PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS EM HORTAS COMUNITARIAS NA
ZONA NORTE DE TERESINA
Francisco Ivan da Silva1*, Eurípedes Siqueira Neto2, Jackson Araújo Lima3, Miguel de
Castro Silva4, Teodorico Cavalcante Lira5, Allana Kellen Lima Santos6, Sidney Gonçalo
de Lima7, José Milton Elias De Matos8
1,2,3,4,5
Departamento de Química (DQ) - Universidade Federal do Piauí (UFPI) ,
do Curso de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
6,7,8
Docentes
Email: [email protected]
Resumo
Com o desenvolvimento da química orgânica e farmacológica, a tecnologia vem
nos últimos anos conciliando a medicina popular com a medicina convencional, através
do uso das plantas medicinais. Assim a avaliação desta tem interesse da população leiga
e atrai a atenção científica por parte de inúmeros profissionais interdisciplinares. Dessa
forma serão realizadas pesquisas sobre as várias plantas medicinais conhecidas na
cidade de Teresina buscando o seu motivo de uso devido às suas inúmeras aplicações
terapêuticas e seus constituintes químicos. Onde citam sua utilização desde as cascas até
raízes, sejam na forma de chás, garrafadas, triturações, entre outras formas.
Palavras-chave: Plantas Medicinais, Aplicações Terapêuticas, Medicina Popular.
Introdução.
As plantas têm sido desde a antiguidade, um recurso ao alcance do ser humano.
assim a humanidade utiliza os vegetais para alimentação, proteção da saúde e alívio de
seus males desde o princípio de sua existência na Terra. No início da civilização havia
forte dependência do homem em relação à flora. Aos poucos as plantas foram
selecionadas e classificadas, surgindo assim as técnicas de cultivo. As plantas com
valores terapêuticos foram usadas empírica e tradicionalmente, passando o
conhecimento de geração para geração1. Assim a humanidade utiliza os vegetais para
alimentação, proteção da saúde e alívio de seus males desde o princípio de sua
existência na Terra. É essa utilização das plantas para o tratamento de doenças que
atraem o interesse de pesquisadores em estudos envolvendo áreas multidisciplinares,
como por exemplo, botânica, farmacologia e fitoquímica, hoje, também estar se
consolidando como um ramo da medicina conhecido como fitoterapia. A fitoterapia,
apesar de ser considerada por muitos como uma terapia alternativa, não é uma
especialidade médica, e se enquadra dentro da chamada medicina alopática1.Há
inúmeros medicamentos no mercado que utilizam em seus rótulos o termo "produto
natural". Produtos à base de ginseng, carqueja, guaraná, confrei, ginko biloba,
espinheira santa e sene são apenas alguns exemplos. Eles prometem, além de maior
eficácia terapêutica, ausência de efeitos colaterais. No entanto, é preciso ter cautela. A
crença popular de que as plantas não fazem mal, faz com que o quadro fique um tanto
distorcido. "Havia um conceito pré-estabelecido, popular de que o que vem da natureza
não faz mal. Isso não é correto1. já que todo medicamento inclusive os fitoterápicos,
deve ser usado segundo orientação médica.
Segundo a ANVISA fitoterápicos são medicamentos preparados exclusivamente
com plantas medicinais ou partes destas como raízes, cascas, folhas, flores ou sementes
que possuem propriedades reconhecida de cura, prevenção de doenças em geral. O uso
adequado dessas preparações traz uma série de benefícios para a saúde humana, entre
outros. Associado às suas atividades terapêuticas está o seu baixo custo; a grande
disponibilidade de matéria-prima (plantas)2, sendo o Brasil um pais privilegiado3.
QUÍMICA DAS PLANTAS MEDICINAIS
Princípios Ativos Presente nas Plantas
As plantas sintetizam compostos químicos a partir dos nutrientes da água e da
luz que recebem tais como, Alcalóides, Fenóis, Flavonóides, Óleos Essenciais,
Terpenos, Saponinas e Vitaminas. Muitos desses compostos ou grupos deles podem
provocar reações nos organismos, esses são os princípios ativos, uma pequena planta
não tem apenas um princípio ativo, ela é composta bioquimicamente por diversas
classes de metabólitos especiais. A seguir identificam-se os principais princípios ativos
encontrados nas plantas. Isto possibilitará identificarmos diversas plantas com estes
agentes bioquímicos tornando possível uma variação maior na composição de agentes
fitoterápicos4.
METODOLOGIA
Esta pesquisa foi desenvolvida no mercado central e em seis hortas
comunitárias distribuídas nos cinco bairros: Matinha, São Joaquim, Poti Velho, São
Francisco e Mocambinho, da cidade de Teresina-PI. Foi feito o levantamento de dados
para catalogar as diferentes espécies de plantas assim como suas utilidades fitoterápicas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas, uma no mercado central (M.C) de
Teresina, localizado no centro norte, bairro Centro, e a outra em seis hortas
comunitárias distribuídas nos cinco bairros: Matinha, São Joaquim, Poti velho, São
Francisco e Mocambinho, da cidade de Teresina-PI.
Foram catalogados 64 tipos de plantas, onde esse número se reduziu a 9 espécies
que foram estudadas com mais detalhe. Esse número é devido às espécies encontradas
nas hortas (segunda parte da pesquisa), onde foram catalogadas 12 espécies de planta,
sendo 9 comum duas regiões(MC e horta). O número elevado de espécies catalogadas
no mercado é justificado pelo fato, que as plantas que ali estão, são oriundas não só da
flora local, mas sim de todo o país. Já nas hortas o número é menor devido, seu cultivo
ser local, não possuindo muitas espécies, devido os fatores climáticos, ao solo, umidade
entre outros fatores.
Dentre as plantas catalogadas estão: alfavaca, manjericão, folha de vick,
gengibre, mastruz, tipi, malva do reino, noni e babosa. Assim fez-se um levantamento
bibliográfico na literatura sobre os constituintes químicos. Desta maneira pode se
verifica a aplicações farmacológicas das plantas medicinais coletadas conhecendo a
funcionalidade de seus princípios ativos, tal como a sua aplicabilidade medicinal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Toda história da medicina encontra-se ligada às plantas medicinais, que são uma
importante fonte de substâncias biologicamente ativas, isto é, que apresentam algumas
atividades sobre o metabolismo de um organismo vivo, ou seja, atividades
farmacológicas.
Há uma grande diversidade de compostos orgânicos que são encontrados em
plantas, cujas estruturas apresentam propriedades químicas que podem ser utilizadas
muitas vezes, diretamente ou indiretamente, para o desenvolvimento e síntese de um
grande número de fármacos.
O reconhecimento e o resgate da sabedoria popular sobre plantas medicinais são
fundamentais, pelo fato da fitoterapia caseira ser uma fonte de cura, sendo muitas vezes,
a única, devido à falta de outros recursos para cuidar da saúde. A cultura popular
representa a base de informação para a pesquisa científica como um todo incluindo a
indústria farmacêutica. As plantas medicinais são alternativas saudáveis, eficientes e de
baixo custo no tratamento de enfermidades.
Dessa forma, espera-se que tal levantamento bibliográfico acerca das plantas
medicinais utilizadas em Teresina contribua para o desenvolvimento científico das
ciências interdisciplinares que auxiliam esse trabalho e possa com certeza ser utilizada
para o bem estar físico e emocional do homem.
REFERÊNCIAS
1-Jacoby, C.; Coltro, E. M.; Sloma, D. C.; M.; Müller, J.; Dias, L.A.; Luft, M.; Beruski,
P.; Rondon Neto, R.M. Rev. Ciên Ex e Naturais, 2002.
2- Pedro Pinto, E. P.; Mello Amorozo, M. C.; Furlan A.; Acta bot,2006, 751-762
3-Sheldon, J. W.; Balick, M. J.; Laird, S. A.; New York Botanica Garden, 1997, 104.
4-Arnous, A.H.; Santos, A.S.; Beinner, R.P.C. Rev. Esp Para a Saúde, 2005.
Download

PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS EM HORTAS