MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA FELINA: RELATO DE CASO Thiago Oliveira de Almeida¹; Rhuan Amorim de Lima¹; Elaine da Silva Soares²; Leonardo Cândido Moraes² ¹Docente Medicina Veterinária da Faculdade de Castelo ²Discente Medicina Veterinária da Faculdade [email protected] de Castelo. E-mail: A cardiomiopatia hipertrófica felina (CMH) é uma doença primária do miocárdio ventricular caracterizada por uma hipertrofia concêntrica, de padrão regular ou irregular do músculo cardíaco. Na CMH verifica-se disfunção diastólica, com relaxamento ventricular alterado, e pressões de preenchimento ventriculares elevadas como as principais anormalidades, resultando em casos avançados de insuficiência cardíaca congestiva (ICC), caracterizada por edema pulmonar, efusão pleural e até mesmo ascite. A CMH tem sido diagnosticada em gatos de todas as idades. Para o diagnóstico de CMH são necessários exames complementares. O tratamento de gatos com CMH pode incluir: furosemida, bloqueadores de canal de cálcio, bloqueadores beta-adrenérgicos, inibidores da enzima conversora de angiotensina e drogas que prejudicam a coagulação. O principal objetivo na terapêutica instituída na CMH inclui a melhoria da qualidade de vida do paciente favorecendo sua longevidade. Vários fatores parecem influenciar o prognóstico, incluindo a velocidade da progressão da doença, a ocorrência de tromboembolismo e/ou arritmias e a resposta à terapêutica médica. Foi atendido no Hospital Escola da FACASTELO, um felino, macho, SRD, 2 anos de idade, 3,5 Kg. Com histórico de apatia, anorexia e dificuldade respiratória, com evolução de três semanas. Ao exame físico observou-se hipotermia, dispnéia, palidez de mucosas, tempo de preenchimento capilar aumentado. Radiografias torácicas em projeção látero-lateral e ventro-dorsal revelaram cardiomegalia e efusão pleural e pericádica. A terapia foi iniciada com a administração de furosemida, aminofilina, enalapril, oxigenoterapia e fluidoterapia. Foi feita a tentativa de pericardiocentese guiada por ultrasson (sem sucesso), entretanto, durante a toracocentese foi drenado aproximadamente 40 ml de líquido com aspecto hemorrágico, mas, o paciente veio a óbito poucas horas após. Durante a necropsia constatou-se aproximadamente 50 mL de líquido hemorrágico na cavidade torácica. Havia presença de líquido hemorrágico no pericárdio, além de hipertrofia simétrica do miocárdio esquerdo com diminuição da luz e aumento atrial discreto. Conclui-se que a CMH pode ser assintomática ou apresentar sinais respiratórios comuns a outras enfermidades respiratórias, justificando a necessidade de uma adequada abordagem diagnóstica incluindo exames complementares. Palavras chave: Miocardiopatia; hipertrófica, felino.