XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. PROPOSIÇÃO DE DIRETRIZES PARA UM MÉTODO DE GESTÃO DE PROJETOS A PARTIR DA AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DAS PARTES INTERESSADAS: ESTUDO DE CASO EM EMPRESA DE TRENS URBANOS Aldir Seifried (ssp) [email protected] Istefani Carisio de Paula (ssp) [email protected] O formalismo na condução de seus projetos pode ser alcançado a partir da elaboração de um método de Gestão de Projetos (GP). A literatura não aborda com clareza sobre como definir diretrizes norteadoras do desenvolvimento de um método de GPP ajustado às necessidades de uma organização, mas indica que os valores das partes envolvidas devem ser considerados. Neste trabalho o objetivo é propor diretrizes para o desenvolvimento de um método de GP para uma empresa pública, partindo da análise da cadeia de valor das partes interessadas nos projetos da empresa. Como método, foi utilizada uma adaptação da ferramenta Costumer Value Chain Analysis (CVCA) de Donaldson et al. (2006). A aplicação da CVCA permitiu perceber que a infra-estrutura e os subprocessos de licitação, de planejamento e gestão do escopo e de gestão pós-conclusão do projeto são críticos para a GP na empresa, sob a ótica dos valores das partes envolvidas. A partir destas observações foram definidas 23 diretrizes preliminares para nortear a futura elaboração de um método de GP. Palavras-chaves: método de gestão de projetos; empresa pública; cadeia de valor do cliente XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. 1. Introdução Tradicionalmente, todas as organizações realizam projetos, no entanto, algumas vezes o fazem de forma intuitiva (FRAME, 2003, p.2). Somente no final da década de 60 com o surgimento de instituições como o PMI – Project Management Institute e o IPMA – International Project Management Association, que o gerenciamento de projetos passou a ser formalizado como disciplina (SLEVIN, et al., 2003). A popularização destas técnicas passou a ser maior a partir da década de 80, quando novos métodos foram desenvolvidos, documentados e divulgados como referências. Mantel e Meredith (2003) destacam que o gerenciamento de projetos se tornou emergente por causa das características da nossa sociedade de virada do século à procura do desenvolvimento de novos métodos de gestão. Segundo Mantel e Meredith (2003) os projetos desempenham hoje um importante papel em muitas organizações públicas e privadas, pois obrigam seus gestores a operarem num ambiente temporário, fora das tradicionais linhas de autoridade funcional, confiando na influência e em outros métodos informais de poder. Especificamente no setor público, a implantação da gestão por projetos pode estar sujeita a desafios adicionais frente às características do setor, tais como: nível de maturidade em ferramentas de gestão e de informática, autonomia decisória das administrações vinculadas a outros escalões administrativos; restrições licitatórias e fiscalização do patrimônio público. Adicionalmente, o setor público deve enfrentar os mesmos desafios das organizações modernas em seus empreendimentos internos e externos, como aplicar novos conhecimentos, desenvolver métodos, ferramentas, habilidades e técnicas, em uma combinação denominada atualmente como gerenciamento de projetos. No entanto, conforme define o PMBOK (PMI, 2008) as características de exclusividade, temporariedade e progressividade dos projetos os distinguem das demais atividades exercidas em uma organização, por estas serem repetitivas ou continuadas, com produtos ou serviços muito semelhantes. Produtos, serviços e processos são os resultados finais dos projetos. Conforme Donaldson et al. (2006) todos os que estão envolvidas com a efetiva entrega do produto para o usuário final e com o desenvolvimento do produto durante seu ciclo de vida, devem ser identificados pelas equipes dos projetos no início do seu desenvolvimento, bem como suas relações com o produto, serviço ou processo que está sendo projetado. As partes interessadas frequentemente possuem distintas percepções, inclusive no que diz respeito à compreensão de valor atribuído pela gestão de projetos. Uma empresa pública Federal de Trens Urbanos, de economia mista e vinculada ao Ministério das Cidades, opera um sistema metroferroviário na Região Metropolitana de uma capital do país, há mais de vinte e cinco anos. Como outras organizações públicas, ela frequentemente desenvolve projetos e contém como partes interessadas no sucesso de seus projetos a própria sociedade, as distintas esferas governamentais – federal estadual e municipal, a direção e gerências da empresa, gestores de projetos, funcionários e operadores de transporte público. Diante do esforço de formalização da gestão de projetos na organização, identificou-se a oportunidade de avaliar as relações de valor das partes interessadas e os projetos da empresa, previamente à implantação de um método formal de gestão de projetos. Atualmente, o alto nível de atrasos e mudanças constantes de escopo caracterizam o ambiente de projetos na empresa, causando elevação nos seus custos, insatisfação e um alto grau de desgaste para a organização junto às partes interessadas, à equipe técnica e à população em geral. Estes são os 2 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. elementos preponderantes para a motivação em relação ao projeto, especialmente em relação ao planejamento estratégico da empresa, onde os projetos assumem alto grau de relevância, pois são eles os responsáveis por colocar a estratégia em ação. Assim, um método de gestão de projetos, torna-se um elemento central de coordenação dessas atividades. Entretanto, entende-se que para que haja aderência das partes interessadas ao método, é importante que ele seja construído de forma a refletir os valores destes mesmos usuários. Durante o desenvolvimento de um método de gestão de projetos é essencial compreender quais subprocessos e operações tal método deverá conter para, efetivamente, agregar valor às partes envolvidas e interessadas. Vislumbra-se a oportunidade de identificar as percepções de valor empresa de Trens Urbanos, a partir de um diagnóstico, como fonte de informação para o desenvolvimento futuro de um método de gestão de projetos. Assim, o objetivo deste trabalho é propor diretrizes para o desenvolvimento de um método de gestão de projetos para uma empresa pública, partindo da análise da cadeia de valor das partes interessadas nos seus projetos. Na sequência o leitor encontrará uma revisão bibliográfica acerca do tema, incluindo a apresentação da ferramenta análise da cadeia de valor do cliente, proposta por Donaldson et al (2006). Após a explanação do método, apresenta-se a aplicação da análise da cadeia de valor do cliente ao caso da empresa de Trens Urbanos. A partir dos valores das partes interessadas nos projetos da empresa foram definidas as diretrizes para um futuro método de gestão de projetos. 2. Revisão bibliográfica Entre os aspectos mais relevantes e muitas vezes determinantes no sucesso ou fracasso de um projeto está o gerenciamento das partes interessadas. De acordo com o PMI (2008), os stakeholders ou partes interessadas são todos aqueles, indivíduos ou organizações, ativamente envolvidos ou cujos interesses sejam influenciados positiva ou negativamente pela execução ou pela conclusão do projeto. Estende-se o entendimento do conceito não somente aos resultados tangíveis do projeto como também à sua adequada gestão. A análise das partes interessadas é uma técnica utilizada para identificar e estimar a importância de pessoas-chave, grupos, ou instituições que podem ter influência significativa no sucesso de sua atividade do projeto. Esta técnica pode ser utilizada isoladamente ou pelos membros do time. Dois tipos de influenciadores que interferem na vida das organizações e, por conseqüência, no gerenciamento dos projetos são os externos e os internos. Os indivíduos que não são empregados da organização, mas, que usam as suas bases de influência, para tentar afetar o comportamento dos empregados, são os influenciadores externos, que formam a coalizão externa. Conforme Miccoli (2004) são identificados cinco grupos principais de influenciadores externos: proprietários, associados (fornecedores, clientes, sócios e competidores), as associações de empregados, os sindicatos e os vários públicos que cercam todos eles. Do ponto de vista interno, Miccoli (2004) argumenta que os empregados da organização são os influenciadores, pois possuem voz ativa, ou seja, são pessoas encarregadas de tomar decisões e executar ações em base regular ou permanente. Eles formam a coalizão interna e têm influência sobre a forma como são realizados os projetos. Um método de gestão de projetos deveria levar em conta as percepções de valor destas partes interessadas. Embora alguns autores comentem que não existe consenso a respeito do conceito de sucesso em gerenciamento de projetos, de alguma forma o sucesso e o fracasso no gerenciamento do projeto podem ser reflexo da percepção das diferentes partes envolvidas, conforme Miccoli (2004, Cooke-Davies (2003), Kerzner (2006), Cleland e Ireland (2002) e Baccarini (1999). 3 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. Dentre as percepções e expectativas de sucesso dos stakeholders internos da organização se incluem: entrega no prazo definido, no orçamento estipulado e com a qualidade acordada. O sucesso também está relacionado a grupos de interesse externos que inclui a aceitação por parte do cliente, o sucesso financeiro, o alinhamento estratégico, a saúde e segurança, a proteção ambiental, a conduta ética, entre outros. Slevin et al (2003) argumentam que pode haver alinhamento ou não de valores entre contratante e contratado durante a gestão de projetos e que é necessário conhecer os valores das partes envolvidas e buscar alinhamento destes valores, tanto do ponto de vista de quem gerencia o projeto, quanto daquele que contrata os serviços de gestão. Por outro lado, ter consciência desta necessidade e também investir na elaboração de um método de gestão de projetos que provenha valor para as partes envolvidas é proporcional ao nível de maturidade em gestão de projetos de uma dada organização. 2.1 Análise da cadeia de valor do cliente Conforme Porter (1989, p.31), “a cadeia de valores desagrega uma empresa nas suas atividades de relevância estratégica para que se possa compreender o comportamento dos custos e as fontes existentes e potenciais de diferenciação.” Porter (1989, p.31) afirma que, “toda empresa é uma reunião de atividades que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto. Todas estas atividades podem ser representadas, fazendo-se uso de uma cadeia de valores (...)”. Shank & Govindarajan (1993, p.13), afirmam que “a cadeia de valor para qualquer empresa, em qualquer negócio, é o conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas, passando por fornecedores de componentes, até a entrega do produto final às mãos do consumidor”. Esta é uma definição que vai além do ambiente interno das organizações. A ferramenta de análise da cadeia de valor proposta por Donaldson et al. (2006) denominada Análise da Cadeia de Valor do Cliente (Costumer Value Chain Analysis - CVCA) serve para que sejam identificadas de forma abrangente quem são as partes interessadas e seus papéis no ciclo de vida do produto que está sob projetação. Analogamente, pode-se supor que os gestores poderão empregar a ferramenta CVCA para modelar e compreender quais são os principais stakeholders envolvidos no processo de gestão de projetos de sua organização, suas relações uns com os outros e com os projetos realizados por eles. A aplicação da CVCA é implementada através de sete etapas (DONALDSON et al. 2006): (i) definir o modelo de negócio inicial e seus pressupostos; (ii) delinear as partes envolvidas com o produto; (iii) determinar como as partes estão relacionadas; (iv) identificar as relações entre as partes definindo os fluxos entre elas; (v) analisar a CVC (cadeia de valor do cliente) resultante para determinar os clientes críticos e suas proposições; (vi) incluir as informações no PDA (Product Definition Assessment) e (vii) utilizar os resultados da CVCA no processo de projeto do produto. Segundo Donaldson et al. (2006) a CVCA auxilia a delinear as VOC (Voice of the Customer) pertinentes, e listar suas necessidades, para hierarquização, priorização destas. Espera-se que a compreensão dos valores e expectativas das partes envolvidas com a gestão de projetos na organização leve à indicação de operações críticas para o futuro desenvolvimento de um método de gerenciamento de projetos, ajustado ao próprio grupo. 3. Método O método de pesquisa adotado neste trabalho tem natureza aplicada. Quanto aos objetivos trata-se de um estudo de caso com propósitos exploratórios. Foram utilizadas as seguintes fontes de evidência: entrevistas não estruturadas, documentos da empresa e literatura. A 4 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. abordagem foi qualitativa e baseada na análise da cadeia de valor da gestão de projetos de uma empresa de Trens Urbanos, utilizando a ferramenta CVCA - Costumer Value Chain Analysis adaptada. 3.1 Aplicação da CVCA adaptada Para realização do trabalho as etapas da ferramenta CVCA, descrita no item 2 foram adaptadas. Pessoas chave da gestão da empresa de Trens Urbano foram consultadas, incluindo o gestor e colaboradores da área denominada Superintendência de Expansão e Desenvolvimento – SUDEX, a qual exerce funções semelhantes a de um escritório de projetos na empresa. A intenção foi aplicar a ferramenta junto a esta superintendência estratégica, que no momento é a que está mais envolvida com o gerenciamento de projetos, para posterior apresentação dos resultados à diretoria da empresa de Trens Urbano. Em algumas etapas houve a participação dos colaboradores do setor, conforme descrito a seguir. Na etapa 1 “definir o modelo de negócio inicial e seus pressupostos” foram consultados, além de documentos do planejamento estratégico da organização, o gestor da SUDEX com respeito às premissas de gestão que afetam o gerenciamento de projetos na empresa de Trens Urbano. A partir desses dados foi gerado um conjunto de pressupostos para o gerenciamento de projetos na empresa de Trens Urbano denominado neste trabalho de PP. Na etapa 2 “delinear as partes envolvidas com a gestão de projetos”, o gestor da SUDEX e colaboradores deste setor indicaram através de brainstorming quem são as partes envolvidas e suas principais expectativas ou valores, tomando por pressuposto projetos anteriores. Um gráfico de stakeholders x valores foi gerado (SV). Na etapa 3 “determinar como as partes estão relacionadas”, o gestor da SUDEX e os colaboradores do setor fizeram uma proposição preliminar de um mapa das relações entre as partes envolvidas durante a gestão de projetos na empresa de Trens Urbano. Na etapa 4 “identificar as relações entre as partes definindo os fluxos entre elas”, o gestor da SUDEX identificou no mapa os fluxos tangíveis e intangíveis presentes nas relações dos envolvidos, com enfoque na gestão de projetos. Na etapa 5 “analisar a Cadeia de Valor do Cliente resultante para determinar os clientes críticos e suas proposições”, os pressupostos de projeto da empresa de Trens Urbano (PP), gerados na etapa 1 foram revisados para delimitação dos subprocessos críticos (SPc) e das partes interessadas críticas para a gestão de projetos na empresa de Trens Urbano. Em seguida, o gestor da SUDEX foi convidado a cruzar os SPc com os valores dos stakeholders (SV) que participam dos mesmos, para elaboração de diretrizes para um método de GP, que leve em consideração os valores destes stakeholders. Na etapa 6 “incluir as informações no documento PDA (Product Definition Assessment)”, as diretrizes elaboradas a partir da etapa 5 foram organizadas em um quadro. Na etapa 7 “utilizar os resultados da CVCA no processo de projeto na elaboração de método de gerenciamento de projetos”, as premissas da etapa 6 foram correlacionadas com as 9 áreas de conhecimento de gestão de projetos. Foi gerado um quadro contendo as diretrizes relacionadas com as áreas de conhecimento para que no futuro sejam norteadoras de um método de gestão de projetos. 4. Resultados e discussão A adaptação e aplicação do CVCA orientou-se pelas etapas apresentadas na revisão bibliográfica no item 2 e método no item 3. Neste trabalho a ferramenta CVCA, originalmente 5 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. utilizada no desenvolvimento de produtos, foi adaptada para aplicação no projeto de um método de gerenciamento de projetos. Entende-se que este seja um estudo de caso exploratório, visto que a ferramenta foi aplicada na empresa de Trens Urbano e tratou essencialmente dos dados obtidos a partir da opinião de representantes das partes interessadas nos projetos da empresa. Considera-se como limitação deste estudo o não acesso a todas as partes interessadas para confirmação das impressões e valores. Estudos futuros deverão ser realizados para validação dos resultados que serão apresentados neste artigo. Conforme mencionado no método, na etapa 1 “definir o modelo de negócio inicial e seus pressupostos” foram consultados documentos do planejamento estratégico da organização e consultado o gestor da SUDEX com respeito às premissas de gestão que afetam o gerenciamento de projetos na empresa de Trens Urbano. Dentre as informações relevantes, destacam-se os seguintes pressupostos relacionados com a gestão de projetos: “todas as contratações passam pelo processo licitatório; deve haver sustentabilidade econômico-financeira nos projetos; as gerências devem buscar outras alternativas de receita e redução de custos, além dos projetos decorrentes das necessidades da sociedade”. Na etapa 2, “delinear as partes envolvidas com a gestão de projetos”, o gestor e os colaboradores da SUDEX indicaram através de brainstorming quem são as partes envolvidas e suas principais expectativas ou valores, tomando como ponto de partida projetos realizados anteriormente. O quadro 1 contém a listagem de stakeholders ou partes interessadas citados no brainstorming e a razão pelas quais estes são considerados partes interessadas nos projetos da empresa de Trens Urbano. Esta é uma percepção abrangente que considera os envolvidos nos projetos de uma forma geral, não atendendo a um projeto específico. Por ser uma percepção do gestor e colaboradores do setor SUDEX, deverá ser validada no futuro frente à percepção dos demais gestores e a partir de levantamentos da percepção dos stakeholders. Além do quadro 1 foi gerada a figura 1 que apresenta a relação entre as partes interessadas e seus respectivos valores. A análise da Figura 1, permite realizar as seguintes observações: em primeiro plano o valor “imagem” alcança uma posição de destaque, pois afeta praticamente todas as partes interessadas; em segundo lugar estão aos valores “efetividade” e “qualidade de vida”; em terceiro lugar encontram-se os valores de “inclusão” e “valor econômico”; no quarto lugar, os valores “respeito à legislação local” e “transparência” e; em quinto lugar estão os valores “facilidade de gestão pós-lançamento” e “recompensa”. Por se tratar de um tipo de empresa que lida com os interesses públicos é compreensível que a imagem seja o valor mais relevante, seguido, certamente da efetividade que trata dos conceitos de eficiência e eficácia dos projetos. Junto à efetividade, se encontra a qualidade de vida, que pode ser interpretada tanto sob o ponto de vista dos stakeholders internos quanto externos. É importante destacar que, embora o item “facilidade de gestão pós-conclusão do projeto” tenha sido categorizado em posição menos privilegiada, ele é reflexo da qualidade das especificações do projeto durante o planejamento do escopo. Quanto melhor e mais sistêmica for a definição do escopo do projeto, melhor ele atenderá os benefícios diretos esperados para aquele projeto e demais expectativas dos usuários. Um projeto que seja realizado com esta qualidade de escopo não trará grandes problemas de gestão após a sua conclusão. Um exemplo de projeto que trouxe problemas para o gestor pós conclusão uma estação de trem foi bem projetada, com escadas rolantes para garantir conforto, porém o dimensionamento das escadas não atendeu o fluxo real da estação, o que gera gerando problemas para o gestor da estação. 6 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. Partes interessadas Sociedade Porque a empresa de Trens Urbano é uma empresa pública e deve prestar contas para a sociedade em termos de produtos gerados e em termos de gastos O governo federal Porque ele é o provedor dos recursos financeiros para os projetos, deve prestar contas dos gastos e deve proporcionar qualidade de vida à sociedade. O governo estadual Porque é o gestor do transporte metropolitano. Os governos municipais Porque a empresa de Trens Urbano deve prestar contas a respeito da qualidade dos produtos gerados nos projetos. A diretoria da empresa de Trens Urbano Porque ela tem interesse que os projetos sejam bem planejados, executados, com mínimo de perdas, máximo de retorno (sustentabilidade econômicofinanceira), com ênfase em projetos que aumentem receitas. Gestores de área Porque devem desenvolver seus projetos com mínimo de perdas e máximo de retorno, e que devem gerar idéias para aumento de receita e redução dos custos. Porque este produto será gerenciado por ele, ou seja, o ciclo de vida deste Gestores, como parte produto, após a conclusão do projeto, será de sua responsabilidade e assim interessada no produto deseja que o produto esteja de acordo com benefícios esperados pelos do projeto usuários finais. Técnicos e assistentes de projeto Porque coordenam e executam os projetos, desejam que as ferramentas de GP e recursos, humanos, financeiros disponíveis, que haja simplicidade de uso e reconhecimento do seu valor nos projetos. Funcionários da empresa que irão operar o produto do projeto Porque deseja maior qualidade de vida, melhoria do ambiente de trabalho, melhoria do processo de trabalho, necessidade de ser ouvido e atendido na medida do possível. SUDEX Porque é a unidade gestora dos principais projetos de investimentos da empresa de Trens Urbano . Fornecedores Porque almejam ter a empresa de Trens Urbano como cliente e como tal receber especificações completas, precisas e objetivas. Órgãos de controle (TCU, CGU) Porque são os responsáveis pela fiscalização dos atos dos agentes públicos. Equipes de Projeto Porque desejam maior qualidade de vida, melhoria do ambiente de trabalho, melhoria do processo de trabalho, necessidade de ser ouvido e atendido na medida do possível e reconhecimento interno. Quadro 1: Partes Interessadas e justificativa de sua indicação. Fonte: Elaborado pelo Autor (2010) Na etapa 3, que consiste em “determinar como as partes estão relacionadas” o gestor da SUDEX fez uma proposição preliminar das relações entre as partes envolvidas durante a gestão de projetos na empresa de Trêns Urbano, apresentada na Figura 2. Nesta etapa a intenção é verificar as relações existentes entre as partes sem preocupação com os fluxos de itens entre estas. Na etapa 4, que consiste em “identificar as relações entre as partes definindo os fluxos entre elas” o gestor da SUDEX identificou os fluxos de itens tangíveis e intangíveis presentes nas relações dos envolvidos, com enfoque na gestão de projetos. A Figura 3 apresenta os tipos de elementos intercambiados nas relações entre as partes freqüentemente envolvidas nos projetos realizados pela empresa de Trêns Urbano, incluindo informações, demandas, unidades monetárias e produtos. Observa-se que os itens que fazem parte dos fluxos entre as partes interessadas incluem: informações, o que é típico em projetos; solicitações ou demandas durante a execução do projeto; produtos e recursos financeiros. 7 Figura 1: Relação entre tipos de valores e os stakeholders - partes interessadas- dos projetos da empresa de Trêns Urbano Fonte: Elaborado pelo Autor (2010) Figura 2: Relações entre as partes desenvolvidas. Fonte: Elaborado pelo Autor (2010) Na etapa 5 “analisar a Cadeia de Valor do Cliente resultante para determinar os clientes críticos e suas proposições” os pressupostos da etapa 1 foram revisados para delimitação das partes interessadas críticas para o sucesso do processo de gestão de projetos (ver linha pontilhada na figura 3). A partir da análise dos pressupostos e dos fluxos entre as partes envolvidas, percebeu-se que a Comissão Permanente de Licitações (COPEL) é um elemento chave, uma vez que operacionaliza o pressuposto “todos os projetos nos quais existem aquisições devem cumprir o processo de licitação”. Ela não havia sido mencionada no brainstorming (Quadro 1). Por exemplo: Porque a COPEL é crítica? Partindo-se do pressuposto que o processo licitatório está presente em todos os processos de contratação de materiais e serviços de projeto, uma vez que a empresa de Trêns Urbano é pública, todas as operações realizadas pela COPEL passam a ser críticas. LEGENDA: I – Informação; D – Demanda; P – Produto; R$ – Recursos Financeiros; - - -partes envolvidas nos subprocessos críticos Figura 3: Fluxos de itens tangíveis e intangíveis entre as partes interessadas nos projetos. Fonte: Elaborado pelo Autor (2010) XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. Portanto, a COPEL foi incluída na figura 3 e teve seus valores acrescentados na figura 1. A Figura 3 apresenta uma delimitação (linha pontilhada) das partes envolvidas com os subprocessos críticos dos projetos. Foram consideradas relevantes as atividades realizadas pela: SUDEX, COPEL, Diretoria, gestores de área e equipes de projeto. As atividades de projeto relacionadas com estes stakeholders incluem: (i) o processo licitatório, (ii) o planejamento e gestão do escopo dos projetos, (iii) a gestão pós-conclusão do projeto, (iv) suporte à realização de projetos e (v) gestão e controle dos projetos e equipes. Também é resultado desta etapa o Quadro 2 que contém a relação de responsabilidade entre as partes envolvidas e os respectivos pressupostos de projeto. Matriz de responsabilidades Redução de custos A-R R E Oportunidades de Receita Diretoria SUDEX COPEL Gestores de àrea Sustentabilidade econômica e financeira ENVOLVIDOS Processo licitatório PRESSUPOSTOS DE PROJETO R-E E E E A E E E A E E E Legenda: A: Aprova E: Executa R: Responsável Quadro 2: Matriz de responsabilidades por operacionalizar os pressupostos de projeto. Fonte: Elaborado pelo Autor (2010) Na etapa 6 “incluir as informações no documento PDA (Product Definition Assessment)” as diretrizes para elaboração futura de um método de gestão de projetos foram determinadas. Para definição das diretrizes, o gestor da SUDEX foi convidado a cruzar os stakeholders envolvidos nos subprocessos críticos e seus valores (Quadro 3). Por exemplo: O processo licitatório é crítico e tem a COPEL por responsável. Os valores da COPEL incluem transparência, efetividade, imagem e valor econômico, portanto, foram definidas as seguintes diretrizes: auxiliar na elaboração dos editais, criar mecanismos de marketing para comunicação dos resultados de forma transparente e de forma a promover o nome e imagem da empresa de Trêns Urbano frente às partes interessadas. Na etapa 7 “utilizar os resultados da CVCA no processo de projeto do método de gerenciamento de projetos” os 5 (cinco) subprocessos críticos e diretrizes geradas na etapa 6 foram correlacionadas com as 9 áreas de conhecimento de gestão de projetos, para indicação das áreas de conhecimento que deverão compor um futuro método para a empresa de Trêns Urbano. Dentro das células da figura 9 estão as diretrizes preliminares para futura elaboração do método (Apêndice 1). 10 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. Pressupostos de projeto TRENSURB Subprocessos críticos Stakeholders críticos Valores dos Stakeholders Diretoria -Imagem; valor econômico Processo licitatório (i) o processo licitatório SUDEX -Efetividade, Imagem; valor econômico Identificar claramente o que está e o que não está no escopo e definir a estrutura analítica do projeto; conquistar apoio dos Sponsors, aquisição de softwares de gerenciamento de projetos e/ou customização dos sistemas já existentes COPEL -Transparência, efetividade, Imagem; Auxiliar na elaboração dos editais; Lembrar de criar mecanismos de marketing para comunicação dos resultados de forma transparente e de forma a promover o nome e imagem da TRENSURB frente às partes interessadas Sustentabilidade econômico-financeira (ii) planejamento e gestão do escopo dos projetos valor econômico Oportunidades de receita Gestores de -Transparência, efetividade, Imagem; àrea/Gestores pós criatividade; qualidade do produto pós conclusão conclusão e inclusão (iii) a gestão pós-conclusão do projeto, Redução de custos (iv) suporte à realização de projetos (v) gestão e controle dos projetos e equipes Exemplos de proposição de diretrizes Lembrar de criar mecanismos de marketing para comunicação dos resultados de forma transparente e de forma a promover o nome e imagem da TRENSURB frente às partes interessadas Identificar as partes interessadas e as suas necessidades; lembrar de usar informativos internos e outros recursos de marketing para promover as equipes de projeto e os resultados alcançados; criar mecanismos de geração da informação no tempo certo, com a qualidade certa e a sua disseminação para as pessoas certas. Avaliar a possibilidade de criação de um forum e programa para promoção de idéias inovadoras em relação a projetos que aumentem receita e reduzam custos Equipes de projeto -Recompensa, qualidade de vida, imagem Criar instrumentos de análise de desempenho, Técnicos e -Recompensa, qualidade de vida, assistentes de projeto imagem, inclusão reconhecimento e recompensa das equipes de projeto; identificar as necessidades das equipes de projeto em termos de ambiente e processos de trabalho; Quadro 3: Cruzamento dos valores dos stakeholders críticos com subprocessos críticos para proposição de diretrizes. Fonte: Elaborado pelo Autor (2010) 5. Considerações finais A literatura não aborda com clareza como definir diretrizes norteadoras do desenvolvimento de um método de GP ajustado às necessidades de uma organização, mas indica que os valores das partes envolvidas devem ser considerados. Neste trabalho, a análise da cadeia de valor das partes interessadas nos projetos de uma empresa pública permitiu a proposição de diretrizes para o desenvolvimento de um método de gestão de projetos. No total foram propostas 23 diretrizes para um futuro método de gestão de projetos e a aplicação da CVCA permitiu perceber que a infra-estrutura e os subprocessos, licitação, planejamento e gestão do escopo, gestão pós-conclusão do projeto são críticos para a gestão de projetos na empresa, sob a ótica dos valores das partes envolvidas. A maturidade da empresa em gestão de projetos é baixa, visto que sequer contém um método formal e disseminado para gerenciamento de projetos. Observa-se que algumas providências deveriam ser tomadas antes da implantação de um método de gestão de projetos. Para reforçar o reconhecimento da importância da gestão de projetos na empresa, pode-se pensar em um projeto piloto adotando mecanismos claros de controle e gerenciamento de projetos visando mensurar os resultados alcançados para fins de comparação com projetos anteriormente realizados na empresa. A empresa de Trens Urbanos apresenta características peculiares como: tamanho e localização física das equipes de projeto e gerenciais ao longo das estações, na via permanente e demais instalações. Além disso, as atividades de rotina e projeto são executadas nas 24 horas do dia, nos sete dias da semana, que para serem executas usam diferentes escalas e jornadas de trabalho. Estas características tornam o trabalho de disseminação de cultura e linguagem de gestão de projetos complexa. A aproximação da área de planejamento e SUDEX para divulgar os resultados da aplicação de outros métodos, já em uso na empresa, pode ser um elemento para sensibilização dos executivos quanto à necessidade e importância da gestão de projetos, 11 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. visando angariar seu apoio formal. Apesar dos resultados interessantes obtidos, este estudo apresenta algumas limitações que reduzem o alcance das suas conclusões. Trata-se de uma pesquisa com poucos respondentes, sem comparativos com outra organização do setor. A pequena amostra aumenta o risco relacionado às inferências realizadas, uma vez que determinadas configurações podem ser decorrentes de mero acaso. Estudos sugerem que a utilização de um método de gestão de projetos propicia, ao longo do tempo, um aumento gradual do nível de maturidade em projetos da organização. A prática da gestão de projetos aliada ao planejamento estratégico produz resultados expressivos para a sobrevivência e a melhoria do desempenho das organizações, sejam elas públicas ou privadas. A presente proposta permitiu visualização de aspectos valorizados pelos distintos stakeholders para futura elaboração de um método para a empresa avaliada. Entretanto, não basta desenvolver o mesmo, é necessário que haja um programa paralelo de conscientização e disseminação da cultura, bem como, o desenvolvimento de instrumentos de controle que permitam aos gestores mensurar os benefícios da GP, criando um ciclo virtuoso de apoio às práticas e melhoria de infra-estrutura. Os resultados deste diagnóstico realizado com o suporte da SUDEX poderão ser apresentados às gerências superiores para dar início ao processo de sensibilização, por exemplo, e também para validação das percepções de valor indicadas pelos gestores e colaboradores da SUDEX. Os próximos passos que poderão dar continuidade a este trabalho incluem: validação dos resultados desta investigação junto às Diretorias da empresa; cooperação SUDEX e setor de planejamento na sistematização de relatórios e resultados positivos provenientes de práticas de GP na empresa, para fins de sensibilização e busca de apoio, apresentação destes resultados aos demais stakeholders de projetos da empresa; planejamento de método de GP a partir das diretrizes propostas; realização de benchmarking de GP com outras empresas semelhantes. Referências BACCARINI, D. The logical framework method of defining project success. Project Management Journal, v.30, n.4, p.25-32, Dec. 1999. CLELAND, D. I., IRELAND. I., R. Project Management: strategic design and implementation. New York: McGrall-Hill, 2002. COOKE-DAVIES, T., ARZYMANOW, A. The maturity of project management in different industries: An investigation into variations between project management models. International Project Management, n.21, p.471-478, 2003. DONALDSON, K.M., ISHII, K., SHEPPARD, S.D. Costumer Value Chain Analysis: Research in Engineering Design v. 16: 174–183, 2006. FRAME, J.D. Managing Projects in Organizations. How to make the best use of time, techniques and people. 3. Ed. San Francisco:Jossey-Bass, 2003. KERZNER, H. Gestão de projetos: As melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2006. 821 p. KERZNER, H. Gestão de projetos: As melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2002. 519 p. MANTEL, S. J. Jr; MEREDITH, J. R. Administração de projetos: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC. 2003. 425 p. MICCOLI, W.R.V. Sistematização das metodologias atuais de gerenciamento de projetos nas indústrias de grande porte da Grande Curitiba: Um estudo de multi-casos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2004. 153 p. PMI. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK) – Quarta Edição. Newtown Square, PA: Project Management Institute Inc., 2008. 459p. 12 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. SLEVIN, D.P; CLELAND, D.I.; PINTO, J.K. The Frontiers of Project Management Research. Pennsylvania:Project Management Institute, Inc.,2003 13 ÁREAS DE CONHECIMENTO Subprocessos críticos PROCESSO LICITATÓRIO ESCOPO TEMPO CUSTO COMUNICAÇÕES RISCOS AQ Auxiliar na elaboração dos editais (3)/ Lembrar de criar mecanismos de marketing para comunicação dos resultados de forma transparente e de forma a promover o nome e imagem da TRENSURB frente às partes interessadas (4) Definir com d Estimar e elaborar orçamentos (8), Identificar as partes interessadas e as suas necessidades; lembrar de usar informativos internos e outros Ajustar os tempos recursos de marketing para promover que os membros das as equipes de projeto e os resultados Identificar e Alinhar ao programa equipes dedicarão ao alcançados; criar mecanismos de classificar riscos (12) de qualidade da projeto (10) geração da informação no tempo empresa (9) certo, com a qualidade certa e a sua disseminação para as pessoas certas (11). Reforçar mecanismos de inclusão das partes interessadas, internas e externas à TRENSURB, durante o levantamento de necessidades para o projeto (14) GESTÃO PÓS CONCLUSÃO DO PROJETO SUPORTE À REALIZAÇÃO DO PROJETOS RECURSOS HUMANOS Qualificação dos fornecedores (2) Análise de viabilidade (1) Identificar claramente o que está e o que não está no escopo e definir a estrutura analítica do projeto PLANEJAMENTO E (5); avaliar a Estimar tempos e GESTÃO DO ESCOPO DOS possibilidade de recursos para as PROJETOS criação de um forum e atividades e tarefas programa para do projeto (7) promoção de idéias inovadoras em relação a projetos que aumentem receita e reduzam custos (6) QUALIDADE Conquistar apoio dos Sponsors (15), adquirir softwares de gerenciamento de projetos e/ou customização dos sistemas já existentes (16) Realizar treinamento Estimular a liberação das equipes em dos membros da gerenciamento de equipe pelos gestores projetos e operação de área (18) dos softwares (17) Implantar o gerenciamento eletrônico de documentos e das lições aprendidas (19) GESTÃO E CONTROLE DOS Ter mecanismos claros de coleta, análise e divulgação dos resultados de projeto (20). Elaborar relatórios de andamento e realizar reuniões de acompanhamento e execução (21); criar ins PROJETOS E EQUIPE análise de desempenho, reconhecimento e recompensa das equipes de projeto (22); identificar as necessidades das equipes de projeto em termos de ambiente e processos de trab APÊNDICE 1 - Cruzamento dos subprocessos críticos com áreas de conhecimento de GP. Fonte: Elaborado pelo Autor (2010)