
positivamente o ciclo de envolvimento com
mercados externos.
Então, o crescimento no mercado internacional
implicaria uma inter-relação entre o grau cada vez
maior de conhecimento e experiência que a
empresa obtém fora de seu ambiente doméstico e
o também crescente comprometimento de
recursos nestas operações.
Estratégias de internacionalização
Para as empresas, Keegan e Green (1999)
citam que a formulação de estratégias de
internacionalização pode ser considerada uma
atividade fundamental para o desenvolvimento de
novas oportunidades de negócios no exterior. E, o
conhecimento dos fatores determinantes do
processo de internacionalização é imprescindível.
Assim, quando uma empresa atua com o foco no
mercado doméstico, uma de suas preocupações
recai nos fatores competitivos que determinam o
seu sucesso, estando, muitas vezes, alheia às
mudanças que ocorrem no cenário externo.
Porém, quando se voltam com maior ênfase
para o exterior, a dinâmica de competição em que
se inserem é freqüentemente diferente, e os
fatores determinantes do sucesso são mais
complexos, pois o nível dos fatores econômicos,
culturais, políticos e tecnológicos é que irão
determinar não somente as oportunidades de
desenvolvimento de novos negócios no exterior,
mas, o grau de incerteza e, conseqüentemente, a
percepção de risco nestes novos ambientes.
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
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Porter (1992) argumenta que a análise desses
fatores é fundamental para a elaboração de
estratégias consistentes e eficazes. E, ao se voltar
para o mercado externo a empresa deve buscar
vantagem competitiva mediante os fatores que
determinam o sucesso de operação neste
ambiente. Já Ansoff e Mcdonnell (1993) indicam
que elas devem se preocupar ainda, no nível
econômico, com os padrões de desenvolvimento
econômico,
infra-estrutura,
crescimento
e
saturação do mercado, níveis de inflação, taxas de
câmbio e balança de pagamentos, dentre vários
outros, bem como estar atenta aos tipos de
controle
de
exportações,
importações
e
investimentos estrangeiros.
Resultados
A origem da Embraer remonta à década de 40,
quando o governo brasileiro iniciou um projeto
estratégico de longo prazo para desenvolver a
capacitação aeronáutica do País. O projeto surgiu
da necessidade de montar uma sólida base
técnica, capaz de suprir a dependência
tecnológica das nações mais avançadas e
consolidar a instalação de uma indústria
aeronáutica.
A partir de 1974, a empresa inicia sua
participação no mercado internacional, com a
exportação de alguns jatos. Entretanto, a
acentuada crise financeira do início dos anos 90
fez com que a Empresa reduzisse o seu quadro de
empregados, mas posterior a privatização em
1994, no ano seguinte, ela exportou US$ 20
bilhões em produtos e serviços e contribuiu com
mais de US$ 8 bilhões para o saldo da balança
comercial do País, tendo sido, entre 1999 e 2001,
a maior exportadora brasileira (Gráfico 1).
160
Entregas
2005
2007
EMB 135
11
00
EMB 145
02
00
EMB 170
92
130
EMB 175
14
29
EMB190
12
65
EMB 195
00
05
Quadro 1 – Posição da empresa quanto a entrega de
produtos
Fonte: Embraer (março-2007)
A Família EMB é composta por vários modelos,
sendo que alguns em atividade de produção e
outros em fase de campanha de ensaios e
certificação, como os modelos Phenom 100 e o
300 que é uma família de jatos executivos, que
pode transportar de seis a nove passageiros.
Na atualidade, a Empresa tem sua atuação no
mercado global concentrada em unidades no
Brasil, Estados Unidos, Europa e Ásia, atuando
nas seguintes localidades (Figura 1):
148
141
130
Figura 1 – Base global de atuação da Embraer
Fonte: Embraer (2007)
101
60
32
Modelos Família EMB
161
131
96
Percebe-se pelo Gráfico 1 que a Embraer tem
passado por um processo evolutivo quanto ao
aumento do número de jatos vendidos tanto no
mercado interno quanto no externo.
Já o Quadro 1 apresenta a Família EMB que é
composta por jatos comerciais que tem
apresentado também um processo evolutivo.
25
4
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Prim.
Trim.
2007
Gráfico 1 - Evolução anual do número de entrega de
jatos comerciais
Fonte: Embraer (2007)
• Brasil: duas unidades em São José dos
Campos com escritório comercial, fabricação e o
centro de treinamento de clientes; Gavião Peixoto
como centro de serviços e Botucatu com a
fabricação de estruturas estampadas;
• Estados Unidos: Nashiville como unidade
de manutenção e Fort Lauderle que tem por
objetivo de concentrar atividades de vendas e
apoio técnico;
• Portugal: Alverca com produção de
operações
aeroespaciais
e
serviços
de
manutenção;
• França: Villepint e LeBourget com escritório
de vendas e apoio técnico a novos clientes;
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
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• China: Pequim com escritório de negócios;
e Habin com produção de aeronaves e em Beijing,
com um escritório comercial, um depósito de
peças que comercializa e provê suporte pós-venda
para aeronaves; e
• Cingapura: como escritório comercial.
Os resultados do desempenho econômicofinanceiro da Embraer no ano de 2005
representaram um marco para a empresa, com
início das entregas de duas novas aeronaves da
família EMB 170, 175 e 190, e como empresa
exportadora, com mais de 90% de suas receitas
denominadas em dólares, a desvalorização de
11,8% da moeda norte-americana verificada no
ano, influenciou negativamente a receita líquida da
Embraer, que atingiu R$ 9.133,3 milhões em 2005,
valor 10,7% menor que a obtida em 2004, de R$
10.231,2milhões. Da mesma forma, o lucro líquido
de R$708,9milhões, apurado no exercício, foi
menor que o registrado no ano anterior, de
R$1.280,7milhão.
As exportações da Embraer em 2005
totalizaram US$ 3.267,0 milhões, marcando a
posição da Empresa como a terceira maior
exportadora brasileira, com uma representação de
2,8% para o saldo da balança comercial brasileira.
Discussão dos Resultados
Para a Embraer, o processo de atuação no
mercado externo foi visto como uma única
alternativa, pois, a conquista de novos mercados
seria fundamental para o processo de crescimento
e consolidação. Mas, apesar da dificuldade de
mensuração direta do resultado financeiro obtido,
os investimentos realizados em capacitação
industrial da empresa, incluindo melhorias e
modernização dos processos industriais e de
engenharia, máquinas e equipamentos totalizaram
no primeiro trimestre de 2007, R$ 52,3 milhões.
Dentre as cinco diferentes formas de
internacionalização, tais como: 1-Exportação; 2Escritório no exterior; 3-Produção no exterior; 4Transferência de atividades para mercados-chave;
e 5-Integração global, a Embraer, num primeiro
momento,
estabeleceu
um
representante
comercial, em seguida instalou um escritório no
exterior e por último decidiu a viabilidade de
produzir no exterior.
Já na China, ela atua como uma joint venture
com a empresa chinesa AVIC II, destinando-se a
fabricar aviões da família ERJ 145, e em Portugal
atua como uma holding com manutenção e
produção
aeronáutica.
A
estratégia
de
internacionalização por meio do estabelecimento
de
joint-ventures
foi
considerada
fator
determinante para expansão da demanda do
mercado asiático, pois acredita-se que o
investimento renderá vantagens a longo prazo.
As previsões da Embraer, para o mercado
global de aviação executiva no período entre 2006
e 2015 apontam um crescimento médio anual de
2,2% em valor e 4,4% em entregas de aeronaves.
Em números absolutos, o mercado deverá somar
US$ 144 bilhões e absorverá 9.680 aeronaves.
Verificou-se então que os diversos fatores
determinantes para a adoção de estratégias de
internacionalização da Embraer associam-se, até
certo ponto, aos padrões dominantes de
motivação para o envolvimento com mercados
externos, tais como: crescimento, consolidação,
sobrevivência, oportunidade e visão estratégica.
Conclusão
Nas últimas décadas, tem-se notado uma
mudança significativa no cenário econômico
mundial, na qual se observam uma forte
concorrência nos mais diversos mercados
internacionais, ocasionadas pela globalização dos
mercados obrigando as empresas a considerar a
expansão de seus negócios via processo de
internacionalização e para que isto ocorra é
fundamental a identificação de melhores
estratégias, a fim de alcançar uma posição
sustentável frente à concorrência.
Nesse sentido, a Embraer adotou como
estratégia básica de internacionalização, a
atuação e desenvolvimento de exportações diretas
que, além de procurar desenvolver um controle
cada vez maior de suas exportações, que tem sido
acompanhado de um maior grau de envolvimento
e comprometimento de recursos com mercados
internacionais. Também, adotou como parte da
estratégia, o estabelecimento de joint-ventures,
tendo
como
contrapartida,
um
maior
comprometimento
de
recursos
no
empreendimento, além de investimento direto no
exterior em filiais industriais.
Pela análise dos dados coletados, constatou-se
ainda que a Embraer encontra-se num estágio
avançado em termos de exportações, em que os
principais fatores determinantes deste perfil de
inserção internacional estão relacionados à própria
estrutura da indústria e à busca de competitividade
para operar em vários mercados e a diversos
aspectos econômicos e comportamentais.
Contudo, a empresa alcançou parte dos
objetivos
a
que
se
propôs
em
sua
internacionalização, que era o de possuir um
negócio mais competitivo com tecnologia
independente e eficiência em custo.
Assim, o processo de internacionalização de
uma empresa pode ser compreendido como sua
própria evolução, considerando, é claro, o
ambiente onde esta está inserida, setor de
atuação e economia local. Torna-se então, uma
forma de buscar espaço na economia mundial.
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
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KEEGAN, W. J.; GREEN, M. C. Princípios de
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PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e
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Janeiro: Campos, 1992.
WELCH,
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LUOSTARINEN,
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Internationalization: evolution of a concept. In:
Journal of General Management, vol. 14, n. 2,
Winter, 1988.
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