IMAGEM EM UROLOGIA www.urologiaessencial.org.br Thiago Fagundes Nunes Clínica R Rocha Brito / Hospital Vera Cruz - Campinas – SP Membro Departamento Uro-Oncologia da SBU 2010/11 - TiSBU Sandro Mendonça de Faria Clínica R Rocha Brito / Hospital Vera Cruz - Campinas – SP Titular Sociedade Brasileira de Urologia Tumor Renal e Ultrassom Intra-Operatório Introdução Em 1988, Gilbert et al. descreveram inicialmente o uso do Ultrassom Intra-operatorio (US intraop) para a localização de tumores renais. Desde então, com o aumento na incidência de tumores pequenos, incidentais, esta prática se tornou mais frequente sendo realizada até mesmo em nefrectomias por videolaparoscopia. Independente da via de acesso, o importante é sempre utilizar uma técnica que permita a exérese da lesão renal com segurança oncológica e menor morbidade para o paciente preservando a maior quantidade de néfrons. O US intraop é útil para a avaliação dos tumores renais em localização difícil, centrais, que não atingem cápsula renal e assim não são visíveis e nem mesmo palpáveis no intraop. Ele per- mite avaliar invasão da lesão através do seio renal quando não determinado pelos exames de imagem pre-operatórios, relação com o sistema coletor e vasos do pedículo renal. Outras utilidades do US intraop são: avaliar estruturas extra-renais com envolvimento do tumor, como a veia renal, veia cava inferior, glândula supra-renal em lesões maiores durante a nefrectomia radical; guiar tratamentos ablativos como a crioablação e radiofrequencia em lesões intraparenquimatosas. O US intraop, então, deve ser sugerido em tumores renais centrais, não exofíticos, em benefício da cirurgia preservadora de néfrons. A estreita relação do urologista e radiologista pode ajudar a reduzir assim o número de nefrectomias radicais desnecessárias. U R O L O G I A V.1 N.4 OUTUBRO E SSE N C I A L DEZEMBRO 2011 53 IMAGEM EM UROLOGIA Tumor Renal e Ultrassom Intra-Operatório Thiago Fagundes Nunes Sandro Mendonça de Faria Tomografia Computadorizada: Tumor Renal Direito 1,3 cm TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: TUMOR RENAL DIREITO 1,3 CM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: TUMOR RENAL DIREITO 1,3 CM Us Intraoperatório com Transdutor US INTRAOPERATORIO COM TRANSDUTOR LINEAR US INTRAOPERATORIO COM TRANSDUTOR LINEAR UROLOGI A 54 V.1 N.4 ES S ENC I A L OUTUBRO DEZEMBRO 2011 Linear IMAGEM EM UROLOGIA Tumor Renal e Ultrassom Intra-Operatório Thiago Fagundes Nunes Sandro Mendonça de Faria Intraop: antes e após Tumorectomia INTRAOP: ANTES E APÓS TUMORECTOMIA INTRAOP: ANTES E APÓS TUMORECTOMIA U R O L O G I A V.1 N.4 OUTUBRO E SSE N C I A L DEZEMBRO 2011 55 IMAGEM EM UROLOGIA Tumor Renal e Ultrassom Intra-Operatório Thiago Fagundes Nunes Sandro Mendonça de Faria Lesão – ccr cromófobo, margens neg Referências 1. Gilbert BR, Russo P, Zirinsky K, Kazam E, Fair WR, Vaughan ED mors: experience with 100 patients. J Urol. 1995 Nov; 154(5): Jr. Intraoperative sonography: application in renal cell carcinoma. J Urol. 1988 Mar; 139(3): 582-4. 2. 1676-80. 3. Secil M, Elibol C, Aslan G, Kefi A, Obuz F, Tuna B et al. Role of Polascik TJ, Meng MV, Epstein JI, Marshall FF. Intraoperative intraoperative US in the decision for radical or partial nephrec- sonography for the evaluation and management of renal tu- tomy. Radiology. 2011 Jan; 258(1): 283-90. UROLOGI A 56 V.1 N.4 ES S ENC I A L OUTUBRO DEZEMBRO 2011