0 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PARA O MAGISTÉRIO SUPERIOR LAURIMAR ANTONIO GIARETTA HÁBITOS DE CONSUMO DOS MORADORES DO BAIRRO EFAPI EM CHAPECÓ, SC CHAPECÓ – SC 2015 1 LAURIMAR ANTONIO GIARETTA HÁBITOS DE CONSUMO DOS MORADORES DO BAIRRO EFAPI EM CHAPECÓ, SC Projeto apresentado à Área de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Comunitária da Região de Chapecó UNOCHAPECÓ, como requisito para aprovação na Disciplina de Metodologia da Pesquisa. Orientador: Prof. Francisco Pavin. CHAPECÓ – SC 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4 1.1 TEMA ............................................................................................................. 4 1.2 PROBLEMA DA PESQUISA ........................................................................... 4 1.3 HIPÓTESES/PRESSUPOSTOS/QUESTÕES DE PESQUISA ....................... 4 1.4 OBJETIVOS ................................................................................................... 5 1.4.1 Objetivo Geral.......................................................................................... 5 1.4.2 Objetivos específicos ............................................................................... 5 1.5 2 3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO........................................................................ 5 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 7 2.1 FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPRA ............................................... 11 2.2 O QUE FAZ O CONSUMIDOR DECIDIR ..................................................... 12 METODOLOGIA .................................................................................................. 20 3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E GEOGRÁFICA ................................ 21 3.1.2 DUAS GRANDES UNIVERSIDADES .................................................... 22 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA .................................................................... 23 3.3 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................ 24 3.4 UNIVERSO/POPULAÇÃO E AMOSTRA ...................................................... 25 3.5 INSTRUMENTOS DE COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS ................. 25 3.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .............................................. 26 4 CONCLUSÕES.................................................................................................... 37 5 ORÇAMENTO ..................................................................................................... 39 6 CRONOGRAMA .................................................................................................. 40 7 ANEXOS.............................................................................................................. 45 8 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 43 3 LISTA DE FIGURAS LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... 3 Figura 1 - Grupos que influenciam o consumidor (Samara e Morsch, 2005) ..........................................................................................................................11 Figura 2 – A pirâmide de Maslow – www.administradores.com.br ............ 16 Figura 3 – Assuntos de interesse no jornal impresso ................................ 31 Figura 4 – O papel de cada entrevistado na hora da compra ..................... 32 Figura 5 – Costuma sair da Grande Efapi para fazer compras? ................ 33 Figura 6 – O que mais leva em conta ao comprar um produto? ................ 33 Figura 7 – O que você mais avalia na propaganda? ................................... 35 Figura 8 – A renda dos entrevistados ........................................................... 36 4 1 INTRODUÇÃO 1.1 1.2 TEMA Hábitos de consumo dos moradores do Bairro Efapi em Chapecó PROBLEMA DA PESQUISA O que consomem e que fatores influenciam os hábitos de compra dos moradores do Bairro Efapi? 1.3 HIPÓTESES/PRESSUPOSTOS/QUESTÕES DE PESQUISA O poder de compra da população brasileira melhorou significativamente nos últimos anos e uma gama de novos produtos passaram a ser oferecidos a uma população que antes não tinha acesso a tais linhas. O consumidor passou a ter mais dinheiro no bolso, mas também aumentou significativamente a oferta de produtos. Os eletrônicos (como celular, por exemplo) que antes nem chegavam às vitrines de lojas de bairros hoje são comuns nas casas e bolsos de pessoas com diferentes poderes aquisitivos. Que produtos estas pessoas gostam de comprar? Que produtos compram? Com que frequência? Que prioridades dão? Estas pessoas compram estes produtos por quê? Precisam deles para trabalhar? Têm dinheiro sobrando e compram por pura futilidade? Como pagam estes produtos? Querem ser iguais ao colega que tem um novo modelo de determinado produto? Querem se identificar com outros valores que este produto passa, como modernidade, conexão, beleza? De que forma o marketing influencia estas decisões? Que tipo de marketing? Quem é o responsável ou quem são os responsáveis por estas escolhas? Estes produtos oferecem alguma “realização”? 5 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo Geral Conhecer e traçar um perfil sociodemográfico e de consumo dos moradores do Bairro Efapi. 1.4.2 Objetivos específicos Traçar um perfil sociodemográfico dos moradores do Bairro Efapi. Conhecer e entender o comportamento e os hábitos de consumo dos moradores do Bairro Efapi. Conhecer o relacionamento dos moradores com a mídia e se estes utilizam jornal como ferramenta de decisão de compra. 1.5 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO O estudo do comportamento do consumidor se justifica a partir do pressuposto de que ao conhecer a realidade do público que pretende alcançar um empreendimento terá mais chances de sucesso, uma vez que de posse de um estudo sério a equipe de marketing evitará o que Lewitt, chama de “miopia de marketing” (Lewitt apud Pinheiro, 1985). Ações de marketing muitas vezes envolvem grandes investimentos e trabalho de diferentes profissionais que querem alcançar o consumidor de forma que este seja propulsor de novos empreendimentos/produtos/serviços. Porém, sem o devido conhecimento do público que pretende alcançar e do território que pretende explorar, empresas e agências nem sempre têm o resultado que esperam. Por conta disso muitos empreendimentos abrem suas portas na Grande Efapi alimentados por expectativas de que trata-se de uma “mina de ouro” e em menos de um ano encerram as atividades porque não tiveram o retorno esperado. A divulgação de que o Bairro Efapi é o maior bairro de Chapecó e este bairro é maior, inclusive, da maior parte das cidades catarinenses faz com que muitos acreditem que este local oferece condições diferenciadas de sucesso para qualquer empreendimento. De maneira 6 inadvertida órgãos até mesmo públicos divulgam que a região denominada de Grande Efapi tem mais de 60 mil habitantes, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contou em 2010 exatamente 26.019 pessoas residentes na região compreendida a partir do Bairro Engenho Braunn até a extremidade oeste do perímetro urbano de Chapecó. Porém, sem um estudo técnico exato, muitos destes empreendimentos se deparam com situações antes desconhecidas que influenciam e determinam o sucesso. “Só porque há uma porção de alvos e você tem bastante chumbo, não pense que não precisa fazer pontaria”, (Linneman, 1993, p. 4). Entram neste contexto, baixa renda, público com fortes origens agrícolas, pouco hábito de leitura, etc.. Ao fecharem suas portas na região, estes empreendimentos e empreendedores dificilmente voltem para a Efapi e farão falta para o consumidor local que terá uma opção a menos na hora de suas compras. Para as empresas fica um rastro de que a região não é o que se esperava e talvez ela não volte a pensar em investir tão cedo na região. Assim o consumidor se mantém com as opções tradicionais, de empresas que estão na região há décadas, normalmente empresas familiares que pouco evoluíram em opções de produtos oferecidos, atendimento, etc.. Este consumidor fica receoso às novidades e também parece contentar-se com o “básico”. 7 2 REVISÃO DA LITERATURA A preocupação em conhecer o que o consumidor quer e busca é um assunto que ocupa estudiosos que procuram entender o relacionamento com o consumidor. Nesta pesquisa utilizar-se-á como referencial primário obras como Comportamento do Consumidor, de Wayne D. Hoyer e Deborah Maclinns escrito em 2008 nos Estados Unidos, O Comportamento do Consumidor, escrito em 2010 Ernesto Michelangelo Giglio e Comportamento do Consumidor, de Roberto Meireles Pinheiro escrito em 2006. Além de trabalhos recentes e clássicos da literatura destinada ao marketing, planejamento e comportamento humano. Compreender o comportamento do consumidor nunca foi um processo simples. Se assim o fosse, empreendimentos não fechariam suas portas e produtos não seriam retirados do mercado precocemente, antes da consolidação de planos cada vez mais sofisticados e complexos. Apesar de ser difícil, a compreensão do que se passa na cabeça do consumidor pode ser previsto a partir da busca por informações que digam respeito ao público que se pretende atender. Conhecer os aspectos históricos, culturais, econômicos e sociais, entre outros, poderá ser um referencial na busca do tão esperado sucesso de um empreendimento/produto. Kotler (2003, p. 27) justifica que “o consumidor pode declarar as suas necessidades e desejos, mas agir de outra maneira”. Daí a importância de uma apuração detalhada da realidade que o mercado tem a oferecer e as intenções de mudança de cada público. De acordo com Giglio (2006, p. 43) as empresas que captam tendências do consumidor conseguem sair na frente na hora de oferecer produtos diferenciados. Obtém sucesso ao oferecerem vantagens competitivas em relação a produtos de outras no mesmo segmento, aumentando a procura por seus produtos. Entender o que se passa com o consumidor se faz necessário a partir de um mercado cada vez mais competitivo e gradativamente empresas e organizações se adequam para oferecer produtos atrativos de olho no comportamento do consumidor a fim de que este faça suas compras a partir de um considerável volume de informações. 8 O campo de comportamento do consumidor é muito interessante para nós como consumidores [...]. Nos beneficiamos de percepções acerca de nossas próprias decisões relativas ao consumo: o que compramos, por que compramos, como compramos e as influências promocionais que nos persuadem a comprar. O estudo do comportamento do consumidor nos habilita a nos tornarmos consumidores melhores, ou seja, mais básicos. (SHIFFMAN E KANUK, 2000, p. 06) A escolha destes produtos muitas vezes se dá de maneira inconsciente e leva o consumidor a comprar produtos de utilidade duvidosa. Esta “necessidade” é explicada por Giglio (2006) que por sua vez se utiliza de teses de Freud, o pai da psicanálise ao explicar e justificar tais comportamentos. Freud construiu três estruturas: o id, fonte primitiva da energia propulsora que opera pelo princípio do prazer; o ego, estrutura que opera pelo princípio da realidade, e pelo superego, estrutura que opera pelo princípio obrigações e proibições. (GIGLIO, 2006 p. 40). Freud não falou de se referiu diretamente ao comportamento do consumidor, mas a amplitude de duas análise permitem que suas ideias sejam utilizadas também neste campo. Ele explica ainda que as pessoas não conhecem seus desejos na sua essência porque há mecanismos de avaliação que determinam quais destes desejos poderão tornar-se conscientes e quais não (GIGLIO, 2005). A teoria de Freud nasce da observação de seus pacientes. Pela técnica de associação livre, Freud criou seu conceito mais importante: o inconsciente e o mecanismo de repressão. Certas ideias seriam tão prejudiciais à segurança e a saúde do sujeito que seriam reprimidas da consciência, tornando-se inconscientes. Como, porém, tinham uma carga energética, continuavam fazendo pressão para surgir consciência, obtendo seu acesso por meio dos sonhos, atos falhos e outros caminhos tortuosos. O consumo seria explicado (aqui já é uma interpretação nossa, pois Freud não escreveu sobre consumo) como o comportamento resultante desses conteúdos inconscientes, isto é, o comportamento de consumo é uma das formas de satisfação dos desejos inconscientes (GIGLIO, 2005, p.38). Outras vezes a escolha se dá de maneira racional, mas atendendo demandas de momento que pouco ou quase nada tem de necessidade real, gerando problemas posteriores de endividamento. Modismos podem influenciar estas decisões do consumidor que 9 frequentemente associa um produto e/ou serviço a uma posição social que via de regra não tem. [...] o consumidor nem sempre toma decisões de compra racionalmente. Às vezes, por exemplo, ele compra por impulso, ignorando ou não levando em conta suas restrições orçamentárias (e assim assumindo dívidas). Outras vezes, o consumidor não tem certeza de suas preferências ou é influenciado pelas decisões de consumo tomadas por amigos ou vizinhos, ou até mesmo por mudanças de humor. Além disso, ainda que o consumidor se comporte racionalmente, nem sempre vai conseguir levar em conta, a multiplicidade de preços e escolhas com que se defronta diariamente (PINDYCK e RUBINFELD, 2006, p.56). Ferreira é mais enfático ao defender que o consumidor desatento corre riscos de ter problemas de endividamento se observar apenas o valor da prestação e não o montante que pagará pelo produto/serviço. Teorias econômicas tradicionais sugerem que as pessoas se endividam em algum período da vida porque possuem expectativas racionais de renda futura mais alta e que seriam mais capazes de poupar. Isso não é comprovado na prática, quando são encontradas irracionalidades tais como erros consistentes de que ao custo do crédito, ao dar mais atenção ao valor das prestações do que ao custo total, em partes devido a dificuldades com a aritmética dos juros compostos (FERREIRA, 2007, p.43). Maslow é citado por Giglio como um dos grandes estudiosos das motivações do ser humano. Ao escrever a teoria de consumo, Maslow não estava interessado em comportamento e sim em criar uma teoria geral da motivação. Algo que explicasse o que se passa com o consumidor na hora de fazer suas escolhas. Seus estudos são referência até os dias de hoje, apesar da grande mudança nos padrões de consumo que a humanidade experimentou nos últimos anos, seja pela melhora na condição econômica ou pelos programas de distribuição de renda, como o programa Bolsa Família. [...] o mercado doméstico também se beneficiou da consolidação de um conjunto de políticas sociais distributivas de renda, cujo destaque é o programa Bolsa Família. Novos consumidores surgiram no país. As condições socioeconômicas deste contexto deram acesso a uma cesta de consumo mais ampla para a parcela mais desprotegida da população brasileira (NOVAIS, 10 2008, p.148). “Mas antes de procurar produtos “supérfluos”, o ser humano busca a satisfação de situações primordiais” descritas por Giglio. As pessoas criam cinco planos básicos na vida: satisfazer necessidades fisiológicas, de segurança, de afeto, de relacionamento e de autor realização e um engano comum de compreensão da teoria é pensar que os níveis constituem uma escada que o sujeito sobe conforme a vida passa. Os níveis são independentes uns dos outros, e a predominância de um ou outro é dada por uma valoração da pessoa. (GIGLIO, 2006 p. 41). Desta forma entende-se que a escolha – consciente ou não – parte de valores que a pessoa dá para cada produto que decide adquirir. Porém, estes valores podem ser “construídos” por quem oferece este produto/serviço. Entra nesta situação o marketing cada vez mais presente e assimilado pelo consumidor muitas vezes de forma inconsciente. Assim, a aquisição de um produto não é apenas o preenchimento de uma necessidade natural. Pode, sim, ser a “necessidade” que o consumidor cria de se igualar a um grupo que adquire certo status por possuir este ou aquele produto. 11 2.1 FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPRA Há uma extensa lista de fatores capazes de influenciar o cliente a fazer suas escolhas, mas na Por ser o grupo social a que o indivíduo está mais próximo, a família é o que exerce maior influência sobre o indivíduo. É na família que estão os principais referenciais de vida, cultura, comportamentos e decisões. “O comportamento é espelho daquilo que se aprende com a família”. (Cézaro 2012, p. 16). É a partir de vivências familiares que o indivíduo toma decisões que poderão afetar a vida toda do mesmo. Figura 1 - Grupos que influenciam o consumidor (Samara e Morsch, 2005) Imediatamente próximo está o grupo dos amigos, capazes de influenciar condutas e posturas. Depois, a classe social, subculturas específicas e demais culturas. É com base na satisfação destes grupos de referência que, segundo Samara e Morsch (2005, p. 72) as escolhas ocorrem. A partir deste pressuposto, empresas e organizações podem ter uma noção de onde podem começar suas ações rumo ao sucesso de um empreendimento ou produto. O primeiro a ser “convencido” das qualidades e vantagens de um produto/serviço é o indivíduo, mas sua decisão de compra 12 terá forte influência se a família for convencida das qualidades e vantagens que o produto/serviço oferece. 2.2 O QUE FAZ O CONSUMIDOR DECIDIR Samara e Morsch conceituam a decisão de compra como algo resultante de fatores combinados previamente. Estes fatores nem sempre aparecem no produto em si, mas estão, de forma intrínseca, associados ao produto como diferencial aos demais de sua categoria. Produtos “mais elaborados” normalmente levam em conta o perfil do consumidor a ser alcançado. Forma, preço e valor (não só o financeiro, como também ética e responsabilidade ambiental) são alguns dos itens que devem ser levados em conta desde o planejamento do produto até a chegada ao mercado. Nesta etapa, o consumidor incorpora o conhecimento obtido com a busca da informação, a avaliação do produto e a avaliação de compra, e faz sua escolha. Uma decisão final é tomada para satisfazer uma necessidade, e essa decisão inclui a seleção do tipo de produto, a marca, a loja (ou outra fonte) e a forma de pagamento. Finalmente efetiva-se o ato da compra (SAMARA; MORSCH, 2005, p. 35). As decisões que o ser humano toma tem relação direta com suas experiências. Giglio (2006, p. 115) cita o exemplo de uma mulher grávida. Uma publicidade num outdoor com produtos para o bebê não tem tanta importância para ela enquanto esta mulher não sabe que está grávida. A partir do momento que descobre estar grávida, este outdoor com seus produtos anunciados, passa a ser analisado de maneira diferente, com outro olhar. Ela passa a dar atenção e ver toda a publicidade sobre grávidas, seja em outdoor, rádio, TV, jornal, sites, bem como buscará lojas especializadas nestes produtos. Experiência não é consciência e sim seleção do modo de ver o mundo. A escolha por um determinado produto em detrimento de outro tem respaldo muito anteriores ao momento da compra em si. E esta decisão tem origem remota e na maioria das vezes pode parecer apenas resultado de impulso imediato. Porém estudos provam que estas escolhas têm origem muito anterior ao momento da compra em si. 13 As escolhas sobre o que e como consumir começam muito antes do momento do momento da compra propriamente dita. Elas remontam às expectativas mais básicas da existência humana que nascem das experiências de vida, na busca de ordem, superação e prazer. (GIGLIO, 2006, p. 119). Situação semelhante é descrita por Hoyer e Maccinis quando citam que vários fatores influenciam o comportamento do consumidor, suas decisões de uso de descarte. ... podem ser classificadas em quatro domínios amplos: o núcleo psicológico, o processo de tomada de decisões, a cultura do consumidor e os resultados do comportamento do consumidor. Embora os quatro domínios sejam diferentes, cada um é relacionado a todos os outros. (HOYER E MACCINIS, 2012, p. 10). Samara e Morsch (2005) apontam que para entender os porquês da decisão de compra por este ou por aquele produto podem ser entendidas a partir de análises macro do comportamento do consumidor embasado por conhecimentos e valores prévios nem sempre visíveis ao primeiro momento. A partir desta realidade os autores defendem a necessidade de se entender o que se passa, de onde veio e com que bagagens o consumidor “chega ao balcão” em busca de determinado produto. O comportamento do consumidor pode ser visto como um processo decisório, mas com embasamento em diferentes campos. Embora a decisão de compra pareça desorganizada e casuística, precisamos percebê-la como um processo lógico e estruturado de tomada de decisão em que a demanda exerce um papel preponderante no comportamento do consumidor (SAMARA; MORSCH, 2005, p. 22). As experiências prévias do cliente são fatores que Giglio (2005) descreve também como fatores determinantes na decisão de compra. Segundo ele, o momento e o histórico do cliente fazem pensar na hora de comprar. São as experiências relativas ao corpo como o crescimento, a idade e gravidez; psiquismo como o momento que o consumidor está vivendo; experiências relativas aos objetos e à natureza, experiências relativas às pessoas e regras sociais. Depois de “preenchidas” as experiências, surgem as expectativas. É o que o consumidor espera ter atendido ao escolher determinado produto. Que 14 diferenças e vantagens terá em relação aos que não têm este produto e como estará em relação ao que era antes de ter feito tal compra. Estas expectativas são classificadas por Giglio (2005, p. 121) como expectativas em relação ao corpo em que “pesquisas parecem indicar que raramente as pessoas estão satisfeitas com seu corpo e elegem uma variada gama de produtos e serviços que modifiquem a situação”. Expectativas relacionadas ao psiquismo que se referem a ideias, afetos e valores; expectativas em relação a outras pessoas que ocorre como diferencial que permite distinção em relação ao grupo a que pertencem. Nem sempre, segundo o autor, esta expectativa é a realidade da pessoa, mas na intenção de querer distinção, constrói-se uma realidade quase que abstrata, sem solidificação. Expectativas em relação à natureza e aos objetos ocorrem quando o consumidor mostra uma satisfação ou não com objetos físicos após a utilização por um período de tempo relativamente curto como é o caso dos produtos descartáveis ao mesmo tempo em que a preservação ambiental ganha espaço. A partir da conjugação destas experiências e expectativas o consumidor passa a analisar as opções que dispõe. É o que Giglio 2005 chama de levantamento de alternativas. E entra em cena a variedades, características, qualidades e valores de cada produto. Com uma gama de informações acerca de vários produtos, inicia a busca de alternativas que melhor preenchem as necessidades e posteriormente a compra, o consumo em si. Em alguns casos a compra gera, pelo menos por alguns momentos um prazer e um status que faz com que o consumidor se identifique com grupos a que gostaria de pertencer e que a posse de certos bens o fazem se sentir por momentos, igual a tal. É o que POPCORN 1997, p. 32 (apud Giglio 2006, p.2016) justifica como o “consumo que ocorre por um prazer momentâneo, sem culpa, sem plano” (Giglio, 2006 p.216) porque “nem sempre os consumidores estão cientes do que pensam e de como fazem suas escolhas” (Hoyer e Maccinis, 2012, p. 09), mas que buscam em suas escolhas por este ou por aquele produto dois pontos primordiais para sua escolha que são a utilidade e o sentimento que Hoyer e Maccinis denominaram de Dimensão Utilitária e de Dimensão Hedônica. (Hoyer e Maccinis, 2012 p. 125). A Dimensão Utilitária é quando um anúncio oferece a informação capaz de fazer com que o consumidor decida por comprar o produto. Já a Dimensão Utilitária é quando 15 este anúncio cria sentimentos positivos de valores que estimulam a compra de um produto. Para recorrer a estas dimensões, os dois autores se valem das experiências e avaliações que este ou aquele produto traz para o próprio consumidor ou para outros que já estejam utilizando este produto. Ao se identificar como proprietário do produto X o consumidor também identifica-se como pertencente a um grupo que lhe dá relativa situação de destaque perante os demais de seu grupo. Mas antes da escolha, entram em cena a Memória e a Recuperação. A Memória, segundo o autor, “é um depósito pessoal de conhecimento sobre produtos e serviços, compras e experiências de consumo” e a Recuperação, um “processo de relembrar ou acessar o que armazenamos na memória” (Hoyer e Maccinis, 2012 p. 152). A tomada destas decisões também tem relação com o desempenho deste ou daquele produto a partir das “táticas relacionadas ao desempenho que são fundamentadas em benefícios, características ou avaliações da marca” (Hoyer e Maccinis, 2012 p. 227). As escolhas são pautadas pela motivação. Assim, para o consumidor escolher este produto em detrimento de outro é porque em algum momento ou lugar algo o influenciou a fazer esta escolha. E muitas vezes esta escolha significa mudança. Para outra marca, para outro assunto, para outro modelo, para outro fornecedor e algo impulsiona estas decisões. Algo que Jagdish N. Sheth chama de motivação. A motivação é o que move as pessoas – a força motriz de todo o comportamento humano. Em termos mais formais, pode ser definida como “o estado de moção ou excitação que impele o comportamento da direção de um objeto-alvo. Assim, a motivação tem dois componentes: (1) a moção ou excitação e (2) o objeto-alvo. Uma moção é um estado interno de tensão. Um objeto-alvo é algo no mundo externo cuja aquisição vai reduzir a tensão. (SHETH, 2001, p. 326) Mas para que esta motivação se transforme em mudança de comportamento é necessária a ação do consumidor/cliente. Esta mudança nem sempre é fácil ou automática. Na maioria das vezes gera desconforto e requer adaptação à nova escolha, visto que o consumidor adquire hábitos e rotinas que acabam sendo impregnados ao produto/marca/serviço mesmo que de 16 forma involuntária. A esta situação Jagdish N. Shet chama de atitude e esta atitude sempre precederá comportamentos. Atitudes são predisposições aprendidas a responder a um objeto a uma classe de objetos de forma consistente favorável ou desfavorável. Esta definição tem várias implicações: As atitudes são aprendidas. Ou seja, elas formam-se com base em alguma experiência com um objeto ou uma informação sobre ele. As atitudes são predisposições. Como tais, residem na mente. As atitudes causam resposta consistente. Elas precedem e produzem um comportamento. Portanto elas podem ser utilizadas para prever comportamentos. (SHETH, 2001, p. 367). Estas atitudes e comportamentos, mesmo que o consumidor não saiba, atendem requisitos elementares que dão sustentação “campos” que constroem o ser humano. Estas necessidades são especificadas no que ficou conhecido como “A pirâmide de Maslow”, onde cada uma destas necessidades é colocada como camada que se faz necessária para dar sustentação à necessidade superior. Figura 2 – A pirâmide de Maslow – www.administradores.com.br 17 Desta forma, é impossível satisfazer as necessidades de segurança sem que as necessidades do corpo não estejam razoavelmente satisfeitas. Seria possível se sentir seguro e com fome? Até aqui, segundo Maslow, as necessidades estão no campo da desmotivação: ocorrem sem que que o consumidor escolha supri-las ou não. Também é impossível, segundo o autor, satisfazer necessidades sociais enquanto as de segurança não estiverem satisfeitas. A partir daqui as necessidades já não são tão elementares e segundo Maslow, estão classificadas no campo da motivação. Pela ordem, necessidades de status depende da satisfação da necessidade social e a auto realização depende da satisfação do status. Pelo raciocínio de Maslow, é impossível alcançar a auto realização sem que as demais necessidades estejam preenchidas. Fora da pirâmide e com interrogação, Maslow coloca as necessidades espirituais, mas estas não são objeto deste estudo. Nesta disputa por atender as necessidades do consumidor, o mercado se organiza e se desdobra para oferecer o maior número possível de opções para um consumidor cada vez mais exigente, mas que não cresce na velocidade das novas opções. No caso específico da Grande Efapi em Chapecó em julho de 2013 eram 1.041 estabelecimentos comerciais e/ou de prestação de serviço (Cadastro de Contribuintes do Município de Chapecó). Em 2003, pela mesma fonte, eram 513 estabelecimentos, um crescimento superior a 100%. No mesmo período, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a população da Grande Efapi passou de 20 mil para 26 mil habitantes, um crescimento de 15%. A diversidade de opções que o consumidor dispõe exige de quem vai oferecer um produto/serviço, atenção para que o produto/serviço oferecidos tenham diferenciais decisivos. O comportamento do cliente e a decisão por este ou aquele envolve uma série de fatores que de uma forma ou de outra estão presentes no produto/serviço. Além do aumento da diversidade de oferta, o comércio também se depara com outra realidade cada vez mais intensa que é a falta de tempo do consumidor. A combinação destas duas situações exige planejamento e definição clara do público que se pretende alcançar e também do tipo de produto que será oferecido. A grande maioria dos consumidores não dispõe de muito tempo para fazer compras, muito menos para ficar em filas. Os negócios varejistas 18 precisam considerar isso ao planejar o número de seus funcionários, a praticidade de suas instalações e sua sinalização, assim como o seu horário de funcionamento. Ao mesmo tempo em que busca conveniência o consumidor muitas vezes tem baixa autoestima e está estressado com a rotina diária, valorizando o varejo que propicie o encontro entre as pessoas e o lazer, o que faz com que este segmento de negócio, seja concorrente até mesmo das opções de entretenimento. (BERNARDINO, 2004, p. 31). A partir daí faz-se necessário adotar estratégias para contornar a demanda. A ampliação do horário de atendimento, a personalização do produto e facilidades de acesso são ferramentas a serem levadas em consideração a fim de que o empreendimentos adquiram vantagens consideráveis e saiam na frente na hora de oferecer produtos/serviços ao cliente cada vez mais exigente. Engel, Blackwell e Miniard (2001), definem comportamento do consumidor como as atividades diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor produtos e serviços. Desta forma é imprescindível que se conheça o cliente/consumidor para que o que será oferecido seja o mais próximo da realidade e da necessidade do público. Esta busca pelo cliente cada vez mais exigente faz com que empresas estimulem o cliente/consumidor a buscar determinados produtos. E neste cenário o marketing em suas diferentes formas assume papel fundamental. Mas com a informação do perfil do consumidor, quem oferece o produto tem maior chance de acertar o alvo. A partir de um conhecimento prévio organizações têm maior possibilidade de compreensão do cenário que as cerca. [...] o estudo do comportamento do consumidor é de fundamental importância para os profissionais de marketing, por permitir que se compreenda a geração de valor para o consumidor, dado seu propósito central de satisfação das necessidades e desejos dos clientes. Além do mais, compreender estas necessidades e desejos ajuda o profissional de marketing a pensar o mercado com os corações e as mentes dos consumidores, evitando, assim, um viés comumente descrito na literatura de marketing denominado “miopia de marketing” (LEVITT, 1990, apud PINHEIRO, 2006, p. 14). Segundo Cezaro (2012, p.11) o estudo do comportamento do consumidor verifica e pode prever quais as reações do consumidor mediante estímulos e o 19 que impulsiona ou não a compra. Mas é preciso que organizações estejam atentas a tendências do mercado que é dinâmico. [...] o problema de teorias que valorizam o presente, é que as pessoas podem mudar seus planos, suas expectativas e, em conseqüência, seus comportamentos de consumo. Em outras palavras, a hierarquia do que é importante muda. Captar as mudanças mais profundas e compartilhadas por um grupo e antecipar-se a elas é o objetivo de um bom sistema de informações em Marketing, o que a teoria de Maslow não proporciona. O planejamento empresarial não precisa estar fundamentado só em necessidades do presente, mas nas expectativas (o futuro) que movem o sujeito por meses e anos (GIGLIO, 2005, p.41). Com base em estudos técnicos precisos é possível prever tendências de mercado assim como quais são os produtos com maior possibilidade de obterem êxito no mercado. Pessoas, empresas e organizações não têm o poder de prever ao certo o que será o futuro. Nem saber que hábitos terá o consumidor do amanhã. Então, para concluir este capítulo reporta-se ao pai da administração moderna, o austríaco Peter Ferdinand Drucker, (1909 – 2005) que entre outras célebres frases cunhou uma forma resumida da importância do planejamento: "A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo". E um produto/serviço adequado para o público, com valores, qualidades, distribuição adequados não exigirá grandes esforços para ser vendido. O próprio público fará opção por este em detrimento de outros do mesmo gênero que estão no mercado. 20 3 METODOLOGIA Para obtenção destes dados o trabalho desta pesquisa ouviu parcela considerável da população da Grande Efapi. Ao todo foram entrevistadas 420 pessoas. Num universo estimado de 26.010 pessoas residentes na região (IBGE 2010) o intervalo de confiança é de 95% e o erro de amostra ficou em 4,88%. Considerando-se que cada entrevista levou em média 15 minutos para ser iniciada e concluída tem-se um tempo aproximado de abordagem de 100 horas. Dividido este tempo pelos cinco entrevistadores foram em média 20 horas de entrevista para cada entrevistador. O intervalo entre uma entrevista e outra não foi computado, uma vez que variou bastante, de acordo com o perfil desejado do entrevistado. Acrescenta-se a este tempo o intervalo de deslocamento entre um entrevistado e outro, entre um loteamento e outro. O trabalho de coleta de dados levou 10 dias para ser concluído. Depois de coletados os dados, foi necessária a triagem dos formulários que receberam análise individualizada. Esta seleção excluiu 24 formulários por conter respostas contraditórias. A escolha pelo tema se deve ao fato de o acadêmico reside há 14 anos e tem empreendimento há 11 anos na região. Muito se fala em relação à Efapi, Grande Efapi, Cidade da Efapi, porém não há levantamentos técnicos mensurando as particularidades da região, principalmente no que diz respeito às tendências e hábitos da população residente na região. Por conta desta realidade identificou-se a necessidade de conhecer o mercado mais a fundo, de forma técnica e detalhada, de modo a conhecer o que se pensa e o que se passa na mente dos moradores da região quando o assunto é consumo e comércio. A pesquisa estava programada para setembro de 2014, mas foi adiada por conta das eleições que escolheram Presidente da república, Governador do Estado, Senador, Deputados Federais e Deputados Estaduais. 21 3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E GEOGRÁFICA O nome Efapi tem origem nas iniciais da Exposição Feira Agropecuária e Industrial que é realizada a cada dois anos no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves. No final dos anos 70 loteamentos começaram a ser criados no entorno do “Parque da Efapi” para abrigar sobretudo famílias originárias de municípios vizinhos a Chapecó e do noroeste do Rio Grande do Sul e do Sudoeste do Paraná que migraram para Chapecó atraídas pela oferta de mãode-obra oferecida principalmente pela agroindústria Sadia que iniciou suas atividades frigoríficas no município em 1974. Também merece menção a implantação da Sociedade Agroindustrial Chapecó (Saic) do final dos anos 60 e da unidade da Cooperativa Central Oeste Catarinense (Aurora) construída na então região rural ao oeste da cidade de Chapecó que em poucos anos se transformou em cidade no loteamento Jardim do Lago. Este nome foi dado à região por conta de um banhado que formava um lago na área próxima ao lajeado Taquarassuzinho. Este lago foi aterrado e hoje sobre esta área está a escola municipal Jardim do Lago, o campo de futebol e o ginásio de esportes do loteamento. Antes deste período a região Efapi era popularmente conhecida por Bairro Colatto que leva este nome em homenagem à família que loteou a área onde é hoje o loteamento Colatto. Também formam a Grande Efapi os loteamentos Universidade, Alice I, II e III, Mirante do Sul, Alice, Jardim Ipê, Elias Galon, Vila Páscoa, Vila Esperança, Vale das Hortênsias, Rosana, Aury Bodanese, Thiago, Juliana e Nova Aurora. Todos os citados até aqui estão localizados no lado Sul da Avenida Atílio Fontana que liga o bairro ao restante da cidade e também a municípios localizados no lado Oeste de Chapecó. O nome dado à principal via da Grande Efapi homenageia o fundador da Sadia, Atílio Francisco Xavier Fontana. Esta via recebe este nome ou simplesmente “Atílio” do trecho entre a Sadia e a saída para São Carlos. No lado Norte da referida avenida estão os loteamentos Campinas I e II, Sereno Soprana, Colina do Sol, Zanrosso I e II, Parati, Alta Floresta e New Villas. Um pouco mais afastados, mas também no lado norte, estão os loteamentos Vitório Cadore e Vederti. 22 3.1.2 DUAS GRANDES UNIVERSIDADES Também teve importante participação no processo de urbanização da região a Fundação de Desenvolvimento do Oeste (Fundeste) administradora da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) que desde 2001 é chamada de Unochapecó. A exemplo das agroindústrias, só que com um pouco menor participação, a universidade também serviu e serve de atrativo para pessoas de municípios vizinhos que aportam na região para estudar e acabam ficando para construir empreendimentos muitas vezes concebidos em salas de aula, como é o caso do autor deste trabalho. Para os próximos anos a região também deverá experimentar um novo momento de transformação. A implantação da Universidade Fedral da Fronteira Sul (UFFS) a oeste da região Efapi, às margens do território do município de Guatambu impulsionará principalmente a urbanização da região. Um exemplo disso é a implantação do loteamento Di Fiori, no interior de Guatambu que em cinco anos transformou a lavoura em cidade. Outro indicativo de transformação que a região deve sentir nos próximos anos é a implantação de um hospital universitário. Uma parceria entre a UFFS e a Unimed deverá servir de laboratório para o curso de Medicina previsto para o próximo semestre na universidade. No início deste ano a Unimed adquiriu um imóvel de 20 mil metros quadrados próximo à universidade com o propósito de atender as duas demandas: implantação do curso de Medicina e a região que até agora depende do serviço oferecido no centro de Chapecó. Este hospital, ainda sem data para implantação, também deve atender a demanda de municípios vizinhos a Chapecó como é o caso de Guatambu que não tem hospital e Caxambu do Sul. Com base no Cadastro Municipal de Contribuintes fornecido pela Secretaria da Fazenda do Município de Chapecó contou-se em fevereiro de 2015, um total de 1.417 pessoas jurídicas estabelecidas na região denominada de Efapi nas mais diferentes atividades econômicas entre agroindústrias, comércio, indústrias, transportadoras, fábricas, prestadoras de serviço e universidades. 23 A escolha pelo tema se deve ao fato de o acadêmico reside há 14 anos e tem empreendimento há 11 anos na região. Muito se fala em relação à Efapi, Grande Efapi, Cidade da Efapi, porém não há levantamentos técnicos mensurando as particularidades da região, principalmente no que diz respeito às tendências e hábitos da população residente na região. Por conta desta realidade identificou-se a necessidade de conhecer o mercado mais a fundo, de forma técnica e detalhada, de modo a conhecer o que se pensa e o que se passa na mente dos moradores da região quando o assunto é consumo e comércio. 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA Pesquisa quantitativa com consumidores residentes na Grande Efapi, clientes de empresas situadas na área comercial do bairro. Também pesquisa qualitativa, através de entrevista em profundidade com comerciantes a fim de identificar o que esperam e quais as apostas que fazem no consumidor. Para evitar questionamentos do público para A ou para B optou-se por realizar o levantamento depois das eleições encerradas. Em nenhum momento foi dito ao entrevistado quem estava encomendando a pesquisa. Foi explicado, sim, que tratava-se de um trabalho para um aluno de pós-graduação da Unochapecó, mas não foi revelado o nome. Antes da realização da pesquisa cogitou-se a realização através de alunos de cursos da Unochapecó que utilizariam este trabalho como forma de agregar horas ao currículo exigido em cada curso. Seis alunos demonstraram interesse. Quatro agendaram horário para entrevista com o aluno, mas nenhum compareceu. O tempo corria. Também pensou-se na possibilidade de realizar a pesquisa através de alunos das escolas da Grande Efapi, em que alunos levariam o questionário para casa e ao devolverem o mesmo preenchido por completo estariam concorrendo a prêmios. A ideia não evoluiu. O tempo ficava curto, então cogitou-se a ideia de o aluno fazer estas entrevistas, mas para evitar interferências optou-se pela contratação de um instituto de pesquisa de opinião pública, uma vez que o aluno é pessoa bastante conhecida na comunidade onde o trabalho foi feito. Pensou-se então em contratar pessoas 24 especializadas no assunto. O primeiro a ser contatado foi a empresa Inteleco, mas o valor orçado foi muito alto por conta da amplitude do questionário que contou com 43 questões, algumas de múltipla escolha, outras fechadas e outras objetivas. O instituto contratado foi o Propalare que tem larga experiência na realização de pesquisas de opinião pública, destacando-se na elaboração de pesquisas eleitorais cujos resultados estiveram muito próximos do resultado final. 3.3 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Os dados foram colhidos através de questionário feito diretamente com os consumidores clientes e roteiro qualitativo com os comerciantes em abordagem pessoal em que o entrevistado terá a possibilidade de responder a uma série de perguntas previamente elaboradas em questionário quantitativo. Acertado o trabalho, a equipe foi a campo colher as informações. Era o final de outubro e a primeira semana de novembro. Cinco entrevistadores qualificados anteriormente pelo orientador da pesquisa foram os responsáveis pela coleta das informações. Cada entrevista levou em média 15 minutos para ser concluída. Num primeiro momento houve certa dificuldade para que os entrevistadores “simpatizassem” com o público, mas isso logo foi superado. Uma das entrevistadoras foi atacada por um cão e teve que se ausentar do trabalho por dois dias. A quantidade de cachorros pelas casas e pelas ruas foi um ponto identificado com grande frequência. Latidos puderam ser ouvidos a quase todo o momento. A equipe foi colocada a campo em diferentes horários, a fim de obter o maior número possível de informações de diferentes públicos que foram o universo pesquisado. Houve abordagens em horário comercial, ao meio-dia, finais de tarde e até mesmo aos sábados à tarde e no domingo de manhã. O coordenador dos trabalhos monitorou à distância. Em vários casos foram feitas abordagens surpresa para as mesmas entrevistadoras como forma de fiscalizar o trabalho recomendado. Passado o primeiro momento da abordagem, a maioria dos entrevistados simpatizou com as entrevistadoras. Em muitos casos famílias convidaram para “tomar um chimarrão” numa demonstração de hospitalidade. 25 Em outros casos confessaram particularidades e até mesmo desabafos sobre experiências que tiveram sobre a compra de produtos e o atendimento que tiveram. As queixas mais frequentes foram às relacionadas à atenção do poder público. Os principais assuntos abordados foram infraestrutura como asfalto e conservação de ruas, passeios públicos, iluminação pública, segurança e até mesmo um certo preconceito que as pessoas moradoras de regiões mais centrais da cidade têm com relação aos moradores de regiões periféricas, mas estes não eram os propósitos da presente pesquisa. Também, em vários casos, principalmente mulheres, queixaram-se de problemas de relacionamento com companheiros/maridos. Na maioria dos casos onde estas mulheres apresentaram esta situação, há forte presença de álcool e/ou drogas. 3.4 UNIVERSO/POPULAÇÃO E AMOSTRA A quantidade de questionários a realizados foi definida a partir do cálculo amostral, levando em consideração a quantidade de moradores do bairro tendo como fonte o Censo do IBGE de 2010. 3.5 INSTRUMENTOS DE COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS Questionário estruturado; Pesquisa pessoal aplicada aleatoriamente em pontos de fluxo do Bairro Efapi; Amostra probabilística aleatória. As entrevistas em profundidade foram realizadas pessoalmente, mediante agendamento de horário através de escolha de roteiro semiestruturado. Amostra não probabilística por conveniência. Depois de coletados, os dados foram tabulados no programa Google Sheets. Cada formulário levou em média sete minutos para ser tabulado. Para virarem estatísticas, os formulários levaram quase 50 horas de digitação. 26 3.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Foram feitas duas análises: na parte qualitativa, análise do discurso. Na parte quantitativa, através de estatística descritiva e inferencial, pois foram testadas hipóteses através de planilhas eletrônicas e de softwares de estatística especializados. O universo pesquisado indica particularidades em cada uma das regiões pesquisadas. Estas particularidades estão presentes em diferentes campos. Em todos os parâmetros pode-se dizer que à medida que se afasta da Avenida Atílio Fontana as diferenças se tornam contrastantes. Enquanto na área mais próxima da avenida há um público com poder aquisitivo mais elevado e melhores condições e qualidade de vida, nas periferias o que se constata é um público mais carente em todos os sentidos. Falta atenção do poder público em relação a saneamento básico, pavimentação de ruas, iluminação pública, presença e conservação de passeios públicos. Também pode-se identificar diferenças de comportamentos entre estes dois grupos. Enquanto o da região central teve como característica a receptividade e a tranquilidade, quem mora nas regiões mais periféricas se sente desconfiado com pessoas estranhas. Muitas pessoas não responderam o questionário, apesar de serem perguntas fáceis e de relatarem situações do seu dia-a-dia. O gesto do olhar é bem diferente entre os dois grupos. Porém, mesmo com certa limitação, os pesquisadores identificaram que basta “cair na simpatia” que este público expõe sua realidade. Nas áreas mais afastadas percebe-se na fisionomia dos moradores que são pessoas mais sofridas. Grande parte dos moradores das duas áreas citadas são funcionários de agroindústrias e é nelas que a maioria deposita seu sonho de realização pessoal e familiar. Identificou-se em muitas das casas visitadas a presença de homens e mulheres que já possuem longa trajetória de trabalho nas agroindústrias BRF (antiga Sadia) e Aurora. Alguns com 20 e até 30 anos dedicados ao mesmo trabalho. Boa parte destes trabalhadores se mantém em funções semelhantes desde o início da carreira, o que em muitos casos é encarado com naturalidade e até mesmo orgulho. Outros, porém, demonstram preocupação em relação ao futuro, uma vez que dizem não terem aprendido fazer outra coisa senão a rotina braçal no processamento de carnes. Nesta 27 situação muitos vivem certo drama de poderem ser demitidos e já com idade superior aos 40 ou 50 anos se sentem sem capacitação para encarar novos desafios de trabalho que não sejam vinculados ao que sempre fizeram. Surge neste contexto os casos de pessoas com problemas de saúde, muitos decorrentes do esforço repetitivo e que mesmo sem as perfeitas condições físicas e até mesmo psicológicas continuam no mesmo trabalho por não terem outra qualificação e por receio de serem demitidos por justa causa, perdendo seus direitos trabalhistas. Várias pessoas aposentadas continuam trabalhando na mesma função ou em funções parecidas que sempre fizeram. Alguns por opção, mas a grande maioria, por necessidade. Em muitos casos famílias construíram sua história trabalhando em agroindústria. Pai e mãe que se conheceram dentro das agroindústrias, casaram, tiveram filhos e hoje estes filhos são colegas de trabalho dos pais, sobretudo do pai, porém em funções que exigem maior qualificação e oferecem rendimento superior. Por outro lado, vários entrevistados citaram que o jovem de hoje não está mais disposto a trabalhos braçais como ocorreu com os pais, no início da carreira, principalmente nos casos em que deixaram a lavoura para trabalhar na cidade. Outra diferença nítida entre as “duas regiões” é o modo de se vestir, principalmente de mulheres. Em alguns casos em regiões mais afastadas meninas e adolescentes estavam vestidas com roupas insinuantes. A prostituição é um fator presente. Fato não percebido de maneira tão nítida na área mais central. As famílias também têm estrutura diferente. Enquanto na área central prevalece a estrutura tradicional de pai, mãe, filhos, genros, noras e netos, em outras regiões há muitas famílias desestruturadas. Crianças morando com avôs é uma situação frequente. Também, crianças cuidadas por pessoas que não são os verdadeiros pais. O alcoolismo também é um fator muito presente. Por várias vezes os entrevistadores viram pessoas no bar no início da semana e pela parte da manhã. Também foram vistos grupos de adolescentes e jovens em comportamento suspeito. Estes grupos logo se desfazem ao perceber a presença de pessoas estranhas. 28 Muitas famílias estão endividadas. Estas dívidas são provocadas pelo consumo, via de regra, de eletrônicos, principalmente telefone celular. A preocupação de consumo maior é com bens não duráveis. Grande maioria das famílias tem veículo automotor ou moto ou em muitos casos os dois. Na maioria dos casos o poder de decisão de compra está com o jovem que em muitos casos consome a maior renda da família, comprometendo outros itens básicos. O público jovem não tem opção de lazer de final de semana. Para tanto sai da Efapi em direção ao centro da cidade em busca de alternativas. Poucos falam em educação superior. O rádio tem forte inserção. Poucos leem jornal. Na região da Vila Esperança, Vale das Hortências e Mirante do Sul percebe-se um forte vínculo das famílias com a Penitenciária Agrícola e com o Presídio Regional. Nesta região houve grande dificuldade de os pesquisadores desenvolverem seu trabalho, pois quase não foram recebidos, face à desconfiança. As pessoas gostam de sair do seu meio em direção à Atílio Fontana. Muitas pessoas se confundem com o próprio endereço, não sabem dizer ao certo o nome da rua em que moram. Esta situação tem três explicações. Identificou-se que em muitos casos as pessoas não querem mesmo dizer o nome da rua para não serem localizadas. Em outros casos são pessoas e famílias que pagam aluguel e não tem endereço tão fixo quanto às da região mais central e o endereço é temporário. Por conta do vínculo com a Penitenciária e com o Presídio poderão não mais morar na região e nem mesmo em Chapecó assim que familiares detentos forem soltos destas duas unidades prisionais. Em meio a isso identifica-se também que muitas pessoas têm certo receio e até mesmo vergonha em dizer onde moram por puro preconceito de outras pessoas. A maioria das ruas não tem identificação. No loteamento Thiago uma de nossas entrevistadoras foi atacada por um cachorro. Há muitos deles soltos nas ruas. Grande maioria das famílias tem origem no Rio Grande do Sul e municípios a oeste de Chapecó. Neste último caso, são famílias que chegaram a Chapecó e ficaram na “entrada” da cidade, como forma de se manterem próximas à terra natal. No caso de quem veio do Rio Grande do Sul, a escolha 29 pela região se deu por conta da proximidade de agroindústrias para trabalhar. O chimarrão está presente em praticamente todas as casas. É um público que gosta muito da cultura gaúcha, mas não se identifica com o CTG local. Houve reclamação de falta de água, mas não foi um problema tão intenso. Não foram ouvidas queixas relacionadas diretamente ao atendimento à saúde, porém, a demora na realização e na liberação de exames foi uma constante. Reclamam que a Polícia demora em atender chamados. Identificou-se que é um público ávido por novidades e basta conquistarlhe a confiança que logo as particularidades e até individualidades são contadas como forma de desabafo. As igrejas evangélicas têm forte inserção, mas a maioria das pessoas se diz católica. Os loteamentos Alta Floresta, Zanrosso, Parati, Sereno Soprana e proximidades da Unochapecó têm outro perfil. É um público mais informado e mais receptivo. Porém, durante o dia é comum casas em que só estão crianças e adolescentes enquanto os pais estão trabalhando. Percebe-se que famílias (afrodescendentes) de nacionalidade brasileira moram em regiões mais afastadas da área central. Na região mais próxima à Atílio Fontana concentram-se famílias de descendência italiana, polonesa e alemã. Isso também pode ser percebido na arquitetura das casas onde estas famílias moram. A comunidade tem poucas formas ou quase não tem organismos que defendam a melhora da qualidade de vida, a organização em comunidade. O comércio concentrado próximo à Atílio Fontana oferece praticamente as mesmas opções do comércio do centro da cidade. Porém, a reclamação constante do público em todas as regiões pesquisadas é o atendimento e a falta de suporte técnico para os produtos vendidos nesta região. Principalmente na área de eletrônicos. As melhores eletrônicas estão no centro da cidade. Esta situação abre precedentes para que 1/3 da população prefira sair do bairro para comprar artigos que em muitos casos encontraria na Efapi, mais perto de casa. Ao buscar a assistência técnica em outras regiões, o público acaba optando por buscar novos produtos fora da Efapi. Há espaço para uma eletrônica de grande porte. Em relação às mecânicas percebeu-se um bom grau de satisfação com os serviços oferecidos na Efapi. 30 Em relação ao empresariado a receptividade foi positiva. A maioria das empresas de maior porte está na Avenida Atílio Fontana. A maioria das empresas da Efapi é familiar, administradas pelo proprietário e familiares e não raro são resultado de rescisões trabalhistas do proprietário com agroindústrias. Estes empresários querem que a região se desenvolva e cresça, mas também reclamam de falta de atenção do poder público. A falta de segurança pública é um fator que esteve presente em praticamente todas as entrevistas realizadas. Roubos, furtos e assaltos são os principais problemas de todo o público pesquisado. Via de regra o empresariado é animador do desenvolvimento da região, mas acredita que se houvesse melhores condições a região poderia se desenvolver mais. Com relação aos distribuidores de combustíveis (postos) o atendimento ao cliente poderia apresentar evolução uma vez que se oferta outros serviços que não sejam somente a venda de combustíveis. Nas lojas de comercialização de materiais de construção, os pesquisados comentaram que se sentem amplamente atendidos uma vez que encontram tudo o que precisam, com uma ampla variedade de lojas deste segmento. Durante três semanas cinco pessoas se revezaram em abordagens em ruas, casas e empresas da Grande Efapi. Além de indicar as tendências de consumo, os pesquisadores também constataram particularidades das famílias e dos indivíduos. A primeira pergunta da pesquisa quis saber os assuntos de interesse em meios de comunicação. A maior parte dos entrevistados não teve certeza sobre um determinado assunto apenas. Esporte (18%), Polícia (15%), Saúde (14%) foram os temas mais citados. TV/Cinema/Música (1%) Sociedade (1%) são os assuntos que estão na outra ponta da lista. 31 Figura 3 – Assuntos de interesse no jornal impresso A televisão é o meio de comunicação com maior preferência entre os entrevistados. Ela foi citada por 24% dos entrevistados. A internet vem em segundo com 24% e o rádio em terceiro, com 16%. Uma realidade bem diferente do que era constatado há algumas décadas quando o rádio tinha predominância. A novidade maior é a presença da internet, um meio 32 relativamente novo, mas que já ocupa considerável espaço entre os entrevistados. Situação parecida também na hora que o entrevistado escolhe o meio de comunicação para saber das notícias locais. A televisão lidera com 21%, a internet tem 19%, o rádio, 16% e o jornal impresso, 9%. Em relação ao consumo, a maioria dos entrevistados se diz usuário do produto comprado. Este grupo representa 36%. Já os que escolhem e definem a compra são 24% dos entrevistados e 22% são os que, de fato, fazem a compra. Figura 4 – O papel de cada entrevistado na hora da compra A decisão pela compra de um novo produto se dá principalmente (36%) quando o atual estraga. Para 43% dos entrevistados esta decisão ocorre quando o produto fica velho. Outros 15% fazem esta escolha quando surge um novo produto no mercado. Ao se referir a novos produtos e lançamentos, a maioria (35%) se utiliza de folders e tabloides. Outra vez aparece a internet com 22% da preferência dos entrevistados. A maioria dos entrevistados (62%) não costuma sair do bairro para fazer compras. Neste caso a pesquisa comprovou uma suposição da empresária Irene Castagna, proprietária da Madeireira Castagna que em entrevista realizada na sede da empresa em 28 de junho de 2014 a estimava que 30% da população da Efapi compram fora do bairro. Segundo a pesquisa este índice é de 38%. 33 Figura 5 – Costuma sair da Grande Efapi para fazer compras? O principal motivo que leva os entrevistados a sair da Efapi para suas compras é a variedade de lojas (19%). Em segundo está o preço dos produtos (17%), em terceiro está o atendimento (10%). Figura 6 – O que mais leva em conta ao comprar um produto? A maioria dos entrevistados não tem uma frequência para visitar o comércio da Efapi. A grande maioria (47%) só frequenta o comércio quando surgem necessidades. Para 10% dos entrevistados, esta visita ocorre a cada 15 dias. 34 A maior parte das compras diz respeito a artigos de vestuário. É a opção de 53% dos entrevistados. Calçados (51%) e produtos alimentícios (47%). Neste item a soma ultrapassa os 100% porque a questão é de múltipla escolha. O preço do produto é o quesito que mais pesa ao decidir pela compra de um novo produto. Ele é o responsável por 60% das compras. A qualidade do produto (23%), prazo de entrega (18%) e condições de pagamento (17%) também são fatores levados em conta. Também nesta questão o total ultrapassa os 100% por ser de múltipla escolha. A maioria dos entrevistados se diz pagar as compras à vista. São 52% contra 47% a prazo. O principal motivo que leva este grupo a optar por estas escolhas é a vantagem na negociação. Entre os que preferem fazer suas compras a prazo a maioria não soube responder ao certo por que prefere esta opção. O cartão débito é a opção de apenas 2% dos entrevistados. Contas a crédito representam a opção de 11%. Pagar em dinheiro é a opção de 39% dos entrevistados. Rádio e TV são as formas pelas quais a maioria dos entrevistados fica sabendo das promoções do comércio local. Em relação à influência, a maioria atribui esta função à TV e a internet aparece em segundo lugar. O preço dos produtos é o que mais chama a atenção nas propagandas. Este fator é a principal condição avaliada por 58% dos entrevistados. As condições de pagamento são levadas em conta por 18% dos entrevistados. Esta realidade não é de conhecimento do empresariado entrevistado que prefere “um comercial barato” na rádio comunitária que não pode divulgar preço. Mesmo assim a maioria que entende o marketing como uma despesa e não como um investimento. Optam por mecanismos que não envolvam grandes valores na divulgação da marca ou produto. 35 Figura 7 – O que você mais avalia na propaganda? Em relação ao estado civil, a maioria dos entrevistados (44%) se disse casada e 38%, solteira. As demais opções 18%. Em relação à ocupação, a maioria (29%) se diz profissional liberal e 27%, funcionário de empresa privada. Aposentados representam 11% e estudantes, 9%. Quatorze em cada 100 entrevistados estavam desempregados na data da pesquisa. Aproximadamente ¼ dos entrevistados tem como formação o ensino ginasial entre quinta e nona série, o que contribui para que a renda também seja relativamente baixa, como apontam as questões seguintes. Em relação à renda individual, praticamente metade dos entrevistados (49%) recebe até dois salários mínimos mensais. A renda entre dois e três salários é a de 17%. A maioria das pessoas entrevistadas mora em família de três pessoas. A renda das famílias é formada por duas pessoas em 40% dos casos. Em 27% dos casos a renda é formada por três pessoas e por uma pessoa, 20%. Já a renda familiar em cada família dos entrevistados soma entre três e cinco salários mínimos mensais. Este grupo representa 31% dos entrevistados. Um dado que o empresário Deoclécio Gonçalves imaginou em 25 de junho de 2014 quando disse em entrevista na sede da empresa Movel Móveis que acreditava que a maioria da população da Grande Efapi teria renda entre três e cinco salários mínimos mensais. Com renda imediatamente inferior, entre dois e três 36 salários mínimos mensais estão 25% dos entrevistados. A renda entre 12 e 15 salários mínimos foi a declaração de 1% dos entrevistados. Figura 8 – A renda dos entrevistados Outra situação constatada é que com raras exceções, o empresariado tem claro o que quer da empresa nem onde quer tê-la no futuro. As vendas vão acontecendo no modo automático, sem um planejamento definido de qual será o rumo ou o destino da empresa. Todos dizem querer vender mais, mas nenhum dos entrevistados citou pontos de como e o que fará para alcançar este “mais” que em Administração tem um conceito muito vago, uma vez que não é mensurado. Quando foi abordado o assunto marketing as respostas foram variadas. Todos acham importante, mas não mensuram qual é o grau de importância para este assunto. Há também quem demonstre claramente que não pretende crescimento no empreendimento em si. Prefere, sim, trabalhar para que o negócio se sustente e os excedentes serão investidos em outros setores e outros empreendimentos fora da Grande Efapi. 37 4 CONCLUSÕES Diante da realidade constatada e do universo pesquisado não seria nenhum exagero afirmar que os próximos anos deverão ser de destaque para empresas que têm um planejamento de longo prazo bem definido e claro. As demais, sobretudo as empresas familiares que resultaram de rescisões trabalhistas do proprietário com agroindústrias terão dificuldade para competir e ampliar seus negócios diante do quadro de economia estagnada e até mesmo recessão prevista para o ano de 2015. Também pode-se afirmar que os supermercados e as lojas de vestuário que atendem a região precisam melhorar a qualidade e o atendimento bem como baixar os preços como forma de competir e “segurar” atrair o público que prefere sair da Efapi para suas compras. Alia-se a esta realidade a chegada de empresas de grande porte que colocam filiais na Grande Efapi como estratégia para alcançar o público (já que 62% não costumam sair do bairro para fazer suas compras) e também de municípios vizinhos que fazem suas compras na “entrada” da cidade. Também merece referência o comércio virtual cada vez mais atraente e acessível e com artigos a preços na maioria das vezes bem abaixo dos praticados na Grande Efapi. Seguindo os modos que tem adotado até agora, há uma tendência para que a maioria das empresas que não buscarem certa atualização fiquem – no máximo – com o público que fidelizou em anos anteriores, sobretudo pessoas de maior idade, enquanto o jovem buscará alternativas fora do seu bairro. Os segmentos que mais devem sentir esta mudança são os de eletrodomésticos, eletrônicos e vestuário. Já os segmentos de consumo específico como material de construção, combustíveis e alimentação tendem a manter o sistema de busca imediata em que o consumidor buscará por estes produtos no momento que precisar e em pontos mais próximos de sua casa. Nestes segmentos há uma clara tendência de aumento dos negócios, mas por outro lado, há de se levar em conta que as novas lojas que surgem não só na Avenida Atílio Fontana, mas sobretudo nesta via, também se tornam opções para o público local. 38 A implantação de novos loteamentos é sem dúvida, a oportunidade, também, para que novos empreendimentos possam se fixar na Efapi. O desafio tanto para quem está na região ou para quem pretende investir nela e principalmente para governos é conciliar expansão urbana e urbanização com a melhora da qualidade de vida e o desenvolvimento. 39 5 ORÇAMENTO Compra de material de estudo (livros) Cópias de livros Telefone Internet Combustível Serviço de entrevistador(es) Formatação na metodologia Cópias Coleta de entrevistas TOTAL 200,00 100,00 100,00 100,00 200,00 300,00 100,00 100,00 3.600,00 4.800,00 40 6 CRONOGRAMA Ano ASSUNTO/MÊS Definição do assunto Leitura de material de apoio Definição do tema Elaboração da minuta do projeto Entrega da minuta do projeto Revisão da literatura Entrevistas a campo Digitação dos dados coletados Interpretação dos dados Elaboração de relatórios 2013 MAIO X JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO X X X X X X X X X X X X X X X X X Ano Elaboração de relatórios Entrega do projeto final 2014 X X X X X X X X X X X 41 Pesquisa de campo Tabulação de resultados Ano Análise e interpretações Entrega do trabalho final X X 2015 Jan / Fev Mar 42 43 7 REFERÊNCIAS ADMINISTRADORES.COM.BR Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/piramide-de-maslow-entenda-melhor-seupublico/80366/ Acesso em: 12 jan. 2015 BANDINI, Carmen S. 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Meu nome é ___________, e estamos realizando uma pesquisa acadêmica para um trabalho de conclusão de curso de Pós Graduação sobre consumo, meios de comunicação e informação no Bairro Efapi. Gostaria de contar com a sua colaboração, respondendo a algumas perguntas que levarão cerca de 5 minutos. Suas respostas não serão analisadas individualmente, de modo que será mantido total sigilo quanto as suas opiniões”. FILTROS A) Mora no bairro EFAPI? (única – espontânea) (1) Sim (2) não (Encerre e agradeça) (99) Não sabe / Não respondeu (Encerre e agradeça) B) Qual sua Idade? (única – espontânea) (1) ______ Se menor de 18 ou maior de 65 anos (encerre e agradeça) (99) Não sabe / Não respondeu (Encerre e agradeça) C) Tem parentes ou amigos que trabalham em meios de comunicação como Rádio, TV, Jornal, Revista etc? (única – espontânea) (1) Sim (Encerre e agradeça) (2) Não (99) Não sabe / Não respondeu (Encerre e agradeça) D) Costuma ler Jornal Impresso? (única – espontânea) Mínimo 1 vez por semana (1) Sim (2) Não (Encerre e agradeça) (99) Não sabe / Não respondeu (Encerre e agradeça) 46 SOBRE MEIOS DE COMUNICAÇÃO Quais os tipos de assunto que são do seu interesse e que você busca para manter-se informado? (múltipla – espontânea) (1)Esporte (2)Policial (3)Política (4)Economia (5) Turismo (6) Decoração (7) Saúde (8) Educação (9) Ciência (10) Sexo (11) Comportamento (12) TV / Cinema / Música (13) Cultura (14) Horóscopo (15) Moda (16) Sociedade (coluna social) (17) Informática (18) Automóveis (19) Rural / agricultura (20) Outro(s). Qual(is)?_____ Quais são os meios de comunicação você preferencialmente utiliza para manter-se informado? (múltipla – espontânea) (1)Jornal impresso (2)Rádio (3)TV (4)Revista (5) Internet (6) Outro(s). Qual(is)?_____ E em relação às notícias da sua cidade e região, especificamente, quais são os meios de comunicação você utiliza para manter-se informado? (múltipla – espontânea) (1)Jornal impresso (2)Rádio (3)TV (4)Revista (5) Internet (6) Outro(s). Qual(is)?_____ FALANDO UM POUCO SOBRE JORNAIS IMPRESSOS Qual(is) jornal(is) costuma ler? (múltipla – espontânea) (1)Diário do Iguaçu (2)Diário Catarinense (5) Correio do Povo (6) Voz do Oeste (9) Zero Hora (10) Outro(s). Qual(is)? (3)Folha de Chapecó (7) Sul Brasil (4)Folha do Bairro (8) Gazeta do Povo 47 Como tem acesso a esse(s) JONAL(IS)? (múltipla – espontânea) (1) Assinatura (2)Banca (3)Trabalho (5) Vizinhos (6) Distribuição Gratuita (4)Familiares (7) Outro(s). Qual(is)? E qual JORNAL você/sr(a) LÊ com maior frequência? (única – espontânea) (1)Diário do Iguaçu (2)Diário Catarinense (5) Correio do Povo (6) Voz do Oeste (9) Zero Hora (10) Outro(s). Qual(is)? (3)Folha de Chapecó (4)Folha do Bairro (7) Sul Brasil (8) Gazeta do Povo Em que dia(s) da semana costuma ler JORNAL? (múltipla – espontânea) (1) Segunda-feira (2) Terça-feira (3) Quarta-feira (4) Quinta-feira (5) Sexta-feira (6) sábado (7) Domingo (8) TODOS os dias da semana (9) Não há um dia de costume Em que período(s) do dia costuma ler JORNAL? (múltipla – espontânea) (1) Manhã (2) Tarde (3) Noite (4) Não há um período específico Quanto tempo em MÉDIA dedica à leitura do jornal? (única – espontânea) (1) até 15 minutos (2) entre 16 minutos e 30 minutos (4) entre 46 e 60 minutos (5) mais de 60 minutos por dia (3) entre 31 e 45 minutos (99) Não sabe / Não respondeu Que ASSUNTOS/EDITORIAS do JORNAL costuma ler? (múltipla – espontânea) (1) Política (2) Economia (3) Geral (4) Crônicas 48 (5) Notícias (6) Região (9) Sexo (7) Policial (10) Saúde (13) Opinião (14) Entretenimento (17) Classificados (8) Esportes (11) Educação (15) Variedades (12) Social (16) Saúde (18) Publicações legais (19) Outro. Qual?____ Que ASSUNTOS/EDITORIAS do JORNAL NÃO costuma ler ou NÃO lhe chamam a atenção? (múltipla – espontânea) (1) Política (2) Economia (3) Geral (5) Notícias (6) Região (7) Policial (9) Sexo (10) Saúde (13) Opinião (14) Entretenimento (17) Classificados (4) Crônicas (8) Esportes (11) Educação (15) Variedades (12) Social (16) Saúde (18) Publicações legais (19) Outro. Qual?____ Costuma LER/OLHAR as propagandas do(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (múltipla – espontânea) (1) Sim (2) Não (pular para P.14) (99) Não sabe/ Não respondeu (Pular para a P.14) O quanto INTERESSANTE é(são) a(s) propagandas do(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (única – espontânea) (1) Muito interessantes (2) Interessantes (4) Pouco interessantes (5) Nada interessantes (3) Indiferentes (99) Não sabe/ Não respondeu Lembra de alguma MARCA que viu no(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (múltipla – espontânea) (1) Sim (2) Não (Pular para a P.16) Que marca(s)? (aberta) (99) Não sabe/ Não respondeu (Pular para a P.16) 49 (1) _________________ Você confia no que VÊ/LÊ no(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (múltipla – espontânea) (1) Sim (2) Não (99) Não sabe/ Não respondeu FALANDO UM POUCO SOBRE CONSUMO No processo de compra de algum produto, qual seu papel? (única – estimulada) (1) Iniciador: aquele que lança a ideia (2) Influenciador: aquele que a opinião influencia, é importante (3) Decisor: que escolhe, define a compra (4) Comprador: que realiza, executa a compra (5) Usuário: que vai usar o produto/serviço (99) Não sabe/Não respondeu Como reconhece a NECESSIDADE de compra de um produto? (única – estimulada) (1) Quando o produto atual estraga (2) Quando surge um novo produto, uma novidade (3) Quando muda a estação (4) Quando muda a coleção (5) Quando o produto atual fica velho (7) Quando recebe o salário (8) Quando é influenciado pela comunicação (mídia) (99) Não sabe/Não respondeu Onde busca informações sobre o(s) PRODUTO(S)? (única – estimulada) (1) Com vendedores nas lojas (2) Na vitrine (3) Na internet (4) No jornal (5) Na TV (7) Na rádio 50 (8) Com parentes e amigos (9) Em folders e tabloide/panfletos (10) Outro. Qual? ____ (99) Não sabe/Não respondeu Costuma sair do BAIRRO EFAPI para fazer suas compras? (única – espontânea) (1) Sim (2) Não (pular para P.22) (3) Ás vezes (pular para P.22) (99) Não sabe/ Não respondeu O que o leva a sair do BAIRO EFAPI para fazer suas compras? O que busca? (única – estimulada) (1) Preço do produto (2) Conforto (3) Qualidade do produto (4) Disponibilidade do produto (5) Prazo para pagamento (7) Atendimento (8) Marca do produto (9) Variedade de lojas (10) Diversidade de produtos (11) Outro. Qual? ____ (99) Não sabe/Não respondeu (6) Forma de pagamento Com que frequência costuma frequentar/visitar o COMÉRCIO do BAIRRO EFAPI? (única – espontânea) (1)1 vez por semana (2) 2 vezes por semana (3) 3 vezes por semana (4) 4 vezes por semana (5) 5 vezes por semana (6) 6 vezes por semana (7) todos os dias da semana (8) 1 vez a cada 15 dias (9) 1 vez por mês (10) Sem uma frequência definida. Quando tenho necessidade. (11) Outra frequência. Qual? ___ (99) Não sabe/Não respondeu Qual(is) PRODUTO(S) geralmente lhe chama(m) mais a atenção, desperta(m) seu interesse? (múltipla – espontânea) (1) Roupas (2) Calçados (5) Móveis (6) Produtos alimentícios (3) Eletrodomésticos (7) Outro. Qual? __ (4) Eletrônicos (99) Não sabe/Não respondeu 51 Quando decide pela compra de algum produto, qual(is) fator(es) leva em consideração? (múltipla – espontânea) (1) Preço do produto (2) Conforto (3) Qualidade do produto (4) Disponibilidade do produto (5) Prazo para pagamento (7) Atendimento (8) Marca do produto (9) Apresentação do produto (10) Diversidade de produtos (11) Outro. Qual? ____ (99) Não sabe/Não respondeu (6) Forma de pagamento Costuma pagar suas compras na maioria das vezes? (única – espontânea) (1) À vista (2) À prazo (pular para P.21) (99) Não sabe/Não respondeu COMPRAS ÀVISTA - P. 27 e P.28 SÓ responde que marcou opção 1 na P.25 Qual(is) motivo(s) lhe levam a comprar À VISTA na maioria das vezes? (múltipla – espontânea) (1) Vantagem na negociação. Desconto (2) Não fazer “conta” (4) Ter o valor disponível (3) Não pagar juro (5) Outro. Qual? ____ (99) Não sabe/Não respondeu E qual é/são a(s) forma(s) de pagamento que utiliza? (múltipla – espontânea) (1) Cartão de débito (2) Cartão de crédito (3) Dinheiro (4) Cheque (5) Outra. Qual? ____ (99) Não sabe/Não respondeu COMPRAS À PRAZO - P. 29até P.31 SÓ responde que marcou opção 2 na P.25 Em média, paga em QUANTAS VEZES suas COMPRAS À PRAZO? (única – espontânea) (1) ____ (99) Não sabe/Não respondeu 52 Qual(is) motivo(s) lhe levam a comprar À PRAZO na maioria das vezes? (múltipla – espontânea) (1) Não me importo em pagar juros (2) Preço à vista para pagamento parcelado (3) Facilidade de pagamento em parcelas acessíveis (4) Ter bastante contas para pagar (5) Não ter todo o dinheiro disponível (6) Outro. Qual? ___ (99) Não sabe/Não respondeu E qual é/são a(s) forma(s) de pagamento que utiliza? (múltipla – espontânea) (1) Cartão de débito (2) Cartão de crédito (3) Dinheiro (4) Cheque (5) Outra. Qual? ____ (99) Não sabe/Não respondeu INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO De que forma fica sabendo das promoções do COMÉRCIO LOCAL? (múltipla – espontânea) (1)Jornal impresso (2)Rádio (3)TV (5) Internet (6) Outro(s). Qual(is)?_____ (4)Revista Qual dos meios de comunicação lhe EXERCE maior INLFUÊNCIA na hora de comprar? (única – espontânea) (1)Jornal impresso (2)Rádio (3)TV (5) Internet (6) Nenhum deles (7) Outro(s). Qual(is)?_____ (4)Revista O que lhe/te chama ATENÇÃO nas propagandas na hora de efetivar a compra? (única – espontânea) 53 (1) Preço dos produtos (2) Criatividade da propaganda (3) Condições de pagamento (4) Nome da loja (5) Marca do produto (6) Nada me chama atenção (7) Outro(s). Qual(is)?_____ (99) Não sabe/Não respondeu Deixa de realizar uma compra por NÃO GOSTAR da propaganda? (múltipla – espontânea) (1) Sim (2) Não (3) As vezes (99) Não sabe/Não respondeu PERFIL DO ENTREVISTADO Sexo: (única – espontânea) (1) Masculino (2 Feminino (99) Não sabe/Não respondeu Estado civil: (única – espontânea) (1) Solteiro(a) (2) Casado(a) (3) Viúvo(a) (4) Divorciado/separado(a) (5) Mora com um parceiro(a) (99) Não sabe/Não respondeu Qual a sua OCUPAÇÃO? (única – espontânea) (1) Empresário(a) (2) Bancário (3) Funcionário público (4) Funcionário de empresa privada (5) Professor(a) (6) Profissional liberal (7) Produtor rural (8) Estudante (9) Aposentado (10) Desempregado (11) Outro. Qual? ___ (99) Não sabe/Não respondeu Escolaridade: (única – espontânea) 54 (1) Não recebeu educação formal (2) Primário/Fundamental (1ª a 4ª Série) incompleto (3) Primário/Fundamental (1ª a 4ª Série) completo (4) Ginasial/Fundamental ( 5ª a 8ª/9ª série) incompleto (5) Ginasial/Fundamental ( 5ª a 8ª/9ª série) completo (6) Colegial/Ensino médio incompleto (7) Colegial/Ensino médio completo (8) Superior incompleto (9) Superior completo (10) Pós-graduação/especialização incompleta (11) Pós-graduação/especialização completa (12) Mestrado incompleto (13) Mestrado completo (14) Doutorado incompleto (15) Doutorado completo (99) Não sabe/Não respondeu Qual sua RENDA PESSOAL? (única – espontânea) (1) Até R$ 724,00 – 1 salário (2) De R$ 725,00 à R$ 1.448,00 – 1 a 2 salários (3) De R$ 1.449,00 à R$ 2.172,00 – 2 a 3 salários (4 De R$ 2.173,00 à R$ 3.620,00 - 3 a 5 saláarios (5) De R$ 3.621,00 à R$ 5.068,00 – 5 a 7 salários (6) De R$ 5.069 à R$ 7.240,00 – 7 a 10 salários 55 (7) De R$ 7.241,00 à R$ 8.688,00 – 10 a 12 salários (8) De R$ 8.689,00 à R$ 10.860,00 – 12 a 15 salários (9) Acima de R$ 10.861,00 – acima de 15 salários (99) Não sabe/Não respondeu Quantas pessoas compõe seu GRUPO FAMILIAR, incluindo você? (única – espontânea) (1) 1 pessoa (2) 2 pessoas (3) 3 pessoas (5) 5 pessoas (6) Mais de 5 pessoas (99) Não sabe/Não respondeu (4) 4 pessoas Quantas pessoas na família POSSUEM RENDA? (única – espontânea) (1) 1 pessoa (2) 2 pessoas (3) 3 pessoas (5) 5 pessoas (6) Mais de 5 pessoas (99) Não sabe/Não respondeu Qual a sua RENDA FAMILIAR? (única – espontânea) (1) Até R$ 724,00 – 1 salário (2) De R$ 725,00 à R$ 1.448,00 – 1 a 2 salários (3) De R$ 1.449,00 à R$ 2.172,00 – 2 a 3 salários (4 De R$ 2.173,00 à R$ 3.620,00 - 3 a 5 saláarios (5) De R$ 3.621,00 à R$ 5.068,00 – 5 a 7 salários (6) De R$ 5.069 à R$ 7.240,00 – 7 a 10 salários (7) De R$ 7.241,00 à R$ 8.688,00 – 10 a 12 salários (8) De R$ 8.689,00 à R$ 10.860,00 – 12 a 15 salários (9) Acima de R$ 10.861,00 – acima de 15 salários (99) Não sabe/Não respondeu (4) 4 pessoas 56 Nome do entrevistado Telefone do entrevistado 57 ANEXO 02 RESULTADOS TOTAIS DAS PESQUISAS FILTROS FILTRO 1 - Mora no bairro EFAPI? Sim 390 100% Não 1 0% Não resposta 0 0% 58 FILTRO 3 - Tem parentes ou amigos que trabalham em meios de comunicação como Rádio, TV, Jornal, Revista etc? Sim 10 3% Não 377 96% 4 1% Sim 93 24% Não 294 75% 4 1% Não sabe FILTRO 4 - Costuma ler Jornal Impresso? Mínimo 1 vez por semana Não sabe 59 SOBRE MEIOS DE COMUNICAÇÃO Quais são os meios de comunicação você preferencialmente utiliza para manter-se informado? (múltipla – espontânea) Jornal impresso 44 11% Rádio 62 16% TV 94 24% Revista 1 0% Internet 83 21% Nenhum 241 62% 1 0% Other 60 E em relação às notícias da sua cidade e região, especificamente, quais são os meios de comunicação você utiliza para manter-se informado? (múltipla – espontânea) Jornal impresso 35 9% Rádio 62 16% TV 82 21% Revista 0 0% Internet 74 19% Nenhum 60 15% Não respondeu 163 42% Other 22 6% 61 FALANDO UM POUCO SOBRE JORNAIS IMPRESSOS Qual(is) jornal(is) costuma ler? (múltipla – espontânea) Diário do Iguaçu 45 12% Diário Catarinense 35 9% Folha de Chapecó 24 6% Folha do Bairro 44 11% Correio do Povo 9 2% 15 4% Sul Brasil 9 2% Gazeta do Povo 1 0% Zero Hora 7 2% 241 62% Não respondeu 12 3% Other 21 5% Voz do Oeste Nenhum 62 Como tem acesso a esse(s) JONAL(IS)? (múltipla – espontânea) Assinatura 43 11% Banca 32 8% Trabalho 29 7% 9 2% 12 3% 6 2% 233 60% Não respondeu 18 5% Other 21 5% Familiares Vizinhos Distribuição Gratuita Nenhum 63 E qual JORNAL você/sr(a) LÊ com maior frequência? (única – espontânea) Diário do Iguaçu 39 10% Diário Catarinense 31 8% Folha de Chapecó 10 3% Folha do Bairro 35 9% Correio do Povo 5 1% Voz do Oeste 6 2% Sul Brasil 8 2% Gazeta do Povo 0 0% Zero Hora 0 0% 243 62% 8 2% Nenhum Não respondeu 64 Em que dia(s) da semana costuma ler JORNAL? (múltipla – espontânea) Segunda-feira 3 1% Terça-feira 2 1% Quarta-feira 2 1% Quinta-feira 1 0% Sexta-feira 3 1% Sábado 1 0% Domingo 0 0% TODOS os dias da semana 58 15% Não há um dia de costume 56 14% Não respondeu 14 4% 237 61% Nenhum 65 Em que período(s) do dia costuma ler JORNAL? (múltipla – espontânea) Manhã 46 12% Tarde 10 3% Noite 9 2% 58 15% 221 57% 30 8% Não há um período específico Nenhum Não respondeu 66 Quanto tempo em MÉDIA dedica à leitura do jornal? (única – espontânea) até 15 minutos 33 8% entre 16 minutos e 30 minutos 51 13% entre 31 e 45 minutos 19 5% entre 46 e 60 minutos 6 2% mais de 60 minutos por dia 8 2% Não sabe / Não respondeu 50 13% 224 57% Nunhum 67 Que ASSUNTOS/EDITORIAS do JORNAL costuma ler? (múltipla – espontânea) Política Economia Geral 21 5% 8 2% 58 15% 68 Crônicas 3 1% Notícias 8 2% Região 4 1% Policial 29 7% Esportes 29 7% Sexo 6 2% Saúde 84 21% Educação 26 7% Social 2 1% Opinião 2 1% Entretenimento 6 2% Variedades 6 2% 84 21% Classificados 3 1% Publicações legais 1 0% 252 64% 22 6% Saúde Não respondeu Other 69 Que ASSUNTOS/EDITORIAS do JORNAL costuma NÃO ler? (múltipla – espontânea) Política 34 9% Economia 3 1% Geral 9 2% Crônicas 28 7% Notícias 7 2% Região 7 2% Policial 4 1% Esportes 2 1% Sexo 44 11% Saúde 2 1% Educação 0 0% Social 11 3% Opinião 7 2% Entretenimento 8 2% Variedades 3 1% Saúde 2 1% Classificados 22 6% Publicações legais 9 2% Não respondeu 257 66% Other 24 6% 70 Costuma LER/OLHAR as propagandas do(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (múltipla – espontânea) Sim 49 13% Não (pular para a questão 14) 111 28% 71 Não sabe/ Não respondeu (Pular para a P.14) 231 59% O quanto INTERESSANTE é(são) a(s) propagandas do(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (única espontânea) Muito Interessantes 11 3% Interessantes 41 10% Indiferentes 22 6% Pouco interessantes 25 6% Nada interessantes 20 5% 272 70% Não sabe/ Não respondeu 72 Lembra de alguma MARCA que viu no(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (múltipla – espontânea) Sim 15 4% Não (Pular para a P.16) 125 32% Não sabe/ Não respondeu (Pular para a P.16) 251 64% Você confia no que VÊ/LÊ no(s) JORNAL(IS) IMPRESSO(S)? (múltipla – espontânea) Sim 72 18% Não 75 19% Não sabe / Não respondeu 244 62% 73 FALANDO UM POUCO SOBRE CONSUMO Onde busca informações sobre o(s) PRODUTO(S)? (única – estimulada) Com vendedores nas lojas 87 22% Na vitrine 11 3% Na internet 86 22% 8 2% Na TV 50 13% No rádio 19 5% 3 1% 137 35% 3 1% No jornal Com parentes e amigos Em folders e tabloide/panfletos Não sabe/Não respondeu 74 O que o leva a sair do BAIRO EFAPI para fazer suas compras? O que busca? (única – estimulada) 66 17% Conforto 1 0% Qualidade do produto 9 2% 21 5% Prazo para pagamento 3 1% Forma de pagamento 4 1% 41 10% Marca do produto 9 2% Variedade de lojas 75 19% Diversidade de produtos 17 4% 163 42% 0 0% Preço do produto Disponibilidade do produto Atendimento Não sabe/Não respondeu Other 75 Com que frequência costuma frequentar/visitar o COMÉRCIO do BAIRRO EFAPI? (única – espontânea) 1 vez por semana 17 4% 2 vezes por semana 5 1% 3 vezes por semana 4 1% 4 vezes por semana 0 0% 5 vezes por semana 1 0% 6 vezes por semana 2 1% todos os dias da semana 7 2% 1 vez a cada 15 dias 41 10% 1 vez por mês 121 31% Sem uma frequência definida. Quando tenho necessidade. 183 47% Não sabe/Não respondeu 10 3% 76 Qual(is) PRODUTO(S) geralmente lhe chama(m) mais a atenção, desperta(m) seu interesse? (múltipla – espontânea) Roupas 206 53% Calçados 198 51% Eletrodomésticos 43 11% Eletrônicos 71 18% Móveis 22 6% 183 47% 11 3% 2 1% Produtos alimentícios Não sabe/Não respondeu Other 77 Quando decide pela compra de algum produto, qual(is) fator(es) leva em consideração? (múltipla – espontânea) 235 60% Conforto 18 5% Qualidade do produto 89 23% Disponibilidade do produto 24 6% Prazo para pagamento 71 18% Forma de pagamento 67 17% 106 27% 28 7% Apresentação do produto 3 1% Diversidade de produtos 7 2% 35 9% 1 0% Preço do produto Atendimento Marca do produto Não sabe/Não respondeu Other 78 Costuma pagar suas compras na maioria das vezes? (única – espontânea) À vista 204 52% A prazo (pular para P.29) 184 47% Não sabe/Não respondeu 3 1% 79 COMPRAS À VISTA Qual(is) motivo(s) lhe levam a comprar À VISTA na maioria das vezes? (múltipla – espontânea) Vantagem na negociação. Desconto 59 15% Não fazer “conta” 58 15% Não pagar juro 84 21% Ter o valor disponível 23 6% Não sabe/Não respondeu 183 47% Other 0 0% 80 E qual é/são a(s) forma(s) de pagamento que utiliza? (múltipla – espontânea) Cartão de débito 20 5% Cartão de crédito 12 3% Dinheiro 193 49% Cheque 1 0% Não sabe/Não respondeu 182 47% Other 2 1% 81 COMPRAS A PRAZO Qual(is) motivo(s) lhe levam a comprar À PRAZO na maioria das vezes? (múltipla – espontânea) Não me importo em pagar juros 0 0% Preço à vista para pagamento parcelado 25 6% Facilidade de pagamento em parcelas acessíveis 102 26% Ter bastante contas para pagar 5 1% Não ter todo o dinheiro disponível 92 24% Não sabe/Não respondeu 208 53% Other 0 0% 82 E qual é/são a(s) forma(s) de pagamento que utiliza? (múltipla – espontânea) Cartão de débito 8 2% Cartão de crédito 43 11% Dinheiro 152 39% Cheque 3 1% 194 50% 23 6% Não sabe/Não respondeu Other 83 INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO De que forma fica sabendo das promoções do COMÉRCIO LOCAL? (múltipla – espontânea) 19 5% Rádio 229 59% TV 174 45% Internet 119 30% 15 4% Jornal impresso Other 84 Qual dos meios de comunicação lhe EXERCE maior INLFUÊNCIA na hora de comprar? (única espontânea) Jornal impresso Rádio TV Internet Other 5 1% 74 19% 109 28% 86 22% 140 36% 85 Deixa de realizar uma compra por NÃO GOSTAR da propaganda? (múltipla – espontânea) Sim 43 11% Não 273 70% Às vezes 59 15% Não sabe/Não respondeu 17 4% 86 PERFIL DO ENTREVISTADO Sexo: (única – espontânea) Masculino 167 43% Feminino 224 57% 0 0% Não sabe / Não respondeu Estado civil: (única – espontânea) Solteiro(a) 148 38% Casado(a) 173 44% Viúvo(a) 21 5% Divorciado/separado(a) 10 3% Mora com um parceiro(a) 29 7% Não sabe/Não respondeu 10 3% 87 Qual a sua OCUPAÇÃO? (única – espontânea) 12 3% Bancário 1 0% Funcionário público 8 2% 106 27% 7 2% 112 29% 7 2% Estudante 35 9% Aposentado 42 11% Desempregado 53 14% 8 2% Empresário(a) Funcionário de empresa privada Professor(a) Profissional liberal Produtor rural Não sabe/Não respondeu 88 Escolaridade: (única – espontânea) Não recebeu educação formal 6 2% Primário/Fundamental (1ª a 4ª Série) incompleto 21 5% Primário/Fundamental (1ª a 4ª Série) completo 49 13% Ginasial/Fundamental ( 5ª a 8ª/9ª série) incompleto 62 16% Ginasial/Fundamental ( 5ª a 8ª/9ª série) completo 90 23% Colegial/Ensino médio incompleto 39 10% Colegial/Ensino médio completo 62 16% Superior incompleto 22 6% Superior completo 13 3% Pós-graduação/especialização incompleta 13 3% Pós-graduação/especialização completa 5 1% Mestrado incompleto 0 0% Mestrado completo 2 1% Doutorado incompleto 0 0% Doutorado completo 0 0% Não sabe/Não respondeu 7 2% 89 Qual sua RENDA PESSOAL? (única – espontânea) Até R$ 724,00 – 1 salário 47 12% De R$ 725,00 à R$ 1.448,00 – 1 a 2 salários 190 49% De R$ 1.449,00 à R$ 2.172,00 – 2 a 3 salários 66 17% De R$ 2.173,00 à R$ 3.620,00 - 3 a 5 salários 11 3% De R$ 3.621,00 à R$ 5.068,00 – 5 a 7 salários 8 2% De R$ 5.069 à R$ 7.240,00 – 7 a 10 salários 0 0% De R$ 7.241,00 à R$ 8.688,00 – 10 a 12 salários 1 0% De R$ 8.689,00 à R$ 10.860,00 – 12 a 15 salários 0 0% Acima de R$ 10.861,00 – acima de 15 salários 0 0% Não sabe/Não respondeu 68 17% 90 Quantas pessoas compõe seu GRUPO FAMILIAR, incluindo você? (única – espontânea) 1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 pessoas mais de 5 pessoas Não sabe/Não respondeu 91 Quantas pessoas na família POSSUEM RENDA? (única – espontânea) 1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 pessoas mais de 5 pessoas Não sabe/Não respondeu 92 ENTREVISTAS REALIZADAS COM EMPRESÁRIOS ENTREVISTA 01 - CLAUDIR E IRENE BASSO CASTAGNA – MADEIREIRA CASTAGNA Os dois são ex-agricultores naturais de Nova Itaberaba. A empresa tem 21 anos de atuação. A família proprietária sempre teve atividade com a atividade madeireira. “Eu adoro meu trabalho. Sou apaixonada pelo que faço. Recebi este terreno de herança dos meus pais. Começamos só com madeira bruta e com o tempo agregamos novos produtos. Eu não possuía conhecimento. Foi um pouco de sorte. Não gosto da parte burocrática da empresa, mas sempre que sinto dificuldade peço ajuda. Os nossos clientes na sua maioria são da Efapi. Acho que uns 30% vão para outros bairros, para o interior e para municípios vizinhos fazer suas compras. Nosso diferencial é o atendimento, nossas mercadorias de qualidade e entrega imediata. MARKETING A propaganda que a gente mesmo faz é a melhor possível. Trabalhar sempre honestamente. Isso faz a nossa propaganda. Não adianta tanta propaganda se não trabalharmos certo. O marketing é importante. Precisamos sempre dele. É através dele que se faz o cliente. Um conta para o outro. Uma falha e o cliente conta para vários. A comunicação com o cliente é no boca-a-boca. Temos a indicação de pedreiros. Propaganda a gente tem pouca. Esperamos resultado de vender mais. Não fazemos mensuração destes resultados. Fazemos divulgação em festas, times de futebol, convite para festas que daí tem um grande número de pessoas que vê a nossa marca. A gente vê o resultado, mas sabe que tem. Um exemplo é a festa no Alto da Serra. Mas não damos importância à propaganda em si. Não fazemos panfletagem e propaganda mais forte. É que isso implica em uma estrutura maior e melhores condições de atender o cliente”. ATIVIDADE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO “A atividade dos meios de comunicação é importante porque divulga a empresa e se divulga a empresa é lembrada. É difícil um estabelecimento que não tenha o jornal no balcão e isso chama a atenção”. PLANEJAMENTO “Não temos claro. As leis e os impostos cada vez maiores. Espero que os governantes olhem mais para a Grande Efapi em relação à maior estrutura de saúde, maior segurança. Pessoalmente tenho cobrado governantes para que deem mais atenção à região. Acredito que este será o melhor bairro da cidade. 93 Aqui na empresa pensamos em ampliar o espaço, ter mais gente e mais funcionários. 94 ENTREVISTA 02 - DEOCLÉCIO GONÇALVES – MOVEL MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS Deoclécio é natural de Chapecó, tem 48 anos e é sócio da loja Movel Móveis e Eletrodomésticos. Ele conta um pouco da trajetória pessoal e empresarial. HISTÓRICO PESSOAL “Nasci em Caxambu do Sul quando o povoado ainda era parte de Chapecó. Trabalhei na roça até os 18 anos. Daí vi que não havia futuro e parti para a cidade. Iniciamos nossas atividades aqui na esquina da Rua Rouxinol com Avenida Atílio Fontana em 2000. Eu já tinha um pouco de conhecimento na área porque trabalhava de funcionário nesta mesma empresa em São Carlos há seis anos. Meu patrão tinha interesse em abrir um negócio aqui em Chapecó. Minha esposa vinha de São Carlos para cá duas vezes por dia todos os dias para trabalhar na escola Diogo Alves de manhã e de noite. De tarde trabalhava na prefeitura da São Carlos. Aqui na Efapi era difícil encontrar trabalho. Tínhamos casa lá. Depois compramos uma casa aqui na Efapi e viemos morar para cá”. A EMPRESA “O meu cliente é da Grande Efapi, mas vendemos bem em praticamente toda a cidade. Nosso público é a classe média, assim como é a Grande Efapi que acho que tem um poder aquisitivo entre dois e três salários mínimos mensais. O que oferecemos de diferente para o cliente é o atendimento familiar. Entre direção e funcionários somos cinco pessoas na empresa”. MARKETING “É a propaganda. É divulgar. É aparecer mais. Isso tem uma grande importância porque ajuda. Nós trabalhamos mais o boca-a-boca. Um comenta com o outro. Tenho comercial na Rádio Efapi. Nas comunidades a gente dá brinde e eles divulgam lá na festa. A gente mede o resultado. Ajuda bastante. Traz mais clientes para a loja. Divulga o nome da loja, mas nunca fiz uma medida disso. Nosso canal é a rádio comunitária onde a comunicação é feita. Nosso comercial é lá. Espero atingir mais clientes e mais vendas, mas não tenho medida de qual é o resultado desta comunicação, mas com certeza aumenta. Divulgo minha marca em qualquer lugar. Não tem, assim um lugar que não possa ser divulgada. Para mim não tem problema. A rádio abrange a região onde está a maioria dos nossos clientes”. ATIVIDADE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO “É bom porque se não tivesse a comunicação, o que seria da região? É importante porque através dos meios de comunicação conseguimos chegar à 95 casa dos nossos clientes. Quanto ao jornal a gente sempre lê e fica mais a par do que está acontecendo no lugar”. PLENEJAMENTO “Planejo para daqui cinco anos estar no endereço próprio, em ter que pagar aluguel. Estamos construindo e adaptando o espaço próprio. Penso que é preciso educar o cliente para que compre à vista e nós, comerciantes, podemos vender com melhores preços, com desconto à vista ou compra no cartão de crédito. Hoje vendemos em uma mais três vezes no máximo. Espero que a região cresça cada vez mais. A gente quer ver a região andar e esperamos mais participação dos órgãos públicos que muitas vezes não aceitam opinião e não escutam. 96 ENTREVISTA 03 - ROBERTO LUIZ STRINGHI 1. Quem é ROBERTO LUIZ STRINGHI 2. Quais suas origens? Nova Prata – RS, sendo q com 5 anos de idade vim com a família (lógico rsrsrsr) para Campina Redonda – Catanduvas – SC Qual é seu maior sonho? Ter um programa de radio 3. O que mais gosta de fazer? Ficar com o filho, cantar, ler livros, esporte com os amigos e visinhos ENTREVISTA 1. O que fez você decidir por investira na Grande Efapi? Crescimento do bairro 2. Você possuía conhecimento na área quando iniciou seu negócio? Qual?Sim, na realidade sabia dos loteamentos q iriam ser construídos na grande Efapi 3. Quem é seu cliente? visinhos e amigos 4. Qual o poder aquisitivo do seu cliente? Classe média e média baixa 5. O que você oferece de diferente para atrair seu cliente? Já cinco anos q oferecemos aos domingos frango e carne assada 6. O que é marketing para você? Acredito no marketing verdadeiro, ou seja, aquele que visa propaganda honesta e que proporcione o bem tanto para o mercado como para o cliente 7. Qual a importância que sua empresa dá ao marketing? Podemos dizer que é a “alma do negocio” é a maneira de ofertar o que temos de melhor buscando a satisfação do nosso cliente MARKETING 8. Sua empresa tem algum canal de comunicação com o cliente? Qual? 8.1 Como é feita esta comunicação? Propaganda de rua e radio local sendo q outra forma necessária seria o jornal local 8.2 O que espera desta comunicação? (venda, construir imagem, valores, conceito...) Lógico q a venda é necessário e sem a mesma não sobreviveríamos, mas o mais importante para mim ainda é a construção de uma imagem verdadeira de serviço honesto e transparente 8.3 Costuma medir os resultados? Sim 97 8.4 Que cuidados a empresa tem ao divulgar sua marca? (Idoneidade do veículo, qualidade, exclusividade, público que alcança) Creio que tem que ser um veículo sério e q o mesmo tenha uma abrangência com o povo local 8.5 Como você vê a atividade dos meios de comunicação? Na Efapi temos um grande potencial em comunicação tanto falada como escrita. 9. Por que sua empresa não tem um canal de comunicação com o cliente? 9.1 A empresa não precisa 9.2 Não dá resultado 9.3 Faltam recursos 9.4 O valor investido é muito alto Obs.: (Infelizmente para manter um negocio hoje com impostos, inadimplência, cheque sem fundo, roubos, assaltos etc... não nos permite usar mais deste meio muito significativo p nos) PLANEJAMENTO 10. A empresa tem claro onde quer estar daqui a cinco e 10 anos? Temos um planejamento q talvez seja utopia 10.1 Como definiu isso? Creio q não temos hoje como prever pois estamos vivendo em um período de incertezas 11. Como você e sua empresa estão se preparando para o crescimento da Grande Efapi? Como estará seu empreendimento? Estamos tentando crescer juntos com o bairro sempre com cautela mas procurando o melhor para nossos clientes 12. O que você espera da região que escolheu? Q continue a crescer mas de uma forma ordenada com qualidade de vida e segurança 13. O que você fará para a região e seu cliente? Estou sempre procurando ajudar de certa forma no esporte, igreja ou comunidade COMUNICAÇÃO 14. Qual a importância que você dá para um meio de comunicação impresso na Grande Efapi? Como já falado anteriormente, creio ser de suma importância não só para o comercio mas para comunidade geral 98 ENTREVISTA 04 - SABINO ANTUNES – CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES EFAPI 1. Quem é SABINO ANTUNES DA SILVA? 2. Quais suas origens? Oriundo de Palmeira das Missões RS 3. Qual é seu maior sonho? Conhecer o Mundo 4. O que mais gosta de fazer? Viajar ENTREVISTA 1. O que fez você decidir por investira na Grande Efapi? Bairro distante do centro com uma população emergente e um mercado muito deficiente em vários segmentos. 2. Você possuía conhecimento na área quando iniciou seu negócio? Qual? Quando inicie no bairro Efapi Sim, há mais de 10 anos na atividade, quando iniciei na formação de condutores, não possuía conhecimento. 3. Quem é seu cliente? Na grande maioria jovens entre 18 e 28 anos, na sua maioria do sexo feminino. 4. Qual o poder aquisitivo do seu cliente? De 1.2 salário a 5 salários. 5. O que você oferece de diferente para atrair seu cliente? Um rígido comprometimento com os valores éticos e morais da pessoa humana; 99 Uma frota de veículos sempre nova e com valor agregado (ar condicionado, direção hidráulica); Instrutores e colaboradores treinados e com vários cursos com formação continuada; Horário de atendimento estendido das 07:00 horas até às 22:30 horas; Estrutura projetada e diferenciada dos demais concorrentes, não só da da Efapi mas da região. 6. O que é marketing para você? É forma (meio) de levar (mostrar) ou oferecer ao cliente o seu produto ou serviço da sua empresa, sempre visando (a venda) o fechamento do negócio. 7. Qual a importância que sua empresa dá ao marketing? É uma ferramenta importante para medir o seu negócio, fornecendo subsídios para tomar decisões na estratégia de como gerir, investir e informar o cliente o que sua empresa pode fazer para ajudar a melhorar a sua vida. MARKETING 8. Sua empresa tem algum canal de comunicação com o cliente? Qual? Face, e-mail, sms, ligação telefônica, site. 8.1 Como é feita esta comunicação? Colaborador treinado para fazer a comunicação. 8.2 O que espera desta comunicação? (venda, construir imagem, valores, conceito...) Prestar todos os esclarecimento que o cliente necessitar. 8.3 Costuma medir os resultados? Sim. 8.4 Que cuidados a empresa tem ao divulgar sua marca? (Idoneidade do veículo, qualidade, exclusividade, público que alcança) 100 Publico que alcança. 8.5 Como você vê a atividade dos meios de comunicação? Acredito que a mídia digital (eletrônica), face, internet, whatssap e outros, superou o mercado das revistas, jornais, painéis, rádio e até mesmo a tv. 9. Por que sua empresa não tem um canal de comunicação com o cliente? A empresa possui comunicação com o cliente, Internet, sms, watssap, site. PLANEJAMENTO 10. A empresa tem claro onde quer estar daqui a cinco e 10 anos? Sim 10.1 Como definiu isso? Pelo numero de CNHs expedido em Santa Catarina e na região. 11. Como você e sua empresa estão se preparando para o crescimento da Grande Efapi? Como estará seu empreendimento? Estamos modernizando a empresa em vários quesitos bem como na formação dos colaboradores. 12. O que você espera da região que escolheu? Um crescimento ordenado com o poder público fazendo sua parte na infraestrutura e a conscientização dos moradores e empresários para desenvolver a região da Efapi. 13. O que você fará para a região e seu cliente? Oferecer o melhor em formação de Condutores, contribuir para fazer um trânsito mais humano e profissional. 101 COMUNICAÇÃO 14. Qual a importância que você dá para um meio de comunicação impresso na Grande Efapi? É interessante é algo a mais que a Efapi oferece para a população, porem vejo que a mídia digital esta no gosto da maioria da população principalmente o publico jovem que tem acesso 24 horas na internet e a outras forma de comunicação. 102 DEPOIMENTO DE MARCOS FRANZ, COORDENADOR DA PESQUISA HÁ UM UNIVERSO DE OPORTUNIDADES NA EFAPI O universo pesquisado indica particularidades em cada uma das regiões pesquisadas. Estas particularidades estão presentes em diferentes campos. Em todos os parâmetros pode-se dizer que à medida que nos afastamos da Avenida Atílio Fontana o nível cai gradativamente. Enquanto na área mais próxima da avenida temos um público com poder aquisitivo mais elevado e melhores condições e qualidade de vida, nas periferias o que constatamos é um público mais carente em todos os sentidos. Falta atenção do poder público em relação a saneamento básico, pavimentação de ruas, iluminação pública, presença e conservação de passeios públicos. Também pode-se identificar diferenças de comportamentos entre estes dois grupos. Enquanto o da região central tem como característica a receptividade e a tranquilidade em acolher nossa equipe, quem mora nas regiões mais periféricas se sente desconfiado com pessoas estranhas. Muitas pessoas não responderam o questionário, apesar de serem perguntas fáceis e de relatarem situações do seu dia-a-dia. O gesto do olhar é bem diferente entre os dois grupos. Porém, mesmo com certa limitação, basta “cair na simpatia” que este público expõe sua realidade. Nas áreas mais afastadas percebe-se na fisionomia dos moradores que são pessoas mais sofridas. Grande parte dos moradores destas áreas são funcionários de agroindústrias. Outra diferença nítida é o modo de se vestir, principalmente de mulheres. Em alguns casos em regiões mais afastadas meninas e adolescentes estavam vestidas com roupas insinuantes. A prostituição é um fator presente. Fato não percebido na área mais central. As famílias também têm estrutura diferente. Enquanto na área central prevalece a estrutura tradicional, em outras regiões há muitas famílias desestruturadas. Crianças morando com avôs é uma situação frequente. Também, crianças cuidadas por pessoas que não são os verdadeiros pais. É a mulher do meu pai ou o marido da minha mãe. O alcoolismo também é um fator muito presente. Por várias vezes vimos pessoas no bar no início da semana e pela parte da manhã. Também foram vistos grupos de adolescentes e jovens em comportamento suspeito. Estes grupos logo se desfazem ao perceber a presença de pessoas estranhas. Muitas famílias estão endividadas. Este consumo via de regra se dá com eletrônicos, principalmente telefone celular. A preocupação de consumo maior é com bens não duráveis. Grande maioria das famílias tem veículo automotor ou moto ou em muitos casos os dois. Na maioria dos casos o poder de decisão de 103 compra está com o jovem que em muitos casos consome a maior renda da família, comprometendo outros itens básicos. O público jovem não tem opção de lazer de final de semana. Para tanto saem da Efapi em direção ao centro da cidade em busca de alternativas. Poucos falam em educação superior. O rádio tem forte inserção. Poucos leem jornal. Na região da Vila Esperança, Vale das Hortências e Mirante do Sul percebe-se um forte vínculo das famílias com a Penitenciária Agrícola. Nesta região houve grande dificuldade de nossos pesquisadores desenvolverem seu trabalho, pois quase não foram recebidos, face à desconfiança. As pessoas gostam de sair do seu meio em direção à Atílio Fontana. Muitas pessoas se confundem com o próprio endereço, não sabem dizer ao certo o nome da rua em que moram. A maioria das ruas não tem identificação. No loteamento Thiago uma de nossas entrevistadoras foi atacada por um cachorro. Há muitos deles soltos nas ruas. Grande maioria das famílias tem origem no Rio Grande do Sul e municípios a oeste de Chapecó. Neste último caso, são famílias que chegaram a Chapecó e ficaram na “entrada” da cidade, como forma de se manterem próximas à terra natal. No caso de quem veio do Rio Grande do Sul, a escolha pela região se deu por conta da proximidade de agroindústrias para trabalhar. O chimarrão está presente em praticamente todas as casas. É um público que gosta muito da cultura gaúcha, mas não se identifica com o CTG local. Houve reclamação de falta de água, mas não foi um problema tão intenso. Não ouvimos queixas relacionadas à saúde. Reclamam que a Polícia demora para atender chamados. Mas é um público ávido por novidades e basta conquistar-lhe a confiança que logo as particularidades e até individualidades são contadas como forma de desabafo. Forte presença de igrejas evangélicas. Os loteamentos Alta Floresta, Zanrosso, Parati, Sereno Soprana e proximidades da Unochapecó têm outro perfil. É um público mais informado e mais receptivo. Porém, durante o dia é comum casas em que só estão crianças e adolescentes. Os pais estão trabalhando. Percebe-se que famílias (afrodescendentes) de nacionalidade brasileira moram em regiões mais afastadas da área central. Na região mais próxima à Atílio Fontana concentram-se famílias de descendência italiana, polonesa e alemã. Isso também pode ser percebido na arquitetura das casas onde estas famílias moram. 104 A comunidade tem poucas formas ou quase não tem organismos que defendam a melhora da qualidade de vida, a organização em comunidade. O comércio concentrado próximo à Atílio Fontana oferece praticamente as mesmas opções do comércio do centro da cidade. Porém, a reclamação constante do público em todas as regiões pesquisadas é o atendimento e a falta de suporte técnico para os produtos vendidos nesta região. Principalmente na área de eletrônicos. As melhores eletrônicas estão no centro da cidade. Pode-se constatar que ao buscar a assistência técnica em outras regiões, o público acaba optando por buscar novos produtos fora da Efapi. Há espaço para uma eletrônica de grande porte. Em relação às mecânicas percebeu-se um bom grau de satisfação com os serviços oferecidos na Efapi. Em relação ao empresariado a receptividade foi positiva. A maioria das empresas de maior porte estão na Avenida Atílio Fontana. A maioria das empresas da Efapi é familiar, administradas pelo proprietário e familiares. Estes empresários querem que a região se desenvolva e cresça, mas também reclamam de falta de atenção do poder público. A falta de segurança pública é um fator que esteve presente em praticamente todas as entrevistas realizadas. Roubos, furtos e assaltos são os principais problemas de todo o público pesquisado. Via de regra o empresariado é animador do desenvolvimento da região, mas acreditam que se houvesse melhores condições a região poderia se desenvolver mais. Com relação aos distribuidores de combustíveis (postos) o atendimento ao cliente poderia apresentar evolução uma vez que se oferta outros serviços que não sejam somente a venda de combustíveis. Nas lojas de comercialização de materiais de construção, os pesquisados comentaram que se sentem amplamente atendidos uma vez que encontram tudo o que precisam, com uma ampla variedade de lojas deste segmento.