1. INTRODUÇÃO • Uma estrutura pode estar em equilíbrio ou movimento. • Existem estruturas que são dimensionadas para estarem em equilíbrio (edifícios, pontes, pórticos, etc.) e as que são dimensionadas para não estarem em equilíbrio (eixos de motores, bicicletas, patins etc.). • Nós estudaremos somente as estruturas em equilíbrio, ou seja, as que estão estáticas, melhor dizendo em “equilíbrio estático” (caso das construções). • Equilíbrio ≠ deformação 2. EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO • Para que uma estrutura esteja em equilíbrio estático, deverão ser obedecidas as leis da Estática (Equações de Equilíbrio): FH = 0 FH = força horizontal FV = 0 FV = força vertical Mo = 0 Mo = momento Momento (kgf.m) = força (kgf) x distância (m) • Dadas as estruturas a seguir, teremos as seguintes condições de equilíbrio: a) Uma pessoa está apoiada no chão. Se o chão puder reagir com uma reação igual ao peso, a pessoa estará em equilíbrio. b) Se o chão for um lodaçal, ele não reagirá ao peso e a pessoa afundará. (a) (b) Tem-se uma pessoa puxando um fio (F). Tudo estará em equilíbrio se a amarração do fio na parede e o próprio fio puderem reagir com uma força igual e contrária à ação (R). Uma pessoa empurra para baixo um trampolim. O trampolim se deformará, mas estará em equilíbrio se o engaste formado pelo trampolim-estrutura puder reagir à força e ao momento F x L criado. 3. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS • De acordo com o número de vínculos aplicados (apoios ou restrições ao movimento), as estruturas são classificadas em isostáticas, hiperistáticas e hipostáticas. 3.1. Estruturas Isostáticas • Não permitem movimento na horizontal nem na vertical, ou seja o número de incógnitas à determinar é igual ao número de equações de equilíbrio. • Se for tirado um dos apoios ou vínculos, a estrutura se torna hipostática (movimenta-se). Representação de uma estrutura isostática 3.2. Estruturas Hipostáticas • O número de vínculos é insuficiente para manter a estrutura em equilíbrio. • O número de incógnitas é inferior ao número de equações da estática. 3.3. Estruturas Hiperistáticas • Pode-se retirar um vínculo que dependendo da situação, o corpo ainda permanece em equilíbrio. • O número de incógnitas é superior ao número de equações da estática. • O corpo fica imobilizado, porém as equações da estática são insuficientes para resolver o problema. 4. ESFORÇOS NAS ESTRUTURAS • Devido aos esforços ativos e reativos a estrutura está em equilíbrio, ou seja, não se movimenta. Apesar de a estrutura estar em equilíbrio, ela poderá até se romper se os efeitos dos esforços ativos e reativos levarem à desintegração do material. • A desintegração da estrutura ocorrerá se algumas partes constituintes da estrutura sofrerem valores extremos em face da: Peça original em corte em compressão em tração sofrendo flexão (vigas) 5.1. Esforços internos solicitantes: a) forças normais de tração e compressão a uma seção b) força tangencial a uma seção c) Momento fletor: as forças atuam no plano que contém o eixo de uma barra que vence um vão (viga). • Assim, os esforços externos ativos e reativos gerarão esforços internos solicitantes que causarão: - tensão (pressão) de compressão - tensão (pressão) de tração Esforços ativos: • Forças • Momentos fletores Esforços reativos Os esforços reativos são determinados a partir do cálculo das reações nos apoios Esforços Força normal de compressão à seção internos Força normal de tração à seção solicitantes Esforços internos resistentes Força tangencial à seção (corte) Momentos fletores Tensão de compressão Tensão de tração Tensão de cisalhamento 5. ESTUDO DAS ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS 5.1. Cálculo das reações nos apoio A determinação das reações (em oposição aos esforços ativos ou cargas ativas) nos apoios é feita a partir das equações de equilíbrio das estruturas (ΣFH, ΣFV e ΣMo = 0). Em se tratando do dimensionamento de uma estrutura, os esforços ativos são representados por cargas (carregamentos) que podem assumir diferentes configurações. Por exemplos: a) carga concentrada (centrada) b) carga concentrada (deslocada) c) carga distribuída d) carga distribuída + carga concentrada (centrada e/ou deslocada) e) carga distribuída + carga concentrada (centrada e/ou deslocada) mais uma carga na horizontal Obs.: Exercícios de fixação (ver anotações de aula)