CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão DISTRIBUIÇÃO HORIZONTAL E FITOSSOCIOLÓGICA DA ESPÉCIE HURA CREPITANS L. EM UMA ÁREA DE FLORESTA DE VÁRZEA NO ESTADO DO AMAPÁ-BRASIL AUTOR(ES):Rocilda Cirino Gama;Fabiana Estigarribia;Wegliane Campelo da Silva Aparício;Luma Carolina Borges Pereira;Fernanda Gomes Galvão; INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Amapá Conhecida popularmente por assacu, a espécie Hura crepitans L. pertence a família Euphorbiaceae, possui característicamente caule aculeado e látex branco e aquoso. A espécie possui ainda um grande histórico de exploração no mercado madeireiro. Contudo o objetivo do trabalho foi verificar a distribuição horizontal e fitossociológica da espécie H. crepitans L. em uma área de Floresta de várzea no município de Macapá, estado do Amapá. O estudo foi desenvolvido em uma área de aproximadamente 11 hectares, pertencente à Universidade Estadual do Amapá, Macapá/AP, onde sua vegetação é caracterizada como Floresta Ombrófila Densa Aluvial conhecida como várzea. Para o estudo foram alocadas sistematicamente, 28 parcelas de 250 m², distando 25m uma da outra. Foram mensurados todos os indivíduos arbóreos com circunferência a altura do peito ≥ 15 cm, com posterior conversão para diâmetro (DAP). As espécies foram coletados e identificados no Herbário do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá. Para confecção do histograma de distribuição diamétrica foram calculadas 10 classes diamétricas, com amplitude de 6,0cm, sendo a primeira com DAP 4,85 > 10,85 e a última com DAP ≥ 77,70cm. Observou-se um total de 426 indivíduos pertencentes a 20 famílias, 31 gêneros, 39 espécies. Da espécie de estudo foram encontrados 13 indivíduos. A espécie apresentou uma boa frequência e densidade absoluta cerca de 18,57 ind./ha, porém seu maior destaque foi no parâmetro de dominância onde ocupou 14,06% da área, apenas 5% a menos da espécie mais representativa. A espécie foi a quarta entre as dez espécies de maior valor de importância da área, representando 7,29% do total de 39 espécies, indicando estar bem adaptada as condições ecológicas locais. A distribuição diamétrica da espécie demonstrou um padrão característico de floresta secundária que apresentou interferências antrópicas, onde a distribuição exponencial não foi bem distribuída. Nesse sentido observou-se que houve uma ausência de indivíduos nas classes 6, 7, 8, e 9, permeando indivíduos acima de 50 cm de diâmetro, tamanho comercial para exploração. Caracterizando o histórico de antropização da área e demonstrando a pressão exercida sobre a espécie. Desta forma o estudo fitossociológico apresenta-se como uma ferramenta importante para subsidiar planos de manejo e colaborar para a conservação e recuperação desses ecossistemas existentes. Estudos de regeneração natural são recomendados.