22 DE MARÇO 2012 QUINTA-FEIRA
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DESPORTO
Centro Norton de Matos
na luta por todos os títulos
No bom
caminho
para subir
à 1.ª divisão
Com três torneios individuais
já conquistados e a vice-liderança na classificação de equipas, os
jogadores do Centro Norton de
Matos (CNM) já têm, ainda com
a época a meio, a certeza de que
vão conseguir várias subidas de
divisão e marcar presença na
fase decisiva dos campeonatos
nacionais.
Colectivamente, o CNM disputou quinta-feira a última jornada do Campeonato Nacional
da 2.ª Divisão (zona norte), onde
ocupa o 2.º lugar da pauta classificativa, posição que, a manter-se
no final da prova, dará acesso à
subida ao escalão principal da
modalidade.
Na outra competição por equipas, a Taça de Portugal, o CNM
apurou-se para os oitavos-de-final que se disputam amanhã e
em que vai receber uma formação da 1.ª Divisão: A Portuguesa
de Leça. Não se adivinha tarefa
fácil para os conimbricenses mas
a presença nos quartos-de-final é
perfeitamente possível.
Individualmente, a época dos
atletas do Norton de Matos tem
sido um somatório de sucessos.
FOTOS: FIGUEIREDO
Bilharistas de Coimbra coleccionam êxitos
individuais e colectivos nas competições nacionais de carambola
EQUIPA DO CNM representa Coimbra nas provas de carambola
Na 3.ª Divisão, dos quatro torneios abertos que integram o
calendário federativo, dois foram
conquistados por atletas do
CNM. Jorge Sales triunfou no 2.º e
Miguel Rocha conquistou o último. Agora só falta disputar o
Campeonato Nacional, prova
disputada somente pelos oito
melhores classificados do “ranking” regional (Norte e Sul). Jorge
Sales e Miguel Rocha já garantiram, respectivamente, os 2.º e 3.º
postos do “ranking”, pelo que vão
discutir a meia-final do Norte,
sendo a final disputada pelos
quatro apurados em cada uma
das zonas.
Na 2.ª Divisão, também Mário
Rui segue no 2.º lugar do “ranking” da zona norte e, embora
ainda falte concluir um torneio, já
tem a presença garantida na
meia-final do Campeonato Nacional. João Rafael, que esteve na
final do 1.º torneio, manteve em
aberto até ao passado sábado, a
hipótese de atingir uma posição
nos oito melhores do “ranking”, o
que não viria a conseguir.
Também na 1.ª Divisão, a viceliderança do “ranking” (neste
caso nacional e não regional) é
ocupada por um conimbricense.
Paulo Andrade ascendeu ao 2.º
lugar após o triunfo obtido já este
mês no 3.º torneio aberto da época. Mesmo faltando um torneio, a
diferença pontual para o oitavo
classificado, praticamente garante a presença de Paulo Andrade
na discussão do Campeonato
Nacional. Caso se confirme, o
atleta do CNM poderá lutar pela
obtenção do seu segundo título de
campeão nacional.
Três vitórias em torneios nacionais, a vice-liderança individual nos três “rankings” nacionais, a subida de divisão (praticamente garantida) de cinco atletas e a respectiva presença nas
meias-finais dos campeonatos,
além da boa posição para conquistar a subida de divisão por
equipas, colocam o Centro Norton de Matos entre as principais
referências da presente época do
bilhar carambola em Portugal. l
Com cinco vitórias, um
empate e uma derrota, a
equipa do CNM está a um
ponto da líder (Bilhar Clube
do Porto, a segunda equipa
do FCP) no termo da 1.ª volta
do Campeonato Nacional da
2.ª Divisão. Os três pontos de
vantagem sobre o 3.º classificado, que perdeu em Coimbra pelo resultado máximo
(4-0), dão confortável margem de manobra à formação
conimbricense para assegurar um dos dois primeiros
lugares, os que dão direito à
subida de divisão. l
RESULTADOS
CNM – CP Espinho
Fenianos B – CNM
CNM – Leixões B
Cohaemato – CNM
CNM – BC Porto
Ac. Leça – CNM
CNM – Leça B
3,5-0,5
0-4
4-0
2,5-1,5
2-2
0-4
4-0
CLASSIFICAÇÃO
Equipa
BC Porto
CNM
Leixões B
Ac. Leça
CP Espinho
Cohaemato
Fenianos B
Leça B
J V
7 5
7 5
7 3
7 2
7 2
7 2
7 1
7 0
E
2
1
2
3
3
2
1
2
D
0
1
2
2
2
3
5
5
P
19
18
15
14
14
13
10
9
TRÊS TRIUNFOS E UM 2.º LUGAR NAS PROVAS INDIVIDUAIS DESTA ÉPOCA
Encontro
de gerações
na formação
da equipa
Se há modalidades desportivas onde a idade não é “handicap”, uma delas é seguramente o bilhar. Nas variantes
denominadas pelos bilharistas por “buracos” – o pool e o
snooker, onde o objectivo
passa por embolsar as bolas –
a prática estende-se ao longo
de décadas, mas não é comum
a presença de jogadores sexagenários na discussão dos
lugares cimeiros dos
“rankings” nacionais.
Já na carambola, a longevidade é mais acentuada. Esta
época, um dos torneios da
3.ª Divisão sul foi conquistado
por um octogenário, José
Lagoas, que completa este
mês 83 anos. Mas não é caso
único. Mesmo na 1.ª Divisão, dois dos atletas do “top
ten” actual, estão à beira do
septuagésimo aniversário:
Mário Aranha (68)
e Fernando Tomás (69).
Exemplo flagrante desta
reunião de gerações é a
equipa do Centro Norton
de Matos. Dos 13 anos de
Manuel Silva aos 75 de Malo
Rodrigues, todas as décadas
que ficam de premeio estão
representadas. l
Nome
Manuel Silva
Gonçalo Rodrigues
Carlos Oliveira
Miguel Rocha
João Rafael
Jorge Silva
Jorge Sales
Paulo Andrade
António Machado
Mário Rui
Vaz Vieira
Malo Rodrigues
Idade
13
25
39
43
46
48
54
57
60
64
68
75
Espírito de conquista
supera adversidades
Duas particularidades (ou até
adversidades) dão especial ênfase às conquistas do Centro Norton de Matos nas competições
nacionais de carambola: o número de atletas e o facto de jogarem (quase sempre) fora de
Coimbra.
Num universo de cerca de 300
praticantes de carambola inscritos na Federação Portuguesa de
Bilhar, somente 12 defendem as
cores do CNM: um na 1.ª Divisão, quatro na 2.ª, cinco na 3.ª e
dois que só estão inscritos na
competição por equipas.
Fazendo as contas, os dez atletas que competem individualmente representam 4% do total
de inscritos. Mas isso não foi
óbice para que triunfassem em
três dos dez torneios realizados,
o que equivale a 30% do total de
vitórias possível.
Outra das dificuldades sentidas é a obrigatoriedade de se
deslocarem, sempre que competem individualmente. Porto,
Leça, Matosinhos ou Famalicão são os locais onde se disputam as provas. Somente na
prova de equipas é que metade
dos seus jogos são realizados
em Coimbra.
Se, a nível meramente competitivo, ter que jogar sempre
em mesas diferentes daquelas
onde se treina é uma desvantagem – apesar de não ser
exclusiva dos jogadores de
Coimbra – já as viagens (e os
seus custos) são, incompara-
JOÃO RAFAEL, PAULO ANDRADE, JORGE SALES E MIGUEL ROCHA
velmente, penalizadoras para
os conimbricenses.
Como cada torneio é dividido
em duas fases – a de apuramento e a final – e somente por uma
vez é que nenhum conimbricense marcou presença na final,
esta época o CNM já teve que
suportar com 22 deslocações (19
nas provas individuais e 3 por
equipas). Despesas consideráveis que são menorizadas através de alguns apoios, entre os
quais se destacam os da empresa figueirense Centro Litoral O.P
e da Farmácia Silva Soares.
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