:: REGIMENTO INTERNO DE ESTUDO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA ::
I- Composição da mesa de Trabalho Mediúnico:
A - Dirigente da Reunião;
B - Um ou dois auxiliares do Dirigente;
C - Candidatos ao Estudo e à Educação da Mediunidade.
II- Preparação do Ambiente Espiritual: Recomenda-se a leitura de uma página doutrinária espírita.
III- Prece Inicial: A prece inicial será feita com simplicidade e sentimento.
IV- Estudo Doutrinário: Um estudo programado que enfoque o aspecto mediúnico.
V- Experiência Mediúnica: A prática mediúnica, far-se-á de forma ordenada, sob a orientação do Dirigente da
Reunião.
VI- Radiações e Vibrações: As vibrações devem-se revestir de um caráter geral, onde se lembrariam, por exemplo,
a paz mundial, a confraternização entre todas as religiões, os trabalhadores do Bem, os doentes, etc.
VII- Prece Final: Será feita com simplicidade e bastante sentimento.
VIII- Avaliação: Após a prece final poderá ser feita uma avaliação. Cada participante poderá relatar o que sentiu
ou percebeu, durante a reunião, oferecendo, com isso, subsídios para o dirigente dos trabalhos, na função de
orientar.
IMPORTANTE: O tempo de duração dessa reunião não deverá exceder a 1 hora e 15 minutos.
IX- Recomendações:
a) O número de componentes dessa reunião não deve ultrapassar 14 pessoas (por grupo);
b) O estudo deverá ser realizado com a participação de todos os interessados na educação da mediunidade;
c) Deve ser elaborado um programa para o estudo doutrinário dessa reunião e ser dada ciência dele aos
participantes, possibilitando o estudo prévio dos assuntos programados;
d) Na psicofonia não deve haver comunicações simultâneas e nem interferências de outros espíritos, salvo as do
diretor espiritual ou se o dirigente da reunião solicitar. Os médiuns manterão o controle para que haja uma
comunicação psicofônica de cada vez;
e) Os médiuns deverão ser alertados para que não exerçam atividades mediúnicas fora do centro (Associação
Espírita Fraternal), ou seja: no lar, em grupos mediúnicos de outras instituições espíritas, etc. A mediunidade deve
ser praticada no Centro Espírita, pois neste ambiente, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos
avançados do plano espiritual para o socorro a obsediados e obsessores;
f) Jamais se deve evocar a presença de determinada entidade no curso das sessões, por exemplo, a presença de
ente querido desencarnado, isso porque não sabemos de sua situação na Espiritualidade;
g) Para o desenvolvimento das faculdades de vidência e de audiência, não é necessário criar uma reunião
específica ou destinar um período da reunião para esse fim. Para o desenvolvimento de outras faculdades que
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não seja a de psicofonia, tais como: psicografia, materialização, transporte, etc. será necessário criar uma reunião
específica para atender médiuns que as apresentem;
h) Não se deve pedir ao espírito comunicante o seu nome ou prova de sua identidade. Se o Espírito considerar
necessário, ele o fará espontaneamente;
i) Os auxiliares da direção dos trabalhos deverão ser preparados devidamente para substituir o dirigente, quando
nos impedimentos deste;
j) O candidato à educação da mediunidade deve:
1- Frequentar as reuniões de estudo doutrinário com assiduidade e pontualidade, porque é um dever de todos os
espíritas observarem esses critérios.
Observações:
- É importante estabelecer um horário para início e término das reuniões mediúnicas, porque:
- os mentores espirituais não podem ficar indefinidamente a nossa disposição;
- os participantes têm outros compromissos a atender.
- O horário da reunião deve ser rigorosamente observado, especialmente o de início, porque:
- Os mentores espirituais nunca se atrasam;
- A atuação dos participantes da reunião tem de ser feita como um todo e desde a concentração inicial. Assim,
nunca se deve atrasar o início da reunião para esperar por alguém, e nem devem ser aceitos os retardatários, por
isso, os portões serão fechados na hora regimental.
2- Ser orientado para que controle as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo: respiração ofegante,
gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés, bocejos estridentes e constantes ou quaisquer gestos
violentos;
3- Educar-se satisfatoriamente (conhecer a Doutrina Espírita) antes de participar de trabalhos mediúnicos;
4- Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência,
reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e importantes como as de qualquer
outra pessoa;
5- Descentralizar a atenção das manifestações fenomênicas havidas em reuniões que participe, para deter-se no
sentido moral dos fatos e das lições;
6- Manter absoluto sigilo do que ocorreu nas reuniões mediúnicas porque os espíritos depositam em nós muita
confiança e é preciso que respeitemos essa confiança deposita- da no grupo;
7- Cuidar do comportamento adotado dentro da Casa Espírita (o Centro Espírita é uma escola, um hospital, um
templo, um lar, etc.): vestuário, conversas, vícios, etc.
k) Deve ser vedado o comparecimento a essas reuniões de pessoas: menores de idade, com perturbações
espirituais (obsessão em qualquer fase), viciadas (alcoolizadas, drogadas, etc.), com distúrbios emocionais
(depressão, síndrome do pânico, etc.), curiosos, pessoas que não façam parte do quadro mediúnico, etc. ; O
médium deverá:
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l) afastar-se quando: em gestação, estiver doente, por motivos de trabalho, em perturbação, em estudos, em
viagens; comunicando sempre ao dirigente;
m) ponderar as comunicações transmitidas, somente acatando-as pelos conceitos com que se enquadrem à
essência doutrinária do Espiritismo;
n) apagar a preocupação de estar em constante intercâmbio com os espíritos protetores, roubando-lhes tempo
para consultá-los a respeito de todas as pequeninas lutas da vida, inclusive problemas que deva e possa resolver
por si mesmo;
o) acautelar-se contra a cega rendição à vontade exclusiva desse ou daquele espírito, e não viciar-se em ouvir
constantemente os desencarnados, na senda diária, sem a maior consideração para com os ensinamentos da
própria doutrina.
p) Não se deve, iniciada a reunião, permitir a entrada de pessoa alguma (mesmo que seja integrante do grupo) e a
saída antes de terminá-la. Tudo isto é necessário para manter a sintonia do ambiente;
q) Quanto à problemática das faltas, observar:
FALTAS SEGUIDAS
02 faltas seguidas
03 faltas seguidas
04 faltas seguidas
REUNIÕES NA ASSISTÊNCIA
01 reunião na assistência
02 reuniões na assistência
03 reuniões na assistência
Com 05 faltas seguidas - o médium receberá um comunicado para que se justifique. Não se justificando, perderá a
vaga adquirida. Justificando-se, terá que fazer a readaptação, assistindo as 20 (vinte) reuniões públicas. Após isso,
readaptar-se ao grupo mediúnico, ficando um tempo de 20 reuniões mediúnicas na assistência. Após ser
observado esse período, o dirigente fará uma avaliação para determinar se o médium está apto a sentar-se à
mesa mediúnica. Caso o médium não esteja apto, o período de adaptação será ampliado (fora e dentro da
corrente).
Observação: Em um ano realiza-se um total de 48 reuniões mediúnicas (por grupo). O médium deverá esforçar-se
por alcançar uma frequência igual ou superior a 80%, ou seja, comparecer a no mínimo, 36 reuniões.
r) Os integrantes da equipe mediúnica precisam cultivar atitude mental digna, desde cedo, principalmente no dia
marcado para as tarefas mediúnicas:
- Desde o levantar, tenha em mente o trabalho espiritual de que irá participar mais tarde e a importância dele
para o seu equilíbrio e progresso espiritual;
- Redobre a vigilância espiritual:
- Evite leituras, filmes ou programas de televisão de teor negativo e procure tudo que favoreça a elevação da
mente;
- Ore buscando o amparo espiritual, rogando aos mentores espirituais que o auxiliem e aos seus companheiros de
grupo, na superação de problemas que poderão afetá-los.
s) A alimentação que antecede o serviço de intercâmbio espiritual, deverá ser leve;
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t) Após o trabalho, seja de que tipo for, o médium deverá observar um período de descanso, para o refazimento
do corpo e da alma;
u) Na chegada de enfermos ou obsediados, sem aviso prévio, poderão ser admitidos, por momentos rápidos, na
fase preparatória dos serviços programados, recebendo passes e orientações. Findo o socorro breve, retirar-se-ão
do recinto, lembrando de evitar que os assistidos subvertam a ordem com pancadas (batimentos de pés e mãos),
ou outras manifestações ruidosas. Em nenhuma circunstância, o médium ou outra pessoa qualquer, espírita,
garantirá a cura ou marcará prazo para o restabelecimento completo dos doentes ou obsediados;
v) Só será permitida a passividade, no máximo, duas vezes por reunião a cada médium;
w) Não é necessária a presença do obsediado na reunião mediúnica para receber auxílio dos benfeitores
espirituais;
x) Quando a equipe mediúnica for chamada ao contato com determinado enfermo, retido no lar ou no hospital, e
havendo possibilidade para isso, indiscutivelmente a visita deverá ser feita. Porém, o grupo deve fazer-se
representar por uma comissão de companheiros junto ao doente. Essa comissão deverá anotar o nome e
endereço do irmão necessitado, abstendo-se de manifestação mediúnica diante dele, no que tange à doutrinação
e ao socorro aos desencarnados sofredores, reservando-se semelhante tarefa para o recinto dedicado a esse
mister;
y) Falar com dignidade e carinho com os irmãos desencarnados. Quando necessário, usar energia com doçura,
detendo-se exclusivamente no caso em pauta. Jamais polemizar, condenar, ironizar os irmãos infelizes da
Espiritualidade;
z) Oferecer aos desencarnados palavras de carinho, preces, na execução da enfermagem moral que lhes é
necessária, evitando indagações desnecessárias com os irmãos que nem sempre estão em dia com a própria
memória, como acontece a qualquer doente grave encarnado.
Recomendações gerais:
1. Solicitar aos participantes que chegam mais cedo às reuniões, que evitem, nas conversações, temas contrários
à dignidade do trabalho.
2. Esclarecer aos frequentadores do Centro Espírita, principalmente aos médiuns, que o uso de práticas não
espíritas serão terminantemente proibidas em nossa sede, tais como:
- Exorcismo para afastar maus espíritos;
- Sacrifícios (animais, frutos, flores, seres humanos, etc.);
- Rituais de qualquer espécie ou natureza;
- Paramentos, uniformes ou roupas especiais;
- Altares, imagens, andores ou outros objetos de culto;
- Promessas, despachos, riscaduras de pontos e cruzes;
- Confecções de horóscopo, mapa astral, cartomancia, etc. ;
- Sacramentos (batismo, casamento, concessão de indulgências e sessões fúnebres ou reuniões especiais para
preces particulares para encarnados ou desencarnados);
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- Uso de talismãs, amuletos, orações "miraculosas", bentinhos, escapulários, breves, etc
- Pagamento ou retribuição de qualquer natureza por benefícios recebidos;
- Atendimento de interesses materiais para "abrir caminhos";
- Danças, procissões, etc. ;
- Defumadores, incenso, velas, "banhos de descarrego", etc. ;
- Bebidas alcoólicas, charuto ou outras substâncias alucinógenas;
- Cristais, imãs, pirâmides, símbolos, etc.
3. Nas reuniões públicas, recomenda-se a abstenção total de manifestações de espíritos.
4. Lembrar, constantemente, nas reuniões, a necessidade de todos os participantes, antes do trabalho,
prepararem a própria alma em prece e meditação, evitando, porém, concentrarem-se mentalmente durante as
explanações doutrinárias, salvo quando lhes caibam tarefas especiais concomitantemente, a fim de que não se
privem do ensinamento.
5. Não permitir, nas reuniões do Centro, ataques ou censuras a outras religiões.
6. Substituir toda expressão verbal que indique costumes, práticas, ideias políticas, sociais ou religiosas, contrárias
ao pensamento espírita, quais sejam: sorte, acaso, sobrenatural, milagre, Virgem Maria, corpo fluídico de Jesus,
corpo fechado, meu santo é forte, Nossa Senhora disso ou daquilo, os senhores do carma, a justiça de Deus tarda,
mas não falha, Deus escreve certo por linhas tortas, etc.
7. Impedir discussões políticas na sede do Centro Espírita, o uso da tribuna como palanque político. Repelir
acordos políticos, lembrando sempre de respeitar a consciência de cada criatura, etc.
8. O Centro Espírita, mantenedor de serviço assistencial a necessitados e enfermos, inclusive com receituário e
distribuição de medicamentos, deverá ter, como responsável por ele, médico habilitado, em pleno exercício da
Medicina.
9. A direção dos trabalhos, quando possível, poderá ser feita em forma de rodízio ou de revezamento, visando ao
espírito de equipe, necessário ao progresso da Instituição e à preparação de seus colaboradores para essa tarefa.
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10. As atividades do Centro Espírita deverão ser organizadas e supervisionadas pela equipe do setor
correspondente, ou pela diretoria, podendo um diretor acumular, quando necessário, a função de dirigente de
um setor ou de uma tarefa qualquer.
11. "Dai de graça o que de graça recebeste" - Jesus. Não usar a mediunidade como meio de vida.
12. Caberá ao dirigente da reunião mediúnica a liberação do médium para a aplicação de passes, esclarecendo
sempre que o médium só deve tomar passes quando estiver doente ou em desequilíbrio (não fazendo desta
prática um hábito semanal) e que o passe é silencioso, não aceitando fungação, estalos de dedos, tocar o
paciente, assobiar, chiar, orientação na sua aplicação, gemidos, etc. Ele é uma transfusão de energias e deverá ser
realizado de acordo com a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec.
13. É de competência do dirigente da reunião mediúnica a liberação dos médiuns para frequentar as reuniões de
desobsessão.
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14. Lembrar que o desenvolvimento mediúnico é lento, não acontece de improviso. Em geral, as primeiras
manifestações significam apenas um chamamento. O candidato a médium não deve precipitar-se e nem
desanimar, pois existem estágios a serem cumpridos. Ninguém atinge o topo da escada, sem vencer os primeiros
degraus.
15. Para ser aceito nos trabalhos de educação mediúnica, o candidato deverá preencher uma ficha e entregá-la ao
responsável. Em linhas gerais, o candidato deverá assistir, no mínimo 20 (vinte) reuniões públicas para, em
seguida, ser entrevistado pelo dirigente da reunião, mesmo que já frequente o Centro e manifeste este desejo,
deverá cumprir esta determinação.
16. Todos os iniciantes deverão submeter-se a um período de adaptação de vinte reuniões "fora da corrente" e
depois fazer a adaptação na "corrente". O dirigente deverá conversar com o candidato para verificar se já está
apto para tal mister.
17. Os que ingressam nos trabalhos de educação mediúnica poderão tirar licença das reuniões mediúnicas por
motivos justificáveis (viagens, doença, etc.). Esta licença será de, no máximo um mês, podendo ser alongada com
aviso prévio. No caso de gravidez, a licença será de treze meses, também podendo ser ampliada.
18. Lembrar sempre que "desenvolver a mediunidade" não é entrar em transe e dar passividade aos espíritos,
porque a mediunidade já existe na criatura e eclode no momento oportuno. Quem se desenvolve é o médium
(palavra neutra: o médium, a médium) pelo estudo da Doutrina Espírita e sua aplicação na vida diária.
19. A melhor época para educar a mediunidade não é uma questão de idade, mas sim, de maturidade psíquica,
saúde, conscientização e preparo para o exercício desta faculdade.
20. Os casos omissos serão resolvidos pelas pessoas competentes.
Este regimento após ser lido, apreciado e aprovado pelos dirigentes das respectivas reuniões mediúnicas e pelos
membros da Diretoria da Associação Espírita Fraternal, será pelos mesmos assinados.
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Veja Regimento Interno (Estatuto)