TERAPIA VASCULAR 2007 Edmundo Vargas Neto Circulação Arterial Anatomia da Perna Anatomia da Perna Estrutura da Artéria TRILAMINAL ÍNTIMA - células endoteliais MÉDIA - células musculares lisas, intercaladas com matriz extracelular rica em elastina ADVENTÍCIA - Fibras de colágeno Endotélio A célula endotelial regula o tônus vascular (1980, Furchgott e Zawadski) Regula a coagulação, trombólise, vascular e a resposta inflamatória e imune remodelação Capaz de detectar a mínima alteração na pressão arterial, no fluxo sangüíneo, no balanço oxidativo, na coagulação, ao sinal de inflamação, ativa o sistema imune Disfunção do Sistema Vascular • Aneurismas – Tipos: − Verdadeiro − Falso − Circunferencial − Sacular − Dessecante − Cerebral • Vasculites • Doença de Raynaud • Varizes – veias varicosas • • • • Tromboflebites Tromboses Embolias Enfartos (strokes) – Tipos: − Trombóticos (TIA) − Embólicos − Hemorrágicos Obstrução Doença Arterial Periférica Causas: • Aterosclerose − Lesões: focal ou difusa, calcificada ou não-calcificada • Trombose e/ou Embolias • Oclusões Totais • Síndrome de Raynaud (cianosis o palidez seguidas de rubor) Aterosclerose • É um processo crônico e contínuo caracterizado por uma resposta inflamatória e fibroproliferativa da parede arterial • O processo leva ao acúmulo de lípides e elementos fibróticos • A lesão arterial inicial ocorre na superfície endotelial, ocasionando disfunção endotelial – Tal disfunção desencadeia interações com monócitos, plaquetas, células musculares lisas e, eventualmente, linfócitos, dando início a formação da placa de ateroma Desenvolvimento da Ateroesclerose Genetica por interação do meio ambiente Modulação dos fatores de risco AIT - AVC (derrame) Predisposição Genêtica Alterações anatômicas Rotura Calcificação Trombosis Oclusão Infiltração Inflammação Angina Infarto de Miocardio Inestabilidade de placa Camada de gordura Hipertensão renovascular lesão Disfunção endotelial Alterações funcionais 0 10 20 30 Permeabilidade p/ macromoléculas 40 50 Idade 60 Redução da complacença 70 80 Claudicação Úlceras gangrena 90 Quais as formas de Doença Vascular Periférica? • Doença Artéria Carótida : derrame (AVC) • Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP): claudicação intermitente, perda membro • Doença Renovascular: hipertensão, diminuição função renal, insuficiência renal, hemodiálise • Doença Venosa Oclusiva: trombose venosa profunda (TVP) Placa Aterosclerótica Aterosclerose Disfunção endotelial Ativação de lipídeos Reação Inflamatória Fatores tóxicos Reação auto-imune Infecção Trombose Fatores teciduais Trombina Plaquetas Isquemia Necrose Acidose intracelular Sobrecarga de cálcio Injúria de reperfusão Placa Aterosclerótica Consiste de um núcleo rico em lipídeos, na porção central. No lado do lúmen do núcleo lipídico, fica a capa fibrótica, constituída principalmente por tecido conectivo É a única barreira que separa o sangue circulante do forte sistema de coagulação gerador de trombos do núcleo lipídico, que, por sua vez, é rico em fator tecidual, um dos mais potentes pró coagulantes conhecidos Mecanismos de Oclusão Trombo não oclusivo sobre placa pré existente Obstrução dinâmica (espasmo ou vasoconstrição) Obstrução mecânica progressiva Inflamação ou infecção Angina secundária Rotura da placa aterosclerótica Oclusão Arterial Déficit de sangue Palidez Oclusão Venosa Comprometimento drenagem venosa Edema Embolia Definição – obstrução do vaso sanguíneo por um êmbolo Êmbolo Definição – partícula, não miscível ao sangue e transportada pela circulação, pode levar a obstrução dos vasos. Embolias podem ocorrer devido: Fragmentos ateroma Vegetação valvular Gases (embolia gasosa) Líquido amniótico (embolia amniótica) Gordura (embolia gordurosa) Estas são chamadas de não trombóticos Trombose • Definição – solidificação dos elementos do sangue, dentro dos vasos • TROMBO – êmbolo constituído pelo coágulo sanguíneo – E pode levar à: Trombose venosa (TVP) Trombose arterial ( pouco freqüente) Trombose das cavidades cardíacas Fatores de Risco para Doença Vascular Periférica • • • • • • • • • História Familiar de DVP Tabagismo Obesidade Diabetes Estilo de vida sedentário Colesterol Aumentado Hipertensão arterial Sexo Idade Sintomas de Doença Vascular Periférica Claudicação Enfarto ou Isquêmia Pressão sanguínea alta / falência renal Dor abdominal pós-refeição Sintomas de DVP nas extremidades • Claudicação Intermitente durante exercício e/ou repouso • Pobre cicatrização de úlceras e gangrenas • Membros Inferiores frios, cianótico e pálidos, além de perda da sensibilidade • Perda de pelos nas extremidades • Síndrome do dedo azul (Blue toe syndrome) • Ausência de pulso femural, impotência e caludicação na batata da perna Diagnóstico de Doença Vascular Periférica • Teste não-invasivo – história e exame físico – Indice tornozelo-braço - Ankle-Brachial Index (ABI) – Teste de esforço – Ultrassom (USS- duplex ultrasound) – Ressonância Magnética • Teste invasivo – Angiografia – Medida pressão intra-arterial Ankle – Brachial Index • > 0.9 normal • 0.9 to 0.75 leve DVP • 0.75 to 0.4 moderada DVP (IC) • < 0.4 severa DVP Duplex USS Courtesy of: Fred St. Goar MD, CVI Medical Group Inc., Mountain View, CA Angiografia OPÇÕES DE TRATAMENTO Doença Vascular Periférica Angioplastia Percutânea Angioplastia com Stents Trombólise Trombectomia Cirurgia (bypass) Observação Clínica Procedimento Endovascular Imagine o homem primitivo vivendo em cavernas, tendo que caçar para comer e estar sempre se mudando para fugir do frio ou de um inimigo. É possível que esse homem apresentasse uma doença vascular? Provavelmente não! A atividade física intensa e uma curta longevidade o afastavam disso. Então de onde vieram estas doenças venosas e como surgiu a preocupação do homem em trata-las? A maioria das doenças venosas relacionam-se ao fato do homem ter evoluído para caminhar em posição ortostática, enquanto que as doenças arteriais relacionam-se principalmente com a alimentação, fumo e aumento da longevidade. Antigo Egito: no papiro de Evers, datado 1550 aC, mostra que os egípcios tratavam varizes e úlceras por cauterização. Na Bíblia : o rei Ezequiel foi curado de uma úlcera crônica por Isaias. Hipócrates : recomendava tratar de varizes com múltiplas punções com o objetivo de trombosá-las. Idade Média : nessa época a medicina árabe estava bastante desenvolvida. O nome da veia Safena origina-se da palavra árabe “Al-Safen”que significa oculta. Idade Moderna : Fabrício D’Acquapendente, professor da Universidade de Pádua, descobriu as válvulas venosas. Século XVII : Harvey, professor de anatomia da Universidade de Londres, descreveu a circulação sanguínea tal qual hoje a conhecemos. Séc XVII Foi realizada a primeira punção venosa, um arquiteto e um químico dessecaram a veia da perna de um cachorro e introduziram um tubo metálico e injetaram ópio e viram que o cachorro saiu “cambaleando”. Em 1711 Hales conduziu a primeira cateterização cardíaca em cavalo usando tubo de latão, tubo de vidro e traquéia de ganso Idade Contemporânea Matas realizou pela primeira vez a ligadura proximal e distal de um aneurisma traumático da artéria braquial, descreveu a técnica de “endoaneurismorrafia”. Em 1844 Bernard, fisiologista francês, introduziu o termo “cateterização cardíaca” e usou cateteres para registrar a pressões intracardíacas em animais Em 1902 Carrel descreveu o método de sutura vascular para a realização de anastomoses. Os atuais princípios e técnicas utilizados fundamentam-se nos seus estudos. Em 1927 Egaz Moniz e Reynaldo dos Santos, em Lisboa, desenvolveram a arteriografia diagnóstica. Em 1929 Dr Werner, na Alemanha, documentou o primeiro cateterismo cardíaco humano 1946 : Cid Santos realizou a primeira endartectomia com sucesso para restabelecimento de fluxo arterial, utilizando a anticoagulação sistêmica, com heparina. 1951 : Dubost fez a primeira ressecção de um aneurisma de aorta abdominal, um princípio que foi rapidamente aplicado no tratamento das doenças da aorta torácica. Em 1953 Seldinger descreve sua técnica por via percutânea. Esta técnica possibilitou o cateterismo seletivo e facilitou a avaliação e interpretação das angiografias com menor uso de contraste nas artérias alvo. Permitiu o desenvolvimento de vários procedimentos terapêuticos de por via percutânea. Dado as características comuns dos pacientes aos quais se destinam , estes procedimentos acabaram por agrupar-se em algumas especialidades médicas específicas, como a Cirurgia Endovascular, a Radiologia Vascular e a Hemodinâmica. 1941 : Cournand e Richards, pela primeira vez empregaram o cateter de diagnóstico para medir o débito cardíaco 1958 : Dr Mason Sones descobriu o diagnóstico pela angiografia coronariana, selecionando a imagem do coração. 1964 Dotter, iniciou o tratamento transluminal percutâneo das lesões arteroscleróticas, utilizando sistemas de cateteres coaxiais de diâmetros sucessivos, os quais eram introduzidos de forma progressiva através da lesão vascular, dilatando-a. Foi criado o termo “Angioplastia Transluminal Percutânea “. Dotter e Judkins, neste mesmo ano, elaboraram um tubo cilíndrico e rígido com o objetivo de fornecer suporte mecânico para manutenção da patência vascular . Testaram um tubo plástico de “silastic” não poroso nas artérias poplíteas e femurais de cães. Neste mesmo ano relataram o uso de fio de aço inoxidável, sob a forma de mola. Dos 5 inicialmente implantados, 2 permaneceram pérvios por 2 anos. Este foi o marco para o desenvolvimento de Endopróteses (stents ) que através de pressão mecânica, mantêm o lumem arterial aberto e evitam as reestenoses decorrentes do desenvolvimento da hiperplasia intimal. 1967: Dr Rene Favaloro, Cleveland, realizou a primeira ponte de safena. 1973 : Portsman divulgou sua experiência em angioplastia transluminal percutânea de artérias ilíacas e femurais, através de um cateter com balão insuflável em sua extremidade distal. O balão, distensível, de látex permitia insuflação com solução salina, ou de contraste, até que atingisse 8 atm, o que tornava o lumen regular por distensão e fratura da placa de ateroma. 1974 : Grüntzing, idealiza uma técnica e desenvolve de um cateter de duplo lumem de cloreto de polivinil. O balão, em sua extremidade era distendido, a medida que se aplicava solução salina em um dos lumens do cateter, até um diâmetro pré determinado. A confecção deste cateter permitia a utilização do fio guia e facilitava sua manipulação. O cateter podia ser introduzido, através de punção percutânea e com possibilidade de ser colocado em vários pontos do sistema arterial. 1976 : Grüntzing apresenta seus resultados do estudo de angioplastia coronariana em animais no American Heart Association 1977 : Primeira angioplastia com balão no intraoperatório realizada por Grüntzig, Myler e Hanna em São Francisco e primeira PTCA em Zurich realizada por Grüntzig 1982 : Simpson introduziu o sistema com fio guia que tornou a angioplastia transluminal percutânea das artérias coronárias, ilíacas, femurais e viscerais, um procedimento mais freqüentemente utilizado. O sistema coaxial permitia movimentação independente do fio guia e do cateter balão. Este processo permitiu o tratamento de artérias tortuosas e mais distais. Desde então o fio guia tornou-se imprescindível em qualquer procedimento endovascular. 1987 Foi realizado o primeiro implante de endoprótese por Swigwart que utilizou um sistema auto expansível, semelhante a uma mola. Foram implantados 10 stents , em seis pacientes com doença vascular periférica. Após seis meses de seguimento todas as endopróteses colocadas permaneciam patentes. Na mesma série relataram a implantação de 24 stents em coronárias em 19 pacientes , com duas oclusões precoces. 1987 – 1993 : Um grande número de dispositivos foram inventados e aperfeiçoados incluindo material para aterectomia e ultrassom endovascular 1993 – 1997 : Os stents tornaram-se triviais e eliminaram as complicações 1997 : mais de um milhão de angioplastias já tinham sido realizadas mundialmente, PTCA tornou-se uma prática comum em todo o mundo 2000 Uso de stents revestidos com droga (DES) – Estudo piloto realizado no Dante Pazzanese em São Paulo - Brasil Peripheral Stent Products LifeStent - VALEO (6 a 10mm) Balloon-Expandable Stent LifeStent NT (Nitinol Technology) - NT35 (.035 Guidewire) - FlexStar Self-Expanding Stent SFA Edwards LifeStent Inspirado pela Vida. Para a Vida. Edwards LifeStent: desenho helicoidal oferece flexibilidade, mantendo força radial. Confidencial LifeStent NT Auto Expansível LifeStent NT Tubo de nitinol cortado a laser, laser sem junções ou soldas. Cobertura hidrofílica no corpo. Compatível com introdutor 6F, 6F nas duas plataformas. Marcas radiopacas (de tântalo nas pontas) para aumentar a visibilidade. Sistema de entrega simples, simples para colocação precisa. LifeStent NT Entrega Precisa Suporte Uniforme Navegabilidade Excelente Visibilidade Aumentada Encurtamento Mínimo Flexibilidade Superior LifeStent NT Auto-Expansível Plataforma – NT 35 – Compatível com fio guia .035” – Comprimentos*(mm) - 20, 30, 40, 60, 80 e 90 – Diâmetros (mm) - 6, 7, 8, 9 e 10 Comprimento dos cateteres – 75cm – 120cm * Comprimentos maiores estão em desenvolvimento LifeStent SDS Expansível por Balão LifeStent SDS Flexibilidade Superior Desenho Helicoidal Mínimo Encurtamento Radiopacidade moderada LifeStent VALEO 6 - 10m,.035” Baixo Perfil Indicações variadas LifeStent SDS Desenho Helicoidal Flexibilidade Superior Excelente conformabilidade em curvas Ótima cobertura da parede Excelente recrossability Balão de premium nylon não-complacente Helping Patients is Our Life’s Work, and