TÍTULO: ENSINO-PESQUISA-EXTENSÃO: INDISSOCIABILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL. AUTORES: Profª Dra. Terezinha Valim Oliver Gonçalves. ([email protected]) INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Pará ÁREA TEMÁTICA: Educação INTRODUÇÃO Na perspectiva de uma pesquisa narrativa (CONNELLY & CLANDININ, 1995), apresento, neste artigo, uma experiência da minha prática docente com professores da rede municipal de ensino de um município do Arquipélago do Marajó/Pará, enquanto alunos do Curso de Licenciatura Plena em Ciências da Universidade Federal do Pará, buscando associar aos processos formativos, sua prática profissional extendida à comunidade. O propósito é contribuir para a discussão sobre a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão e a inclusão social. Por compreender que a universidade pública tem o compromisso social de retornar conhecimentos à sociedade que a mantém e empreender ações capazes de contribuir com a transformação de certas condições sociais, políticas, ecológicas, econômicas... (GONÇALVES & GONÇALVES, 1998), visando a melhoria da qualidade de vida das populações humanas e das demais em geral, tenho realizado com meus alunos metodologias de ensino-aprendizagem que os levam a agir com seus próprios alunos na comunidade em que vivem/trabalham e a analisar a experiência. Como diz Aragão (2002), para se praticar a indissociabilidade da tríade ensino-pesquisa-extensão, a partir do ensino, é necessário que o docente preveja, em seu planejamento, atividades dos estudantes na comunidade, mesmo que no âmbito da disseminação do conhecimento, e a investigação enquanto metodologia de ensino. É o que a autora chama de metodologias da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. Sobre a pesquisa enquanto metodologia de ensino, a literatura nacional e internacional na área de Educação em Ciências é bastante farta. Desde a década de 601, 1 Criados em 1965, os Centros de Ciências foram pioneiros na busca da associação do ensino de Ciências com a pesquisa, como metodologia de ensino. Os cursos de educação continuada de professores de Ciências e vem se tratando de incorporar metodologias de investigação no ensino de Ciências desde os primeiros níveis de escolaridade, com o propósito de formar cidadãos capazes de olhar seu entorno de modo mais crítico e questionador. Essa proposição, embora ainda não tenha se tornado realidade nas escolas em geral, tem se ampliado enquanto experiências relatadas e enquanto âmbito de ação. Do discurso dirigido ao ensino de Ciências na Escola Básica (FROTA-PESSOA, 1970; HENNIG, 1986; GONÇALVES & GONÇALVES, 1998; GONÇALVES (2000); PORLÁN, 1997), STENHOUSE, 1993; AMARAL, 1995, dentre outros), passou-se a práticas no ensino universitário e na formação de professores, não mais somente naquela área. Nesse sentido, AMARAL (1995) traz a necessidade da açãoreflexão-ação no ensino e na formação de professores; CARVALHO & GIL-PERES (1993), PORLÁN (1997), GONÇALVES (2000), ARAGÃO & SCHNETZLER (1995) dentre outros, defendem a necessidade do ensino ‘com’ e ‘como’ pesquisa. Estes e outros autores, tais como FREIRE (1999), GALIAZZI (1998), GERALDI (1993), MALDANER (1997; 1998), MALDANER & SCHNETZLER (1998), MORAES (1991), PORLÁN & RIVERO (1998), WORTMANN (1998), SCHÖN (1987) e ZEICHNER (1993) defendem a pesquisa na formação de professores para que se tornem professores pesquisadores de sua própria prática, constituindo-se professores reflexivos. Vários dos autores acima, em seus relatos, remetem o leitor a ações desenvolvidas na comunidade, tendo em vista a transformação de realidades, extrapolando, portanto, a ação pura de busca de informações ou ‘coleta de dados’. GONÇALVES (2000) discute com bastante freqüência a interação professor-aluno-escola-comunidade, ao analisar a formação de professores de Ciências e Matemática e a formação profissional cidadã. DURAN (1999) avança na relação de indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, quando propõe a extensão com pesquisa ou a pesquisa na extensão. De fato, no meu modo de ver, o locus da extensão é privilegiado para a pesquisa, especialmente a pesquisaação que, na própria concepção, prevê a pesquisa com a perspectiva de transformação do contexto em que se trabalha. Pensar a extensão associada ao ensino parece algo muito próprio e rotineiro há muito tempo na área de saúde, onde a formação prática do estudante universitário Matemática tinha essa ênfase. No Pará, o Clube de Ciências da UFPA/Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico, desde 1979, trabalha com estudantes universitários na perspectiva da associação ensino e pesquisa, na comunidade. obrigatoriamente passa pelo atendimento de doentes, principalmente em hospitais e ambulatórios2. O grande desafio nessas áreas do conhecimento é fazer pesquisa a partir disso, embora algumas iniciativas venham sendo tomadas. Pelas considerações acima colocadas, creio possível analisar a indissociabilidade enquanto procedimentos de uma mesma situação ensinar-aprender-pesquisar-compartilhar, embora se possa identificar cada um dos processos, mesmo imbricados. Vejo que não há perda de identidade de cada uma das ações e costumo dizer que o eixo central da associação se dá por aquela que, uma vez retirada, não permitiria a realização das demais. Retomo como exemplo a área de saúde, tendo como eixo central um projeto de extensão sobre atendimento a gestantes no Hospital Universitário. O projeto é proposto por um ou mais professores universitários e em torno dele é organizada a formação prática (ensino) de alunos do curso de Medicina, Enfermagem, Nutrição, etc, numa perspectiva de assistência integral. Entretanto, se o professor for também pesquisador e quiser pesquisar os achados clínicos sobre gravidez de alto risco, por exemplo, terá completado a tríade. Contudo, embora intensamente imbricadas, cada uma das ações mantém sua identidade e o eixo central é a extensão, porque se não houvesse o atendimento à comunidade, não haveria aquele ensino prático e nem a pesquisa. Caracterizaria esta a situação de ensinoEXTENSÃO-pesquisa. Se faço pesquisa e extensão a partir do ensino, remetendo meus alunos a realizarem pequenos projetos de investigação e a prestar algum serviço à comunidade de modo imbricado, tendo em vista os objetivos do curso, estou fazendo ENSINO-pesquisaextensão. Neste caso, na minha análise, a pesquisa e a extensão fazem parte dos meus propósitos de ensino, ou seja da metodologia adotada. Parece-me que o desafio maior é fazer a imbricação da tríade a partir da pesquisa, ou melhor, de uma pesquisa em realização. Vejo sim, por meio de artigos de pesquisa na área do ensino considerado. Arrisco dizer que no âmbito do desenvolvimento tecnológico parece-me mais natural a imbricação. Mas também entendo que não deve haver interesse em forçar situações. Compreendo que a imbricação precisa ser planejada, sim, mas não forçada, colocando uma camisa de força no professor-pesquisador. Contudo, se o eixo 2 Parece advir daí o caráter assistencialista ainda bastante forte na extensão universitária. central for a pesquisa, a representação da tríade – nesse exercício de representar os eixos centrais – seria ensino-PESQUISA-extensão.3 Neste trabalho, parto do ensino, ou seja, o eixo central é uma disciplina de formação de professores de Ciências intitulada “Prática docente em Educação em Ciências” e tem em vista a disseminação de conhecimentos na área de Educação Ambiental e Saúde, contribuindo para a inclusão social de cidadãos. O CONTEXTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM-EXTENSÃO A disciplina foi iniciada no primeiro semestre do curso, que é desenvolvido em módulos, durante o recesso escolar da rede municipal de ensino (janeiro e julho) e prosseguiu no segundo e quarto semestres (ou etapas). São 47 professores da rede municipal de ensino, fazendo um curso de Licenciatura Plena em Ciências, por solicitação da Prefeitura à Universidade, e financiado pelo FUNDEF4. No grupo há professores da zona urbana e da zona rural. A metodologia de trabalho tinha em vista discussão de textos, relacionando seus conteúdos com as realidades dos professores-alunos em torno de questões tais como educação em Ciências e cidadania e o professor-pesquisador/professor reflexivo. Nas falas dos professores-alunos5 em aula, várias temáticas apareciam como preocupações de sua própria prática, tais como: a devastação progressiva das florestas; o corte do açaizeiro6 para a produção do palmito; a deposição de lixo nas ruas e nos rios; a violência nas ruas e nas escolas; doenças endêmicas, como a malária; problemas nutricionais; afastamento dos pais da Escola. A partir das temáticas identificadas, os professores-alunos propuseram, sob minha orientação, projetos de ação pedagógica na escola e na comunidade, buscando contribuir para minimizar o problema, ou seja, para transformar aquela realidade. 3 Não ignoro, entretanto a necessidade da pesquisa enquanto ação própria, tendo em vista a construção de conhecimentos específicos. Por isso mesmo, digo acima que a imbricação deve ser natural, não forçada. 4 Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental. 5 Passo a me referir assim aos estudantes universitários que são, em sua totalidade, professores da Educação Básica. 6 Uma palmeira (Euterpe oleraceae), de cujo fruto (um pequeno coquinho) batido se extrai um suco muito utilizado pela população, especialmente a ribeirinha, como alimento principal. Havia também o propósito/a recomendação de que registrassem/documentassem do melhor modo possível todo o trabalho desenvolvido. Como exercício anterior, no início da disciplina e de cada módulo, os professores narravam um episódio de sua experiência docente, chegando a escrever um texto a este respeito em nosso segundo e terceiro módulo. Esse procedimento destinava-se a prepará-los também a realizar uma investigação sobre a própria prática, ao realizar os projetos com seus alunos e com a comunidade local. Neste artigo, procuro analisar as ações dos professores-alunos na comunidade, como atividades de extensão a partir do ensino de graduação. A IMERSÃO DOS PROFESSORES-ALUNOS EM UM ENSINO COM PESQUISA E EXTENSÃO Discute-se também no âmbito da Escola Básica a necessidade de um trabalho na comunidade em que ela está inserida, extendendo o conhecimento e a transformação para além de seus muros, por meio de programas e projetos de investigação enquanto metodologia de trabalho docente com os estudantes daquele nível. (MAURA, 2001). Ocorreram três categorias temáticas de projetos: Educação Ambiental (7); Saúde (3) e Metodologias do Ensino de Ciências (5). Neste artigo, analisarei as duas primeiras temáticas, reservando a terceira para um outro trabalho. O processo proposto é de mão dupla, pois ao mesmo tempo em que o aluno busca informações na comunidade na qual investiga um problema, ele informa, contribuindo para a socialização do conhecimento. Neste sentido, Bena, Lu e Bel (2002), ao desenvolverem um trabalho intitulado “Prevenção de Doenças Tropicais: malária, dengue e febre amarela”, dizem em sua avaliação: Crianças e Adolescentes são colaboradores ativos no objetivo de sensibilizar adultos, pois o que eles aprendem na Escola e sobretudo, se consideram importante, é colocado em prática, alertando pais, familiares e vizinhos, enfocando a importância de se prevenirem. As professoras-alunas percebem que os estudantes tem força para disseminar o conhecimento, quando acreditam naquilo que estão fazendo. Igualmente, ao considerar o alcance da ação realizada, que envolve envio de ofícios, confecção de panfletos, solicitação da Escola (...), confecção de transparências (...) apresentações de palestras, [entendem que] quando se luta pelo bem comum, temos a oportunidade de conhecer novas pessoas que possuem os mesmos anseios e preocupações e são essas pessoas que trazemos para junto de nós para abraçar a causa (...). Elas percebem que o grupo se amplia, porque elas propõem, convidam, buscam... Uma outra equipe de professoras-alunas realizou um projeto sobre “Drogas no Ambiente Escolar”. Para a realização do trabalho, buscaram parcerias com outros profissionais e grupos de apoio, tais como uma enfermeira, um grupo teatral e representantes dos Alcoólicos Anônimos (AA). Realizaram momentos de sensibilização, como a leitura do texto “O drama de um apaixonado” e a exibição de filmes; promoveram a produção e a distribuição de panfletos; realizaram concurso de frases; o grupo teatral apresentou-se com a temática em pauta e ocorreram também palestras e depoimentos de integrantes dos AA. Outro grupo de alunos trabalhou a questão de “Higiene e Saúde”, envolvendo alunos, pais, agentes de saúde, entre outros (...) por meio de reuniões, palestras, dinâmicas, mutirões, dramatizações, etc, visando conscientizar os alunos da imortância de se manter o ambiente como um todo sempre limpo e esclarecer à comunidade escolar que a falta de higiene pode acarretar vários tipos de doencças. Queríamos também mostrar que carência não é sinônimo de sujeira. (Juca e outros, 2002) Estes alunos-professores tiveram um envolvimento grande dos pais e puderam perceber que seus filhos apresentaram mudanças de comportamento, apresentando-se mais asseados à Escola. Por outro lado, nem sempre a direção da escola se envolve o suficiente para dar um maior impulso ao trabalho. Neste caso, “a direção da escola não incentivava o trabalho, mas também não atrapalhava”. Com respeito à Educação Ambiental, foi curioso constatar que seis dos sete professores professores-alunos que trabalharam essa temática com estudantes e comunidade situavam-se na zona rural, nas escolas ribeirinhas.7 Os professores-alunos, motivados pelo “grande desmatamento sofrido pela ação do homem em relação ao meio ambiente e a grande ausência de informações das pessoas ribeirinhas” (Minda, 2002) e pelo propósito de “despertar a consciência da importância do meio e sua preservação nas populações ribeirinhas que, de maneira direta fazem uso dos recursos naturais para a sua sobrevivência, sem contar com a orientação e/ou preocupação das autoridades e órgãos públicos competentes” (Eti, 2002) resolveram investir em trabalhos com essas comunidades, buscando contribuir para a “melhoria de vida da população local” (Eti, 2002). O maior número de trabalhos situou-se nessa temática, embora cada um deles tenha sido feito de modo isolado, uma vez que os professores tomam conta desse tipo de Escola, que também é isolada.8 Reconhecem obstáculos de toda ordem. Até conseguir passar um vídeo foi fator de grande sucesso, depois de mudar de local, pois a sala de aula não apresentava uma tomada sequer. Teve, também por isso uma grande repercussão entre os estudantes. A partir da sensibilização e motivação iniciais, foram orientados a buscar informações com pessoas de idade. “A turma procurou algumas pessoas mais velhas da comunidade para, numa conversa informal nos darem informações sobre as mudanças que ocorreram no ambiente, nesses últimos anos”. Com o procedimento de entrevistas não estruturadas (Thiollent, 19--) a professora remete os alunos a três pessoas antigas e sábias da comunidade, pois viveram outros momentos e 7 São escolas à beira dos rios da região, distantes umas das outras muitas vezes por várias horas de barco. Essas escolas são compostas por classes multisseriadas, de 1ª a 4ª série, não existindo escolas além desse nível de escolaridade. 8 Distam da zona urbana várias horas de barco (6, 8, 10, 12 horas) demonstram saber que a natureza está sendo agredida e que, em decorrência dessa agressão a comida9 do ribeirinho passou a escassear, o calor aumentou e surgiram algumas doenças incomuns, dificultando em muitos aspectos a vida das pessoas da região.(Eti, 2002) Entretanto, tratar desse assunto nessas comunidades foi um desafio para os sete professores que buscaram desenvolvê-lo, uma vez que os estudantes e as demais pessoas da comunidade sabem que precisam da madeira, do palmito, das queimadas para as suas pequenas lavouras e da caça e da pesca indevidas, pois não contam com outras atividadades econômicas para o sustento de suas famílias, nem com o interesse das autoridades competentes (Eti, 2002) para adotar procedimentos que possam reverter a situação, criando melhores condições de vida na natureza. Todos os professores alunos que se propuseram a trabalhar a temática enfrentaram resistências por parte dos moradores, pelas razões acima explicitadas. Entretanto, somente para uma professora-aluna esta situação significou um obstáculo tão grande a ponto de não conseguir avançar no trabalho. As conclusões também são similares e Eti expressa do seguinte modo: “O caboclo, em sua grande maioria, sabe que devastar é uma péssima ação contra a natureza e contra si mesmo, mas se redime de tal pecado, por suas necessidades básicas e vitais”. Fica a pergunta: qual o caminho, se está em jogo a sobrevivência e não se tem alternativas de trabalho, pelo próprio islamento em que vivem? Os professores-alunos apontam a necessidade de replantar, de não pescar com timbó,10 de só tirar árvores grossas... Entretanto, sentem-se sós. Apesar disso, apontam ganhos quando percebem a sensibilização de alunos e moradores dispostos a replantar, a usar outras técnicas para a 9 Comida é sinônimo de carne na hora da refeição. Neste caso, está se referindo à pesca e à caça. Cipó que, batido na água, mata peixes grandes e pequenos de modo indiscriminado. 10 pesca, a não retirar árvores de modo indiscriminado. Percebem, entretanto, que a escola não dá conta sozinha, especialmente aquelas que até geograficamente encontram-se isoladas. Apesar disso, consideram que algo precisa continuar a ser feito, como diz Eti, em um desabafo, ao concluir seu trabalho: Autoridades, entidades e órgãos públicos mantêm-se alheios aos problemas ambientais e sociais da região. (...) Resta-nos, portanto, buscar em nossa própria fragilidade a força que nos impulsionará a tentar novos passos, novos caminhos, afastando com nossas próprias mãos as pedras que encontramos, apoiados em nossas entidades educacionais comunitárias e no trabalho voluntário de quem, como nós, acredita que em pequenos passos faremos com êxito todo o caminho. CONSIDERAÇÕES FINAIS Não se tem a pretensão de afirmar que trabalhos como os desenvolvidos por meus alunos-professores resolvam a situação da exclusão social, da violência, das drogas, das questões ambientais. Eles também sabem disso. Minda (2002) diz em suas conclusões finais: Talvez só este projeto não tenha sido suficiente para que eles se conscientizem definitivamente (...) Espero não só que eles tenham percebido a agressão que fazem contra a natureza, mas que outras pessoas os influenciem (...) com outros projetos . Parece haver também a consciência de que foi só um começo, de que “apesar de estar finalizando o trabalho, ele se encontra inconcluso”. (Cris, 2002). Em termos da estrutura de um trabalho de pesquisa, posso dizer que os professoresalunos avançaram muito. Já há os que conseguem fazer inserções adequadas de falas dos sujeitos e citações ou referências. Entretanto, o que persigo agora não é a forma, mas sim a ação comprometida e responsável, embora saiba, como eles, que não somos responsáveis (sozinhos) pela transformação da realidade em que vivemos. Entretanto, trabalhar o ensino com a extensão, certamente contribui para a inclusão social por meio da disseminação de conhecimentos àqueles que jamais teriam acesso à Universidade e a conhecimentos daquela natureza. A extensão universitária feita por alunos é, no meu modo de ver, de grande alcance para a inclusão social por meio de conhecimentos específicos de cada área, desde que apresentados em um nível de complexidade compatível com as possibilidades de entendimento da comunidade considerada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, I. A. Em busca da planetização do ensino de Ciências para a Educação Ambiental. Campinas/SP: UNICAMP, 1995 (Tese de Doutorado). ARAGÃO e SCHNETZLER. Importância, sentido e contribuições de pesquisas para o Ensino de Química. Química Nova na Escola, nº 1, maio 1995. CARVALHO, A. M. P. de e GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências. SP: Cortez, 1993. CONNELLY, F. M. e CLANDININ, D.J. Relatos de Experiência e Investigación Narrativa IN: LARROSA, J. (org) Déjame que te cuente. Ensayos sobre narrativa y educación, Barcelona: EditorIal Laertes, 1995. DURAN, E. Exposição feita pela Professora Eunice Duran. 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