II – São Paulo, 123 (192)
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Geraldo Alckmin - Governador
Volume 123 • Número 192 • São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2013
www.imprensaoficial.com.br
A
Secretaria Estadual da Saúde informa que 792 pessoas foram internadas em 2012 por envenenamento
ou intoxicação. Ou seja, duas pessoas por dia. Do total de casos, 37%
são crianças e adolescentes, de 1 a 14
anos, que representam as principais
vítimas. Os dados integram levantamento da Secretaria Estadual da
Saúde sobre internações em hospitais públicos do Estado de São Paulo
no ano passado.
No ano passado, 792 pessoas
foram internadas nos
hospitais públicos
estaduais por problemas
de envenenamento
Prevenção é fundamental – Mantenha medicamentos em lugares altos,
longe do alcance ou de difícil acesso para
as crianças. Não reutilize embalagens de
refrigerantes ou sucos para armazenar produtos de limpeza. Os recipientes podem
atrair e confundir crianças e, até mesmo,
adolescentes e adultos. Coloque os produtos de limpeza em prateleiras altas ou, de
preferência, em locais fechados com chave
e cadeado. Em caso de envenenamento,
não ofereça líquido à vítima e não provoque
vômito. No caso de acidentes pela ingestão
acidental desses produtos, acione imediatamente a equipe de resgate médico pelo
telefone 193.
Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de
Imprensa da Secretaria da Saúde
Catapora: é bom ficar alerta
MILTON MICHIDA
“Medicamentos são a maior
causa das internações infantis.
Muitas vezes, as crianças acham
que os remédios, principalmente
os de sabor doce, são balas e acabam engolindo em grandes quantidades”, afirma Ricardo Vanzetto,
gerente médico do Grupo de Resgate
e Atendimento às Urgências (Grau),
da secretaria.
Produtos de limpeza armazenados em garrafas pet também ofe-
recem grande risco, pois as cores chamativas podem lembrar sucos ou refrigerantes.
Em caso de ingestão de algum produto, é
importante que os pais ou responsáveis não
ofereçam água ou provoquem vômito na
criança, já que tais medidas podem agravar
ainda mais o quadro.
“O correto é que os pais encaminhem
as crianças imediatamente ao pronto-socorro mais próximo ou entrem em contato com
os bombeiros, pelo número 193, que uma
equipe irá até o local para prestar os atendimentos necessários”, diz Vanzetto.
CLEO VELLEDA
SP tem duas intoxicações por dia
Vacina contra a catapora também protege contra caxumba, rubéola e sarampo
Até julho, foram confirmados 2.168 casos
de catapora em crianças até 9 anos, informa o
Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE),
ligado à Secretaria Estadual da Saúde. Diante
desse dado, o Instituto de Infectologia Emílio
Ribas, referência no tratamento de doenças
infecciosas para a América Latina, alerta a
população quanto aos cuidados para prevenir
e evitar a disseminação da doença.
A catapora atinge principalmente crianças, mas adultos infectados com o vírus
requerem cuidados especiais, sobretudo se
tiverem outras doenças associadas, pois eleva
o risco de complicações. Altamente contagiosa, a patologia caracteriza-se pela presença
de febre e de pintas vermelhas espalhadas em
todo o corpo, que evoluem para crostas, até a
cicatrização. Durante esse período, os sintomas são parecidos com os de um resfriado:
febre e mal-estar. A catapora é transmissível
mesmo sem ter aparecido na pele.
A infectologista do Emílio Ribas, Yu
Ching Lian, diz que após a contaminação
deve manter o resguardo em casa, com descanso e higiene adequada: “Crianças sem
disfunção imunológica não precisam tomar
medicação especial. O ideal é lavar as lesões
com sabão normal durante o banho, secar,
não usar nenhum tipo de pomada e não fazer
curativo”. Para quem tem doenças como câncer e HIV, o recomendado é a internação para
tratar adequadamente e evitar complicações.
Imunize as crianças – A médica
explica, ainda, que os locais de maior contaminação do vírus em crianças são as escolas
e creches. Por isso, após constatar a catapora, é importante afastar a criança de
ambientes coletivos, procurar o médico e
começar a tratá-la imediatamente.
A vacina contra a catapora é a forma
mais segura de prevenir a doença. A tetraviral
(que também protege contra caxumba, rubéola e sarampo) é aplicada em crianças com
15 meses, após ter recebido a tríplice aos 12
meses. Caso a tríplice não tenha sido ministrada, basta procurar o posto de saúde mais
próximo. Neste caso, a tetraviral é aplicada
após 30 dias.
Da Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de
Imprensa do Instituto de Infectologia Emílio Ribas
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013 às 02:04:31.
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SP tem duas intoxicações por dia