Universidade Federal de Santa Catarina Instituto de Eletrônica de Potência Energia Solar Fotovoltaica Prof. Denizar Cruz Martins, Dr. Tecnologia Fotovoltaica Revisão Histórica 1839 – Placas metálicas mergulhadas em eletrólito e exposta à luz geraram eletricidade; 1879 – Célula de Selênio com eficiência inferior a 0,5%; 1905 – Explicação do efeito foto-elétrico, por Albert Einstein; 1920 – Célula de Silício com eficiência de 6%; 1960 – Utilização das células fotovoltaicas em aplicações espaciais; Década de 70 – Crise do petróleo, desenvolvimento de células de Silício com eficiência de 20% em laboratório e surgimento da primeira empresa do setor fotovoltaico, Solarex. Décadas de 80 e 90 – Apelo ecológico: surgimento do programa “telhados fotovoltaicos” e da primeira usina fotovoltaica de grande porte; 2007 – Células multi-junções com eficiência da ordem de 40% em laboratório. Produtividade Versus Custo Produtividade Versus Custo Conceitos Importantes Radiação Solar (S) Energia emanada do Sol que chega à Terra através de ondas eletromagnéticas que se propagam à velocidade da luz, suas componentes são: Radiação direta; Radiação absorvida; Radiação difusa. Massa de Ar (AM) Índice relacionado à espessura da camada de ar no caminho da radiação proveniente do sol. Matematicamente, tem-se: AM 1 cos( ) Célula, Módulo e Arranjo/Painel Fotovoltaico Característica de Saída Principais Materiais Empregados na Fabricação de Células Fotovoltaicas Materiais Empregados A eficiência de Conversão de uma célula fotovoltaica está intimamente ligada ao tipo de material empregado em sua fabricação. Dentre os principais, tem-se: Materiais Empregados Alguns Trabalhos Desenvolvidos no INEP Modelagem Fotovoltaica Contabilizando os Efeitos Ambientais como Radiação e Temperatura Modelagem Matemática do Painel Fotovoltaico Circuito elétrico equivalente de um painel fotovoltaico S ref I módulo = ref 1+uI T - Tref I Ph - I0ref módulo S T ref T 3 nS EG 1 1 - Ak T ref T e qVmódulo -RS módulo I módulo Vmódulo + RS módulo I módulo Ak T - 1 e RPmódulo Equação que descreve o comportamento do painel fotovoltaico em termos da tensão e corrente de saída Modelagem Matemática do Módulo Fotovoltaico Informações do Fabricante Resultados de Simulação Validação Experimental Implementação de Técnicas Usuais De Rastreamento de Máxima Potência Sistema Fotovoltaico com Rastreamento Máxima Potência Técnica da Tensão Constante S 987W / m 2 T 57º C Vantagens: Utilização de um único sensor, para leitura da tensão; Fácil implementação. Desvantagem: Erro de rastreamento quanto T < Tref ou T> Tref. Resultados Experimentais Vmódulo 26 ,3V Vmp 22,5V I módulo 4,5 A I mp 7,45 A Pmódulo 118,3W Pmp 167,6W E( P ) 29,4% Técnica Perturba e Observa – P&O Vmódulo 25V S 951W / m 2 T 36º C I módulo 7,4 A Pmódulo 185W Vmp 24,8V I mp 7,3A Pmp 180W E( P ) 2,5% Resultados Experimentais obtidos durante a passagem de uma nuvem Vantagem: Desvantagens: Atuação nas proximidades do MPP independentemente das condições de radiação e temperatura em regime permanente; Escolha entre velocidade ou precisão de rastreamento; Uso de dois sensores (tensão e corrente); Implementação mais complexa; Erro de rastreamento sob mudanças abruptas de radiação. Técnica da Condutância Incremental - CondInc S 980W / m 2 T 41º C Vmódulo 24V I módulo 7,2 A Pmódulo 173W Vmp 24,1V I mp 7,3A Pmp 176W E( P ) 1,9% Atuação nas proximidades Vantagens: Vantagens Passo variável; Alia velocidade e precisão de rastreamento; Detecção do MPP (derivada nula). Desvantages: Uso de dois sensores (tensão e corrente); Implementação mais complexa, devido à necessidade de cálculo das derivadas. Técnica de Rastreamento Empregando Sensor de Temperatura: MPPT-temp MPPT-temp Nesta técnica, o sensor que lê a corrente do painel fotovoltaica é substituído por um sensor de temperatura, que contabilizará a temperatura na superfície do módulo, estimando com grande precisão o valor da tensão que impõe a máxima transferência de potência. Vmp Vmpref Vmpref 26,3V (T Tref )uVmp Tref 25º C uVmp 0,14V /º C MPPT-temp Valores de radiação(S) e temperatura (T) durante os teste com o novo algoritmo de rastreamento, obtidos a partir de um mini-KLA. S=900W/m2 S=850W/m2 S=830W/m2 S=802W/m2 S=787W/m2 e e e e e T=51ºC T=50ºC T=49ºC T=41ºC T=34ºC S=770W/m2 S=758W/m2 S=700W/m2 S=600W/m2 S=500W/m2 Ligação dos pontos teóricos de máxima potência para diferentes condições de radiação e temperatura medidas durante os testes. e e e e e T=26ºC T=51ºC T=51ºC T=51ºC T=51ºC S=400W/m2 S=300W/m2 S=200W/m2 S=100W/m2 S=50W/m2 e e e e e T=51ºC T=52ºC T=52ºC T=53ºC T=53ºC Trajetória do ponto de operação do módulo fotovoltaicos sob as mesmas condições da análise teórica (osciloscópio no modo X-Y) Com emprego da técnica MPPT-temp. MPPT-temp Tensão (marrom), corrente (azul) e temperatura (verde) durante os ensaios empregando a técnica MPPT-temp. Proposta de MPPT para Painéis Fotovoltaicos Utilizando Apenas Sensor de Tensão e Aproveitando a Impedância Característica do SEPIC MPPT - SEPIC Esta técnica aproveita a característica de impedância do conversor Sepic, tendo como principal vantagem a eliminação do sensor de corrente. Pin V pv I pv MÓDULO FOTOVOLTAICO OPERANDO NA REGIÃO DE FONTE DE TENSÃO V pv2 Z in POTÊNCIA FORNECIDA AO SEPIC COMPORTAMENTO DA POTÊNCIA EM FUNÇÃO DA RAZÃO CICLICA MPPT - SEPIC Corrente e tensão no painel e carga para transitório de carga em t=5s Potência na saída do painel (Ppv) e entregue à carga (Pcarga) MPPT - SEPIC Corrente e tensão no painel e na carga Potência de saída do painel e entregue à carga MPPT - SEPIC Radiação incidente Temperatura do painel Máxima potência disponível segundo a curva P-V do painel Potência entregue à carga pelo SEPIC Desvio de potência (%) 1000 W/m2 25 0C 800 Wp 797 W 0.375 500 W/m2 25 0C 371.72 Wp 371.27 W 0.12106 1000 W/m2 50 0C 749 Wp 743.67 W 0.71162 500 W/m2 50 0C 348 Wp 345.96 W 0.58621 50 W/m2 50 0C 15.6 Wp 12.53 W 19.679 Resultados de simulações realizadas MPPT com Behavior Matching MPPT – Behavior Matching Essa técnica permite que o conversor opere com razão cíclica e freqüência constantes, sem malha de controle, e reproduza as características de saída do painel Conversor trifásico série ressonante conectado a um arranjo fotovoltaico MPPT – Behavior Matching MPPT – Behavior Matching Saída do Painel fotovoltaico saída do conversor Limitações dos Conversores Estáticos no Rastreamento do Ponto de Máxima Potência Conversores CC-CC como MPPT A característica I-V de um painel fotovoltaico apresenta apenas valor positivos de tensão e corrente e, portanto, fica completamente definida no primeiro quadrante do plano I versus V. Como a curva I-V depende de condições ambientais (radiação e temperatura), o ponto de MPP varia aleatoriamente no primeiro quadrante. Conversores BUCK como MPPT Re ( D, Rload ) Rload / D 2 D2 Rei ( D, Rload ) atan R load 1 0 < Re (D, Rload ) < atan Rload Conclusão: Em virtude de o conversor Buck não poder rastrear em todo primeiro quadrante, o mesmo não se torna uma boa solução para rastreamento do ponto de máxima potência Conversores BOOST como MPPT Re ( D, Rload ) (1 D ) 2 Rload 1 2 D R (1 ) load Rei ( D, Rload ) atan 1 atan Rload < Re (D, Rload ) < 90º Conclusão: Em virtude de o conversor Boost não puder rastrear em todo primeiro quadrante, o mesmo não se torna uma boa solução para rastreamento do ponto de máxima potência Conversores BUCK-BOOST como MPPT 1 D Re ( D, Rload ) Rload D 2 D2 Rei ( D, Rload ) atan 2 (1 D) Rload 0º < Re (D, Rload ) < 90º Conclusão: Devido ao fato de o conversor Buck-Boost conseguir impor seu ponto de operação em todo o primeiro quadrante, torna-se a melhor solução em aplicações de rastreamento. Todos os conversores com a mesma característica estática são igualmente aplicáveis a esta função. Sistemas Fotovoltaicos Interligado à Rede Elétrica Comercial Interligação com a Rede Monofásica Características 1) Mantém a forma da corrente na rede sempre senoidal; 2) Atua como inversor e filtro ativo simultaneamente, mantendo sempre o F.P. próximo da unidade; 3) Potência processada de 1kW; 4) Transição natural entre os modos de injeção e absorção de potência na rede elétrica. Interligação com a Rede Trifásica Características 1) 2) 3) 4) Modelagem e controle empregado a Transformada de Park; Atua como inversor e filtro ativo simultaneamente, mantendo sempre o F.P. próximo da unidade; Potêncioa processada de 12kW; Interligação com a Rede Trifásica Contato Prof. Denizar Cruz Martins, Dr. Msc. Roberto Francisco Coelho Eng. Walbermark Marques dos Santos Universidade Federal de santa Catarina [email protected]