LEVANTAMENTO SOBRE O USO RACIONAL DE PLANTAS
MEDICINAIS NO CENTRO DE REFERÊNCIA DA PESSOA
IDOSA DE BELO HORIZONTE
Amanda Rodrigues de Freitas¹
Camila Morais Semião¹
Grazielle Souza Damasceno¹
Larissa Barbosa Vieira¹
Lílian Chaves Pereira¹
Marcela Elisa Pena Belém¹
Francielda Queiroz Oliveira²
RESUMOA terapia a base de plantas medicinais é comum entre os idosos, porém muitas vezes é inadequada, pela ausência de orientações quanto a sua
realização. Com o objetivo de verificar essa realidade e promover a saúde, realizou-se uma visita ao Centro de Referência da Pessoa Idosa em Belo Horizonte,
onde apresentou-se uma palestra, na qual foram levantados dados sobre o uso racional de plantas medicinais. Através de um questionário, observou-se que
as plantas medicinais mais citadas pelos participantes foram erva-cidreira, hortelã e camomila e as principais doenças crônicas relatadas por eles foram hipertensão e diabetes. Os entrevistados possuem o hábito de cultivar as plantas medicinais em casa e a infusão foi o método mais citado nas preparações de chás.
Estes têm a finalidade de tratar transtornos menores, como gripes e resfriados. Diante dos dados observados, notou-se a importância de ações que informem a
população sobre o uso de correto de plantas medicinais.
PALAVRAS-CHAVE: Promoção da saúde. Plantas medicinais. Farmacêutico.
INTRODUÇÃO
plantas medicinais e os fitoterápicos. Sabe-se que a utilização
O número de pessoas idosas está em crescente expansão
de derivados vegetais é muito ampla no mundo todo (MACE-
no Brasil. A cada ano que passa acrescenta-se 200 mil pesso-
DO; OSHIIW; GUARIDO, 2007; VEIGA JUNIOR, 2008; BALBINO;
as maiores de 60 anos à população brasileira, o que gera uma
DIAS, 2010). A utilização é grande uma vez que estes produtos
importante demanda para o sistema de saúde (SECRETARIA
naturais representam uma alternativa frente ao alto custo dos
DE SAÚDE DE ESTADO DE MINAS GERAIS, 2006). Diante des-
medicamentos sintéticos nos países subdesenvolvidos e prin-
te cenário, torna-se cada vez mais essencial a implantação de
cipalmente pelo fato de as pessoas acharem que tudo o que
programas que tenham como objetivo a promoção da saúde
possui origem natural nunca irá fazer mal, que esses produtos
do idoso, para assim tentar proporcionar um envelhecimento
não apresentam nenhuma contraindicação e que eles são inca-
ativo, aumentar a expectativa de vida saudável e melhorar a
pazes de provocar reações adversas (TUROLLA; NASCIMEN-
qualidade de vida de todas as pessoas que estão envelhecen-
TO, 2006). Porém, a maior parte dos fitoterápicos e das plantas
do (SILVESTRE; COSTA NETO, 2003; VENDRUSCOLO; MAR-
medicinais usados no processo de automedicação não possui
CONCIN, 2006).
perfil tóxico bem conhecido e é fato que a utilização incorreta
Os idosos necessitam mais dos serviços de saúde, são
internados mais frequentemente e ocupam por mais tempo os
destes produtos pode acarretar graves problemas (SILVEIRA;
BANDEIRA; ARRAIS, 2008).
leitos hospitalares do que os indivíduos de outras faixas etárias.
A utilização das plantas medicinais como recurso terapêuti-
Em geral, suas doenças são múltiplas e crônicas e exigem o
co é bastante difundida em todo o mundo. Atualmente, mesmo
acompanhamento de profissionais da área de saúde. Doenças
com a enorme variedade de medicamentos alopáticos disponí-
que antes eram caracterizadas por infecções, hoje, foram subs-
veis no mercado farmacêutico, foi comprovado que a terapêu-
tituídas por diabetes, doenças cardiovasculares, cânceres e de-
tica a base de plantas medicinais é ainda uma das principais
pressão (MARLIÉRE et al., 2008).
formas de tratamento utilizadas pelos idosos. Isso acontece,
Dentre os inúmeros meios utilizados pelos médicos e pelo
muitas vezes, devido à resistência que os idosos têm frente à
próprio idoso para tratar estas doenças que ele adquire estão as
medicina moderna ou então, quando eles visam simplesmente
236 | PÓS EM REVISTA
complementar a medicação prescrita pelo médico (LIMA; RENOVATO, 2010).
com outros medicamentos (VIEIRA, 2007).
Neste contexto, foi estabelecido o objetivo de fazer um le-
E esse fato é bastante preocupante, pois somando-se ao
vantamento a respeito das principais plantas medicinais utili-
uso das plantas medicinais e dos fitoterápicos, sabe-se que
zadas pelos idosos que frequentam o Centro de Referência da
a maioria necessita tomar diariamente medicamentos alopáti-
Pessoa Idosa - CRPI, identificar as doenças mais frequentes e
cos para tratar distúrbios que aparecem ao longo da idade e
os principais medicamentos alopáticos utilizados por eles para
distúrbios predisponentes (VEIGA JUNIOR, 2008). E essas com-
tratá-las e, por fim, identificar as possíveis interações medica-
binações de medicamentos alopáticos, fitoterápicos e plantas
mentosas que possam prejudicar a saúde dos idosos do CRPI.
medicinais nem sempre são perfeitas e eficientes, podendo ha-
Diante destes dados, procurou-se desenvolver ações educa-
ver o aparecimento de interações medicamentosas e reações
tivas a respeito do assunto, visando à promoção da saúde e
adversas graves, que são desconhecidas pelo idoso e muitas
contribuindo para sua melhor qualidade de vida. O presente
vezes até pelos médicos e outros profissionais da área (MARLI-
trabalho teve como objetivo também a troca de experiências,
ÉR et al., 2008).
uma vez que o conhecimento popular é de extrema valia para os
A toxicidade causada pelos produtos de origem vegetal
acadêmicos e para os profissionais.
pode parecer sem importância se comparada com a toxicidade
causada pelos medicamentos convencionais, mas é um sério
problema que pode trazer consequências drásticas. As plantas
medicinais podem causar reações adversas devido aos seus
próprios constituintes, devido a interações com os medicamentos ou alimentos e ainda devido às características do paciente:
idade, sexo, estado de saúde, estado nutricional e características genéticas (BALBINO; DIAS, 2010).
A identificação errônea das espécies vegetais, o preparo
incorreto e o uso diferente da forma tradicional podem ser extremamente perigosos para o usuário, podendo levar a superdosagem, reações adversas graves e redução da eficácia do
produto. Podem também potencializar ou reduzir a eficácia dos
medicamentos alopáticos, prejudicando os tratamentos convencionais instituídos pelo médico (BALBINO; DIAS, 2010).
No entanto, apesar dos problemas que o uso inadequado
dos produtos de origem vegetal pode causar, é de suma importância ressaltar que as plantas medicinais e os fitoterápicos podem trazer inúmeros benefícios para os idosos, como também
para a população em geral, se forem utilizados com extremo
cuidado e com orientação do farmacêutico, que é o profissional
que tem mais conhecimento para dar orientações a respeito do
assunto (BRASILEIRO et al., 2008).
O farmacêutico, a partir de seus conhecimentos sobre farmacobotânica e farmacognosia, será capaz de orientar adequadamente a terapêutica a base de plantas, fornecendo informações a respeito das diversas espécies, para que distúrbios elas
podem ser utilizadas, como elas podem ser utilizadas, como devem ser coletadas e armazenadas, como devem ser preparadas
corretamente, quanto do produto se deve tomar diariamente,
entre outras informações importantes. Ele também saberá avaliar o risco e benefício da utilização de plantas medicinais e de
fitoterápicos em determinadas patologias e o uso concomitante
METODOLOGIA
O estudo foi realizado no Centro de Referência da Pessoa
Idosa em Belo Horizonte - MG, que desenvolve ações educativas visando à promoção da cidadania e inclusão social da
pessoa idosa. No local são desenvolvidas atividades dos programas Vida Ativa, Academia da Cidade e Saúde na Praça,
dança sênior, biodança, informática, dança de salão e cigana,
oficina de memória e diversas oficinas de artes, grupo de teatro,
além da realização de palestras, campanhas educativas, ensino
fundamental e alfabetização através da Educação de Jovens e
Adultos - EJA. Estas ações educativas visam à promoção da
cidadania e inclusão social da pessoa idosa.
Foi realizado contato prévio com a coordenadora do CRPI,
Márcia Figueiredo, para esclarecimento sobre o objetivo do trabalho e obtenção de autorização para realização e divulgação
de uma palestra sobre o uso racional de plantas medicinais e
fitoterápicos para os idosos.
Posteriormente foi realizada no dia 10 de abril uma aula de
teatro com a professora Beth Haas e alguns idosos para a preparação de um teatro e algumas orientações para serem apresentadas na palestra. Neste mesmo dia foi reforçado o convite
para a presença de todos os idosos. O objetivo desta aula foi
adequar a linguagem e o tempo.
No dia 16 de abril foi iniciada às 15 horas, a palestra sobre o
uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos para os idosos
e foi feita a solicitação para que os presentes respondessem a
um questionário, que se tornou guia para a discussão e elaboração do presente artigo. O questionário contava com questões
abertas e fechadas relativas ao uso das plantas medicinais e
medicamentos fitoterápicos. Questões como plantas medicinais
mais utilizadas, forma de preparo e finalidades do uso foram
PÓS EM REVISTA l 237
abordadas. Com base nos dados coletados nos questionários
RESULTADOS E DISCUSSÃO
foram calculadas as porcentagens relativas às questões abor-
Realizou-se uma palestra com o tema: uso de plantas me-
dadas e algumas destas representadas em forma de gráficos.
dicinais e fitoterápicos, no CRPI em Belo Horizonte. Obteve-se
A palestra iniciou-se com um breve teatro mostrando uma
65 participantes, dentre os quais 32 pessoas com idade média
situação de uso incorreto de plantas medicinais e as consequ-
de 65 anos de idade responderam a um questionário relacio-
ências a que esse ato pode levar, seguido de orientações sobre
nado com a utilização de plantas medicinais, com objetivo de
uso correto, coleta, armazenagem, interações medicamentosas,
traçar um perfil dos entrevistados e compreender melhor o uso
informações sobre algumas plantas mais popularmente conhe-
de plantas medicinais e fitoterápicos neste grupo.
cidas, entre outros. Também foi reforçada a importância de pro-
Durante o evento foi possível observar que 87% das pesso-
curar orientação com o profissional farmacêutico sempre que
as entrevistadas eram do sexo feminino. Quando questionadas
se desejar utilizar plantas medicinais. Terminada a apresentação
se praticavam atividades físicas 94% responderam que sim. Este
e esclarecidas as dúvidas dos idosos presentes, foi oferecido
cenário condiz com o perfil dos participantes, uma vez que estes
pelas alunas um momento de chá com biscoito. Durante este
frequentam o CRPI, que é um local onde os idosos podem se
momento foi entregue um informativo sobre a forma correta de
exercitar fisicamente e psicologicamente. Vendruscolo e Mar-
preparação de chás e os participantes da palestra foram presen-
concin (2006), atividades como ginástica, teatro, dança e aulas
teados com uma amostra de duas plantas medicinais: camomila
de pintura auxiliam no envelhecimento saudável, por proporcio-
e erva-doce.
nar convivência grupal, desenvolvimento físico, atualização so-
Durante o chá com biscoitos alguns idosos procuraram as
ciocultural e autonomia dos idosos.
alunas para tirar mais algumas dúvidas. Algumas foram esclare-
No gráfico 1, observa-se que a maioria dos idosos entre-
cidas no momento com base nos conhecimentos já adquiridos
vistados eram hipertensos ou apresentavam a associação de
em sala de aula e outras questões foram anotadas e pesquisa-
diabetes e hipertensão. De acordo com estudos realizados pelo
das posteriormente. Estas foram encaminhadas à coordenação
programa de saúde do idoso, 65% dos idosos brasileiros são hi-
do CRPI para que pudessem ser repassadas aos idosos.
pertensos e a diabetes atinge 20% das pessoas idosas com idade superior a 70 anos (PROGRAMA SAÚDE DO IDOSO, 2003).
Como as doenças do aparelho circulatório corresponde a
-se, no presente estudo, que todos os entrevistados, que apre-
37,7% das principais causas de mortalidade entre os idosos bra-
sentam doenças crônicas, estavam sob tratamento farmaco-
sileiros é importante um tratamento seguro, eficaz e adequado
lógico. Os medicamentos inibidores da enzima conversora de
para cada paciente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). Constatou-
angiotensina e os antagonistas â-adrenérgicos foram os mais
238 | PÓS EM REVISTA
relatados para o tratamento da hipertensão. O fármaco utilizado
de algumas plantas medicinais como o picão, a folha de algo-
pelos diabéticos da pesquisa era a metformina.
dão e capim-cidreira, diante disso disponibilizou-se um folheto
Com objetivo de levantar dados sobre as possíveis influ-
informativo com as seguintes informações:
ências para a utilização das plantas medicinais, questionou-se
a)infusão: deve-se colocar a planta medicinal em um
como os entrevistados adquiriram seus conhecimentos sobre as
recipiente, adicionar água fervente e tampar por 15 mi-
plantas medicinais, se possuíam as mesmas em suas casas e
nutos depois filtrar o chá e tomá-lo em até 24 horas, este
se já moraram na zona rural. Verificou-se que 62% tiveram como
método é indicado para folhas ou flores como óleos es-
referência, em relação ao uso das plantas medicinais, seus an-
senciais, elas possuem cheiro bem característico como
tepassados, sendo os mais citados os pais e avós. E 58% já
a hortelã, guaco, erva-doce, camomila, transagem, erva-
moraram no interior de Minas Gerais.
-cidreira, funcho, o gengibre e a canela também podem
Do total dos entrevistados 69% cultivavam plantas medici-
ser preparados desta maneira.
nais nos quintais de suas casas, sendo as mais citadas: boldo
b) decocção: deve-se colocar a planta medicinal junto
(Plectranthus sp.), hortelã (Mentha sp.), capim-cidreira (Cym-
com a água em uma vasilha e levar ao fogo, depois que
bopogon citratus (DC.) Stapf), alecrim (Rosmarinus officinalis
começar a ferver, deixar mais 20 minutos e em seguida
L.) e funcho (Foeniculum vulgare Mill). Entre os entrevistados
retirar do fogo, é recomendado o consumo do chá em
53% relataram que desconheciam o significado de fitoterápico.
até 24 horas, este método é indicado para raízes, rizo-
Quando questionados quanto à utilização das plantas medici-
mas, caules e cascas, por exemplo valeriana, romã.
nais no tratamento de enfermidades, nove pessoas as utilizavam
c) maceração: deve-se colocar a planta medicinal em
para aliviar os sintomas da gripe e resfriado, três com objetivo de
um recipiente com água filtrada, em temperatura am-
evitar a insônia e três para promover efeito calmante. O restan-
biente, durante em média 20 minutos, deve ser con-
te dos participantes as utilizava para outras finalidades ou não
sumido em até 24 horas. Alguns exemplos são: sene,
responderam. Em estudo semelhante, Lima e Renovato (2010),
boldo peludo.
foi constatado que os idosos entrevistados utilizavam as plantas
medicinais para tratarem transtornos menores como gripe e resfriado. Comparando os dois estudos observa-se que a população idosa vê as plantas medicinais como uma alternativa para o
tratamento de sintomas mais simples.
Perguntou-se também quanto ao costume de tomar chás e
obteve-se uma porcentagem de 72%. A maioria dos idosos preparam seus chá pelo método de infusão. Durante a palestra os
participantes questionaram sobre a forma correta de preparação
O gráfico 2 refere-se às plantas mais usadas nas preparações de chás pelos entrevistados no presente estudo. Observa-se que a hortelã, o capim-cidreira, a camomila, o boldo e o alecrim são as plantas medicinais mais utilizadas. Este fato pode
estar relacionado à disponibilidade de plantas medicinais nas
casas dos idosos, uma vez que observou-se que o boldo, a hortelã, o capim-cidreira e o alecrim são as plantas mais cultivadas
pelos participantes.
PÓS EM REVISTA l 239
Finalizando o questionário, os idosos foram questionados
realizadas por profissionais da saúde.
a respeito dos malefícios causados pelas plantas medicinais.
A preocupação com a polimedicação e as possíveis inte-
Mais da metade dos entrevistados responderam que as plantas
rações devem ser preocupações constantes do farmacêutico,
medicinais não fazem mal. Em estudo semelhante, Lima e Reno-
e deve ser redobrada com idosos uma vez que esta população
vato (2010), obteve-se o mesmo resultado. Esta crença acarreta
está em constante crescimento. A população tem grande conhe-
riscos à saúde dos idosos, uma vez que estes usam as plan-
cimento, mas nota-se que há ainda muitas dúvidas e mitos que
tas medicinais na maioria das vezes sem orientação médica ou
devem ser esclarecidos.
farmacêutica. Os fármacos alopáticos são usados pelos idosos
Profissionais da saúde como o farmacêutico são essenciais
corriqueiramente, o que aumenta os riscos de interações medi-
e contribuem para a promoção desta, informam a população,
camentosas e reações adversas (BALBINO; DIAS, 2010).
minimizando riscos e trazendo educação, que é a ferramenta
Um profissional importante neste contexto é o farmacêutico
(VIERA, 2007). Como se observou no presente estudo e em estu-
mais importante para a melhoria da qualidade de vida em qualquer âmbito.
dos de mesmo caráter, a maioria dos idosos tratam suas doenças
com medicamentos sintéticos e tomam chás, o que torna necessária a intervenção em casos de possíveis interações e aparecimento de reações adversas e o acompanhamento dos pacientes
idosos durante todo o tratamento, por um profissional capacitado.
Além disso, o farmacêutico pode orientar quanto ao uso racional
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direção ao uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos. Revista
Brasileira de Farmacognosia, Brasília, v. 20, n. 6, p. 992-1000, dez.
2010.
das plantas medicinais, visando à promoção da saúde.
CONCLUSÃO
Diante desse contexto, foi possível concluir que o uso racio-
BRASILEIRO, Beatriz Gonçalves et al. Plantas medicinais utilizadas pela
população atendida no “Programa de Saúde da Família”, Governador
Valadares, MG, Brasil. RBCF - Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 44, n. 4, p. 629-636, dez. 2008.
nal das plantas medicinais é de grande importância na qualidade
de vida da população, mas para que isso ocorra é fundamental
a orientação correta para a promoção da saúde. Sendo assim,
o farmacêutico é um profissional qualificado, uma vez que cursa
disciplinas referentes ao uso de plantas e detém conhecimento
LIMA, Silvia Cristina da Silva; RENOVATO, Rogério Dias. As representações e usos de plantas medicinais em homens idosos no cotidiano.
2010.
Disponível em: <http://periodicos.uems.br/index.php/enic/article/,iew/>.
Acesso em: 13 fev. 2012.
para orientar e fazer intervenções, uma vez que se não forem
utilizadas corretamente, as plantas medicinais podem trazer malefícios à saúde.
Os idosos, mesmo com todo conhecimento adquirido com
o tempo, precisam ser orientados, pois possuem muitas dúvi-
MACEDO, A.F.; OSHIIWA, M.; GUARIDO, C.F. Ocorrência do uso de
plantas medicinais por moradores de um bairro do município de Marília-SP. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. São
Paulo, v. 28, n.1, p.123-128, ago. 2007.
das sobre o assunto mesmo com toda a experiência de vida.
Geralmente é a parte da população que mais precisa desse tipo
de orientação, já que possui doenças crônicas e para tratá-las
utilizam medicamentos sintéticos que por sua vez podem intera-
MARLIÉR, Lucianno D. P. et al. Utilização de fitoterápicos por idosos: resultados de um inquérito domiciliar em Belo Horizonte (MG), Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia, Brasília, v.18, p. 754-760, dez. 2008.
gir com o princípio ativo das plantas utilizadas, causando efeitos
inesperados e indesejáveis.
As plantas medicinais trazem muitos benefícios, e por isso
é importante disponibilizar informações referentes a elas, já que
podem ser usadas para o bem da população. Ações que visem
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento. Brasília, 2010. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume12.pdf> Acesso
em: 21 abr. 2012.
a educação sanitária, a melhora da qualidade de vida e o conhecimento da realidade dos pacientes são essenciais, engrandecem profissionais e diminuem riscos à saúde. A desmistificação
de velhas crenças e a construção de um novo conhecimento
são resultados de tais ações, por isso, devem ser incentivadas e
240 | PÓS EM REVISTA
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS. Saúde em
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NOTAS DE RODAPÉ
¹Acadêmicas do curso de Farmácia do Centro Universitário Newton Paiva.
²Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Minas
Gerais, Professora das disciplinas Farmacobotânica e Farmacognosia
do curso de Farmácia do Centro Universitário Newton Paiva.
PÓS EM REVISTA l 241
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levantamento sobre o uso racional de plantas medicinais no centro