ANÁLISE DA ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO CONSELHO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE BELO HORIZONTE Autora: Stéfane Rabelo Pereira da Costa – UFMG Orientadora: Profa. Dra. Maria Tereza Fonseca Dias Agência Financiadora da Pesquisa: CNPq PANORAMA concorrer ao acento do Conselho. O número de cadeiras por segmento é definido na lei Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01) Novo papel da Sociedade instituidora do Conselho, apesar de não serem claros, nesta, os critérios utilizados para tal. Os conselheiros da sociedade civil são definidos em plenária aberta, em que votam Luta dos Movimentos Socais Gestão Democrática das Cidades as entidades cadastradas, e os conselheiros do poder público são indicados pelo Poder Conselhos Gestores de Políticas Públicas Executivo (9 membros) e pelo Poder Legislativo (2 membros). Constituição Federal de 1988 OBJETIVO Participação Popular como critério de legitimidade CONCLUSÃO O resultado alcançado até o momento Os Conselhos de Políticas Públicas são um desses mecanismos que permitem ao pela pesquisa é de que o CMH de Belo cidadão influir de modo direto na formulação, execução e fiscalização das políticas Horizonte, apesar de antigo e bem voltadas para a questão urbana. No entanto, passados mais de 25 anos da criação estruturado, desse mecanismo, é possível analisar com mais clareza os resultados alcançados principalmente ao que concerne à sua pelos Conselhos e perceber que sua atuação possui diversas falhas. Diante deste democratização que, se não impedem, cenário, o objetivo deste trabalho é analisar a estrutura institucional do Conselho Municipal de Habitação (CMH) de Belo Horizonte para avaliar de que modo as falhas dificultam a realização de um trabalho verdadeiramente democrático. Em relação à sua institucionalização, pode-se criticar o estruturais desse Conselho atrapalham ou impedem a sua atuação democrática. fato das atas publicadas no DOM não contém a lista de integrantes participantes da possui falhas reunião, o que não permite um controle social mais efetivo sobre a presença de seus METODOLOGIA representantes na reunião A metodologia utilizada na pesquisa foi o levantamento da legislação relativa ao CMH, o acompanhamento de suas reuniões, a coleta de documentos e o estudo da literatura pertinente ao tema. Além disto, foram usadas nesta avaliação as mesmas variáveis de Faria e Ribeiro (2010) em seu estudo de 123 Conselhos voltados para a saúde, direitos da criança e adolescente e assistência social em 57 municípios brasileiros, que avaliaram o grau de institucionalização informações Conselho), da (acesso estruturais à do democratização Foram averiguados dois problemas principais. O primeiro é a não paridade, que pode levar a graves problemas de favorecimento dos interesses do Poder Público sobre os interesses da sociedade civil, distorcendo os resultados do Conselho ao trazer um possível falso consenso. O segundo é o fato das reuniões do Conselho serem somente de divulgação interna, ou seja, não chegam para o público em geral, o que é considerado outro déficit democrático. Foi percebido também, um outro déficit democrático relativo à rotina do Conselho, já que de junho de 2012 a março de 2013 só ocorrem duas reuniões. A Prefeitura alega que esse fato se dá devido problemas técnicos e que as reuniões voltaram a ocorrer em abril. pluralidade, Passados quase 20 anos de sua criação é necessário refletir sobre suas estruturas proporcionalidade e formulação das regras) e representação (definição das entidades internas, eliminando as falhas e os erros a fim de torná-lo instrumento de representação com acento, cadeiras por segmento e critério de escolha dos Conselheiros) desses da vontade da população (composição,, Conselhos. RESULTADOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Grau de institucionalização: foi averiguado que no CMH o acesso às informações FARIA, Cláudia Feres; RIBEIRO, concernente à sua estrutura é de fácil acesso. No entanto, as informações contidas nas Uriella Coelho. Entre o legal e o atas publicadas no Diário Oficial do Município (DOM)não contém dados completas. real: o que dizem as variáveis -Grau de democratização: percebeu que o CMH não é paritário já que há 9 institucionais sobre os conselhos representantes da sociedade civil e 11 representantes do poder público (2 do municipais de políticas públicas? In: Legislativo e 9 do Executivo); as reuniões são convocados por meio pessoais Avritzer, Leonardo (org). A dinâmica (email/telefone). da participação local no Brasil. São -Grau de Representação: no CMH as entidades que se inscreverem na Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (URBEL) podem indicar e votar em candidatos para Paulo: Cortez, p. 57-92, 2010.