Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional
Programa Nacional de Triagem Neonatal
Serviço de Referência em Triagem Neonatal no
Paraná
Manual de Normas Técnicas para a
Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho“
Curitiba - PR
2008
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue
no “Teste do Pezinho”
Direitos Reservados:
Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional - FEPE
Serviço de Referência em Triagem Neonatal no Paraná
Centro de Pesquisas
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Revisão: jornalista Tânia Mara Kamienski -RP-3173/12/6v
2ª Edição - 2008
É proibida a reprodução total ou parcial deste manual sem
autorização por escrito da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional - FEPE, é permitida somente a reprodução de trechos desta publicação
desde que citada a fonte de origem.
Presidente da FEPE
José Alcides Marton da Silva
Diretor do Centro de Pesquisas
Dr. Ehrenfried Othmar Wittig
Organizadores
Enfermeira Marly B. Gervásio Marton da Silva
Bioquímica Mouseline Torquato Domingos
Colaboradores
Clarice Oliveira
Fabiana Espinola
Marcos Aledde
Rafaela Meller
Raphael Maia
Rosimari Dohopiati
Capa
Marcos Aledde
Raphael Maia
FICHA CATALOGRÁFICA
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”.
Programa desenvolvido e executado pela Fundação Ecumênica de Proteção ao
Excepcional para a Secretaria de Estado da Saúde e Ministério da Saúde.
1. Triagem Neonatal.
2. Teste do Pezinho.
3. Coleta de Sangue.
4. Laboratório.
5. Erros Metabólicos.
I. MARTON DA SILVA, Marly B. G. II. DOMINGOS, Mouseline Torquato. III.
WITTIG, Ehrenfried Othmar
ISBN
2004
ABTN
Índice Geral
Introdução............................................................................. 07
Leis que Regulamentam o “Teste do Pezinho”.......................11
Apresentação......................................................................... 15
Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional..................................... 15
PNTN - Programa Nacional de Triagem Neonatal..................................... 16
Programa Nacional de Triagem Neonatal - “Teste do Pezinho”................. 17
Organização do Programa......................................................................... 18
O Teste do Pezinho é Gratuito e Obrigatório............................................ 18
Doenças Pesquisadas............................................................. 21
Fenilcetonúria........................................................................................... 21
Hipotireoidismo Congênito....................................................................... 22
Hemoglobinopatias................................................................................... 23
Fibrose Cística........................................................................................... 24
Deficiência de Biotinidase......................................................................... 25
Kit de Coleta.......................................................................... 29
Como Cadastrar Sua Entidade no Programa de Triagem Neonatal............. 29
Material Necessário Para a Coleta............................................................. 30
Preparo do Material Necessário Para a Coleta........................................... 30
Preenchimento Adequado da Ficha de Coleta........................................... 31
Informativo aos Pais.................................................................................. 36
Comprovante de Coleta............................................................................. 36
Material..................................................................................................... 37
Como Armazenar o Material da Coleta..................................................... 40
Elementos Indispensáveis à Coleta............................................................ 43
Técnica de coleta................................................................... 44
Principais Causas de Erros de Coleta no Teste do Pezinho.......53
Considerações Gerais na Coleta de Sangue...........................61
Resultados de Exames............................................................ 69
Recomendações Importantes.................................................73
Informações........................................................................... 79
Referências Bibliográficas...................................................... 80
Anexos................................................................................... 83
Contrato de Adesão Hospitalar.................................................................. 83
Contrato de Adesão Para Secretaria Municipal de Saúde........................... 84
Ficha de Coleta......................................................................................... 85
Lista Nominal de Mães.............................................................................. 86
Envelope de Retorno................................................................................. 86
Adesivo de Código Local........................................................................... 87
Cartaz....................................................................................................... 87
Informativos.............................................................................................. 88
Resultado de Exame.................................................................................. 89
Modelo do Termo de Recusa..................................................................... 90
Comprovante de Impossibilidade de Realização da Coleta....................... 91
Introdução
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
INTRODUÇÃO
A edição do Manual de Normas Técnicas para Coleta de Sangue
no “Teste do Pezinho” tem uma importância fundamental quando vem
garantir a excelência deste serviço prestado pelo Centro de Pesquisas
da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional – Serviço de
Referência em Triagem Neonatal no Estado do Paraná. Este serviço,
antes de tudo, garante a eficiência da coleta e assim evita a repetição
dolorosa do procedimento e principalmente a perda de tempo, tão
importante para a intervenção clínica dos casos positivos.
Nosso Programa de Triagem continua optando pela coleta na
alta hospitalar, pois temos certeza de que quanto antes começarmos
o tratamento, mais evitaremos seqüelas nos casos positivos para fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, deficiência de biotinidase,
fibrose cística, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias; doenças
causadoras de deficiência mental e outros comprometimentos. Este é o
nosso compromisso e missão; assim, a preocupação com a qualidade
da coleta não poderia deixar de ser contemplada.
Este manual foi elaborado a partir das dificuldades e dúvidas
vividas no dia-a-dia nas maternidades e unidades de saúde de todo
o estado do Paraná. Elaboramos com satisfação, pois assim ficamos
conhecendo sobretudo o interesse e a importância dada pelos profissionais envolvidos no Programa, desde os mais longínquos rincões.
Todos se orgulham de estarem envolvidos com um Programa
que já evitou que mais de 800 crianças desenvolvessem deficiência
mental. Certamente muitas escolas especiais não serão abertas graças
a esse programa.
Este manual de coleta é publicado como um presente para aqueles
que se dedicam a essa missão tão singela e importante, de garantir,
desde o nascimento, a qualidade de vida a todos os cidadãos.
7
Leis que
regulamentam o
“Teste do Pezinho”
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
LEGISLAÇÃO SOBRE A TRIAGEM NEONATAL
A realização dos testes de triagem representa uma demonstração
de qualidade da equipe médica e de enfermagem, no atendimento
hospitalar e na saúde pública, como o cumprimento das leis.
1 – Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da
Criança e do Adolescente.
art. 10º - III - “Proceder a exame visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem
como prestar orientações aos pais.”
2­ – Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código do
Consumidor. Dos Direitos do Consumidor, da responsabilidade
pelo fato do serviço.
art. 14º - “O fornecedor de serviços responde, independentemente de existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
função e risco.”
3 – Portaria Ministerial - MS/GM nº 822, de 6 de junho de
2001.
art. 1º - “Instituir, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o
Programa Nacional de Triagem Neonatal.” art. 2º - “... se ocupará
da Triagem... a) Fenilcetonúria, b) Hipotireoidismo Congênito, c) Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, d) Fibrose Cística.”
4 – Resolução nº 1.246/ 88, do Conselho Federal de Medicina.
Código de Ética Médica.
art. 57º - “É vedado ao médico: deixar de utilizar os meios
disponíveis de diagnóstico e tratamento a seu alcance em favor do
paciente.”
11
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
5 – Secretaria da Saúde do Estado do Paraná - Diretoria de Sistemas de Saúde - Departamento de Regulação em Saúde - Ofício
Circular Nº 001/2002/DSS:
“Solicito que eventualmente: as unidades de saúde realizem a
coleta de sangue, nos casos que não ocorreu a coleta nos hospitais
e nos casos de repetição do exame conforme as normas já em uso e
ofertados pela FEPE.”
6- Lei Federal nº 11.605, de 5 de dezembro de 2007.
art. 1º - “É instituído o Dia Nacional do Teste do Pezinho a ser
comemorado no dia 6 de junho de cada ano, com o fim de informar
à população os objetivos do Programa Nacional de Triagem Neo-
RECUSA
Em caso de recusa da coleta do sangue pelos pais, um termo
de notificação deve ser assinado por eles e comunicado imediatamente, por escrito, ao diretor da Instituição, do laboratório
do Serviço de Referência em Triagem Neonatal no Estado do
Paraná e ao Ministério Público.
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Apresentação
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
FUNDAÇÃO ECUMÊNICA DE PROTEÇÃO AO
EXCEPCIONAL
A Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional-FEPE- é
uma entidade filantrópica, não governamental ou religiosa, que atua
na área de atendimento às pessoas com deficiência mental.
Tem sob sua responsabilidade a Escola de Educação Especial
Ecumênica e o Centro de Pesquisas, voltado à investigação e realização de testes de triagem populacional para o diagnóstico neonatal
precoce e prevenção de seqüelas de doenças.
A Escola de Educação Especial Ecumênica acolhe, em sua sede
e sub-sede, aproximadamente 450 crianças, distribuídas nos seus
diversos programas:
- Estimulação Precoce;
- Pré-escolar;
- Escolar;
- Profissionalização;
- Múltipla deficiência.
NOSSA MISSÃO
“Realizar pesquisa, prevenção e
diagnóstico nas áreas de educação,
de saúde e a inclusão da pessoa
com deficiência”.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM
NEONATAL - PNTN
O Programa Nacional de Triagem Neonatal é uma política pública de saúde do Governo Federal, que visa identificar portadores
de doenças que, se diagnosticadas e tratadas precocemente, previne
seqüelas irreversíveis.
Trata-se de um Programa porque além de triar, diagnosticando
os casos positivos, todo o tratamento e orientação são proporcionados gratuitamente ao usuário por meio dos Serviços de Referência
do PNTN dos estados que, no Paraná, são prestados pela Fundação
Ecumênica de Proteção ao Excepcional.
“Teste do Pezinho”
Gratuito e obrigatório!
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM
NEONATAL
“TESTE DO PEZINHO”
Algumas crianças nascem com doenças que podem produzir
alterações cerebrais e outros graves efeitos, mas que em geral não se
manifestam no nascimento e o recém-nascido parece normal. Dentre
essas doenças, algumas como a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, as hemoglobinopatias e a fibrose cística podem, felizmente,
ser diagnosticadas nos primeiros dias de vida, através do Programa
de Triagem Neonatal ou “Teste do Pezinho”.
O Programa de Triagem Neonatal tem grande importância, pois
permite identificar e tratar precocemente, antes de aparecerem manifestações como a deficiência mental e outras alterações graves em
muitas crianças, garantindo o bom desenvolvimento e qualidade de
vida.
Pela dificuldade de identificar através do exame físico as crianças recém-nascidas portadoras das enfermidades, mas sem sintomas;
e para impedir que se manifestem, é necessário realizar os exames
diagnósticos laboratoriais – “Teste do Pezinho” - em todos os recémnascidos na primeira semana (ideal entre 48 e 120 horas) e antes de
um mês de vida. Quanto mais precoce, melhor o resultado do tratamento.
No Paraná a prevalência das doenças pesquisadas tem sido de
aproximadamente:
Fenilcetonúria................................................. 1:20.000 nascidos vivos
Hipotireoidismo Congênito.............................. 1:4.000 nascidos vivos
Deficiência de Biotinidase ............................. 1:22.000 nascidos vivos
Fibrose Cística.................................................. 1:7.000 nascidos vivos
Anemia Falciforme......................................... 1:30.000 nascidos vivos
Prevenir a deficiência mental e outras seqüelas graves no bebê,
evita para a família problemas sociais, econômicos, emocionais;
e, para a comunidade e o Estado possibilita a redução de grandes
recursos especializados, que deverão ser colocados à disposição por
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA DE TRIAGEM
NEONATAL
Participam do Programa de Triagem Neonatal - “Teste do Pezinho” - no estado do Paraná, os hospitais/maternidades e as unidades
básicas de saúde.
Nos hospitais/maternidades o material para o exame é coletado
no momento das altas da mãe e do bebê.
Nas unidades básicas de saúde o material é coletado nos casos
de necessidade de repetição de exame, que pode ser motivado por
um resultado alterado, coleta precoce no hospital (menos de 48 horas
de vida do bebê), coleta inadequada (erro técnico) ou nascimento
O “TESTE DO PEZINHO” É GRATUITO E
OBRIGATÓRIO
O PNTN visa a ampliação da cobertura populacional tendo como
meta 100% dos nascidos vivos, cumprindo assim os princípios de
eqüidade, universalidade e integralidade que devem pautar as ações
de saúde.
A Portaria do Ministério da Saúde do Governo Federal, MS/GM
822/01, de 8 de junho de 2001 implantou o Programa Nacional de
Triagem Neonatal, determinando a gratuidade e obrigatoriedade da
realização dos testes sanguíneos para diagnóstico neonatal da fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme
No estado do Paraná, o Serviço de Referência em Triagem Neonatal, sob responsabilidade da FEPE, pesquisa também a
deficiência da biotinidase, arcando voluntariamente com o
ônus dessa triagem.
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Doenças triadas
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
FENILCETONÚRIA
Para o desenvolvimento normal do cérebro, é necessário que
o organismo utilize adequadamente, entre inúmeras substâncias, o
aminoácido fenilalanina, encontrado nas proteínas dos alimentos.
A fenilalanina absorvida no intestino é transportada pelo sangue até
o fígado, onde deve receber a ação de uma enzima, que promoverá
a transformação da fenilalanina em uma nova substância também
muito necessária ao organismo, a tirosina. Se esta enzima não atuar
corretamente e a transformação não acontecer, a fenilalanina e outros
produtos se acumulam no organismo e no cérebro, causando deficiência mental. Esta doença é a fenilcetonúria.
A ausência da enzima fenilalanina-hidroxilase ou o seu mau
funcionamento no fígado determina a presença desta doença metabólica, cuja origem é hereditária. A fenilcetonúria é uma doença
autossômica-recessiva, ou seja, para nascer uma criança com fenilcetonúria é necessário que pai e mãe sejam portadores sãos do gene
para a doença.
Para assegurar a saúde mental da criança, o diagnóstico deve ser
precoce. O ideal é que a coleta do sangue para o “Teste do Pezinho”
aconteça entre o 2º e 5º dias de vida do bebê (sempre no momento
da alta hospitalar, mesmo se alta antes das 48 horas de nascido) e o
tratamento iniciado no máximo na quarta semana de vida.
O tratamento, para obtenção de melhor resultado, deve ser iniciado imediatamente após a confirmação do diagnóstico do teste positivo.
Consiste em dieta com um leite especial nos primeiros meses de vida
do bebê; e, à medida que vai crescendo, a alimentação segue, além
do leite, com uma dieta programada, contendo também alimentos
com baixa quantidade de fenilalanina. Com o tratamento adequado e
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
Esta enfermidade é causada pela falta de produção total ou
parcial dos hormônios tireoidianos, que são muito importantes para
o desenvolvimento normal do cérebro. Geralmente não é de causa
hereditária.
Os sinais e sintomas do hipotireoidismo congênito não diagnosticado e tratado precocemente podem se manifestar logo após
o nascimento do bebê ou, mais freqüentemente, somente semanas
depois, principalmente, com atraso no desenvolvimento corporal e
deficiência mental.
O diagnóstico deve ser feito antes de aparecerem as manifestações clínicas, seqüelas irreversíveis, através do “Teste do Pezinho”,
dosando o hormônio TSH (ou T4) no sangue.
O tratamento, que consiste na reposição hormonal através da
ingestão de hormônios tireoidianos, deve ser iniciado nas primeiras
semanas de vida do bebê e mantido por toda a vida do indivíduo,
garantindo-lhe assim, uma vida normal.
HEMOGLOBINOPATIAS
Os glóbulos vermelhos são células do sangue que contêm no
seu interior uma substância chamada hemoglobina. A hemoglobina
é que dá a cor vermelha ao sangue e tem como função o transporte
de oxigênio para todas as células do corpo. Esta substância normal é
chamada de hemoglobina A. Os glóbulos vermelhos são muito flexíveis e movem-se facilmente através dos vasos sangüíneos. Quando
ocorre algum problema na formação da hemoglobina chamamos de
hemoglobinopatia. A mais comum é a anemia falciforme.
ANEMIA FALCIFORME
Na anemia falciforme os glóbulos vermelhos contêm uma hemoglobina diferente, a hemoglobina S, que faz com que os glóbulos
tomem a forma de uma meia lua ou foice (por isso denominada
falciforme), e os glóbulos têm redução da oferta de oxigênio. Estas
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
células em foice tornam-se rígidas ou endurecidas e tendem a formar
grupos que podem se agregar fechando os pequenos vasos sangüíneos,
dificultando a circulação do sangue. A falta de irrigação sangüínea
pode ocasionar lesão em órgãos como o cérebro, ossos, pulmões, rins
e outros.
A anemia falciforme é mais freqüente na população negra e seus
descendentes, podendo ocorrer também em brancos. Trata-se de uma
doença autossômica recessiva, sendo, portanto hereditária. A maioria
das pessoas recebe de seus pais a hemoglobina normal chamada hemoglobina A. Como recebe uma parte da mãe (A) e outra do pai (A)
a pessoa fica com hemoglobina (AA). No resultado do exame para a
pesquisa de hemoglobinas aparece AA, se a pessoa é adulta. Mas se é
um recém-nascido normal ha existência também de outra hemoglobina
chamada Fetal (F) que desaparece com o tempo.
O resultado do exame normal do bebê será representado pelas
letras FA. Já as pessoas com anemia falciforme recebem de seus pais
(portadores dos genes da hemoglobina (S) a transmissão e formação da
hemoglobina anormal chamada hemoglobina S. Como recebem uma
parte do pai (S) e outra da mãe (S) elas são denominadas SS. No recém
nascido, pela presença temporária da hemoglobina F, o resultado do
exame será hemoglobina FS. Outras hemoglobinas anormais existem
e, quando transmitidas pelo pai e pela mãe simultaneamente, ocorre a
doença na criança. Podem ser SS, SC, CC, SD, DD e outras.
TRAÇO FALCIFORME
O traço falciforme não é uma doença. Pais da criança com anemia
falciforme têm o chamado traço falciforme. Significa que a criança
herdou de um de seus pais o gene da hemoglobina A e do outro o gene
da hemoglobina S. O resultado do exame será no adulto AS e se for
recém nascido FAS.
O portador do traço é uma pessoa saudável e pode levar uma
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
vida normal, mas por ser portador do gene (S) poderá transmití-lo a
seus filhos.
FIBROSE CÍSTICA
A fibrose cística (FC), também conhecida como mucoviscidose,
é uma doença genética autossômica recessiva, mais comum nas pessoas da raça branca.
É uma doença crônica, com manifestações sistêmicas. Ocorre
por uma disfunção das glândulas secretoras do corpo, afetando órgãos
como pulmões, pâncreas, fígado, sistema digestivo e reprodutor. Os
portadores de Fibrose Cística produzem um muco ou secreção muito
viscosa, que causa obstrução nos pulmões e nos intestinos, tornando
difícil a respiração e a correta absorção dos alimentos.
Em cada 50 indivíduos um é portador assintomático do gene,
não padece da enfermidade, porém pode transmití-la. Se o pai e a
mãe são portadores de um gene da FC, existe 25% de probabilidade
de, em cada gravidez, ter um filho com a doença.
Na triagem neonatal é feita a dosagem da enzima Tripsina Imuno
Reativa (IRT) no sangue da criança, e é fundamental que o exame seja
realizado antes dos 30 dias de vida do bebê, preferencialmente entre
o 2º e 5º dias, quando a substância IRT se encontra mais elevada nos
casos da doença.
O diagnóstico confirmatório pode ser feito pela dosagem de
cloro no suor da criança (teste do suor) já que os pacientes com FC
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE
É uma enfermidade de transmissão genética do metabolismo
da biotina, que é uma vitamina do complexo B. Ela é importante na
transformação de algumas outras substâncias fundamentais ao funcionamento da célula cerebral. A deficiência da biotina pode produzir,
entre outras manifestações, retardo mental e convulsões.
A biotina para ser formada e utilizada pelo organismo depende
de sua transformação por uma enzima chamada biotinidase; a doença
ocorre quando falta esta enzima. O diagnóstico precoce e o tratamento
com o uso de biotina previnem as seqüelas.
Este exame é ofertado gratuitamente pela FEPE a todos os recémnascidos do Paraná.
“Não trocamos nosso filho excepcional por nenhuma fortuna deste mundo, mas daríamos toda a fortuna do mundo para EVITAR que alguém tenha
um filho excepcional”.
Dr. Justino Alves Pereira
Um dos fundadores da FEPE
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Kit de coleta
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
COMO CADASTRAR SUA ENTIDADE NO
PROGRAMA
DE TRIAGEM NEONATAL
O cadastro da entidade é obrigatório e gratuito e pode ser solicitado por telefone. No cadastro as informações abaixo deverão ser
fornecidas e o profissional responsável pela entidade (administrador,
diretor, secretário de saúde, etc) deverá assinar, carimbar e datar o
documento.
As informações de cadastro, fundamentais, são:
– nome da instituição
– endereço completo
– telefone
– o número de nascimentos ou atendimentos mensais (aproximado)
– diretor clínico ou técnico da entidade
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
MATERIAL NECESSÁRIO PARA A COLETA
Todo o material para coleta (kit) é encaminhado aos hospitais e
unidades de saúde gratuitamente ao final de cada mês, em quantidade
suficiente, calculada pela média de exames recebidos no mês anterior.
No caso de falta de material solicite-o (gratuitamente) pelo telefone
(0**41) 262-3443.
O Kit de coleta é composto de:
MATERIAL DE COLETA
ENVIADO MENSALMENTE
– ficha de coleta
– lanceta para punção cutânea
– luva de procedimento
– lista nominal de mães
– envelope carta-resposta com porte pago
MATERIAL DE APOIO
ENVIADO PERIODICAMENTE OU SE SOLICITADO
– adesivo de orientação de coleta e código da entidade
– estante para secagem de material
– cartaz de divulgação
– folheto explicativo do “Teste do Pezinho”
– Manual de Normas Técnicas para a Coleta.
PREPARO DO MATERIAL NECESSÁRIO PARA A
COLETA
(deve ser realizado pela enfermagem antes do início da coleta)
– caneta esferográfica preta ou azul
– uma bandeja pequena
– algodão ou gaze esterilizada (pacotinhos)
– álcool etílico a 70%
–lancetas esterilizadas descartáveis, com ponta triangular (fornecida
30
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
pela FEPE)
–luvas de procedimento (não são necessárias luvas cirúrgicas ou
estéreis)
–fichas contendo papel filtro para coleta (fichas próprias, somente
as fornecidas pela FEPE).
–estante para secagem.
PREENCHIMENTO ADEQUADO DA FICHA DE
COLETA
Escreva sempre neste campo com letra de forma, usando caneta
com tinta preta ou azul.
ATENÇÃO!
Não destaque o papel filtro da ficha cadastral. O código que
consta no papel filtro deve ser o mesmo da ficha cadastral. Se
rasurar na hora do preenchimento, descarte inteiramente a
ficha rasurada e utilize outra completa.
NOME DA MÃE, COMPLETO E LEGÍVEL
Coloque o nome da mãe do bebê, sem abreviar os sobrenomes
e cada nome separado por um espaço em branco. É através desta informação que os exames são localizados. É importante anotar o nome
completo, pois existem nomes iguais.
N.º DA DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO ( DNV )
31
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Declare sempre o número que é dado a cada recém-nascido no
hospital e consta no documento Declaração de Nascido Vivo (DNV).
É um número único para cada bebê, sendo muito importante na localização das fichas nos arquivos da FEPE (quando necessário).
NOME COMPLETO E LEGÍVEL DA CRIANÇA
Preencha este campo somente se o recém-nato já possuir
Certidão de Nascimento.
NOME E SOBRENOME DO PAI
Anote (sem abreviar) o nome completo do pai da criança. Os
nomes do pai e da mãe auxiliam a correta identificação da criança,
pois completam as informações, facilitando na localização da criança,
quando necessário.
SEXO
F
M
Preencha com um X no quadrado se é do sexo (F) feminino
ou (M) masculino.
PESO EM GRAMAS
Preencha corretamente o peso da criança em gramas por
ocasião da coleta. Esta informação é importante na interpretação de
alguns resultados de exames
COR
Informe a cor da pele do bebê. Esta informação é importante
no caso de algumas doenças comuns em determinadas etnias.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
RUA, Nº, BAIRRO
Preencha corretamente o endereço da residência da mãe do bebê.
Caso seja esclarecedor, se residir na área rural, informe se em uma
fazenda ou sítio, (ex.: “sítio do pica-pau”).
DDD – TELEFONE
Coloque o número do telefone para contato e o DDD da cidade
dos pais. Se não tiver telefone em casa, a mãe e o pai podem pedir
autorização para usar o do seu vizinho ou do local de trabalho, para
receber nossa eventual comunicação. A secretaria do hospital ou da
unidade de saúde deve, no momento da internação ou atendimento,
anotar correta e completamente os detalhes dos endereços.
CIDADE - UF
Preencha, sem abreviar, o nome da cidade onde reside a mãe do
bebê e o Estado (UF). Se o nome da cidade possuir várias palavras, deixe um intervalo em branco entre cada uma. Ex. São João do Ivaí.
CEP
S ÃO
J OÃO
DO
I V A Í
Preencha o Código de Endereçamento Postal (CEP) da rua onde
a mãe reside. Esta informação facilitará e agilizará o envio de correspondência à mãe. A secretária pode auxiliar neste item, através do
livro de código de endereçamento postal.
CÓDIGO DO HOSPITAL OU UNIDADE DE SAÚDE
Preencha somente com o código individual do seu local de coleta
(hospital ou unidade de saúde), que já foi fornecido pelo laboratório
da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (FEPE). Se você
esqueceu, ligue para 0** 41- 3111-1836 e solicite-o.
Este código é muito importante para o laboratório, pois só através
dele será possível identificar a procedência do exame.
33
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
NASCIMENTO / COLETA - DATAS
Preencha a data de nascimento e hora, com muito cuidado e exatidão. Da mesma forma a data e horário real da coleta. Este intervalo
de tempo entre a data de nascimento e a data da coleta é fundamental
para validar alguns resultados de exame, como o da fenilcetonúria,
das hemoglobinopatias e da fibrose cística.
ESTÁ É A 1ª COLETA DO BEBÊ
SIM
NÃO
Preencha SIM se esta é a primeira vez que o bebê está coletando
o sangue para o “Teste do Pezinho”. Comumente, o primeiro exame
é feito no hospital, mas pode acontecer de algum bebê, nascido em
parto domiciliar, coletar o teste pela primeira vez na unidade de saúde.
Certifique-se com a mãe se é realmente a 1ª coleta.
NÃO CONFUNDA. O teste de reconvocação ou repetição não
pode ser o primeiro teste ou primeira coleta. No caso de estar sendo
uma reconvocação, assinale sempre o quadrado NÃO para esta pergunta. Esclareça com a mãe.
NOME LEGÍVEL DO COLETOR
Identifique sempre, com nome legível, o profissional que realizou a coleta das amostras de sangue. Qualquer dúvida sobre a coleta
poderá ser resolvida de forma mais fácil, se soubermos o nome da
pessoa coletora.
FOI AMAMENTADO COM LEITE?
SIM
NÃO
Qualquer leite que a criança receba, seja da mãe, de vaca, ou em
pó, deve ser considerado e a resposta será SIM. Chá ou outros líquidos
34
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ingeridos não são considerados.
FEZ TRANSFUSÃO ?
SIM
NÃO
Informe se a criança foi submetida à transfusão sangüínea,
preenchendo SIM. A coleta do sangue deverá ser realizada antes da
transfusão. Se, por alguma razão, a coleta aconteceu após a transfusão,
envie a ficha de coleta mesmo assim, mas oriente a mãe para repetir
o exame em uma semana, na unidade de saúde, afim de que os resultados dos exames sejam corretos para fenilcetonúria, hipotireoidismo
congênito, fibrose cística e deficiência de biotinidase. Para a pesquisa
das hemoglobinopatias, o exame deverá ser repetido em 90 dias. O
sangue transfundido mascara o resultado dos testes.
PREMATURO
SIM
NÃO
Preencha corretamente esta informação, pois é muito necessária
na interpretação de alguns resultados de exame. Precisamos associar
esta informação com o peso do bebê.
FORAM GÊMEOS
SIM
NÃO
Marque SIM, se o bebê que está sendo submetido à coleta é um
gêmeo. Esta informação, junto com os horários corretos de nascimentos dos bebês, será importante para que o laboratório identifique a qual
dos gêmeos o exame pertence (o que nasceu em 1º, 2º ou 3º lugar).
CORREÇÃO
No caso de erro na informação da ficha já enviada, faça a correção
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
INFORMATIVO AOS PAIS
NÚMERO DA DNV
Anotar sempre no “Informativo
aos Pais” o número da DNV do bebê.
Este número é importante para a mãe
localizar o resultado do exame no arquivo do laboratório ou na internet.
COLETA ANTES DE 48 HORAS
DE VIDA
Se o sangue do bebê foi coletado
com menos de 48 horas de vida, a enfermeira responsável pela coleta deve assinalar com um X o local da
ficha onde está escrito SIM. Neste caso deve orientar a mãe a repetir
a coleta do exame após uma semana da primeira coleta, na unidade
de saúde mais próxima de sua casa. Caso a coleta aconteça após as
48 horas de vida assinalar com um X onde está escrito NÃO.
Senha para impressão de resultado via
internet
No “Informativo aos Pais” consta um número de senha para
acesso ao resultado de exames. Através desse número os pais podem
consultar o resultado pela internet acessando a página da FEPE www.
fepe.org.br. O profissional de enfermagem deve informar e esclarecer
o conteúdo do texto deste informativo aos pais, e sempre entregá-lo
à mãe no momento da alta hospitalar ou na unidade de saúde, após
COMPROVANTE DE COLETA
O canhoto menor (comprovante) da direita que se encontra no
verso da ficha de coleta, deve ser
destacado e guardado no prontuário
médico do hospital ou unidade de
saúde onde aconteceu a coleta do
exame, pelo período mínimo de seis meses, conforme as exigências
do Ministério de Saúde. Solicitar a assinatura da mãe para comprovar
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
MATERIAL
LANCETA PARA PUNÇÃO CAPILAR
É um material metálico esterilizado que traz na sua embalagem, individualmente, a identificação da validade do produto.
Deve ser armazenada em local sem umidade e não deve ser empilhada com algo pesado em cima para evitar perfurações no seu
envelope de proteção.A parte pontiaguda tem um comprimento
de 2,3mm, que é o comprimento adequado para que seja evitada
lesão em alguma parte óssea do calcanhar durante a punção. É
um material descartável e não deve ser reutilizado. Descarte após
o uso em recipiente apropriado para pérfuro-cortante.
LUVA
Para o uso da luva de procedimento, lembramos aos profissionais de enfermagem que a
coleta deve seguir as normas da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar, por se tratar
de material de risco (sangue).
LISTA NOMINAL DE MÃES
A Lista Nominal de Mães é um
documento que deve acompanhar o
envelope com todas as fichas contendo o sangue coletado. Cada nome
de mãe pertence a uma ficha de exame, que deve estar relacionada na
lista nominal de mães. Nesta lista há
um campo quadriculado onde deve,
obrigatoriamente, ser colocado o
Código da Entidade responsável
pelas coletas do sangue.
A data e o nome da pessoa
responsável pelo envio dos exames
devem ser preenchidos de forma
37
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ENVELOPE CARTA-RESPOSTA
O envelope com “porte pago” traz algumas informações exigidas
pelos correios. O número do CEP impresso no canto inferior esquerdo
corresponde ao local de destino final dos envelopes.
O envelope nunca deve conter excesso de material; colocar, no
máximo, 20 fichas porque durante o transporte poderá abrir ou rasgar,
expondo de maneira destrutiva os exames.
O excesso de cola ao fechar o envelope deve ser evitado, para
que esta não atinja a ficha de coleta, prejudicando as informações nela
contida ou contaminando a amostra de sangue.
No envelope, no canto superior esquerdo, um símbolo
identifica e traz a recomendação
para evitar umidade e o calor excessivo. Estas duas situações danificam profundamente a amostra
de sangue coletada.
ADESIVO DE ORIENTAÇÃO DE COLETA E CÓDIGO DA
ENTIDADE
CÓDIGO INDIVIDUAL
Cada posto de coleta, seja hospital/
maternidade ou unidade básica de saúde
cadastrado no Programa da FEPE, recebe um código individual de entidade
credenciada. Não deixe de colocar o código de sua entidade na ficha de coleta.
Este modelo de adesivo com o código
deverá estar em local visível a todos os funcionários que atuam na
área da neonatologia. Não o deixe na gaveta.
38
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ESTANTE PARA SECAGEM DO MATERIAL COLETADO
A estante para secagem das amostras
do sangue coletado deve ser utilizada
conforme o desenho. Coloque as fichas
com o lado do papel filtro contendo o
material sempre alternando-as, para que
não fiquem sobrepostas, alternando o
lado de secagem. Se estiver em falta na
sua instituição de saúde, solicite a FEPE
CUIDADOS
Conserve as fichas com papel filtro não utilizadas nos
envelopes, em lugar limpo e fresco.
CARTAZ DE DIVULGAÇÃO
O cartaz do “Teste do Pezinho” serve para divulgar a todos o
teste e sua obrigatoriedade pelo Ministério da Saúde. Através dele os
pais devem ficar sabendo que o exame é gratuito e que nada pode ser
cobrado por este procedimento.
O cartaz deve ser colocado em local visível aos pais no edital
da secretaria.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
FOLHETO EXPLICATIVO SOBRE O “TESTE DO
PEZINHO”
O folheto é
um
material que
traz informações
rápidas sobre o
“Teste do Pezinho”. Também esclarece as dúvidas
mais comuns dos
pais ou interessados.
As dúvidas
ou outras informações sobre as doenças
também podem ser esclarecidas no site
da FEPE - www.fepe.org.br
COMO ARMAZENAR O MATERIAL DE COLETA
Papel Filtro
O papel filtro anexado à ficha de coleta é sensível ao empilhamento e à contaminação com substâncias. Evite tocá-lo diretamente
com os dedos mesmo com luvas. Guarde-o em local seco, protegido
da ação do ambiente, em um envelope ou em uma caixa de papelão.
Toda a equipe de enfermagem deve saber onde este material está
disponível para uso no berçário ou na sala reservada para coleta.
SITE
Conheça todo o trabalho da Fundação Ecumênica de Proteção
ao Excepcional e do laboratório do Centro de Pesquisas da FEPE
através do site:
www.fepe.org.br
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Técnica de coleta
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À COLETA
Preparação do cliente
Para a realização de qualquer procedimento de enfermagem é
necessário respeitar os aspectos emocionais e psicológicos do paciente,
independente da idade e do acompanhante.Preparar o local onde se
efetuará a coleta e o material a ser utilizado no procedimento.
Estes e outros aspectos contribuem e demonstram a qualidade
do cuidado prestado.
Preparo psicológico da mãe do bebê
No momento da coleta da amostra de sangue em papel filtro
para o “Teste do Pezinho”, geralmente o bebê está acompanhado da
mãe, sendo então, importante o prévio preparo psicológico de ambos,
através de uma interação com a enfermagem. Por se tratar de um
procedimento invasivo em um bebê da mais tenra idade, e às vezes,
este procedimento ser desconhecido ou temido pela mãe, estes fatores
ajudam a gerar medo e ansiedade. Devido a esta situação deve-se levar
em conta as questões emocionais e psicológicas da mãe e do bebê.
É no processo de interação entre seres humanos que a enfermagem se desenvolve, em momentos específicos e, por que não dizer,
em situações que permeiam o dia-a-dia da relação interpessoal dos
profissionais de enfermagem com o paciente, nas quais estão presentes
a dor, o conflito ou a crise.
É essencial que o profissional de enfermagem se comunique com
a mãe e/ou acompanhante, informando-a da importância de um exame
preventivo de seqüelas, como por exemplo, o retardo mental. Explique
o procedimento, se necessário, mostre o material que será utilizado
na técnica, principalmente a lanceta com a qual será puncionado o
calcanhar do bebê.
Peça à mãe que segure seu filho no colo, em pé, de frente para ela
(posição de arroto), pois assim o bebê se sentirá acolhido pelo abraço
da mãe e ela vai se sentir mais potente em proteger o filho.
Essas medidas contribuirão para que a coleta ocorra de forma
mais rápida e eficaz, porque com o bebê em pé, o sangue se concentra
mais no pezinho e a qualidade da coleta também melhora. Além de
43
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
educar a mãe quanto ao “Teste do Pezinho”, tirando-lhe eventuais
receios que possam existir, a coleta transcorrerá mais tranqüila e
segura para o bebê, para a mãe e para o profissional.
A comunicação tem um aspecto importante na redução da ansiedade das pessoas.Enfatizar esta importância para a mãe, no estabelecimento da relação interpessoal dos profissionais com a mesma,
é prática cotidiana da enfermagem.
Ambiente de coleta
No local onde será realizada a coleta é importante haver boa
claridade e iluminação. É necessário uma pia com torneira para a
anti-sepsia das mãos e uma mesa para acomodar o bebê antes e após
a coleta.
Assim, se o ambiente for agradável, limpo, claro, arejado e tranqüilo, certamente influenciará no comportamento do profissional de
TÉCNICA DE COLETA
Quando coletar
As normas do Programa Nacional de Triagem Neonatal e do
Paraná requerem (para a pesquisa da fenilcetonúria) que a coleta seja
feita no momento da alta hospitalar do bebê, preferencialmente após
48 horas de vida e que tenha ingerido, pelo menos, uma mamada de
leite, nas últimas 3 horas.
Caso a alta ocorra antes deste prazo, das 48 horas, a coleta mesmo assim deverá ser realizada, mas deve-se promover nova coleta
na unidade de saúde entre o 5º e o 8º dias de vida do bebê. Dar alta
para a criança sem a coleta do sangue com intenção de coletar posteriormente, aumenta o risco de não realizar o “Teste do Pezinho”
na criança, que se for positiva para alguma das doenças, ficará com
seqüelas irreversíveis.
Uma boa amostra de sangue permite um bom exame. Embora se
recomende a coleta após 48 horas de vida, na prática, colete sempre
na alta hospitalar, independente do tempo de vida do bebê.
No caso de transfusão, o sangue para o “Teste do Pezinho” deve
44
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ser coletado antes da transfusão. O sangue transfundido interfere nos
resultados do exame do bebê. Colete antes da transfusão e anote no
cartão de coleta. Se for coletado após a transfusão, a pesquisa para
Identificação cadastral do bebê - ficha de
coleta
Preencha sempre a ficha de identificação, cartão de coleta ou cadastro, com
letra legível (letra de forma) e caneta com
tinta preta ou azul. É fundamental preencher correta e completamente todas as
informações, as quais são importantes para
contatar a família em caso de repetição ou
reconvocação para novo exame.
Preencha todos os espaços com letra de forma. Coloque sempre o número da DNV.
Anti-sepsia
Lave sempre as mãos com sabonete
e/ou friccione-as com álcool glicerinado
a 70% por 30 segundos, antes de cada
punção. Siga as normas de anti-sepsia para
evitar infecção no local da punção. Se não
as conhece, peça orientação à Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar.
45
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Área de Punção no Pé do Bebê
Coloque a criança no colo, na posição
em pé, encostada frente a frente com a mãe,
ou na mesa, deitada de costas. A coleta no
colo da mãe é um procedimento facilitador, menos traumatizante, mais rápido e
mais eficiente. Identifique inicialmente
na planta do pé, conforme a figura, a área
permitida para a punção, selecionando somente os lados do calcanhar identificados
com “SIM”, evitando as bordas e o centro
“NÃO”. Colete o sangue em todos os casos
no momento da alta hospitalar, independente do tempo de vida do bebê, ou na unidade
de saúde quando nascido em casa ou em
AQUECIMENTO DO PÉ DO BEBÊ
Aqueça previamente o pé do bebê com
água morna ou envolvendo o pé com toalha morna, até o calcanhar ficar levemente
avermelhado. Em seguida, segure o pé com
uma das mãos para imobilizar e facilitar a
punção. Faça a anti-sepsia na área da punção com algodão ligeiramente umedecido
somente com álcool a 70%, deixando secar
espontaneamente por alguns segundos.
Não utilize álcool iodado, merthiolate ou
PVPI, que podem interferir nos resultados
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Técnica de punção
Puncione o calcanhar, na área determinada, com a lanceta descartável utilizando
apenas um movimento firme e contínuo.
Não pressione por excesso a lanceta no pé
do bebê, para não tocar o osso calcâneo, o
que pode ocasionar sua inflamação.
Recomenda-se o uso de luvas descartáveis em ambas as mãos para a realização
deste procedimento. Use para a punção,
somente a lanceta descartável fornecida
pelo laboratório. A lanceta mede 2,3mm de
profundidade x 1,5mm de largura x 0,5mm
de espessura, não precisando ter receio de
utilizá-la, se corretamente manuseada. Peça
instrução se não souber coletar.
Não use sangue com anticoagulante
(EDTA ou Citrato).
Obtenção da gota de sangue
Deixe o sangue fluir da pele normalmente, recomendamos não exercer nenhum
tipo de pressão ou massagem na perna
e pé do bebê. É imprescindível lembrar
que o pezinho do bebê deve estar sempre
voltado para baixo em posição mais baixa
que o corpo, para facilitar a saída do sangue. Prefira coletar com o bebê no colo da
mãe, em pé. Elimine o início do primeiro
sangramento com algodão seco. Permita
a seguir, formar uma boa e grande gota.
Cuide para não coagular a gota no pé ou
Desprezar sempre o início da primeira gota de sangue.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Permita que uma boa gota de sangue
caia sobre o meio do círculo do papel filtro. O correto é que a gota se espalhe bem
e rapidamente para as laterais do círculo.
Não acontecendo assim, faça logo em seguida, movimentos circulares lentos com a
ficha de coleta para espalhar por completo
o sangue no círculo do papel filtro. Evite
concentrar sangue sobre sangue, com excesso no local.
Preencha todos os círculos da mesma
maneira. Lembre-se de que os círculos
devem absorver e preencher de sangue,
completamente, os dois lados do papel
filtro, evitando assim a reconvocação por
material insuficiente.
Para cada nova punção (se necessário)
tome os mesmos cuidados de anti-sepsia.
Não puncione duas vezes exatamente no
mesmo ponto, nem reutilizar a lanceta. O
Descarte do material utilizado
Descarte a lanceta utilizada em recipiente adequado para pérfurocortantes.
Pós - coleta
Terminada a coleta, colocar o bebê
em posição deitada, no colo ou na mesa
e elevar o pé, a fim de reduzir o sangramento, pressionando o local com algodão
seco. Evite colocar curativo (esparadrapo
ou micropore).
Não esqueça!!!!
O exame é preventivo, por isso é preciso ganhar tempo.
Não acumule ou retenha exames.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Informativo aos pais
Destacar e entregar à mãe o “Informativo aos Pais” que está
anexado à ficha de coleta, orientando-a para repetir a coleta, se necessário (quando alta hospitalar antes das 48 horas e/ou se o bebê não
mamou). Alertar a mãe quanto à importância de buscar o resultado
dentro de 15 dias na secretaria do hospital ou unidade de saúde onde
foi realizada a coleta, salientando sempre que o “Teste do Pezinho”
é exame preventivo de seqüelas, como a deficiência mental.
Cuidados com a amostra de sangue
Após a coleta deixe a amostra com sangue secar na estante fornecida pelo laboratório, na posição horizontal, em local fresco e arejado,
longe de local onde batem raios do sol, por duas horas, guardando em
seguida no envelope de retorno. Evite colocar a estante secadora com
exames próxima a fontes de calor como motor de geladeira, aquecedor,
berço aquecido, incubadora, sol, etc. O sangue ficará seco e aderido ao
papel, com a cor amarronzada. Quando necessário, as amostras depois
de secas podem ser guardadas em geladeira, dentro de um saco plástico
bem fechado para proteger da umidade. Não permita o contacto da
amostra com qualquer líquido estranho, nem mesmo álcool ou água,
evitando a diluição ou alteração do sangue (hemólise).
Embora a amostra possa ser guardada na geladeira, em regra não
há necessidade, pois o material deve ser encaminhado ao laboratório
todas as 2as, 4as e 6as feiras.
Lista nominal de mães
Preencha a “Lista Nominal de Mães”, na qual deve constar
apenas os nomes das mães que estão nas fichas contidas dentro do
envelope (ex.: se no envelope existirem 12 fichas, constarão na lista
os nomes dessas 12 mães). Confira sempre. É uma garantia do envio
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
do material.
Envio da amostra
Encaminhe o material coletado pelo correio, no mínimo, três vezes por semana (2as, 4as e 6as feiras) nos envelopes com porte pago,
independente do número de fichas coletadas. Se necessário, encaminhe
todos os dias. Cada envelope de retorno pode conter de uma até 20
fichas coletadas. Certifique-se de que os correios fazem todos os dias
Coleta em caso de repetição de exame
(reconvocação)
No caso de nova coleta por “reconvocação”, o procedimento
é o mesmo. Lembre-se de assinalar na ficha deste outro exame que
NÃO é a primeira coleta de sangue para o “Teste do Pezinho”. Anote
sempre na ficha o número da DNV da criança.
O exame de “reconvocação” deve ser encaminhado urgentemente
ao laboratório para análise laboratorial. O tratamento só será iniciado
após a confirmação de resultado positivo para alguma das doenças
triadas através da reconvocação que, de acordo com as necessidades,
pode às vezes se estender a mais de uma repetição ou reconvocação.
As amostras de reconvocação serão sempre coletadas nas unidades
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Erros de coleta
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
PRINCIPAIS CAUSAS DE ERROS
DE COLETA NO
“TESTE DO PEZINHO”
Hemólise
O sangue apresenta aspecto de diluição, quando há contato da
amostra coletada com algum líquido (soro, água, etc.) ou mistura do
álcool da anti-sepsia com a gota de sangue no momento da coleta (não
foi desprezada a primeira porção de sangue).
É preciso deixar sempre o álcool secar completamente antes da
punção. Pode acontecer também, quando erroneamente, se comprime demais o calcanhar do bebê para promover a saída do sangue.
O sangue aparenta coloração mais clara ou a amostra apresenta um
segundo círculo com sangue bem mais claro.
Insuficiência de sangue
Ocorre quando os círculos não são totalmente preenchidos ou há
sangue somente em um lado do papel filtro; isto acontece quando não
há adequada formação da gota para pingar no papel, não passando de
um lado para o outro, principalmente, se a coleta não acontece com
o bebê em pé, no colo da mãe. Colete o necessário, preenchendo de
sangue o círculo por inteiro e que transpasse para o outro lado. Se
houver necessidade, puncione novamente.
Excesso de sangue
Quando pinga gota sobre gota e não movimenta o papel filtro para
ajudar a espalhar o sangue, formando um excesso de sangue num só
local. O sangue fica espesso, mais escuro e brilhante.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Ressecamento da amostra de sangue
O material coletado é deixado exposto ao calor ou ao frio em
excesso; cuidado com a secagem e o armazenamento. Procure guardar os exames em local arejado, dentro do envelope com porte pago,
enquanto aguarda o envio das amostras para o laboratório. Encaminhe
as amostras coletadas todas as 2as, 4as e 6as feiras.
Evite o ressecamento da amostra de sangue, pois isso motiva
reconvocação para nova coleta, atrasando o diagnóstico. Não
retenha o encaminhamento. Mande todas as 2as, 4as e 6as fei-
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Envelhecimento da amostra de sangue
Quando a ficha, com a amostra de sangue coletado, demora mais
de 30 dias para dar entrada no laboratório impede a realização da
análise e pode comprometer o bebê, caso seja positivo para alguma
das doenças pesquisadas pelo “Teste do Pezinho”.
Deixe o material coletado em local visível e pré-estabelecido
pela enfermagem, para não ficar esquecido. Deve ser encaminhado
ao correio todas as 2as, 4as e 6as feiras. As unidades de saúde devem proceder igualmente, mandando as fichas com as coletas para
a Secretaria Municipal de Saúde, que se encarregará de encaminhar
rapidamente ao laboratório da FEPE.
Contaminação da amostra de sangue
Quando as fichas com as amostras de sangue são colocadas em
locais onde há principalmente manipulação de líquidos (pias, lavatórios, salas de esterilização e etc.). Observar também que não haja
insetos no local onde se aguarda a secagem do sangue, ou em locais
aquecidos. A demora em remeter a amostra ao laboratório pode também proporcionar o desenvolvimento de fungos sobre o sangue.
Coleta e transfusão de sangue
Colete sempre o sangue antes da transfusão. Se você coletar logo
após, o “Teste do Pezinho” deverá ser repetido uma semana após o
sangue ter sido transfundido, para pesquisa da fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, deficiência da biotinidase e fibrose cística. Para
triagem das hemoglobinopatias, outra coleta deverá acontecer após
90 dias da transfusão.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Preenchimento incorreto da ficha de coleta
A ficha de identificação não está corretamente preenchida (escreva sempre com letra legível). Nunca esqueça de anotar o número
da DNV (Declaração de Nascido Vivo).
Erros comuns
1. Sangue envelhecido
A ficha com as amostras de sangue foi encaminhada tardiamente
ao laboratório. A aparência da amostra é como as outras. Amostras com
mais de 30 dias pós-coleta são inválidas; não podem ser testadas.
2. papel filtro amassado, raspado ou
arranhado
(frente)
(verso)
O papel filtro com a amostra de sangue está amassado, entortado,
com sinais de ter sido dobrado ou muito manipulado.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
3. Sangue contaminado
(frente)
(verso)
A amostra está contaminada com marcas de tinta de caneta ou
com uma substância desconhecida. A coloração do sangue é modificada de sua cor marrom escura para outra diferente.
4. Sangue com fungos
(frente)
(verso)
A amostra apresenta alguns pontinhos brancos ou manchas esbranquiçadas.
5. Quantidade insuficiente de sangue
(frente)
(verso)
A amostra foi coletada com poucas e pequenas gotas de sangue,
não preenchendo todo o círculo em ambos os lados.
6. Amostra Ainda Úmida
A amostra foi enviada ao Centro de Pesquisa antes da secagem
do sangue. A secagem deve ser feita na estante fornecida pela FEPE,
no mínimo por 2 horas em temperatura ambiente.
7. Amostra supersaturada
(frente)
(verso)
A coleta do sangue foi realizada, possivelmente, com agulha
e seringa ou outro dispositivo, e o sangue aplicado no papel filtro.
Pode também ocorrer quando há aplicação de sangue várias vezes
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
8. Amostra hemolisada, diluída, descolorida
ou contaminada
(frente)
(verso)
Acontece quando o local ao redor da punção é espremido ou “ordenhado”, ou o papel filtro entra em contato com álcool, água, produtos
químicos, soluções anti-sépticas (antes ou depois da coleta).
9. Amostra coagulada ou em camadas
(frente)
(verso)
As gotas de sangue são sobrepostas, várias vezes, no mesmo
10. Amostra não coletada
Quando a ficha de coleta é encaminhada, ao laboratório, sem o
11. Amostra com anéis de soro
Se o local da punção não for seco totalmente ou o papel filtro
estiver úmido.
Nunca utilize sangue com anticoagulante.
O sangue com EDTA ou CITRATO interfere no resultado
do exame.
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Considerações
gerais
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
CONSIDERAÇÕES GERAIS NA COLETA DE
SANGUE
Coleta antes das 48 horas de vida do bebê
Se a alta e a coleta aconteceram antes das 48 horas de vida do
bebê ou não houve amamentação de leite, deve ser notificada aos pais
a obrigação de coletar nova amostra de sangue dentro de uma semana
na unidade de saúde. Neste caso, o profissional de enfermagem deve
orientar a mãe e encaminhá-la à unidade de saúde coletora em sua
cidade de residência. O sangue deve ser coletado no calcanhar do bebê,
através de punção cutânea com lanceta estéril e descartável.
Na eventualidade do bebê nascer em casa, a coleta do sangue
deve ser realizada na unidade de saúde do município de residência
da mãe, na primeira semana de vida.
Responsabilidade da realização do “Teste do
Pezinho”
A equipe de enfermagem do hospital ou da unidade de saúde,
instruída sobre a técnica, é a responsável pela coleta adequada do
sangue e preenchimento correto e completo da ficha cadastral de coleta. O encaminhamento, pelo correio, ao laboratório da FEPE deve
ser feito através da secretaria da entidade coletora.
Nascimento em hospital
O hospital é responsável pela primeira coleta da amostra de sangue sempre na alta hospitalar, preferencialmente nas 48 horas de vida
do bebê. Se a criança permanecer internada no hospital, a primeira
coleta deverá acontecer com 48 horas de vida, independente de outras
condições, e repetida uma semana após.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Nascimento domiciliar
O profissional de saúde que tenha assistido o parto domiciliar
ou realizar o primeiro exame físico do bebê, deverá orientar os pais
a levarem a criança à unidade de saúde mais próxima, no prazo de
uma semana para a realização do exame.
Orientação às gestantes
Os ambulatórios ou os estabelecimentos de atenção à saúde da
gestante devem prestar orientação aos pais quanto ao direito e dever
da realização do “Teste do Pezinho”, por ser gratuito e obrigatório.
Exigir o “Teste do Pezinho” na alta hospitalar é exercer cidadania, e
coletar o sangue para o exame é uma responsabilidade dos profissionais da instituição.
Segunda coleta (reconvocação)
No caso de uma segunda amostra ser requisitada (reconvocação)
para confirmação diagnóstica, a coleta será procedida na unidade de
saúde do município de residência da mãe.
Transferência do bebê para outro hospital
Se o bebê necessita ser transferido com urgência para outro serviço hospitalar, a primeira coleta de sangue para o “Teste do Pezinho”
deve acontecer antes da transferência, independente de qualquer outra
condição, e deve ser anotada a coleta no prontuário, na ficha de transferência e na caderneta do bebê. Deve-se assegurar que nova amostra
de sangue seja coletada após 48 horas de vida ou apos alimentação
regular de leite, no hospital para onde o bebê foi transferido.
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Criança prematura ou de baixo peso e com
alimentação parenteral
A primeira coleta deve ser realizada com 48 horas de vida
da criança, ainda que internada. Resultados alterados nos testes de
Triagem Neonatal podem estar associados com a prematuridade da
criança, sem que necessariamente ela tenha a condição de doença
(falso resultado). Outro exame, de qualquer modo, deve ser repetido
na criança prematura após 48 horas de alimentação regular de leite
para confirmar ou não o resultado do primeiro exame.
A alimentação parenteral a que são submetidos alguns recémnascidos não impossibilita a coleta de sangue para o “Teste do Pezinho”.
Em virtude do baixo peso (menor que 1.500Kg), os exames
para Hipotireoidismo Congênito e Hemoglobinopatias devem ser
repetidos no 6º mês de vida.
Transfusão de sangue
A coleta de sangue para o “Teste do Pezinho” deve acontecer sempre antes da transfusão, independente do tempo de vida do
bebê. Se a coleta aconteceu antes das 48 horas, aguarda uma semana
pós-transfusão e repete a coleta. Se não houve a coleta antes da transfusão, espera uma semana pós-transfusão para realizar a coleta para
pesquisa da fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística
e deficiência da biotinidase. Para o diagnóstico das hemoglobinopatias
outra amostra de sangue deverá ser coletada na unidade de saúde 90
dias após a transfusão. Este período é necessário para que somente as
células vermelhas do bebê estejam presentes no sangue, quando não
ocorre mais interferência da hemoglobina da célula do doador.
Registro da coleta do sangue
O profissional de enfermagem deve registrar o procedimento
de coleta no prontuário da mãe, anotando a data e horário da coleta
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Recusa do teste pela família
Nenhuma mãe ou pai pode negar ao bebê a oportunidade de
fazer o “Teste do Pezinho”. É uma obrigação garantida por lei e um
direito da criança. O Serviço de Enfermagem da instituição coletora
deve esclarecer a família, quando houver recusa, sobre os riscos de
retardo mental e até morte, seqüelas que podem estar associadas às
doenças pesquisadas na triagem, quando não realizada. Se mesmo
assim, os pais ou responsáveis insistirem na recusa, o fato deve ser
registrado em documento Termo de Recusa e no Comprovante de
Impossibilidade de Realização da Coleta (veja modelo na página 90
e 91 ) assinados pelos mesmos. Uma cópia dos documentos assinados
deve ser mantida no prontuário do hospital ou da unidade de saúde
como comprovante, outra cópia deve ser encaminhada ao laboratório
da FEPE para registro e outra ao Ministério Público para as devidas
providências.
Papel filtro ou cartão de coleta de outro
serviço
O laboratório da FEPE fornece, gratuitamente, todo o material
necessário para a coleta do sangue para o “Teste do Pezinho” aos
hospitais e unidades de saúde.Os métodos e controles de qualidade
utilizados na triagem laboratorial são padronizados para o tipo de
papel que é fornecido. O uso de outro tipo de cartão de coleta invalida
a amostra, pois não é possível a garantia da qualidade padronizada no
laboratório. O papel filtro utilizado na FEPE é o Schleicher & Schuell
903.
Agulha comum
Na punção de coleta de sangue para o “Teste do Pezinho”
deve ser utilizada exclusivamente a lanceta fornecida pelo laborató-
64
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
rio da FEPE, estéril e descartável, não se permitindo o uso de agulha
comum.
Obrigatoriedade
A não realização do teste por negligência, imprudência ou
imperícia, coloca o hospital, unidade de saúde, médico e enfermeira,
sujeitos a sanções éticas e legais, inclusive indenização à família do
paciente.
Má coleta
Aquele que produzir dano a outrem fica, legalmente, obrigado
à reparação.
Retenção de amostra residual de sangue no
laboratório
A amostra de sangue coletada do bebê é armazenada no laboratório por tempo indeterminado. Depois de um certo período não
serve para repetir o teste porque as substâncias que são pesquisadas
sofrem alterações. Em caso de necessidade, deve-se requisitar por
escrito ao responsável legal da FEPE.
Alguns documentos serão necessários para a entrega da amostra
armazenada aos pais ou juiz:
1 - Requisição médica solicitando a amostra com justificativa,
datada e assinada;
2 - Requisição da mãe e pai solicitando a amostra com justificativa,
datada e assinada;
3 - Cópia do documento de identidade do pai e da mãe;
4 - Cópia do registro de nascimento da criança;
65
Resultado do exame
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
RESULTADOS DOS EXAMES
Os resultados dos exames são emitidos diariamente pelo laboratório. Geralmente, após dois dias do recebimento da amostra de sangue
do hospital ou da unidade de saúde, o resultado é encaminhado.
FORMULÁRIO de resultado de exame
Mensagem de alerta
A família deve ser alertada de que em cada resultado há sempre
uma mensagem que deve ser lida e seguida pelos pais com atenção.
Resultado de exame falso normal
Devido à variabilidade genética, algumas crianças com uma das
doenças pesquisadas no PNTN, podem apresentar resultados falsos
normais na triagem. O pediatra do bebê deve sempre ao examiná-lo
estar atento aos primeiros sinais de anormalidade. Frente a qualquer
dúvida, o exame deve ser repetido na unidade de saúde.
Resultado de exame positivo
Em caso de positividade ou alteração no resultado de um exame
o Programa exigirá a recoleta de sangue, comunicando à família através do formulário de resultado, que deve ser procurado na secretaria
do hospital ou da unidade de saúde onde coletou o sangue. Também
será feito contato imediato após o resultado, por carta e telefone. Para
isto, é importante o completo e correto preenchimento do endereço na
ficha de coleta, anotando sempre que possível, ao menos um número
de telefone para recado.
69
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ENTREGA DO RESULTADO DE EXAME E REGISTRO DA
ENTIDADE COLETORA
É fundamental que a mãe, na alta hospitalar, seja orientada pelo
profissional de enfermagem através da entrega do “Informativo aos
Pais”, a procurar o resultado do exame, em 15 dias, na secretaria do
local onde realizou a coleta. É recomendável que os pais mostrem o
resultado de exame ao médico pediatra do bebê.
Caso a instituição não receba o resultado
Se não receber o resultado, um profissional do hospital ou unidade
de saúde e o familiar do bebê podem telefonar para o laboratório da
FEPE, através do número (0**41) 3111-1836, solicitando explicação
e o encaminhamento do resultado.
BUSCA ATIVA
Nos casos de resultado alterado ou positivo para alguma das
doenças pesquisadas, o serviço social do Programa da FEPE procura
a mãe para avisá-la da necessidade de uma nova coleta de sangue
para o exame confirmatório. Esse processo é feito de forma rápida e
urgente.
Mensagem no resultado
No lado direito da ficha de resultado do exame há registro de
mensagens quando houver necessidade de nova coleta de sangue
(reconvocação) ou outros esclarecimentos.
Resultado do exame pela internet
O resultado do exame do bebê poderá ser obtido também através
da Internet, no site da FEPE:
70
Recomendações
importates
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES
A finalidade deste manual é informar e esclarecer sobre detalhes
do nosso sistema e técnica de coleta do sangue, de modo objetivo,
prático, correto e uniforme.
Solicitamos especial atenção quanto:
1 –Ao preenchimento completo e legível dos dados cadastrais da
mãe e do recém-nascido;
2 –A anotação do número da DNV (Declaração de Nascido Vivo)
na ficha de coleta;
3 –A identificação da entidade coletora, registrando o código na
ficha de coleta;
4 –A execução correta da técnica de coleta de sangue, evitando os
erros e reconvocação de exames;
5 –Ao encaminhamento do material coletado ao laboratório, no
mínimo três vezes por semana;
6 –A orientação aos pais para que busquem o resultado do exame
na secretaria do hospital ou unidade de saúde.
AOS MÉDICOS E ENFERMEIROS
É fundamental a participação destes profissionais junto ao PNTN
pela sua responsabilidade e compromisso na assistência ao recém-nato
quanto à orientação, educação em saúde, treinamentos técnicos e,
principalmente, na sensibilização de suas equipes de trabalho sobre a
importância e necessidade do “Teste do Pezinho” na vida das crianças,
dos pais e de toda a sociedade.
IMPORTANTE
Todas as pessoas envolvidas no Programa de Triagem Neonatal da FEPE - “Teste do Pezinho” - devem ler com
atenção este manual e consultá-lo quando necessário.Ele deve
estar sempre à vista e disponível para todas as equipes
médica, de enfermagem e administrativa, dos hospitais
e unidades básicas de saúde.
73
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
Pré -Natal e o “Teste do Pezinho”
Considerando que a maioria das gestantes faz acompanhamento
pré-natal e os partos são hospitalares, o desempenho e compromisso
profissional dos médicos e enfermeiros são fundamentais para informar, orientar e sensibilizar as futuras mães, sobre a obrigatoriedade,
gratuidade e importância da realização do “Teste do Pezinho”, logo
após o nascimento do bebê.
Todos estamos sujeitos
As doenças pesquisadas no PNTN podem acometer qualquer
pessoa; um filho, sobrinho ou neto seu ou de um colega de trabalho, também está sujeito a nascer com alguma dessas enfermidades.
Portanto, para sua garantia, dos seus amigos e de toda a sociedade,
realize e exija a realização do “Teste do Pezinho” em todos os recémnascidos, indistintamente.
Gratuidade e responsabilidade
O “Teste do Pezinho” não tem custo para o hospital ou unidade
de saúde, pois o laboratório envia, gratuitamente, todo o material para
a realização da coleta, desde a ficha até envelope com porte pago,
portanto não há motivo econômico para que a instituição não proceda
a correta coleta do material.
O hospital ou unidade de saúde e seus profissionais que não realizam a coleta de sangue para o “Teste do Pezinho”, ficam expostos à
responsabilidade civil, penal e ética, na ocorrência de um caso positivo
para qualquer das doenças triadas não diagnosticada.
Divulgação
É preciso que cada profissional de saúde se sensibilize e se conscientize da importância deste Programa Nacional de Triagem Neonatal
e, que voluntariamente, seja agente multiplicador na divulgação da
necessidade do “Teste do Pezinho” para os pais e comunidade em
74
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
geral, e que todos exijam a sua realização.
Serviço de referência
O “Teste do Pezinho” no Paraná é realizado, de modo centralizado, pelo laboratório do Centro de Pesquisas da FEPE, sendo o
Serviço de Referência em Triagem Neonatal no estado. Por tratar-se
de Programa Nacional de Triagem Neonatal, os exames são pagos
pelo Ministério da Saúde/SUS.
Mudança na equipe de enfermagem
No caso de troca de profissional de enfermagem da neonatologia
em hospital ou unidade de saúde, é fundamental que haja, eticamente,
orientação ao novo colega, para a adequada realização da técnica de
coleta, a fim de evitar reconvocação por erro técnico.
Secretária/o
A colaboração da secretária do hospital ou unidade de saúde é
inestimável, principalmente, na obtenção completa do endereço e no
pronto encaminhamento do material enviado ao correio todas as 2as,
4as e 6as feiras.
Enfermeira/o
Ajude as crianças que estão em suas mãos. Sejamos todos solidários. Uma amostra bem coletada pode ajudar a salvar uma criança
da deficiência mental e outros problemas preveníveis.
Informe sempre a mãe que o material para o exame foi coletado,
entregando-lhe o “Informativo aos Pais”. Oriente que é fundamental
procurar o resultado dos exames na secretaria do hospital ou unidade
de saúde em 15 dias e repetir quando necessário.
Nunca esqueça de anotar o número da DNV (Declaração de
Nascido Vivo) no espaço apropriado. Marque no “Cartão de Saúde
75
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
da Criança” a realização do exame e o número da DNV.
Responsabilidades
A coleta de sangue nas crianças nascidas em hospital é realizada
sempre no momento da alta, mesmo se antes de 48 horas de vida do
recém-nascido.
As crianças nascidas em casa ou reconvocadas para novo exame,
devem coletar o sangue na unidade de saúde.
A unidade de saúde não pode substituir o hospital na primeira
coleta, salvo em parto domiciliar ou reconvocação de exame.
O hospital e unidade de saúde devem guardar no prontuário o
comprovante da coleta.
No caso de má coleta, o hospital ou unidade de saúde se responsabiliza pela obtenção de nova amostra de sangue e pelos problemas
decorrentes deste fato. Amostras serão rejeitadas se tiverem informações incompletas ou coleta de sangue inadequada.
Treinamento
Solicite a FEPE, quando for necessário, o treinamento de novos
funcionários envolvidos na coleta do sangue. A enfermeira da FEPE
agendará uma data para orientar os funcionários. A rotatividade do
pessoal do berçário é alta, e freqüentemente, quem sai não ensina quem
entra, o que é lamentável. Na troca de funcionário, a enfermeira do
berçário deve sempre transmitir seu conhecimento de coleta ao novo
profissional que está assumindo a função.
Meta do Programa
Coletar o material para o “Teste do Pezinho” em 100% dos
recém natos é a meta da FEPE e do Programa de Triagem Neonatal
no Paraná.
76
Informações/
referências
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.National Committee for Clinical Laboratory Standards. Blood
Collection on Filter Paper for Neonatal Screening Programs
– Second Edition: Approved Stantard – NCCLS Document L A4
– A2 NCCLS, 771 East Lancaster Avenue, Villanova, Pensylvania
19085,1992.
2.Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde
– Coordenação Geral de Atenção Especializada – Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de
Triagem Neonatal – Brasília - DF, 2002.
3.The Northwest Regional Newborn Screening Program
Practitioner’s Manual – Copyright 1979, 5th Edition, 1995. Oregon
- U.S.A.
4.Texas Newborn Screening Program – A Practitioner’s
Guide – July 1999. (www.newborn screening program texas) (www.
tdh.state.tx.us/newborn/newborn.htm).
5.American Academy of Pediatrics; Committee on Genetics.
Issues in Newborn Screening, 1992. (www.aap.org/policy/01565.
html).
Em caso de dúvida sempre nos consulte ou ao pediatra.
Depois não diga que não sabia.
Colete corretamente o sangue de todos os recém-natos no momento
da alta hospitalar, independente do tempo de vida. Se for coletado
com menos de 48 horas de vida, ou sem ter mamado leite, o exame
deve ser repetido após uma semana na unidade de saúde.
80
Anexos
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ANEXOS
- CONTRATO DE ADESÃO HOSPITALAR
83
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- CONTRATO DE ADESÃO PARA SECRETARIA
MUNICIPAL DE SAÚDE
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Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- FICHA DE COLETA
- Informativo aos Pais
- Canhoto do Hospital
85
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- LISTA NOMINAL DE MÃES
- ENVELOPE DE RETORNO
86
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- ADESIVO DE CÓDIGO LOCAL
- CARTAZ
87
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- INFORMATIVOS
88
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- FORMULÁRIO DE RESULTADO DE EXAME
89
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- modelo do TERMO DE RECUSA
TERMO DE RECUSA
Declaramos que nós, pais do recém nascido, recusamos a
realização da coleta de sangue para o Teste do Pezinho em nosso
(a) filho (a). Declaramos que fomos informados e esclarecidos
a respeito da sua obrigatoriedade, gratuidade, importância da
realização precoce dos testes e dos riscos que a criança corre se
for portadora de uma das enfermidades pesquisadas e não receber
tratamento precoce especialmente da deficiência mental, estando
sujeitos as penalidades da lei.
Cidade, _____/_____/______
_____________________________
(Pai)
_____________________________
(Mãe)
_____________________________
(a)
90
Enfermeiro
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
- COMPROVANTE DE IMPOSSIBILIDADE DE
REALIZAÇÃO DA COLETA
COMPROVANTE DE IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DA COLETA
DECLARAÇÃO
Senhor (a)_____________________________________________________________
(nome completo)
(
)
mãe,
(
)
pai,
(
menor_________________________________
)
responsável,
do/pelo
(nome completo)
______________________________________________________________________
____
nascido em _____/_____/______, prontuário nº_______________________________
__
Pelo presente informamos a V. Sa. que, pelos motivos abaixo indicados:
(
)___________________________________________________________________
(
)___________________________________________________________________
o _____________________________________________________________________
(nome do Hospital ou outra Instituição)
não pode efetuar a coleta de material (sangue) para exames do Programa Nacional de
Triagem Neonatal (Teste do Pezinho).
Fica V. Sa. ciente de que deverá levar, no dia ____/____/____, o referido menor, ao Posto
de Coleta situado____________________________________________________
(nome da rua, número e telefone)
no horário das ______ às______ para coleta de material para o teste, em conformidade com
a Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
e Portaria GM/MS nº 822, de 6 de junho de 2001.
_____________________________________________________________________
___
(cidade, data)
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
91
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
ÍNDICE ALFABÉTICO
Adesivo de orientação de coleta e código da entidade............................... 38
Agulha comum.......................................................................................... 64
Alguns exemplos de coletas erradas........................................................... 56
Alterações na equipe de enfermagem........................................................ 75
Ambiente de coleta................................................................................... 44
Ambulatórios............................................................................................. 79
Anemia Falciforme.................................................................................... 22
Anexos...................................................................................................... 81
Anti-sepsia................................................................................................. 45
Apresentação Programa de Triagem Neonatal - “Teste do Pezinho”........... 16
Área de punção no pé do bebê.................................................................. 46
Armazenar o material de coleta................................................................. 40
Aquecimento do Pé do Bebê..................................................................... 46
Autores........................................................................................................ II
Cadastrar sua entidade no Programa de Triagem Neonatal........................ 29
Cartaz de divulgação................................................................................. 39
Causas de erros de coleta no “Teste do Pezinho”....................................... 51
Coleta antes das 48 horas de vida do bebê................................................ 61
Coleta e transfusão de sangue.................................................................... 63
Coleta em caso de repetição de exame (reconvocação)............................. 50
Comprovante de coleta............................................................................. 36
Considerações gerais na coleta de sangue.................................................. 61
Contaminação da amostra de sangue......................................................... 55
Correção de informação............................................................................ 35
Criança prematura ou de baixo peso e com alimentação parenteral........... 63
Cuidados com a amostra de sangue........................................................... 49
Deficiência de Biotinidase......................................................................... 25
Descarte do material utilizado................................................................... 48
Divulgação................................................................................................ 74
Endereços.................................................................................................. 79
Enfermeiro/a.............................................................................................. 75
Elementos indispensáveis à coleta............................................................. 43
e-mail........................................................................................................ 79
Envelhecimento da amostra de sangue...................................................... 55
Envelope carta resposta............................................................................. 38
92
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
INDICE ALFABÉTICO
Envio da amostra....................................................................................... 50
Estante de secagem de material................................................................. 39
Excesso de sangue..................................................................................... 53
Fenilcetonúria........................................................................................... 21
Fibrose Cística........................................................................................... 24
Ficha catalográfica....................................................................................... II
Ficha de coleta - Identificação Cadastral do Bebê...................................... 31
Folha de resultado de exame..................................................................... 69
Folheto explicativo sobre o “Teste do Pezinho “........................................ 40
Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional..................................... 15
Gratuidade e responsabilidade.................................................................. 74
Hemoglobinopatias................................................................................... 22
Hemólise................................................................................................... 53
Hipotireoidismo Congênito....................................................................... 22
Idade de coleta.......................................................................................... 44
Índice......................................................................................................... III
Informações............................................................................................... 79
Informativo aos pais.................................................................................. 36
Insuficiência de sangue.............................................................................. 53
Lanceta...................................................................................................... 37
Legislação................................................................................................. 11
Lista Nominal de Mães.............................................................................. 37
Luva.......................................................................................................... 37
Má coleta.................................................................................................. 53
Material necessário para a coleta............................................................... 30
Material / pedido....................................................................................... 30
Médicos e enfermeiros.............................................................................. 73
Mensagem de alerta no resultado.............................................................. 69
Meta do Programa..................................................................................... 76
Mucoviscidose.......................................................................................... 24
Nascimento domiciliar.............................................................................. 62
Nascimento hospitalar............................................................................... 61
O “Teste do Pezinho” é gratuito e obrigatório............................................ 18
Obrigatoriedade do teste........................................................................... 65
Obtenção da gota de sangue..................................................................... 47
93
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
INDICE ALFABÉTICO
Organização do programa......................................................................... 18
Orientação às gestantes............................................................................. 62
Papel filtro................................................................................................. 40
Papel filtro ou cartão de coleta de outro serviço........................................ 64
Pós coleta.................................................................................................. 48
Preenchimento adequado da ficha de coleta.............................................. 31
Pré Natal e o “Teste do Pezinho”............................................................... 74
Preparação do cliente................................................................................ 43
Preparo do material necessário para a coleta............................................. 30
Preparo psicológico do acompanhante...................................................... 43
Programa Nacional de Triagem Neonatal.................................................. 16
Protocolo de adesão.................................................................................. 29
Quando coletar......................................................................................... 44
Recebimento do resultado......................................................................... 67
Recusa do teste pela família....................................................................... 64
Recomendações importantes..................................................................... 73
Reconvocação........................................................................................... 50
Referências bibliográficas.......................................................................... 80
Registro da coleta do sangue..................................................................... 63
Responsabilidade da realização do “Teste do Pezinho”............................. 61
Responsabilidades..................................................................................... 76
Ressecamento da amostra de sangue......................................................... 54
Resultado de exame falso normal.............................................................. 69
Resultado de exame positivo..................................................................... 69
Resultado do exame.................................................................................. 69
Resultado do exame pela internet.............................................................. 70
Retenção de amostra residual de sangue no laboratório............................. 65
Secretária.................................................................................................. 75
Segunda coleta (reconvocação).................................................................. 62
Serviço de referência................................................................................. 16
Site e e-mail............................................................................................... 40
Técnica de coleta...................................................................................... 44
Técnica de punção.................................................................................... 47
Todos estamos sujeitos.............................................................................. 74
Traço Falciforme........................................................................................ 23
Transferência do bebê para outro hospital................................................. 62
94
Manual de Normas Técnicas para a Coleta de Sangue no “Teste do Pezinho”
INDICE ALFABÉTICO
Transfusão................................................................................................. 63
Treinamento.............................................................................................. 76
95
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