ÁFRICA EM NÓS: A IDENTIDADE DO POVO AFRO-BRASILEIRO José Antônio de Souza Filho África em nós é um grupo de pesquisa formado por alunos empenhados em discutir questões voltadas a africanidade enraigado a nossa cultura, procurando compreender melhor a (re)organização da cultura e identidade negra aos moldes do Novo Mundo dominado por uma ideologia resultou “branca” na européia. construção da Movido por uma miscigenação, que identidade do povo brasileiro, onde discursado pela translocalidade ajudou na formação dessa nova cultura. A África que nos trouxesse influência devido ao vasto cultivo de idéias, conhecimento, técnicas, artesanato, e etc, também se mostra cheio de formas, que nos seduz. Misturando-se outros elementos culturais nativos ou europeus. A diferença no contorno em que estamos constituídos, em se tratar de um povo, demonstra, claramente, a construção de uma identidade que se desenvolve partir da ligadura de distintos povos que se encontraram na América, principalmente, no período Colônia. As formas da África criam à imagem do que hoje se entende de povo afro-brasileiro. Culturalmente somos um povo diferente, mas que guarda em seu seio elementos que se refere a um outro modelo cultural, o africano, que exportou para o Brasil sua dança, sua culinária, seu dialeto, seus costumes e o seu pensar. Características essas que não puderam transparecer livremente, devido aos senhores do momento, tendo de se esconder sob a face de outra cultura o que lhes afirmavam como africanos. Sua africanidade então foi incorporada ao costumo local, mas que não ofuscando a sobrevivência, ou melhor, de sua (re)organização cultural. Construindo “uma comunidade” no momento que são retirados de sua Terra Mãe transporto em um novo espaço, tendo, obrigatoriamente de se unirem para a produção de sua cultura. Dentro deste viés, busca-se compreender a África como um dos principais colaboradores para questões afros, sentimos que estes estão presentes em todo o processo de formação de uma identidade cultural que de uma modo ou de outro unem Brasil e África. No intuito de estudar o assunto e refazer debates ao seu respeito foi criado o projeto, que tem como principal objetivo trazer os debates acadêmicos para a sociedade uma vez que este grupo tem suas portas abertas para qualquer outro interessado. Este grupo de estudo tem também como objetivo a expansão de seu projeto, por isso o discutir da produção de um áudio visual, onde estes componentes historiográficos pudessem sua voz. Assim, trabalhará a idéia de um documentário que discutisse questões direcionadas a religiosidade africana, sendo esta pesquisa em casa de candomblé, acercar deste, o principal objeto dos significativos referenciais ao que diz respeito à cultura africana. A produção deste documentário se tornaria a concretização de varias realização em relação às pesquisas que hoje vem tomando forma não só na UFG – Jataí mais sim no país inteiro, uma discussão que nossa sociedade não poderia ficar de fora. A produção deste documentário poderá ser utilizada como suporte pedagógico para as salas de aula uma vez que se faz necessário levar em sala de aula o debate referente às questões étnicas e culturais de nosso país. A exibição deste em outros projetos da própria instituição como “CENA ABERTA” ou até mesmo nas calouradas desta instituição, apresentar para outras instituições federais de ensino superior este projeto e incentivá-los, colocar Jataí no circuito regional de produção cinematográfica. Outro objetivo é valorizar a produção de pesquisas dentro desta instituição e levá-las para fora dos muros acadêmicos e devolve-las para seu lugar de direito “a Sociedade”. Pretende-se organizar a distribuição deste material a todas as escolas de ensino médio das redes públicas municipais e estaduais, envio desta as principais instituições de ensino superior do Brasil e divulgação nos principais meios midiáticos da região. Exibi-lo na universidade e disponibilizar a sociedade em geral. A idéia central consiste em analisar até que ponto as religiões que chegaram ao nosso país influenciaram em nossa cultura e como se dá este sincretismo entre Fé Católica, Fé Africana e cotidiano urbano. Sendo assim avaliar como se dá este processo analisando as trocas entre os principais seguimentos religiosos do Brasil, ou seja, Cristãos e Afros. Pretendo buscar no cotidiano de jataí e até mesmo nacional os resquícios africanos e tentá-lo exemplificar, assim, poderíamos ter nos realidade urbana ao qual estamos inseridos e a consciência de como somos influenciados por tais.Em outro momento buscar as explicações para o processo de entrada destas religiões para nossa cultura e como ocorreram os conflitos. Procura-se no candomblé, entende-lo como religião de grande importância para o processo de construção afro. Buscando entender até que ponto ocorreu uma influência no processo ritualístico das cerimônias e o quanto estas influencia as descaracterizaram. Assim, será feito uma entrevista, decorrentes contatos como o “pai de Santo” que se disponibilizando em nos atender ao espaço da casa candoblecista e divulgar os preceitos religiosos de sua fé. Desse modo, será praticado em primeiro instante algumas entrevistas informais onde este se colocando a disposição para esclarecer qualquer das perguntas ou dúvidas que pudessem aparecer. Em uma segunda ocasião foram feitas como autorização de todos os envolvidos uma cessão de fotos contendo nestas todo processo ritualístico. Estas pesquisas têm dois objetivos principais, o de temos mais embasamento em relação à religião ao qual estamos dispostos a entender e preparar o pessoal para o olhar externo que a lente da câmera ou filmadora pode trazer. BIBLIOGRAFIA GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Ed. 34, Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiaticos, 2001.