UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA Caroline Galatti Moura Coelho ANÁLISE DA PROPORCIONALIDADE ENTRE AS FASES DE PROPULSÃO E RECUPERAÇÃO DO SINAL ELETROMIOGRAFICO EM SITUAÇÃO DE EXAUSTÃO SUBJETIVA NO CICLOERGÔMETRO INSTRUMENTADO São Paulo 2015 ii Caroline Galatti Moura Coelho ANÁLISE DA PROPORCIONALIDADE ENTRE AS FASES DE PROPULSÃO E RECUPERAÇÃO DO SINAL ELETROMIOGRAFICO EM SITUAÇÃO DE EXAUSTÃO SUBJETIVA NO CICLOERGÔMETRO INSTRUMENTADO Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. César Ferreira Amorim, como requisito para obtenção do título de Mestre. São Paulo 2015 iii Caroline Galatti Moura Coelho ANÁLISE DA PROPORCIONALIDADE ENTRE AS FASES DE PROPULSÃO E RECUPERAÇÃO DO SINAL ELETROMIOGRAFICO EM SITUAÇÃO DE EXAUSTÃO SUBJETIVA NO CICLOERGÔMETRO INSTRUMENTADO Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. César Ferreira Amorim, como requisito para obtenção do título de Mestre. Área de concentração: Avaliação e Prevenção em Fisioterapia Data da defesa: Resultado:_______________ Banca examinadora: Prof. Dr. César Ferreira Amorim________________________________ Universidade Cidade São Paulo Prof. Dr. Richard Eloin Liebano Universidade Cidade São Paulo Prof. Dr. Carlos Alberto Kelencz Centro Universitário Ítalo Brasileiro São Paulo 2015 iv Resumo Introdução: Pedalar é uma atividade que requer movimentos sincronizados de múltiplas articulações com o objetivo de gerar propulsão ao transferir para o pedal a força produzida pelos membros inferiores durante o ciclo da pedalada. A atividade elétrica muscular no gesto motor da pedalada pode ser mensurada por meio da eletromiografia de superfície. A eletromiografia de superfície tem sido um efetivo e aprimorado método para se estudar a ação muscular, determinando com objetividade os diferentes potenciais de ação dos músculos empenhados em movimentos específicos. A eletromiografia de superfície é uma técnica importante para analisar a estrutura e o funcionamento das unidades motoras e a força produzida por uma musculatura, identificar o músculo que foi ativado primeiro em um determinado movimento e, principalmente, avaliar a fadiga muscular. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo verificar a proporcionalidade entre as fases de propulsão e recuperação do sinal EMG de músculos Retofemoral e Vasto medial de indivíduos saudáveis na dinâmica da pedalada em carga máxima na situação de exaustão sibjetiva no ciclo ergômetro instrumentado. Metodologia: Foram avaliados 25 voluntários, e realizada análise eletromiográfica dos músculos reto femoral, vasto medial, durante a realização do exercício incremental no ciclo ergômetro de membros inferiores até a fadiga subjetiva relatada pelo voluntário. Resultados: A intensidade do sinal EMG do músculo Vasto Medial (valor RMS normalizado) em cada quadrante do ciclo da pedalada. apresentou diferença significativa para p≥0,05 em relação aos quadrantes I, II e IV, e diferença significativa para p≥0,05 em relação aos quadrantes III e IV. Para o músculo RF (reto femoral), pode-se observar diferença significativa para p≥0,05 em relação aos quadrantes I, II e IV, e diferença significativa para p≥0,05 em relação aos quadrantes I, II e III. Conclusão: Foi evidenciado um aumento na amplitude do sinal eletromiográfico proporcional ao incremento da carga. Foi possível identificar o padrão da ativação dos músculos em relação ao ciclo da pedalada nos quadrantes estudados, independente do nível da carga imposta. Palavras-chave: Eletromiografia de Superfície, Cicloergômetro, Reto Femoral, Vasto Medial v ABSTRACT Introduction: Muscle activity in the gesture pedal stroke can be measured by surface electromyography. Surface electromyography has been an effective and improved method for studying muscle action, determining objectively the different action potentials of muscles involved in specific movements. Objective: To identify the pattern of muscle activity of the rectus femoris, vastus dynamics in healthy subjects pedaling at different loads on a cycle ergometer instrumented. Methods: 20 healthy adults, where electromyographic analysis was performed in the time domain of the rectus femoris and vastus medialis muscles during the incremental cycle ergometer exercise in the lower limbs were evaluated. Results: The EMG signal from the vastus medialis muscle (normalized RMS value) in each quadrant of the pedaling cycle showed a significant difference (p≥0.05) compared to quadrants I, II and IV, and a significant difference for p ≥ 05 in relation to quadrants III and IV. For RF (rectus femoris) muscle, showed a significant difference p ≥0.05 compared to the quadrants I, II and IV, and significant for p≥ 0.05 in relation to quadrant I, II and III. Conclusion : An increase in the amplitude of the electromyographic signal proportional to the load increment was noted. It was possible to identify the pattern of activation of muscles in relation to the cycle in the studied quadrants, independent of load level. Keywords: Electromyography, Cycle Ergometer, Rectus Femoris, Vastus Medial. vi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS µv – Microvolt. ACSM – American College of Sports Medicine. Ag – Prata Ag Cl – Cloreto de prata CVM – Contração voluntária máxima dB – Decibéis DP – Desvio padrão EMG - Eletromiografia H0 – Hipótese nula H1 – Hipótese alternativa Hz – Hertz IMC – Índice de massa corporal ISEK – International Society of Eletrophysiology and Kinesiology PAR-Q – Physical Activity Readiness Questionnarie RMS – Root mean square Rpm – Rotações por minute sEMG – Eletromiografia de superfície W – Watts vii SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1 2. OBJETIVOS 5 2.1. Geral 5 2.2. Específicos 5 3. PERGUNTA DO TRABALHO 6 4. HIPÓTESES 6 5. METODOLOGIA 7 5.1. Tipo de estudo 7 5.2. Local 7 5.3. Amostra 7 5.3.1. Critérios de inclusão 7 5.3.2. Critérios de exclusão 7 5.3.3. Cálculo da amostragem 8 5.4. 9 Procedimentos 5.4.1. Avaliação 9 5.4.2. Medidas para a proteção ou minimização de quaisquer riscosErro! definido. Indicador 5.4.3. Captura e análise do sinal eletromiográfico 11 5.4.4. Exercício incremental 13 5.5. Análise estatística 15 6. Resultados Erro! Indicador não definido. 7. Discussão Erro! Indicador não definido. 8. Conclusão 21 9. Publicações obtidas 20 10. Referências 21 11. Anexos 26 não viii LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Características e variáveis demográficas dos participantes Tabela 2 - Atividade do VM durante os quatro quadrantes da pedalada na máxima carga Tabela 3–Atividade do RF durante os quatro quadrantes da pedalada na máxima carga 15 16 16 ix LISTA DE FIGURAS Figura 1–Fases e quadrantes da pedalada (Brocker&Gregor, 1996).Erro! Indicador não definido. Figura 2– Digrama de fluxo do estudo 8 Figura 3– Módulo de aquisição dos dados de 16 canais 12 Figura 4– Esquema do procedimento para aquisição dos dados 12 Figura 5 – Tela de aquisição dos dados 13 Figura 6 – Tela de aquisição dos dados 13 Figura 7– Cicloergômetro instrumentado de membros inferiores 14 Figura 8– Atividade elétrica dos músculos Vasto medial e reto femoral durante os quatro quadrantes. 17 Figura 9–Média RMS dos múculos VM e RF (normalizadas) durante o ciclo da pedalada (0-360°). 17 1 1 INTRODUÇÃO A evidência científica indica que atividade física regular, exercícios físicos e de aptidão são fatores determinantes de saúde. Dose adequada de atividade física regular e participação em atividades desportivas proporcionam benefícios para saúde física e mental, bem como para as relações sociaispara homens e mulheres de todas as idades, incluindo pessoas com deficiências diversas. A atividade física é um meio forte para a prevenção de doenças, melhoria da saúde e bem-estar, e também promove a integração e interação social (1). A aptidão física é definida como a capacidade de executar atividades ocupacionais e recreativas do dia a dia, sem fadiga indevida. A aptidão cardiorrespiratória está relacionada com a capacidade de desempenho de grandes músculos dinâmicos, com intensidade de exercício moderada por períodos prolongados. O desempenho do exercício físico depende do estado funcional do sistema respiratório, cardiovascular e músculo-esquelético (2,3). Com base nos benefícios comprovados de exercício aeróbio, o American College of Sports Medicine (ACSM) e a American Heart Association (AHA) recomendam pelo menos 30 minutos de atividade física moderada, 5 dias por semana ou 20 minutos de atividade vigorosa, 3 dias por semana. No entanto, na maioria dos países desenvolvidos, aproximadamente 70% da população adulta não segue estas recomendações (4,5). Quantificar a atividade física na vida diária é de grande valor, especialmente em populações sedentárias, e o tempo gasto ativamente na vida diária, juntamente com a intensidade e freqüência, são questões chave na análise do nível de atividade física habitual de uma população (6,7). Pedalar é uma atividade que requer movimentos sincronizados de múltiplas articulações com o objetivo de gerar propulsão, ao transferir para o pedal a força produzida pelos membros inferiores durante o ciclo da pedalada. A bicicleta ergométrica é comumente utilizada como uma forma de exercício aeróbico para a perda de peso, reabilitação cardíaca, e pode ser utilizada como uma forma de teste de esforço (8). Para entender melhor a cinemática do ciclismo, devemos dividir o ciclo da pedalada em graus. A Figura 1 representa cinco instantes, em graus, de um ciclo de pedalada, assim como as suas fases (propulsão e recuperação). A fase propulsiva, onde o ciclista aplica a maior força no pedal, se dá de 0° a 180°, já de 180° a 360° se dá a fase de recuperação da rotação do pé-de-vela, ou seja, quando o pedal esquerdo está na fase propulsiva, o pedal direito está na fase de recuperação (9). 2 360° Figura 1: Fases e quadrantes da pedalada (Brocker&Gregor, 1996). Outro fator que influencia diretamente na cinemática do ciclismo e, conseqüentemente, no rendimento do atleta é a cadência ou freqüência de pedalada. Para Martin, Sanderson e Umberger (2004), cadência ou freqüência média é o número de vezes que um ciclo de pedalada se repete. Soares et al. (2005) definem cadência como o ritmo de pedalada. Já para Nabinger, Iturrioz, Trevisan (2003), cadência seria um movimento cíclico e repetitivo identificado pela pedalada, que consiste na manutenção de um ritmo ao executar mais de uma rotação completa do eixo do pedal em torno do eixo central da bicicleta (10-12). Segundo Lucía, Hoyos e Chicarro(13), ciclistas de elite experientes apresentam uma eficiência mecânica muito próxima do padrão mecânico ideal, podendo selecionar uma cadência adequada de pedalada para minimizar o estresse muscular e o gasto energético. Acredita-se que a cadência de movimento preferida pelos atletas é sempre superior à cadência mais adequada que minimizaria o consumo energético, acreditando-se assim que a escolha de uma determinada cadência está mais associada com a capacidade de transformar o esforço muscular em eficiência mecânica do que ao consumo de oxigênio em uma determinada cadência (14-16). Além da cadência, outros fatores irão influenciar significativamente na cinemática do ciclismo. A variação angular do quadril, joelho, e tornozelo, assim como a relação entre a variação angular do pé-de-vela e do pedal. A variação angular no plano sagital da articulação do joelho é que apresenta a maior contribuição para o gesto motor da pedalada. A 3 contribuição da variação angular tornozelo parece permanecer a mesma nas diferentes cadências, enquanto a contribuição da variação angular do quadril parece diminuir na medida em que a velocidade de pedalada aumenta(17). Desde Van IngenSchenau et al(18) que sugere que no ciclismo os músculos biarticulares são responsáveis principalmente por controlar a direção da força produzida e sua transferência aos segmentos adjacentes durante o movimento articular, enquanto os músculos uni-articulares são essencialmente responsáveis pela contribuição na produção de força. O padrão de atividade muscular tem demonstrado que a maior atividade muscular ocorre durante a fase de propulsão, quando toda a energia necessária para pedalar é transferida para o pé-devela (19). A qualidade da pedalada depende dos diferentes ajustes da bicicleta (altura do selim, tamanho do pé-de-vela, tamanho do quadro, etc.), da posição adotada pelo ciclista, da relação de marchas e da técnica da pedalada. A carga de trabalho e a cadência da pedalada também exercem influência direta na atividade muscular (20). Durante o ciclo inteiro da pedalada (0-360°), os músculos, principalmente os extensores de quadril e joelhos conjuntamente com os flexores plantares, atuam na fase de propulsão do pedal, enquanto músculos como os flexores do quadril e flexores dorsais do tornozelo realizam a fase de recuperação, reposicionando o membro inferior no ponto neutro superior, contribuindo para a tarefa que está sendo primordialmente desempenhada pela outra perna (19). Grande parte das pesquisas na área refere-se às funções de músculos bi articulares e mono articulares como flexores e extensores das articulações envolvidas no gesto da pedalada e referem que os músculos bi articulares apresentam maior variabilidade de ativação do que os músculos monos articulares (19). Um estudo demonstrou que os músculos glúteo máximo e bíceps femoral parecem ter uma importânte função no torque extensor do quadril, desenvolvido entre 0° e 180° do ciclo da pedalada; o reto femoral e os vastos medial e lateral parecem ter uma importante função no torque extensor o joelho, desenvolvido entre 0° e 75° do ciclo da pedalada, e o semimembranoso, o bíceps femoral e o gastrocnêmio parecem desempenhar uma importante função no torque flexor do joelho, observado a 189° do ciclo da pedalada (21). A atividade muscular no gesto motor da pedalada pode ser mensurada pela eletromiografia de superfície (sEMG) . A sEMG tem sido um método efetivo e aprimorado para se estudar a ação muscular, determinando com objetividade os diferentes potenciais de ação dos músculos empenhados em movimentos específicos (22-24). 4 Com a utilização da eletromiografia de superfície (sEMG) é possível avaliar a atividade muscular no domínio temporal da frequência e da amplitude de cada músculo do corpo separadamente ou em conjunto na realização de um movimento, tornando-se uma ferramenta valiosa no ensino e aprendizado de processos como a auto-regulação da contração através de biofeedback, no desenvolvimento de profundo relaxamento e no gerenciamento do estresse muscular (25,26). A eletromiografia de superfície (sEMG) é uma técnica importante para analisar a estrutura e o funcionamento das unidades motoras, a força produzida por uma musculatura, identificar o músculo que foi ativado primeiro em um determinado movimento e principalmente avaliar a fadiga muscular (27-33). Dentre as técnicas de avaliação de fadiga, a eletromiografia de superfície (sEMG) tem ganhado um grande espaço para análise da fadiga muscular por ser um método que analisa o registro da função muscular através dos sinais elétricos que o músculo emite (20,21,27) . Apresenta-se como um método não invasivo e indolor onde o sinal é captado por eletrodos, como uma técnica de fácil execução (28,29,34-37). O sinal eletromiográfico é a captação do potencial de ação do músculo produzido durante a contração muscular, possibilitando a informação do recrutamento das unidades motoras a nível periférico e central. Após a captação, esse sinal é convertido e registrado graficamente. O presente método que permite a análise da contração dinâmica e estática, já é utilizado e validado atualmente (27-29,34,35,38-43). Dessa maneira é relevante a realização desse estudo, que por meio de uma avaliação bem instrumentada, previamente testada e validada, pretende abordar a relação entre a musculatura de membro inferior e a prática habitual de atividade física e o sedentarismo. A condição física acarreta em várias condições de saúde, sendo assim os resultados deste estudo poderão trazer importantes contribuições para os profissionais de saúde, principalmente no quesito prática de atividade física como atenção primária à saúde e estilo de vida saudável. 5 2 OBJETIVOS 2.1. Geral Verificar a proporcionalidade entre as fases de propulsão e recuperação do sinal EMG no ciclo ergomêtro de músculos Reto Femoral e Vasto Medial de MMII de indivíduos saudáveis na dinâmica da pedalada em carga máxima na situação de exaustão subjetiva no ciclo ergômetro instrumentado. Específico Comparar a integral (iEMG) do sinal dos músculos vasto medial e reto femoral no membro dominante em relação as fases de propulsão e recuperação. Verificar a proporcionalidade entre as fases de Propulsão e Recuperação dos músculos Reto femoral e Vasto Medial do membro dominante de indivíduos saudáveis por meio do sinal EMG, na dinâmica da pedalada carga máxima em situação de exaustão subjetiva no ciclo ergomêtro instrumentado. 6 3 PERGUNTA DO TRABALHO Existe proporcionalidade no sinal EMG de músculos reto femoral e vasto medial em relação as fases de propulsão e recuperação do ciclo da pedalada no cicloergômetro ? 4 HIPÓTESES H0- Não Existe proporcionalidade do sinal EMG dos músculos Reto femoral e Vasto medial do membro dominante em relação as fases de propulsão e recuperação do ciclo da pedalada no cicloergômetro. H1- Existe proporcionalidade do sinal EMG dos músculos Reto femoral e Vasto medial do membro dominante em relação as fases de propulsão e recuperação do ciclo da pedalada no cicloergômetro. 7 5 METODOLOGIA 5.1. Tipo de estudo Para alcançar os objetivos deste estudo, foi realizado um estudo observacional transversal. Este projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID de acordo com o protocolo 13657056 (anexo 1) 5.2. Local O presente estudo foi realizado no Laboratório de análise de movimento da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. 5.3. Amostra 5.3.1. Critérios de inclusão Foram incluídos nesse estudo adultos, saudáveis, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 36 anos, sem história prévia de qualquer distúrbio musculoesquelético. 5.3.2. Critérios de exclusão Foram excluídos sujeitos com qualquer diagnóstico de afecção musculoesquelética, como fraturas, luxações, distenções ou qualquer outra que pudesse interferir na avaliação eletromiográfica, sujeitos que apresentem alguma alteração cognitiva que impeça a compreensão dos procedimentos, sujeitos com comorbidades importantes e aqueles que por algum motivo estejam incapacitados de realizar o exercício incremental no cicloergômetro de membros inferiores. 8 5.3.3. Cálculo da amostragem Aplicando um teste T bicaudal para amostras independentes, com erro do tipo I de 5%, erro tipo II de 20%, poder de 80 % e tamanho do efeito de 30%, o tamanho da amostra calculado é de 25 indivíduos, conforme estudo piloto. 5.3.4. Desenho do estudo O recrutamento e inclusão dos participantes foi realizado com avaliação de 24 participantes dos quais 4 foram excluídos, 1 por não estar apto a realizar exercício físico de acordo com o Questionário Par-Q, e outros 3 por não terem a mesma classificação, sobre nível de atividade física, no Questionário Baecke de atividade física habitual e no conceito do ACSM. O diagrama de fluxo detalhado do processo de recrutamento, exclusão e avalição estão apresentados na figura 2. Figura2- Digrama de fluxo do estudo 9 Os indivíduos elegíveis para pesquisa, identificados com base nos critérios de inclusão e exclusão foram convidados a participar da pesquisa. Depois deste momento, foram apresentadas informações sobre a pesquisa (objetivos, riscos, benefícios, e procedimentos aos quais foram submetidos). Confirmado o desejo de participar voluntariamente da pesquisa, foi entregue uma cópia do termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO II), e só então, com a assinatura do termo foi formalizada a participação do indivíduo na pesquisa. 5.4. Procedimentos 5.4.1. Avaliação Inicialmente todos os sujeitos da pesquisa foram submetidos avaliação física, onde será verificado peso, altura e índice de massa corporal. Também foram aferidas frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de oxigênio e pressão arterial, sinais que nos deram suporte para saber, se naquele momento o indivíduo apresenta alguma alteração e se poderia realizar o exercício incremental no cicloergômetro de membros inferiores. Foi preenchida uma ficha de anamnese contendo informações pessoais como nome, idade, sexo, antecedentes pessoais relevantes e possíveis doenças ortopédicas. Todos os sujeitos envolvidos no estudo tiveram que responder ao Physical Activity Readiness Questionnaire (Par-Q), que tem como objetivo avaliar a prontidão para atividade física. As respostas positivas, indicou que o sujeito necessitava de avaliação clínica e liberação médica para participar do estudo. Em seguida, todos os sujeitos responderam ao Questionário Baecke de atividade física habitual, que é composto por dezesseis questões que envolvem atividades físicas ocupacionais, exercícios físicos no lazer e atividades físicas de lazer e locomoção. 5.4.2 Medidas para a proteção ou minimização de quaisquer riscos As perguntas contidas nos questionários foram apresentadas de forma clara e objetiva, com linguagem simples, evitando constrangimentos, ou seja, risco moral, para o pesquisado. Foram tomadas às medidas necessárias para minimizar os riscos previsíveis (considerando as dimensões físicas, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual, conforme item II.8, da Res. CNS 196/96), bem como, foi asseguradoque os potenciais sujeitos receberam uma adequada e acurada descrição e informação dos riscos, desconfortos, e ou benefícios que podiam ser antecipados. 10 A confidencialidade dos sujeitos da pesquisa foi mantida. Em nenhum momento ou por quaisquer meios, existiu a possibilidade de divulgação pública dos resultados que permitisse identificar os dados do sujeito da pesquisa. Apenas os pesquisadores tiveram acesso aos dados dos sujeitos. 5.4.2. Procedimentos EMG Após a avaliação inicial onde foi aplicado dois questionários. Primeiro Physical Activity Readiness Questionnaire (Par-Q), e Questionário Baecke descrito os procedimentos anteriormente. Os indivíduos inclusos na pesquisa foram convocados para análise realizada no Laboratório de análise de movimento da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. Foi feita a colocação dos eletrodos de superfície sobre os músculos: reto femoral, vasto medial. As distâncias entre os eletrodos foram mantidas fixas, bem como a área de contato e sua localização. Foram seguidas todas as recomendações conforme sugestão da ISEK (International Society of Electrophysiology and Kinesiology) e SENIAM (Surface ElectroMyoGraphy for the Non-Invasive Assessment of Muscles). As marcações para a colocação dos eletrodos foram feitas com lápis dermográfico e por meio de antropometria com fita métrica, que foi feita após a limpeza prévia do local com algodão e álcool 70% para reduzir a impedância da pele. Foi realizada tricotomia com lamina 1 dia antes pelo próprio indivíduo do local para a colocação dos eletrodos da eletromiografia de superfície com o objetivo de impedir possível interferência na coleta dos dados. Para determinar a localização dos eletrodos, foram utilizadas como referência proeminências ósseas anatômicas, a arquitetura muscular dos músculos em procedimento de avaliação e a área perpendicular as fibras musculares, região de maior concentração de placas motoras. A colocação dos eletrodos foi unilateralmente no lado dominante do músculo reto femoral, vasto medial. Além da avaliação dos músculos Reto femoral e Vasto medial. Todos os sujeitos tiveram que utilizar roupas confortáveis para realização do exercício no ciclo ergômetro de membros inferiores. Após a instrumentação e preparação do indivíduo 11 por meio da colocação dos eletrodos de superfície, foi realizado avaliação da contração voluntária máxima de cada músculo respeitando os teste de força estabelecidos por Kendall et al, 1995. Essa avaliação foi realizada sem que o indivíduo tivesse visualização da tela do computador para que não houvesse interferência do sujeito durante o procedimento da avaliação inicial. 5.4.3. Captura e análise do sinal eletromiográfico Foi utilizado o programa EMGLab V1.1 - EMG System Brasil versão/2010 acoplado a um modulo de aquisição de sinais modelo EMG1600C, com frequência de amostragem 2 kHz por canal, resolução de 16 bits, ganho de amplificação em 2000 vezes, rejeição de modo comum > 100 dB . O sistema EMG será acoplado ao computador permitindo o acompanhamento e a visualização do traçado de amplitude do sinal de atividade elétrica dos músculos analisados, simultaneamente com a variação do ciclo da pedalada, bem como a velocidade da pedalada e também das diferentes cargas controladas impostas no cicloergômetro instrumentado. Juntamente a esses sensores foi acoplado ao sistema de aquisição de dados um eletrodo para monitorar a frequência cardíaca frente às diferentes cargas impostas pelo exercício para monitoração e segurança do exercício. Os dados gravados através da instrumentação utilizada foram inicialmente analisados no software EMGLab (EMG System do Brasil) que fornece todas as informações relacionados a amplitude e frequência do sinal inclusive a média RMS (Root Mean Square). Os dados, registrados simultaneamente, foram analisados pelo método quantitativo no domínio do tempo pela amplitude e integral do sinal . Os valores das atividades elétricas dos músculos (µV RMS) foram normalizados individualmente pela contração voluntária máxima (CVM). 12 Figura 3– Módulo de aquisição dos dados de 16 canais (EMG System do Brasil, fonte www.emgsystem.com.br) O sistema EMG foi acoplado ao computador, e durante o tempo de realização do exercício incremental, foi possível acompanhar o traçado referente à carga do cicloergômetro para que fosse possível realizar os incrementos na carga com precisão. Figura 4– Esquema do procedimento para aquisição dos dados Foi utilizada a análise em telas contínuas durante todo o exercício incremental no cicloergômetro de membros inferiores. 13 Figura 5 – Tela de aquisição dos dados Carga 20 0 Velocidade 2 1 0 -1 cadenciasPedal 6 4 2 0 VastoMedialD 1000 0 -1000 RetoFemoralD 200 0 -200 -400 260 270 280 290 300 Figura 6 – Tela de aquisição dos dados 5.4.4. Exercício incremental Após a avaliação da contração voluntária máxima, o sujeito já posicionado na bicicleta ergométrica, previamente ajustada, com os eletrodos posicionados na área perpendicular as fibras musculares, na região de maior concentração de placas motoras dos músculos Reto femoral e Vasto medial, foi realizado o exercício incremental seguindo o Protocolo de Billat (2001). O protocolo é realizado mantendo uma velocidade constante, em média 22,5 Km/h. A 14 cada 3 minutos foi realizados um incremento de 25 Watts na carga do cicloergômetro, até a fadiga subjetiva relatada pelo indivíduo que estava sendo avaliado. (figuras 5 e 6). Para os ajustes do cicloergmêtro foi usado como referência o trocante maior do indíviduo avaliado. Levando-se em consideração que o Protocolo de Billat é realizado até a fadiga subjetiva, para a classificação da percepção subjetiva do esforço, 30 segundos antes do incremento na carga do cicloergômetro de membros inferiores, o indivíduo responderá à Escala de Borg. Para garantir a integridade dos participantes serão adotados os seguintes sintomas para a interrupção do teste conforme American College Sports Medicine (2007): • Início de sintomas anginosos; • Sinais de má perfusão: tontura, confusão, ataxia, palidez, cianose, náuseas ou pele fria e úmida; • Solicitação da interrupção do teste pelo indivíduo; • Manifestações físicas ou verbais de fadiga severa; • Falha no equipamento. Figura 7– Cicloergômetro instrumentado de membros inferiores (EMG System do Brasil – www.emgsystem.com.br) 15 5.5. Análise estatística A variável analisada foi o domínio temporal da amplitude do sinal da Eletromiografia de superfície na fase de propulsão e recuperação do ciclo da pedalada. Na análise estatística descritiva as variáveis quantitativas foram apresentadas como média e desvio padrão e as variáveis qualitativas foram apresentadas na forma de tabela de contingência. Os dados foram submetidos a um teste de normalidade e posteriormente foi aplicado o teste estatístico mais adequado de acordo com os dados para estabelecer uma comparação entre os grupos. Sendo calculado o intervalo de confiança de 95% e estabelecido como significante um valor de p≤ 0,05. Os dados foram coletados em formulário padronizado e armazenados em uma planilha eletrônica de dados (Microsoft Excel® 2007. Redmond, WA, EUA), e depois submetidos a um tratamento estatístico adequado. 6 RESULTADOS Foram avaliados no total 20 indivíduos, a estrategia de monitorar sinais clinicos durante o teste foram adotadas para ter um feedback do condicionamento físico dos voluntarios com o intuito de observar se iria afetar o padrão da ativação dos músculos estudados em relação qoas quadrantes do ciclo da pedalada. As caracteríticas e variáveis demográficas dos sujeitos estão descritas na tabela 1. A média de idade dos participantes nos dois grupos foi bem parecida, sendo 25,70 (5,29) anos para os participantes fisicamente ativos e 23,10 (4,23) anos para os participantes sedentários. Tabela 1 –Características e variáveis demográficas dos participantes Grupo Fisicamente Ativos Grupo Sedentários Feminino 5 (50) 5 (50) Masculino 5 (50) 5 (50) 25,7 (5,29) 23,1 (4,23) Variáveis Gênero Idade (anos) Altura (metros) 1,73 (0,1) 1,7 (0,09) Peso (kilos) 74,75 (13,03) 75,78 (21,77) IMC 25,08 (3,65) 25,99 (6,63) Sim 1 (10) 1 (10) Não 9 (90) 9 (90) Apto 10 (100) 0 (0) 10 (100) 0 (0) 9,9 (0,71) 7,37 (0,81) Fumante Par-Q Inapto Baecke 16 Com relação aos valores obtidos pela Escala de Borg durante o exercício incremental os números variaram de 0 a 10 sendo que na carga total a média para o grupo fisicamente ativo foi 6,5 (2,51) e para o grupo sedentário 5,7 (1,77). Na tabela 2, estão espressos os valores do padrão de ativação do músculo vasto medial do lado dominante nos quatro quadrantes da pedalada em quatro incrementos de carga. Podemos observar que houve uma maior ativação deste músculo durante o primeiro quadrante da pedalada nos quatro incrementos de carga. Tabela 2 - Atividade do VM durante os quatro quadrantes da pedalada na máxima carga. Quadrante 4 Incrementos Amplitude média do Sinal Bruto - VM4C (µV) I – propulsão 147.09 ± 11,76 II– propulsão 67.82 ± 5,42 III– recuperação 6.99 ± 0,55 IV– recuperação 63.95 ± 5,11 Variáveis contínuas estão expressas em média e desvio-padrão (DP), RMS (Root Mean Square)VM (vasto medial). Na tabela 3, estão demonstrados valores do padrão de ativação do músculo reto femoral do lado dominante nos quatro quadrantes da pedalada em quatro incrementos de carga. Podemos observar que houve uma maior ativação deste músculo durante o quarto quadrante da pedalada nos quatro incrementos de carga. Tabela 3–Atividade do RF durante os dois quadrantes da pedalada na máxima carga. Amplitude média do Sinal Bruto - RF4C (µV) Quadrante I – propulsão 26.95 ± 2,15 II – propulsão 17.75 ± 1,42 III - recuperação 5.21 ± 0,41 IV - recuperação 46.00 ± 3,68 Variáveis contínuas estão expressas em média e desvio-padrão (DP),RMS (Root Mean Square),RF (reto femoral).#: diferença significativa 17 A Figura 8 mostra o comportamentos dos músculos vasto medial e reto femoral do lado dominante nos quatro quadrantes da pedalada em todas as cargas. Figura 8:Atividade elétrica dos músculos vasto medial e reto femoral durante os quatro quadrantes. A Figura 9 mostra o comportamento dos músculos vasto medial e reto femoral durante o ciclo completo da pedalada. Figura 9:Média RMS dos músculos VM e RF (normalizadas) durante o ciclo da pedalada (0-360°). 18 7. DISCUSSÃO Esse estudo analisou o padrão do sinal eletromiográfico dos músculos reto femoral e vasto medial em jovens saudáveis, na carga máxima do exercício incremental realizado no cicloergômetro de membros inferiores. A utilização da eletromiografia de superfície no domínio do tempo permitiu monitorar a ativação muscular do reto femoral e vasto medial durante o ciclo da pedalada. Entendendo que cada músculo possui uma importante função no movimento da pedalada, atuando em uma fase distinta da mesma, optou-se por analisar a magnitude do sinal EMG (valor RMS normalizado) em cada quadrante do ciclo da pedalada. No estudo de Hug e Dorel (60) , na comparação entre grupos, evidenciou diferenças significativas para a magnitude de sinal EMG (valor RMS normalizado), quando comparados por quadrantes da pedalada. Este dado, também pôde ser observado em nosso estudo, uma vez que o músculo vasto medial teve uma maior atividade no primeiro quadrante e o reto femoral, teve uma maior atividade no quarto quadrante da pedalada. No estudo de Candotti, 2003, no primeiro quadrante, o valor RMS entre os grupos foi diferente significativamente para os músculos RF e VL na cadência de 90 rpm. No terceiro quadrante, não foi evidenciada diferença significativa entre os grupos de músculos. Em nosso estudo também não houve diferença significativa no terceiro quadrante(61). De acordo com Gregor (2000), a atividade dos músculos monoarticulares é muito mais consistente quando comparada a atividade dos músculos biarticulares, no sentido da quantidade de ativação muscular. Pode-se observar que o RF, músculo de função biarticular que atua tanto no quadril como no joelho, apresentou maior atividade na fase de propulsão, atuando como um extensor do joelho, juntamente com o VL, nessa mesma fase do ciclo. Entretanto, o RF também apresentou um certo grau de ativação na fase de recuperação da pedalada, atuando como um flexor de quadril(10). Pode-se observar na Tabela 3 que o reto femoral apresentou uma maior atividade na fase de recuperacão, juntamente com uma menor ativacão do vasto medial (Tabela 2). Porém, houve uma ativação do músculo Vasto medial na fase de recuperação, mais especificamente durante o quarto quadrante do ciclo da pedalada (Figura 7). Os músculos VM e VL são cruciais para a geração de forças no pedal. O vasto medial, produz 55% do total de potencia durante a fase de propulsão (62). Pontos fortes e limitações do estudo 19 Visando uma coleta de dados fidedigna, nosso estudo realizou uma instrumentação de qualidade, onde o cicloergômetro de membros inferiores possuía um transdutor de força para que sincronizado ao módulo de aquisição e ao computador, pudesse fazer ajustes perfeitos para o incremento da carga. Em nossa pesquisa nós também tivemos a preocupação de controlar a velocidade e a cadência da pedalada com dispositivo eletrônico para esse fim. Além disso, para reduzir os riscos de um exercício físico, nós tomamos todas as medidas para saber se os sujeitos envolvidos na pesquisa estavam realmente aptos a realizar o tipo de esforço proposto. Em contrapartida, durante as coletas foi possível perceber que outros músculos como vasto lateral, bíceps femoral, gastrocnêmio e tibial anterior tem um papel importante na pedalada, tendo papel importante para o estudo deste tipo de atividade. Sugestões para novos estudos Os resultados desse estudo nos mostraram que a possibilidade de pesquisas futuras com praticantes de ciclismo permitirá uma análise mais intensa sobre o padrão dessas musculaturas durante o ciclo da pedalada, bem como identificar melhor estratégia de treinamento e de reabilitação de profissionais desta modalidade. Levando-se em consideração novos estudos que avaliaram mais músculos e encontraram resultados significativos com relação ao seu papel e sua ativação frente a exercícios físicos, seria muito interessante realizar um estudo com o mesmo tipo de instrumentação que foi realizada em nossa pesquisa, porém, incluindo a avaliação eletromiográfica de mais músculos de MMII, como o vasto lateral, bíceps femoral, gastrocnêmio e tibial anterior. 8 CONCLUSÃO Esse estudo permitiu identificar o padrão de ativação dos músculos vasto medial e reto femoral independente da condição física do voluntário, evidenciando um aumento na amplitude do sinal eletromiográficoproporcional ao incremento da carga. Foi possível identificar o padrão da ativação dos músculos em relação ao ciclo da pedalada, independente do nível da carga imposta. Esses achados estão de acordo com a literatura e podem ser utilizados como parâmetro para treinamento, fortalecimento muscular e reabilitação com uso de cicloergômetros. 20 9 PUBLICAÇÕES OBTIDAS 1. Regina Carla Pinto da Silva,Priscilla Anjos de Sousa, Wellington Bueno Vieira, Caroline Galatti MouraCoelho, Sedenir Batista Junior, Maryanne Martins Gomes de Carvalho, Lucas Nery, Luciana Chiavegato, Cesar Ferreira Amorim.Padrão de ativação muscular do reto femoral na dinâmica da pedalada.Revista Terapia Manual. 2013. 2. Priscilla Anjos de Sousa, Wellington Bueno Vieira, Regina Carla Pinto da Silva, Caroline Galatti MouraCoelho, Sedenir Batista Junior, Maryanne Martins Gomes de Carvalho, Lucas Nery, Luciana Chiavegato, Cesar Ferreira Amorim.Sinal eletromiográfico de músculo respiratórioacessório frente a um exercício incremental.Revista Terapia Manual. 2013. 3. Wellington Bueno Vieira,Priscilla Anjos de Sousa, Regina Carla Pinto da Silva, Caroline Galatti MouraCoelho, Sedenir Batista Junior, Maryanne Martins Gomes de Carvalho, Lucas Nery, Luciana Chiavegato, Cesar Ferreira Amorim.Sinal eletromiográfico do músculo trapéziosuperior em cicloergômetro instrumentado: Análise wavelet.Revista Terapia Manual. 2013. 21 10 REFERÊNCIAS 1. Kruk J. Physical Activity Prevention.2009;10(5):721-8. and Health.Asian Pacific Journal of Cancer 2. Lau HM, Ng GY, Jones AY, Lee EW, Siu EH, Hui DS.A randomised controlled trial of the effectiveness of an exercise training program in patients recovering from severe acute respiratory syndrome.AustralianJournalofPhysiotherapy. 2005;51(4):213-9. 3. Enright S, Chatham K, Ionescu AA, Unnithan VB, Shale DJ.Inspiratory Muscle Training Improves Lung Function and Exercise Capacity in Adults With Cystic Fibrosis. Chest. 2004;126(2):405-11. 4.Probst VS, Troosters T, Pitta F, Decramer M, Gosselink R. 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Para tanto, esse estudo tem como objetivo estudar o comportamento dos músculos de membros inferiores e avaliar o seu desempenho diante de um exercício na bicicleta ergométrica. Acreditamos que essa avaliação possa nos dar informações importantes sobre como a atividade física influencia a condição dessa musculatura e dessa maneira reforçar a sua prática para auxiliar pessoas no momento necessário. Como será o estudo? O estudo será inteiramente realizado em apenas uma visita. Etapa 1: Inicialmente será realizada coleta dos dados pessoais; sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca, 27 frequência respiratória, oxigenação periférica de oxigênio; e medição de peso e altura. Será realizado o QuestinárioPar-Q de prontidão para atividade física, sendo que se uma das respostas desse questionário for sim, você precisará da liberação de um médico para realizar o nosso estudo. Em seguida será preenchido o questionário Baecke de atividade física habitual, para saber em que grupo você se enquadra (sedentário ou ativo). Etapa 2: Em seguida, o Sr. (a) conhecerá os equipamentos dos testes que realizaremos: o eletromiógrafo que mede a atividade elétrica dos seus músculos e a bicicleta ergométrica onde será realizado o exercício. Além disso, nós iremos ajustar a bicicleta ergométrica de acordo com a sua altura. Etapa 3: Após a limpeza com algodão e álcool, da região do membro inferior, nós colocaremos os eletrodos da eletromiografia. Para cada músculo que iremos avaliar nós iremos posicionar o Sr (a) e pediremos para que faça força contra a resistência que iremos fazer manualmente e então realizaremos as primeiras medidas com o eletromiógrafo. Durante as medições o Sr. (a) não sentirá absolutamente nada. Etapa 4: Na bicicleta já ajustada o Sr (a) irá iniciar o exercício em níveis leve, moderado e intenso. É importante que o Sr (a) mantenha o mesmo rítmo. A cada 3 minutos, será realizado um incremento (aumento)na carga do cicloergômetro, até a fadiga subjetiva relatada pelo Sr (a). Você estará sendo acompanhado por profissionais da saúde especializados e treinados, durante todos os testes. Todos estes testes serão realizados no Laboratório de Análise do movimento da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID (Rua Cesário Galeno, 448/475 – Tatuapé São Paulo – SP). Quais os riscos? A eletromiografia de superfície e o exercício incremental de membros inferiores na bicicleta ergométrica não oferecem risco a jovens saudáveis, como você. Se por algum motivo você apresentar algum sinal que apresente risco para realização do estudo você não será incluído na pesquisa. Entretanto, pelo menos teoricamente, qualquer teste que envolve esforço pode ter algum risco potencial: desconforto, tonturas, dor e pressão alta. Todavia, os seus testes serão acompanhados por uma equipe previamente treinada. Qualquer dúvida ou esclarecimento poderá ser dado pelo pesquisador responsável, Professor César Ferreira Amorim que pode ser encontrado Rua Cesário Galeno, 448/475 e no telefone (11)987909380. 28 O Sr (a). terá garantia de sigilo de todas as informações coletadas e poderá retirar seu consentimento a qualquer momento, sem nenhum prejuízo ou perda de benefício. Declaro ter sido informado e estar devidamente esclarecido sobre os objetivos deste estudo, sobre as técnicas e procedimentos a que estarei sendo submetido e sobre os riscos e desconfortos que poderão ocorrer. Recebi garantias de total sigilo e de obter novos esclarecimentos sempre que desejar. Assim, concordo em participar voluntariamente deste estudo e sei que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem nenhum prejuízo ou perda de qualquer benefício (caso o sujeito de pesquisa esteja matriculado na Instituição onde a pesquisa está sendo realizada). Data: ___ /___ /___ _____________________________________________ Assinatura do sujeito da pesquisa ______________________________________________ Pesquisador responsável / orientador ______________________________________________ Pesquisador responsável Nós, Professor César Ferreira Amorim responsáveis pela pesquisa Comportamento da atividade elétrica dos músculos de membros inferiores envolvidos na dinâmica da pedalada em ciclo ergômetro instrumentado,declaramos que obtivemos espontaneamente o consentimento deste sujeito de pesquisa (ou de seu representante legal) para realizar este estudo. Data: ___ /___ /___ __________________________________________ Assinatura do Pesquisador Responsável / Orientador __________________________________________ Assinatura do Pesquisador Responsável 29 ANEXO 2 Modelo da ficha de coleta de dados pessoais. Nome:_______________________________________________________________________ Data de Nascimento:__________________________ Idade: ____________________________ Data da Coleta:_______________________________ Hora: ____________________________ Sexo:_______________________________________ Peso: ____________________________ Altura: _____________________________________ IMC: ____________________________ FC:_____________ FR: _____________ Sato2: _____________ PA: _____________________ Fumante:________________________ Anos/maço: ___________________________________ Antecedentes pessoais: __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________ Doenças musculoesqueléticas: __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________ 30 ANEXO 3 Modelo do Questionário Par-Q de prontidão para atividade física. Este questionário tem objetivo de identificar a necessidade de avaliação clínica antes do início da atividade física. Caso você marque mais de um sim, é aconselhável a realização da avaliação clínica. Contudo, qualquer pessoa pode participar de uma atividade física de esforço moderado, respeitando as restrições médicas. Por favor, assinale “sim” ou “não” as seguintes perguntas: 1) Alguma vez seu médico disse que você possui algum problema de coração e recomendou que você só praticasse atividade física sob prescrição médica? Sim não 2) Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física? sim não 3) Você sentiu dor no peito no último mês? sim não 4) Você tende a perder a consciência ou cair como resultado do treinamento? sim não 5) Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática de atividades físicas? Sim não 6) Seu médico já recomendou o uso de medicamentos para controle de sua pressão arterial ou condição cardiovascular? sim não 7) Você tem consciência, através de sua própria experiência e/ou de aconselhamento médico, de alguma outra razão física que impeça a realização de atividades físicas ? sim não 31 Gostaria de comentar algum outro problema de saúde seja de ordem física ou psicológica que impeça a sua participação na atividade proposta? __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Declaração de Responsabilidade Estou ciente das propostas desse projeto, evento/ atividade: __________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Assumo a veracidade das informações prestadas no questionário “PAR Q” e afirmo estar liberado pelo meu médico para participação na atividade a ser realizada. Nome do participante:___________________________________________________________ ______________ Data _____________________________________ Assinatura 32 ANEXO 4 Modelo do Questionário Baecke de atividade física habitual.