Evangelho do Apóstolo João, 1.29 Preparando nossos corações para a Páscoa de Jesus Cristo, escolhemos essas palavras, referentes a Jesus Cristo, que foram ditas por João Batista aos seus discípulos, palavras que prenunciavam o final do seu ministério como a voz que chamava no deserto. A partir dali, seus seguidores passaram a seguir Jesus, e ele ficou sozinho... Mas, qual o sentido dessas palavras? Como explicar o seu poder de revirar as mentes daqueles homens? O que, afinal, elas nos dizem hoje? Em primeiro lugar, elas apontam para Aqu'Ele, que é a Providência de Deus (Jesus): "Eis o Cordeiro de Deus..."; aqui, a exclamação de João Batista soa como a resposta que Deus deu a Isaque quando, diante da sua iminente morte sacrificial, foi milagrosamente substituído por um cordeiro que surgiu do nada, providência inequívoca do Deus que reverte o prólogo da morte em prenúncio de vida... (Gênesis, 22.7). Como Cordeiro sacrificado em nosso lugar, Jesus abrange e acolhe a todos que O reconhecem como a Dádiva do Deus que salva. A Sua Graça (atitude) basta. Ele nos substitui a dor, é o Antídoto para as nossas dores, tristezas, incertezas, para o abandono, desesperos e medos que nos abatem. É o Eterno Cordeiro que, por Sua morte e ressurreição, nos eterniza... Em segundo lugar, as palavras de João apontam para Aqu'Ele que é a Solução do homem: Jesus anula o efeito da e a condenação, humanamente impagável, herança do pecado que está sobre todos os homens, e pela qual geme a natureza. Pois:"... tira o pecado do mundo!". Escrituristicamente falando, João está dizendo algo mais do que simplesmente "tirar o pecado". Nesta expressão, o verbo 'tirar' transmite uma idéia de fato e futuro ao mesmo tempo. Jesus tira o pecado de forma atemporal, definitiva, pois Ele é Aqu'Ele que amassa tanto o pecado quanto a culpa ocorrida. Esta é a idéia de Paulo quando declara: "Em Cristo, nenhuma condenação há (Romanos 8.1), quem está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas passaram, pois tudo, absolutamente tudo, se fez novo (II epístola de Paulo aos Coríntios 5.14)... por isso, deixando as coisas velhas para trás, sigo para o alvo do soberano chamado ( Epístolas de Paulo aos Filipenses 3.4). Em Cristo não há retorno ao estado antigo - a Sua salvação é graciosa, definitiva e possessiva... Quem está em Suas mãos não escorre pelos dedos; está seguro! N´Ele! Rev.Ricardo César Vasconcelos Igreja Presbiteriana Unida da Penha