PLANTAS MEDICINAIS ENCONTRADAS NO PARQUE MUNICIPAL NATURAL DA TAQUARA E ENTORNO Aluno: BEATRIZ DO NASCIMENTO VALENTE Colaboradores: Orientador: WELLINGTON R. DE MATOS Curso / Instituição de Ensino Superior: UNIVERSIDADE UNIGRANRIO Introdução / Objetivos / Material e Métodos / Conclusões / Resultados / Referências Bibliográficas Introdução: A etnobotânica estuda a inter-relação do homem com as plantas no ecossistemas onde estão inseridos, analisando desta forma seu contexto natural e social (Piva 2002). A muito tempo as plantas são utilizadas como recurso medicinal, sejam espécies naturais ou cultivas especialmente para esse uso. Essa tradição cultural se baseia no acúmulo de informações ao longo de várias gerações (Lima et al. 2009) Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) cerca de 80% da população mundial depende do uso desses recursos naturais, sobretudo em países em desenvolvimento (Rates 2001, Pinto-Sobrinho et al. 2012). Localizado no corredor ecológico que fica entre a Serra dos Órgãos, a APA Petrópolis e a Reserva Biológica do Tinguá, o Parque Municipal Natural da Taquara possui área total de aproximadamente 20,8 hectares, apresenta uma variação de vegetação que abrange áreas de pasto, vegetação secundária e Floresta Ombrófila. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo fazer o levantamento etnobotânico das plantas medicinais utilizadas pela população de entorno do Parque Natural Municipal da Taquara, em Duque de Caxias. Material e Métodos: Para esse levantamento foi utilizando o métodos conhecido como “Snow ball” na obtenção de dados para a descrição das plantas e suas características medicinais, por parte dos informantes. A literatura especializada, bem como a ajuda de especialista serviu para a identificação das espécies citadas pelos informantes. Resultados: Foram descritas 55 espécies distribuídas por 36 famílias. Destas Fabaceae (5) e Lamiaceae (4), Asteraceae (3) e Urticaceae (3) foram as famílias com mais representantes citados. Estes resultados são similares ao encontrados num estudo da mesma natureza realizado no entorno da Reserva Biológica do Tinguá, onde estas famílias também aparecem com grande contribuição para a riqueza de espécies. A parte da planta mais utilizada nos preparos são as folhas e boa parte das plantas são indicadas para tratamento de afecções relacionadas aos sistemas excretor e digestório. Outros trabalhos também citam a folha como parte mais utilizada das plantas para fins medicinais. A principal forma de preparo dessas ervas é o chá. O estudo das plantas caracterizadas como medicinais é de extrema importância para que não se perca a informação cultural, assim podendo colaborar com pesquisas à cerca de seus princípios ativos e características bioquímicas, futuramente. Muitas das plantas citadas como cultivadas na região são citadas em outros estudos etnobotanicos como sendo comercializadas na região do Grande Rio. Conclusões: A população que vive próximo as áreas florestais acumulou ao longo de tempo um grande conhecimento sobre as formas de utilizada a biodiversidade. É necessário registrar e sistematizar esses usos afim de preservar esse conhecimento. Muitas das plantas citadas ainda não tem seu potencial terapêutico confirmado cientificamente, demonstrando-se assim a necessidade de mais estudos nesta área. Referências Bibliográficas: Lima, E.P.R., Maia, M.S., Matos, W.R., 2009. Levantamento das plantas medicinais comercializadas na feira livre do município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil. Saúde Ambiente Rev. 4, 34-39. Pinto-Sobrinho, F. A. ; Guedes-Bruni, R. R. ; Christo, A. G. . Uso de plantas medicinais no entorno da Reserva Biológica de Tinguá, Nova Iguaçu, RJ. Revista Acadêmica: Ciências Agrárias e Ambientais (PUCPR. Impresso) , v. 9, p. 195-206, 2012. Piva, M. da G., O caminho das plantas medicinais: estudo etnobotânico. Rio de Janeiro: Mondrian, 2002. 320 p. Rates, S. M. K. Plants as source of drugs. Toxicon, v. 39, n. 5, p. 603-613, 2001. Bolsa de Iniciação Científica (IC): O resumo deverá conter obrigatoriamente apenas 1(uma) página. PROPEP 2015