FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE LEONARDO RADÜNZ GONÇALVES RETROGNATISMO MANDIBULAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA SANTA CRUZ DO SUL – RS 2014 1 LEONARDO RADÜNZ GONÇALVES RETROGNATISMO MANDIBULAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pós-Graduação em Ortodontia das Faculdades Unidas do Norte de Minas, para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Orientação: Prof. Ms. Luís Fernando Corrêa Alonso SANTA CRUZ DO SUL – RS 2014 2 LEONARDO RADÜNZ GONÇALVES RETROGNATISMO MANDIBULAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pós-Graduação em Ortodontia da FUNORTE - núcleo Santa Cruz do Sul, para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Data da apresentação: Resultado:________________________________ BANCA EXAMINADORA: Prof. Mario Lania de Araujo ________________________________ Prof.Ms. Luís Fernando Corrêa Alonso ________________________________ Profa. Claudia Fabiana Reichut ________________________________ 3 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus, que sempre iluminou e direcionou meu caminho e me reservou toda sorte e bênçãos, de vida e saúde. Agradeço aos meus familiares em especial meus pais por serem verdadeiros, amigos, companheiros e exemplos. Ao Prof. Ms. Luís Fernando Corrêa Alonso, pela oportunidade de amizade, pelos ensinamentos que tanto têm contribuído na minha vida profissional. Aos pacientes, aos funcionários da equipe Parizotto, do curso e a todos que me ajudaram, direta ou indiretamente, para o desenvolvimento deste trabalho. 4 “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” São Francisco de Assis 5 RESUMO A má oclusão Classe II constitui uma anomalia muito comum, que afeta mais da metade dos pacientes que buscam tratamento ortodôntico, que são portadores de retrognatismo mandibular. Trata-se de uma má oclusão que se origina de problemas de adaptabilidade da região orofacial a vários fatores etiológicos, resultando em diversos problemas relacionados à insatisfação estética, alterações da fala, mastigação e deglutição, disfunções da articulação temporo-mandibular além de dor. Este trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica sobre o retrognatismo mandibular, abordando seus aspectos etiológicos, características e tratamento. Palavras-chave: Retrognatismo mandibular. Etiologia. Tratamento. 6 ABSTRACT The Class II malocclusion is a very common disorder that affects more than half of patients seeking orthodontic treatment, which are carriers of mandibular retrognathia. This is a malocclusion that originates from the orofacial problems of adaptability to various etiological factors region, resulting in several problems related to aesthetic dissatisfaction, slurred speech, chewing and swallowing, as well as disorders of the temporomandibular joint and pain. This paper presents a literature survey on the mandibular retrognathia, addressing their etiological aspects, characteristics and treatment. Keywords: Mandibular retrognathia. Etiology. Treatment. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Aparelho Removível, conjugado com o extra-bucal.............................. 16 Figura 2 – Aparelho de Protração Mandibular....................................................... 18 Figura 3 – Aparelho Twin Block – plano inclinado de 70° - blocos superior e 19 inferior.................................................................................................................... Figura 4 – Aparelho Forsus.................................................................................... 23 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 9 2 PROPOSIÇÃO.................................................................................................. 10 3 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 11 3.1 Etiologia........................................................................................................ 11 3.2 Aspectos característicos............................................................................. 12 3.3 Tratamento.................................................................................................... 14 4 DISCUSSÃO..................................................................................................... 24 5 CONCLUSÃO................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 27 9 1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento da Ortodontia teve, em 1899, seu mais importante marco estabelecido por Angle, que propôs formas de classificar as más oclusões, e definiu que a má oclusão de Classe II consiste em um retroposicionamento da mandíbula em relação à maxila, onde todos dentes inferiores ocluem distalmente, provocando uma acentuada desarmonia na região dos incisivos e nas linhas faciais (ANGLE,1899). Por sua vez, em 1980, Dawson indicou que o ponto de partida de uma harmonia de oclusão seria determinar se cada côndilo estaria alinhado apropriadamente com seu disco, e se o conjunto côndilo-disco estava corretamente posicionado em sua fossa (DAWSON, 1980). A má oclusão Classe II constitui uma anomalia muito comum, que afeta mais da metade dos pacientes que buscam tratamento ortodôntico, que são portadores de retrognatismo mandibular (MOYERS,1991). Esta má oclusão se origina de problemas de adaptabilidade da região orofacial a vários fatores etiológicos, resultando em diversas implicações que variam de insatisfação estética a alterações da fala, mastigação e deglutição, bem como disfunções da articulação temporomandibular e dor orofacial (PROFFIT, 2002). A má oclusão de Classe II é caracterizada por uma discrepância dentária ântero-posterior que, quando associada a uma desarmonia esquelética, pode levar a um comprometimento da estética facial, muitas vezes causando danos psicossociais (FREITAS, 2009). As alterações dento esqueléticas presentes na Classe II repercutem de forma negativa no perfil de tecidos moles do indivíduo, que na maioria das vezes apresenta uma convexidade facial aumentada, como decorrência da maior prevalência do retrognatismo mandibular (FREITAS, 2003). Em face das proposições já apresentadas, justifica-se o interesse pelo estudo do tema do retrognatismo mandibular, que ora se apresenta através da técnica da pesquisa bibliográfica. 10 2 PROPOSIÇÃO Este trabalho apresenta uma revisão de literatura a respeito do tema retrognatismo mandibular, avaliando seus aspectos etiológicos e característicos, bem como as terapias recomendadas para sua correção. 11 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Etiologia Segundo Proffit (2002), as más oclusões ou problemas da oclusão dentária são o resultado da adaptabilidade da região buco-facial a vários fatores etiológicos, resultando em diversas implicações que variam da insatisfação estética às alterações na fala, mastigação, deglutição, disfunções de ATM e dor. Para Casagrande et al. (2008), a amamentação exige um trabalho muscular intenso do recém-nascido, promovendo a sucção, a deglutição e a respiração, que são funções vitais e inatas, estimulando o crescimento e desenvolvimento da face e seus anexos. A utilização do sistema de amamentação por mamadeira pode ser prejudicial ao adequado desenvolvimento e saúde dos tecidos da face, uma vez que o leite da mamadeira é extraído por pressão negativa, e para que isso ocorra a mandíbula realiza apenas dois movimentos: abertura e fechamento. O efeito da ausência dos movimentos de protrusão e retrusão pode significar a manutenção do retrognatismo fisiológico, já que a mandíbula perde o estímulo de crescimento. Woitchunas et al. (2010) afirmam que o desenvolvimento do terço inferior da face ocorre por meio do estímulo que a amamentação no peito proporciona pela sucção, pois os primeiros receptores neurais que se colocam em funcionamento no recém-nascido estão nas partes deslizantes das articulações temporomandibulares, que geram como resposta a estimulação para a correção do retrognatismo mandibular secundário do recém-nascido, e a modelação do ângulo da mandíbula. Desta forma, pode-se afirmar que são os exercícios realizados através da sucção do recém-nascido que solucionam, naturalmente, o retrognatismo secundário natural ao homem. Guarim (2010) destaca que o retrognatismo mandibular é uma alteração de alta incidência, sendo observado nas clínicas de ortodontia, ortopedia facial e otorrinolaringologia, e tem sua etiologia multifatorial, tais como: genética, respiração 12 bucal, e/ou falta de estímulo do crescimento mandibular. Sua característica principal é o maxilar inferior hipodesenvolvido. As causas desta patologia poderão ser: uma displasia óssea da base mandibular, o deslocamento anterior do maxilar e dos processos alveolares, ou uma combinação dos fatores esqueléticos e dentários. Cotrim et al. (2012) afirmam que o adequado desenvolvimento das habilidades motoras orais dos recém-nascidos é importante a normalização do retrognatismo natural, isto é, a mandíbula do recém-nascido possui uma diferença de cinco a oito milímetros, e até mesmo de 12mm em relação à maxila, constituindose assim um retrognatismo inato aos humanos. No entanto, através de mecanismos como o da amamentação via aleitamento materno, que se dá o adequado desenvolvimento das estruturas faciais. Por isso, a amamentação deve ser mantida pelo menos até o sexto mês, de modo a assegurar o desenvolvimento da tonicidade orofacial. Crianças que são sujeitadas a desmame precoce estão mais sujeitas a manterem seu retrognatismo mandibular, durante seu processo de desenvolvimento. 3.2 Aspectos característicos Conforme Angle (1989), a Classe II constitui uma relação dentária assimétrica, na qual os dentes superiores encontram-se muito a frente dos dentes inferiores. Em alguns casos esses problemas dentários são acompanhados de problemas esqueléticos, tendo uma relação maxilo-mandibular alterada, podendo ser encontrado prognatismo maxilar, retrognatismo mandibular ou ambas situações associadas. Na classe III, verifica-se o inverso: prognatismo mandibular, retrognatismo maxilar ou ambos associados. Segundo Coutinho et al. (2009), os indivíduos portadores de desproporções maxilomandibulares possuem características miofuncionais que variam de acordo com o tipo de desproporção que apresentam. As adaptações musculares aos diversos tipos de desproporções maxilo-mandibulares viabilizam a realização das funções estomatognáticas; essas modificações musculares ocorrem de acordo com o padrão das bases ósseas do esqueleto maxilofacial. Quando existem associadas 13 às desproporções esqueléticas, alterações de oclusão e de tipologia facial, a correção cirúrgica torna-se essencial. Nóia et al. (2011), relataram o caso clínico de uma paciente submetida à realização de osteotomia sagital do ramo mandibular (OSRM), para tratamento de retrognatismo. Trata-se de um procedimento amplamente utilizado para a correção de deformidades dentofaciais, tanto para aquelas que necessitam de avanços ou recuos mandibulares. À paciente, de 40 anos, foi proposta a cirurgia visando um avanço mandibular de aproximadamente 0,6 mm. Ela foi levada ao ambiente hospitalar. sob anestesia geral, com intubação nasotraqueal. Inicialmente foi realizado o acesso ao longo da linha obliqua mandibular e o descolamento mucoperiosteal da região, e realizou-se as osteotomias, feitas com separador de Smith, começando pelo corte horizontal medial, seguido pelo corte sagital e por último o corte vertical lateral. A finalização do procedimento cirúrgico obtendo-se o avanço mandibular foi alcançada por meio da colocação de uma placa de 4 furos do sistema 2 mm, de forma a unir a porção o inferior do segmento proximal com o segmento distal, e a colocação de 1 parafuso, unindo a porção superior do segmento proximal com o segmento distal. Durante os primeiros 45 dias de pósoperatórios a paciente foi acompanhada periodicamente, sendo mantida com bloqueio maxilomandibular através de elásticos ortodônticos e tendo sua dieta restrita a alimentos líquidos e pastosos. Após esse período a paciente foi encaminhada ao fisioterapeuta para tratamento, visando melhora da abertura bucal, bem como da movimentação mandibular, e ao ortodontista para finalização ortodôntica do caso. Os autores concluíram que a técnica de OSRM é um procedimento versátil, corriqueiro e amplamente utilizado pelos cirurgiões para o tratamento de deformidades dentofaciais mandibulares. Dultra et al. (2012) salientam que as deformidades dentofaciais podem produzir efeitos deletérios, Os efeitos deletérios, que podem ser sentidos nos ossos, dentes, músculos, articulação têmporo-mandibular, sistema digestivo e espaço aéreo superior. Esses efeitos podem, ainda, traduzir-se por dores articulares e musculares, dificuldades mastigatórias, fonoarticulatórias e de deglutição, além de reabsorção óssea (especialmente alveolar) e perda de elementos dentais (decorrentes de trauma oclusal sofrido pelos dentes em posição inadequada), desconforto gástrico, desnutrição e dificuldade respiratória. Em especial, o 14 comprometimento respiratório, representado primordialmente pela Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono, guarda estreita relação com a deformidade dento-facial esquelética decorrente do retrognatismo mandibular, que reduz o espaço aéreo. 3.3 Tratamento Moro et al., em 2000, afirmam que o Aparelho de Herbst que faz uso de cantilever apoiado na coroa de aço dos molares inferiores pode ser utilizado unilateral, bilateralmente e em casos assimétricos. Fornece aplicações multifuncionais com base no planejamento do tratamento dos primeiros molares inferiores, e está indicado para o tratamento de pacientes com dentadura mista, não colaboradores, e com retrognatismo mandibular, além de pacientes portadores de Classe II, com mordida aberta e ângulo do plano mandibular acentuado; pacientes portadores de Classe II, com deficiência significativa no comprimento do arco e desvio das linhas médias dentárias, e casos que requeiram extrações. Um estudo realizado por Singh e Clark (2001) analisou mudanças morfológicas na mandíbula, em pacientes portadores de maloclusão de Classe II, 1ª divisão, por retrognatismo mandibular, nas fases pré e pós-puberal, fazendo uso do aparelho propulsor mandibular Twin-block. Para isso, utilizaram exames cefalográficos de 46 crianças de aproximadamente 10 anos de idade, e 53 de adolescentes, com idade aproximada de 13 anos, para determinar alterações morfológicas mandibulares. Os resultados demonstraram que o crescimento condilar, a remodelação do processo coronóide, e a osteogênese no corpo e na região dentoalveolar podem refletir na correção da displasia esquelética. Para os autores, o Twin-block é um aparelho versátil e efetivo para a correção da má oclusão de Classe II, com retrognatismo mandibular. Para Walker (2002), a distração osteogênica é uma técnica poderosa para a criação de um novo osso durante o significativo alongamento da mandíbula, sem a necessidade de enxerto ósseo, e associado à morbidade do sítio doador. A maioria das aplicações clínicas de alongamento mandibular com as técnicas de distração 15 osteogênica relatados na literatura dão-se em pacientes que completaram o crescimento do esqueleto. Essa técnica oferece a oportunidade de resultados do tratamento mais favoráveis, em comparação com os procedimentos cirúrgicos tradicionais, resultando em menor morbidade e menores índices de complicações. De acordo com Siqueira e Mondelli (2002), em casos de Classe II esqueléticas com retrognatismo mandibular, podem-se utilizar vários aparelhos ortopédicos propulsores da mandíbula de uso contínuo, o aparelho de Herbst, ou ainda utilizar-se aparelhos intermitentes, como Ativador e Bionator de Balters, para a correção da referida desarmonia dentoesquelética. É preciso, no entanto, que seja realizado um adequado diagnóstico para cada paciente, para que o estágio de manutenção esquelética promova o tratamento adequado para cada tipo de má oclusão. Pancherz e Fischer (2003) afirmam que o ortodontista Emil Herbst (1842 – 1940), criador do aparelho de Herbst, nasceu em Bremen, na Alemanha, e era um pesquisador da especialidade bem a frente de seu tempo, e que contribuiu largamente para a ampliação de conhecimentos em Ortodontia. Em 1905, em Berlim, Herbst apresentou seu aparelho ortodôntico no 5° Congresso Internacional de Odontologia; um dispositivo fixo projetado para promover o avanço mandibular, utilizado no tratamento das maloclusões de Classe II, com retrognatismo mandibular. Para Sant´Anna e Janson (2003) a cirurgia ortognática, atualmente, pode resolver a grande maioria das deformidades dentofaciais com segurança e previsibilidade. Entre essas deformidades está o retrognatismo mandibular associado a excesso vertical maxilar, casos nos quais podem ser realizadas osteotomia sagital do ramo e ascendente da mandíbula; bem como a mentoplastia de avanço. Para tanto, é essencial um correto diagnóstico realizado pela análise facial e radiográfica, manipulação dos modelos de gesso e plano de tratamento conjunto entre ortodontista e cirurgião buço-maxilo-facial. Freitas (2003) demonstrou a correção de uma má oclusão de Classe II, divisão 1, na dentadura mista, com padrão de crescimento vertical, maxila protruída e mandíbula acentuadamente retruída, com mordida aberta anterior. A paciente do gênero feminino, leucoderma, brasileira, com 8 anos e 11 meses, apresentava, ainda, prognatismo maxilar e retrognatismo mandibular, e ausência de selamento labial passivo, com respiração bucal, deglutição atípica. No tratamento, utilizou-se o 16 aparelho removível, conjugado com o aparelho extra bucal, com grade palatina, por um tempo aproximado de 20hs/dia, durante 10 meses. Pela falta de colaboração da paciente, foi necessária a instalação de um arco lingual de Nance, com uma mola soldada na região ântero-inferior para vestibularizar os incisivos inferiores. O aparelho ortodôntico fixo foi utilizado durante 8 meses, finalizando-se o tratamento com uma boa relação molar Classe I, obtendo-se um perfil harmonioso com a restrição do crescimento maxilar e liberação do crescimento mandibular. Instalou-se, logo após a remoção do aparelho fixo, uma placa de Hawley com grade palatina, e um 3 x 3, como contenção, para ser utilizado durante a metade do tempo ativo de tratamento. Figura 1 – Aparelho Removível, conjugado com o extra-bucal Fonte: Freitas et al. (2003) 17 Carlini e Gomes (2005) afirmam que as assimetrias craniofaciais podem ser divididas em fatores de origem genética e adquiridas. Geneticamente são provocadas pela interrupção da proliferação e do desenvolvimento celular, acarretando no desenvolvimento da deformidade. Nas assimetrias adquiridas ou de desenvolvimento, várias são as causas que levam à assimetria facial. Fatores patológicos, como a anquilose da articulação temporomandibular (ATM), são grandes causadores de deformidades como retrognatismo mandibular, desvios do mento para o lado afetado, limitação de movimentos mandibulares, atrofia dos músculos faciais. Além destes, lesões que atingem a ATM, como os osteocondromas, as hiperplasias, as hipoplasias e agenesias condilares e desordens intra-articulares associadas à artrose acabam gerando algum grau de assimetria. Outras causas incluem o parto à fórceps, infecção otológica e o uso inadequado de aparelhos ortopédicos. De acordo com Costa e Suguino (2006), a má oclusão de Classe II com retrognatismo mandibular tem sido largamente estudada na literatura ortodôntica mundial, apresentando diversas opções terapêuticas tanto com o emprego de aparelhos ortopédicos removíveis quanto os fixos. Os aparelhos ortopédicos funcionais removíveis, apesar da sua eficiência clínica, dependem além de um padrão de crescimento favorável, da colaboração do paciente. Dentre as opções para o tratamento desta má oclusão destacamos o Aparelho de Protração Mandibular (APM), que caracteriza-se pela postura mesial da mandíbula, a fim de compensar uma sobressaliência horizontal existente; e pela distalização da maxila em massa, por meio de uma força gerada pela ação da musculatura, proveniente do retorno da mandíbula à posição original distal. Recentemente, foram implementadas modificações no aparelho, de tal forma que o apoio do componente maxilar do APM não mais seria realizado sobre os fios de nivelamento, mas sobre os tubos molares, especificamente no tubo 0.45” do primeiro molar superior. Incluiu-se, ainda, a construção de uma haste mandibular, confeccionada com um pedaço de fio 0,09mm, o qual deveria ser inserido em um arco retangular 0.19 x 0,25” com alças construídas distais aos caninos inferiores. Mais confortável, o aparelho tem reduzido significativamente o índice de quebras e de rejeição ao uso. 18 Figura 2 – Aparelho de Protração Mandibular Fonte: Costa e Suguino (2006) Um estudo realizado por Olibone et.al. (2006) avaliou a eficácia do aparelho ortopédico propulsor mandibular Twin Block, quanto ao crescimento mandibular. O estudo, que tomou como base uma revisão sistemática da literatura a partir de 1970, utilizou materiais pesquisados nos bancos de dados da Medline e BBO, e destacou que o Twin Block promove a diminuição do ângulo SNA com retroinclinação dos incisivos superiores, e que o ângulo SNB sofre aumento com vestibularização dos incisivos inferiores. O aparelho propulsor mandibular Twin Block propicia, ainda, uma melhora significativa na relação maxilomandibular e na convexidade facial, porém com aumento na altura facial ântero-inferior. Além disso, há resposta tissular positiva nas estruturas da ATM, durante o uso do propulsor Twin Block. Essas alterações são uma combinação de modificações do côndilo, da fossa mandibular, do osso basal, além de alterações alvéolo-dentárias, e dependem de uma multiplicidade de fatores em cada indivíduo, como o padrão morfogenético, a idade, o gênero, o padrão funcional, o controle do aparelho e os hábitos orofaciais, entre outros. 19 Figura 3 – Aparelho Twin Block – plano inclinado de 70° - blocos superior e inferior. Fonte: Olibone et al. (2006) Santos Junior et al. (2007) avaliaram a eficácia e complicações da técnica de mentoplastia para avanço do músculo genioglosso em pacientes com síndrome da apnéia-hipopnéia do sono obstrutiva - SAHSO, em pacientes com apnéia leve ou moderada, obstrução de hipofaringe e retrognatismo mandibular. Os autores concluíram que a mentoplastia para avanço do músculo genioglosso parece reduzir os sinais da SAHSO, podendo ser considerada uma opção com tratamento cirúrgico em pacientes com obstrução na hipofaringe. Os dados coletados indicam esse procedimento como opção a ser eleita para o tratamento de pacientes com SAHSO e retrognatismo mandibular. Vigorito e Dominguez (2007) estudaram as mudanças dentoesqueléticas decorrentes do tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisãode Angle e retrognatismo mandibular, avaliando telerradiografias de 20 pacientes consecutivos, obtidas em três tempos (T1-início; T2-no término da fase ativa e T3-término da fase pós- Herbst) tratados em duas fases de 13 meses (I, fase ativa de tratamento com Herbst e II, fase pós-Herbst). Os resultados demonstraram que de T1 para T2 tanto a maxila quanto a mandíbula projetaram para anterior, com incrementos significantes que permitiram um ajuste maxilomandibular. Os incisivos superiores 20 inclinaram para palatino, e os inferiores protruiram. Os molares superiores distalizaram, e os inferiores mesializaram, com diminuição do trespasse horizontal. De T2-T3 a maxila projetou para a anterior, e a mandíbula apresentou um incremento menor. Os incisivos superiores permaneceram estáveis, e os inferiores lingualizaram; os molares superiores e inferiores mesializaram. Comparando T1-T3, observou-se correção da má oclusão devido à soma de mudanças dentárias e esqueléticas. Os autores observaram que as mudanças são diferentes em cada fase, havendo maior incremento de crescimento mandibular na fase ativa do tratamento com o Herbst. Na fase pós-Herbst houve uma desaceleração do crescimento em combinação com recidiva das posições dos molares e incisivos inferiores, sem comprometer o tratamento. Moura et al. (2008) apresentaram um caso no qual o paciente, do gênero masculino, com 12 anos e oito meses, apresentava simetria facial, perfil convexo com retrognatismo mandibular e leve protrusão maxilar. Dentária e esqueleticamente o paciente apresentava uma discreta má-oclusão de Classe II de Angle, Divisão 1a, confirmada radiograficamente. Além disso, apresentava leve sobressaliência, discrepância transversal do arco superior, sobremordida severa, apinhamento nos arcos superior e inferior e impacção de caninos superiores. A Classe II foi resultado da combinação de uma leve protrusão maxilar, e de retrognatismo mandibular visível também na convexidade do perfil. Para corrigir a discrepância transversal do arco superior, optou-se pela disjunção maxilar, utilizando um aparelho disjuntor de Hyrax, corrigindo a mordida cruzada posterior. Durante o alinhamento e nivelamento do arco superior com aparelho fixo MBT Unitek de slot 0.022, foram bandados os primeiros molares do arco inferior, e instalou-se uma placa lábio ativa, com a finalidade de ancorar os molares, e impedir a força do lábio inferior sobre estes incisivos, para que a força da língua auxiliasse na melhora do apinhamento inferior anterior. Com exodontia contra-indicada, instalou-se o aparelho fixo inferior, e continuou-se o uso noturno de placa lábio ativa. De acordo com a técnica do arco segmentado, com os dentes superiores já alinhados e nivelados, foi usado fio 0.018 x 0.025 de aço nos segmentos posteriores (dentes 13, 14, 15 e 16; e dentes 23, 24, 25 e 26) para ancoragem e estabilidade. O sistema de intrusão e retração simultâneas foi preconizado com o uso de cantiléveres, um de cada lado do arco (40 gramas de cada lado), estendidos de molar até a região de canino. Nos incisivos, foi 21 utilizado um segmento de estabilização com fio 0.018 x 0.025 de aço passando dentro dos slots dos braquetes. Os cantiléveres foram ativados para cima, no sentido vertical, sendo o ponto de aplicação da força bem anterior com a finalidade de fazer a linha de ação de força passar no centro de resistência dos incisivos superiores, gerando intrusão pura para correção da sobremordida profunda. Devido à presença de sobremordida profunda severa, optou-se também pela correção do arco inferior, porém, pela técnica do arco reto, de maneira simultânea. Para tal, foi utilizada curva de Spee reversa na seqüência de fios inferiores, .016, .016 x .022 e .017 x .025, todos de aço inoxidável. O tempo total de tratamento foi de 34 meses. Coutinho et al. (2009) afirmam que a cirurgia ortognática consiste no procedimento cirúrgico que visa corrigir deformidades dos ossos da região da maxila e/ou mandíbula, representando um recurso subsidiário para pacientes com graves deformidades dentofaciais que implicam problemas estéticos e funcionais. A indicação para que seja realizada uma cirurgia deve ser feita em função das seguintes características: 1) Deformidades Classe III severas (>12mm); 2) Deformidades Classe I, II ou III com excesso maxilar vertical; 3) Deformidades Classe II ou III com deficiência maxilar vertical; 4) Deformidades Classe II com deficiência maxilar transversa; 5) Deformidades Classe I com protusão bimaxilar e excesso maxilar vertical e 6) Casos de assimetria facial por hipoplasia ou hiperplasia condilar, hipertrofia hemifacial e assimetria mista maxilo-mandibular. O procedimento cirúrgico é direcionado em função do tipo de desproporção maxilo-mandibular, que pode ser classificada em displasias verticais, mordida aberta e sobremordida, displasias sagitais, prognatismo e retrognatismo, e atresia ou estenose maxilar. Henriques et al. (2009) apontam como uma das opções terapêuticas para o tratamento da má oclusão de Classe II, com retrognatismo mandibular, o emprego de aparelhos ortopédicos fixos, que se destacam pela eficiência, pela menor necessidade de colaboração do paciente, e pela estabilidade dos resultados. Estes aparelhos devem ser usados cerca de 6 a 8 meses, provocando modificações predominantemente dentoalveolares. Dentre as opções de aparelhos (Herbst, Jasper Jumper, Eureka Spring, Mara, Churro Jumper, Forsus, Superspring) para o tratamento desta má oclusão, os autores destacam o Aparelho de Protração Mandibular (APM), que tem baixo custo, e vem sendo aprimorado, a fim de torná-lo 22 resistente aos esforços a que é submetido, reduzir seu índice de quebras e propiciar conforto ao paciente. Dolanmaz (2011) afirma que o retrognatismo mandibular pode ser corrigido durante o crescimento com vários tipos de aparelhos ortopédicos, removíveis ou fixos. Removíveis como Ativador, Bionator, Twin-block; e fixos como Herbst, APM, Jasper Jumper, etc., os quais demonstram diferentes modos de ação e efeitos dentoesqueléticos e nos tecidos moles. Conforme Cappellette Jr. et al. (2012), a escolha de estratégias de tratamento para o retrognatismo mandibular, se divide entre recursos fixos e funcionais. Desde a década de trinta, na Europa, os aparelhos funcionais aparecem com grande popularidade, e vem apresentado um crescente aumento de seu uso pelo mundo. Este aumento na popularidade deve-se, em parte, pela necessidade da correção do retrognatismo mandibular, sendo fundamental para o sucesso diagnosticar corretamente quais estruturas craniofaciais se encontram envolvidas na maloclusão, uma vez que o resultado estético final pode não ser agradável, se planejado erroneamente. Por sua vez, os propulsores mandibulares fixos podem ser utilizados para corrigir a malocusão de Classe II, dentária ou esquelética, com ou sem extrações dentárias. Em 2001, um novo modelo de propulsor mandibular fixo foi desenvolvido: o Forsus Spring. Ele consiste em uma mola em forma de barra de 0,5 por 3,0 mm (45% Niquel e 55% Titanium) com um revestimento de plástico transparente. Por suas terminações curvadas a mola pode ser encaixada em bandas e arcos previamente instalados. O princípio mecânico consiste em uma mola ativada por um êmbolo, mola esta que foi projetada para resistir a compressão intensa, que quando instalada na boca, têm a propriedade de manter a mandíbula permanentemente projetada para anterior, impedindo-a de retroceder. Os tubos são fixados na região posterior do arco dentário superior, na altura dos primeiros molares permanentes, por vestibular. Os êmbolos são presos na região anterior do arco dentário inferior, na altura dos caninos, também por vestibular. Os êmbolos são então encaixados dentro dos tubos de forma a protruírem a mandíbula até uma relação de topo a topo entre os incisivos, conferindo liberdade total de movimento de abertura e fechamento mandibular, sem restrição aos movimentos de lateralidade. De acordo com os autores, O aparelho Forsus mostra-se efetivo no tratamento da maloclusão de Classe II de Angle, em casos bilaterais ou unilaterais, em todos os 23 casos clínicos apresentados, constituindo uma alternativa prática e efetiva para a propulsão mandibular. Figura 4 – Aparelho Forsus Fonte: Cappellette Jr. et al. (2012), Mendes et al. (2013) afirmam que o padrão ouro no tratamento dos pacientes com deformidades dento-faciais é a cirurgia ortognática, que resulta, tanto em melhorias funcionais quanto estéticas aos pacientes. A movimentação cirúrgica dos maxilares produz alterações nos tecidos moles do complexo orofacial. Além disso, promove mudanças craniofaciais e alterações dimensionais das vias aéreas. Os autores citaram o caso de uma paciente do gênero feminino, 33 anos, que apresentava deformidade dentofacial, com aconselhamento para cirurgia ortognática para correção do retrognatismo mandibular e excesso vertival de maxila. A cirurgia recomendada foi a osteotomia tipo LeFort I, osteotomia sagital bilateral do ramo mandibular e rotação anti-horário do complexo maxilo-mandibular. A cirurgia ortognática de avanço maxilo-mandibular produziu um aumento das vias aéreas superior, média e inferior, e promoveu a eliminação do do retrognatismo mandibular 24 4 DISCUSSÃO O retrognatismo mandibular é uma deformidade de alta incidência na população (GUARIM, 2010). Na literatura, pode ser encontrado que esse problema guarda, em muitos casos, relação com o desmame precoce, que pode favorecer a manutenção do retrognatismo mandibular, já que a mandíbula perde o estímulo de crescimento (CASAGRANDE et al., 2008, WOITCHUNAS et al., 2010, COTRIM et al., 2012). Os exercícios realizados através da sucção do recém-nascido que solucionam, naturalmente, o retrognatismo secundário natural ao homem (WOITCHUNAS et al., 2010; COTRIM et al., 2012). Entre os fatores etiológicos do retrognatismo estão os genéticos, a respiração bucal e/ou a falta de estímulo do crescimento mandibular (GUARIM, 2010). A amamentação mantida pelo menos até o sexto mês diminui as possibilidades de ocorrência do retrognatismo mandibular (WOITCHUNAS et al., 2010; COTRIM et al., 2012). Em casos de Classe II esqueléticas com retrognatismo mandibular, podem-se utilizar vários aparelhos ortopédicos propulsores da mandíbula (SIQUEIRA e MONDELLI, 2002, DOLANMAZ, 2011; CAPPELLETTE Jr. et al. 2012). Os aparelhos ortopédicos fixos se destacam pela eficiência, pela menor necessidade de colaboração do paciente, e pela estabilidade dos resultados (HENRIQUES et al., 2009). Entre esses aparelhos estão o aparelho de Herbst, apontado como alternativa eficiente no tratamento da Classe II com retrognatismo mandibular (SIQUEIRA e MONDELLI, 2002, MORO et al., 2000; VIGORITO e DOMINGUEZ, 2007). No entanto, na fase pós-Herbst, há estudo apontando a desaceleração do crescimento em combinação com recidiva das posições dos molares e incisivos inferiores, sem comprometer o tratamento (SIQUEIRA e MONDELI, 2002). A distração osteogênica também vem sendo apontada como opção de tratamento para o alongamento da mandíbula (WALKER, 2002). 25 Dentre as opções para o tratamento de Classe II com retrognatismo mandibular está o aparelho de Protração Mandibular (APM) e pela distalização da maxila em massa (COSTA e SUGUINO, 2006). Porém, o retrognatismo mandibular pode ser resolvido através da cirurgia ortognática, que pode constituir-se de osteotomia sagital do ramo e ascendente da mandíbula; ou de uma mentoplastia de avanço (SANT´ANNA e JANSON, 2003; MENDES et al., 2013). Quando as desproporções maxilo-mandibulares existem associadas às desproporções esqueléticas, alterações de oclusão e de tipologia facial, a correção cirúrgica torna-se essencial (COUTINHO et al., 2009; DULTRA et al., 2009). A cirurgia ortognática visa corrigir deformidades dos ossos da região da maxila e/ou mandíbula, e constitui um recurso subsidiário para pacientes com graves deformidades dentofaciais (COUTINHO et al, 2009). Outras soluções para a correção do retrognatismo mandibular, bastante apontadas na literatura, são a utilização do Ativador e Bionator de Balters (SIQUEIRA e MONDELI, 2002) e do aparelho Twin Block (SINGH e CLARK, 2001; OLIBONE et.al., 2006). Além disso, sabe-se que uma adequado diagnóstico é fundamental para a escolha de um tratamento exitoso. conforme cada tipo de má oclusão (SIQUEIRA e MONDELI, 2002). 26 5 CONCLUSÃO O retrognatismo mandibular é uma deformidade comum na população, e sua incidência está, recorrentemente, associada ao desmame precoce, e a hábitos como a respiração bucal. Sua correção pode ser feita, conforme o diagnóstico formulado, através do uso de aparelhos ortopédicos propulsores da mandíbula, como o aparelho de Herbst, o Twin Blocks, Ativador e Bionator de Balters. A distração osteogênica também vem sendo apontada como opção de tratamento para o alongamento da mandíbula. Quando as desproporções mandibulares existem associadas às desproporções esqueléticas, alterações de oclusão e de tipologia facial, faz necessária a correção através de cirurgia ortognática, para corrigir deformidades dos ossos da região da mandíbula. 27 REFERÊNCIAS AMARAL, G.M..; SIMÃO, G.M.L. 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