Introdução à Mecânica Clássica (MCS) Aulas (período noturno): 4as-feiras: Três aulas de teoria (Prof. Gildo) 5as.-feiras: Duas aulas de laboratório (Profs. Gildo e Edson) Conteúdo: Grandezas escalares e vetorias do movimento; Leis de Newton; Aplicações: forças peso, normal e de atrito; plano inclinado; partículas em equilíbrio. Cinemática e Relatividade. Avaliação: Teoria: Duas avaliações individuais, Atividades em grupo (60%) Laboratório: Relatórios/sínteses, Apresentação em grupo (40%) Bibliografia: HALLIDAY,D. RESNICK, R. Fundamentos da Física, vol. 1. Ed. LTC. GREF, Física 1: mecânica. Ed. EDUSP. Movimentos no Cotidiano Catalogar “coisas”: Carro, Planetas, Alicate, Relógio, Ponte, Macado de auto, Força, Prédio, Velocidade, Motor, Energia, Elevador, Avião, Ventilador, Guindaste, Aceleração, etc. Translação Planetas, Carro, Avião, Futebol Rotação Planetas, Relógio, Motor, Ventilador Classificá-las em categorias: Equilíbrio Ponte, Avião, Guindaste, Prédio Ampliação de Forças Alicate, Guindaste, Macaco auto Outros Velocidade, Força, Aceleração, Enenergia Proposta do GREF: Mapear o universo de temas estudados em mecânica, estabelecendo uma “ponte” entre o conhecimento informal do aluno e os conceitos físicos Antes, um pouco (pouco mesmo) de história Aristóteles (384-322 AC): Movimento em meios resistivos Celestial: movimento circular uniforme Movimento Natural Terrestre: retilíneo, para baixo/cima, como uma pedra caindo Movimento Violento (“Forçado”) Outros tipos de movimento, como o lançamento de uma pedra por uma pessoa Antes, um pouco (pouco mesmo) de história Causas aristotélicas do movimento Necessidade de causa motora para o movimento Movimento não-inercial Movimento Celestial Inteligências Celestiais / Espíritos Movimento terrestre Lugar natural dos quatro elementos: terra, ar, água e fogo Movimento Violento Projéteis: causado pelo meio Antiperistasis: O projétil empurra o ar, que por sua vez contorna-o e por trás o empurra para a frente. Antes, um pouco (pouco mesmo) de história “Leis” no movimento violento Velocidade Força e velocidade Força ( potência motora) Re sistência do meio Corpos em queda Corpos caem com velocidade constante: maior a massa, maior a velocidade. E o vazio (vácuo)? Meio é causa do movimento Aristóteles: Vazio (vácuo) não existe! Se R = 0, então V é infinita Atomista (384-322 AC): Pedaços ínfimos de matéria Átomos: Requer existência do vazio (vácuo) para o movimento das partículas Vácuo é infinito (Demócrito) Antes, um pouco (pouco mesmo) de história Hiparcos (2a. Séc. AC): Causas motoras internas Causa motora impressa (interna) Causa desaparece gradualmente, movimento diminui Philoponos (séc. 5o. e 6o. DC): Crítica ao meio como causa “Antiperistasis”: o mecanismo aristotélico é absurdo Causa do movimento: causa impressa (interna), que gradualmente desaparece Força e velocidade Velocidade F R Philoponus: movimento no vazio (vácuo) é possível (R=0) Antes, um pouco (pouco mesmo) de história Ockham (1300-1350): Crítica às causas motoras Movimento não é coisa real. Existem apenas corpos em diferentes posições. Não é necessário causa para coisas não reais. Buridan (1300-1358): Impetus Causa motiva impressa: impetus Impetus tem natureza permanente, mas alterada pela resistência impetus velocidade impetus massa Corpos em queda adquirem impetus, aumentando sua velocidade, e causando aceleração. Antes, um pouco (pouco mesmo) de história Galileu Galilei (1564-1642): Inércia, quase lá! Impetus é um efeito e medida do movimento, e não causa dele Planos inclinados: movimento perpétuo Inércia circular: …a velocidade de um corpo se movendo será mantida se as causas externas de aceleração e retardação forem removidas, condição que só ocorre em planos horizontais(*)….. (*) superfícies equidistantes do centro da terra. Referências: “Investigação sobre a natureza do movimento ou sobre história para a noção do conceito de força”, M. Neves, RBEF ,vol. 22, Dez 2000 “Principle of Inertia in the middle Ages”, A. Franklin, American Journal of Physics, Vol. 44 Junho 1976. “Conceitos de Força”, M. Jammer, Ed. Contraponto, 2011. Descrevendo o movimento Que conceitos precisamos para discutir o movimento dos corpos? Posição e tempo: Um corpo está, em um certo tempo (t), numa posição (P), que é medida em função de uma referência. Unidades Posição: metro (m), milímetro = 1/1000 m (mm), etc. Tempo: segundo (s), hora = 3600 s (h), etc. Massa: Cada corpo tem uma qualidade, que chamamos de massa, e que influencia seu movimento. Unidades Grama (g), quilograma = 1000 g (kg), etc. Descrevendo o movimento Trajetória: É o caminho percorrido por um corpo ao longo do tempo, ou o conjunto de posições que ele se encontra em diferentes instantes. Movimento linear: É um movimento que ocorre em uma linha reta Descrevendo o movimento Como medir um movimento? Deslocamento escalar : É a distância percorrida por um corpo Intervalo de tempo: É o tempo transcorrido para fazer um deslocamento Velocidade: Relação entre o deslocamento realizado e o intervalo de tempo transcorrido. Unidades P P2 P1 t t2 t1 P2 P1 P V t 2 t1 t metros/segundo (m/s), Km/h = 1/3,6 m/s, etc. Descrevendo o movimento Calcule sua velocidade para ir do seu trabalho/casa até esta escola. Ele é o mesmo para cada instante da sua viagem? Discuta. Velocidade média: É um valor médio de velocidade ao longo do percurso P Vm t Velocidade instantânea Velocidade média calculada num intervalo de tempo muito pequeno. Definimos como a velocidade no ponto da trajetória P V (t ) lim t 0 t Descrevendo o movimento Velocidade instantânea mudando: aceleração média Aceleração média: É um valor que indica a “rapidez” da variação da velocidade instantânea num intervalo de tempo. V2 V1 V am t t Unidade Unidade de velocidade por unidade de tempo SI: metro/segundo por segundo = m/s2