VIAGEM NO TEMPO Por volta do séc. IV a.c., Tales de Mileto, um filósofo grego concluiu que todos os tipos de matéria, por muito diferente que fossem, eram constituídos por um elemento base- a água. Quase cem anos mais tarde Anaxímenes veio contradizer a teoria de Tales Mileto, dizendo que o elemento base do Universo era o ar. Poucos anos depois, Heraclito de Éfeso enunciou a teoria de que o elemento fundamental era o fogo. Cem anos mais tarde Empédocles veio defender que o Universo era constituído por 4 substâncias – terra, água, ar e fogo (esta teoria foi aceite por todos os sábios da época). Leucipo e Demócrito (460- 320 a.c.) formularam a primeira teoria atómica dizendo que tudo o que existe – a terra, o céu, os oceanos, toda a vegetação, todas as criaturas - é feito de pequenas partículas indivisíveis que lhes chamou de “átomos”. Átomo, em grego, significa de facto “indivisível”. Aristóteles veio combater a concepção anterior da natureza defendendo que as substâncias caracterizavam-se por quatro propriedades: calor, frio, humidade e seco. Esta teoria prevaleceu até meados do séc. XVI, sendo deste modo a base de todo o conhecimento científico sobre a natureza até esta época. Dalton (1800) retomou a teoria atómica e fundamentou-a em estudos experimentais. Segundo Dalton, os elementos eram formados por átomos indivisíveis, os átomos do mesmo elemento eram iguais, elementos diferentes teriam átomos diferentes. Numa transformação química, os átomos não se criam nem se destroem, apenas modificam a sua organização. A teoria de Dalton foi importante para o desenvolvimento da química, embora se aceite hoje com algumas correcções. Mais tarde, Thomsom (18561940) conclui que os átomos não eram indivisíveis, pois eram constituídos, pelo menos, por partículas ainda mais pequenas, os electrões, que tinham carga eléctrica negativa e por partículas carregadas positivamente. Rutherford (18711937) descobriu a existência de outras partículas no átomo, diferentes dos electrões, os protões. Também concluiu que o átomo é uma entidade neutra onde existem: electrões e protões. Sendo a matéria neutra, e conhecendo-se as propriedades eléctricas dos electrões e dos protões, então eles teriam de existir em quantidades iguais. Ele defendia que o átomo possuía uma região muito pequena comparada com o seu tamanho, Núcleo, com carga positiva e onde estaria concentrada a sua massa. Esta ideia de átomo constitui o primeiro modelo atómico, 1911 (Modelo Planetário). Niels Bohr (1885- 1962), ao introduzir ajustamentos ao modelo de Rutherford, criou o seu próprio modelo atómico, 1913 (Modelo dos níveis de energia). Niels afirmou: os electrões movem-se em órbitas circulares, a cada órbita corresponde um nível de energia. Um electrão pode passar de uma órbita para outra, por absorção ou emissão de energia. Bohr chamou níveis de energia às posições permitidas para o electrão à volta do núcleo. Cada nível comporta um nível limitado de electrões. Modelo atómico actual (Modelo da Nuvem electrónica): a partir de 1927, os cientistas deixaram de aceitar para o electrão uma trajectória definida à volta do núcleo. No modelo atómico actual, não se indica com exactidão a posição de um electrão mas apenas a zona do espaço onde será mais provável encontrá-lo. À zona do espaço que contém maior probabilidade de encontrar um electrão chama-se orbital. Assim, é possível afirmar que um electrão descreve uma órbita. A probabilidade de encontrar um electrão é maior onde a nuvem electrónica é mais densa. Fez-se algumas correcções: no núcleo, para além dos protões existem outras partículas, os neutrões, de que Rutherford previa a existência, mas que só em 1932 foram detectadas experimentalmente por Chadwick (estas partículas, os neutrões, possuem massa aproximadamente igual à dos protões e não possuem carga eléctrica.). Como estas partículas encontram-se no núcleo também são chamadas nucleões. Em redor do núcleo movem-se os electrões. Com um número de electrões igual ao número de protões o átomo é neutro. Questões 1- O que significa a palavra átomo? 2- Já chegamos a um patamar em que já sabemos tanto, que poderemos dizer que não há mais nada a descobrir? 3- O que pensas da postura de Aristóteles? Como o definirias como cientista? 4- Se te perguntassem: “quem descobriu o átomo?” como responderias? Adaptado de: • • • TEIXEIRA, A. (2000). Nova Química – 9An,. (1ªEdição). pg. 9-13. Porto: Areal Editores TEIXEIRA, A. (2000). Nova Química – 9An,. (1ªEdição). pg. 52. Porto: Areal Editores http://www.quimicaensinomedio.hpg.ig.com.br/modelos.htm.