ID416 Uso de ventilação não-invasiva em crianças e adolescentes com fibrose cística Email: [email protected] Roberta Fernandes Correia, Aline Viana Maia Pereira, Carlos Roberto Pinto Pereira, Luciana Araújo Lima Machado, Christine Pereira Gonçalves Contextualização: A ventilação não-invasiva é utilizada na fibrose cística para insuficiência respiratória, para clearance mucociliar ou diminuição do trabalho respiratório. No Brasil, poucos estudos abordam o uso da ventilação não-invasiva nesta doença. Objetivo: Avaliar o uso da ventilação não-invasiva na internação de crianças/adolescentes com fibrose cística. Métodos: estudo retrospectivo que incluiu dados de crianças/adolescentes com fibrose cística, internados no Instituto Fernandes Figueira, no período de novembro de 2008 a março de 2010. Analisaram-se dados demográficos e referentes ao tempo e número de internações e indicação da ventilação nãoinvasiva. Os dados são mostrados em frequência relativa/absoluta ou média±desvio-padrão. Utilizou-se o teste t para comparação inter-grupos. Resultados: No período internaram 26 pacientes com fibrose cística com idade entre 0 e 16 anos. 65 % eram do sexo feminino. A média de internações por paciente foi 1,9 internações/ano, com período médio de 19,7 dias. Do total de pacientes, 5 utilizaram ventilação não-invasiva. Destes, 4 usaram a ventilação por insuficiência respiratória e 1 para expansão pulmonar. Não houve diferença na idade ou no número de internações/ano entre o grupo que usou ventilação e o que não usou. A única diferença foi no tempo de internação, mais prolongado no grupo ventilação (28,9±19,2 dias no grupo ventilação e de 16,6±8,2 dias no grupo que não usou ventilação não-invasiva). Conclusão: A ventilação nãoinvasiva foi mais aplicada em quadros de insuficiência respiratória. Entretanto, deve-se discutir seu uso para outros objetivos de tratamento como: diminuição do trabalho respiratório, do gasto energético e desobstrução brônquica. Palavras-chave: Ventilação não-invasiva; fisioterapia; fibrose cística. Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 377