Ensino, pesquisa e extensão na Educação
Superior: processo histórico e perspectivas
futuras
Docencia, investigación y extensión en la Educación Superior: proceso histórico y
perspectivas futuras
Teaching, research and extension in Higher Education: case history and future
prospects
*Graduado em Educação Física pela
Universidade Federal de Uberlândia
**Graduada em Pedagogia pela
Universidade Federal de Uberlândia
(Brasil)
Marllon Fernandes Borges*
[email protected]
Juliana Beatriz Araújo**
[email protected]
Resumo
O presente artigo procura analisar aspectos relacionados aos princípios ensino, pesquisa e extensão,
com foco na educação superior. Os objetivos do estudo são analisar como se efetiva/efetivou os processos de
ensino, pesquisa e extensão na docência superior ao longo da história e verificar as perspectivas para a
melhoria de sua aplicação na docência superior. Para isso, utilizamos na elaboração desse artigo uma busca
eletrônica em bases bibliográficas Scielo, Amped, Teses USP e Google Acadêmico, visando coletar artigos
originais, revisões, comunicações curtas e editorias publicados em periódicos indexados com fator de impacto.
Logo, percebemos sobre os aspectos da história do ensino, pesquisa e extensão na educação superior que, a
legislação educacional do Brasil, infelizmente removeu o principio da indissociabilidade da constituição nacional
com o decreto Nº 3.860, de 9 de julho de 2001. No entanto, é precisamente esse conceito o responsável por
garantir a pretendida expectativa para uma verdadeira integração entre ensino, pesquisa e extensão nas
universidades brasileiras.
Unitermos: Ensino. Pesquisa. Extensão. Educação Superior.
Abstract
This article seeks to analyze some aspects related to the principles teaching, research and extension,
based on focus in higher education. The objectives of this study are to analyze how is effective/ was effected
the teaching, research and extension in higher school throughout history and see the prospects for improving
its application in teaching higher school. In order to realize this aim, we used the preparation of this article an
electronic search in the databases Scielo, Amped, USP Theses and Google Scholar, aiming to collect original
articles, reviews, short communications and editorials published in indexed journals with impact factor. Soon,
we realized on aspects of the history of teaching, research and higher education that the educational
legislation of Brazil, unfortunately removed the principle of indivisibility of the national constitution with the
decree No. 3860 of July 9, 2001. However, it is precisely this concept is responsible for ensuring the desired
expectation for a true integration of teaching, research and extension in Brazilian universities.
Keywords: Education. Research. Extension. Higher Education.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012.
http://www.efdeportes.com/
1/1
Introdução
O presente artigo procura analisar aspectos relacionados aos princípios
ensino, pesquisa e extensão, com foco na educação superior. As inquietações
que nortearam o interesse por este artigo podem ser problematizadas pelas
seguintes questões: como se efetiva/efetivou os processos de ensino, pesquisa
e extensão na educação superior ao longo da história? Quais as perspectivas
futuras para a melhoria de sua aplicação na educação superior? Logo, os
objetivos do estudo são analisar como se efetiva/efetivou os processos de
ensino, pesquisa e extensão na educação superior ao longo da história e
verificar as perspectivas para a melhoria de sua aplicação na educação
superior.
Ensino, pesquisa e extensão são indispensáveis e fundamentais para uma
construção de conhecimento com qualidade e produtividade. Por isso, torna-se
de estrema relevância o estudo que faremos a respeito do tema, pois atermos
as nossas atenções ao aprofundamento de conhecimentos desses três pilares
da educação será enriquecedor aos alunos e até mesmo professores da
docência superior.
Para isso, utilizamos na elaboração desse artigo uma busca eletrônica em
bases bibliográficas Scielo, Amped, Teses.USP e Google Acadêmico, visando a
coletar artigos originais, revisões, comunicações curtas e editorias publicados
em periódicos indexados com fator de impacto. O critério de busca quanto ao
período se limitou a artigos originais, revisões, comunicações curtas e editoriais
publicados entre o período de 1990 a 2012, com raras exceções. O critério de
busca quanto ao idioma buscou majoritariamente textos publicados em
português. As estratégias de busca foram as seguintes: “docência superior” no
campo título com os descritores “ensino”, “pesquisa” e “extensão”.
Posteriormente, o título era “ensino”, “pesquisa” e “extensão”.
Para responder os objetivos almejados discorreremos um texto retratando a
historia do ensino, pesquisa e extensão na educação superior no Brasil, fazendo
ponderações relevantes ao tema proposto quando necessário. A seguir,
resaltaremos as futuras perspectivas que devemos almejar e buscar para o
ensino, pesquisa e extensão nas universidades brasileiras.
História do ensino, pesquisa e extensão na educação superior do
Brasil
Educação é agente fundamental da existência humana e fator decisivo para
a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e estes, por sua vez depositam
suas esperanças naqueles que dedicam seu tempo e seus estudos na busca de
soluções dos problemas de ordem, econômica, social e cultural. Ressalta-se
que, conforme orientação da LDB 9394/96:
A educação superior tem por finalidade formar diplomados
nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a inserção
em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, incentivar o trabalho
de pesquisa e investigação científica, visando à difusão das
conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da
pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.
Com base nessa diretriz entendemos que a educação superior tem como um
de seus princípios formar cidadãos conscientes, capazes de contribuir
ativamente para melhoria de nossa sociedade. Para que isso ocorra, as
Universidades segundo a legislação deve estar apoiada sobre o tripé, ensino,
pesquisa e extensão, que juntos constituem o eixo fundamental da
Universidade Brasileira e de forma alguma pode ser compartimentado (MOITA
& ANDRADE 2009).
Ademais, de acordo com o artigo 207 da Constituição Brasileira de 1988 “as
universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de
gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão” (BRASIL, 1988), ou seja, todos esses
princípios devem ser tratados de formas equivalentes pelas instituições
superiores além de estarem constantemente atuando de forma efetiva.
Sobre esses princípios, o Grupo de Incentivo à Pesquisa Científica nas
Universidades Brasileiras/CESP, conceitua-os de acordo com a singularidade e
interdependência entre as funções que exercem. Assim, o ensino corresponde
às atividades de formação profissional; a pesquisa a produção de conhecimento
e a extensão ao comprometimento com as atividades sócias equivalentes à
extensão. (LOPES, 2009)
Esse tripé é fundamental na construção de um conhecimento de qualidade e
com eficiência na educação da universidade, não apenas uma aprender na
repetição e transferência de conhecimento sem uma reflexão crítica do
conhecimento e da sociedade. Uma vez que, segundo Paulo Freire (1996),
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
produção ou a sua construção. Paulo Freire também evidência a importância de
fazer uma relação entre o ensino com a pesquisa: Paulo Freire, (1996, p.16)
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses
que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto
ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco,
porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para
constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me
educo. Pesquiso para conhecer e o que ainda não conheço e
comunicar ou anunciar a novidade.
Para confirmar a importância dessa proposta, em julho de 1996 foi aprovada
no XXXII Conselho Nacional das Associações de Docentes – CONAD a Proposta
da ANDES/SN (Associação Nacional de Docentes do ensino Superior/Sindicado
Nacional) para a Universidade Brasileira. Foi aprovado nessa dada a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Assim foi dito:
O princípio da indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e
extensão reflete um conceito de qualidade do trabalho
acadêmico que favorece a aproximação entre universidade e
sociedade, a auto-reflexão crítica, a emancipação teórica e
prática dos estudantes e o significado social do trabalho
acadêmico. A concretização desse princípio supõe a realização
de projetos coletivos de trabalho que se referenciam na
avaliação institucional.
Por outro lado, se voltarmos um pouco mais na história, reforma
universitária de 1968, e observamos o contexto acadêmico daquela época
encontraremos que o enfoque principal, conectado ao principio de
indissociabilidade, era referido à associação apenas entre pesquisa e ensino,
não como na Constituição Federal de 1988 (MAZZILI 1996).
Agora, para a incorporação do principio extensão no mesmo nível que ensino
e pesquisa nas funções universitária, houve as colaborações das formulações
de Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire, além de atividades de educação popular
realizadas pela União Nacional dos Estudantes (UNE) na década de 1960.
Entretanto, a extensão universitária nasce sem uma identidade definida e de
maneira circunstancial, deixando assim, a mesma um grau mais baixo de
distanciamento dos princípios de ensino e pesquisa (OLIVEIRA 2010).
Contudo, o conceito de indissociabilidade não permaneceu por muito tempo,
uma vez que, sucessivos decretos que regulamentam a LDB 9394/96
relacionados ao ensino superior fizeram algumas modificações. Assim, o
decreto mais recente o de nº 3.860, de 9 de julho de 2001, dissolveu a questão
da indissociabilidade nas universidades e configura-se agora a seguinte
proposta segundo o artigo 8º desse decreto: “ As universidades caracterizam-
se pela oferta regular de atividades de ensino, de pesquisa e de extensão...”. E
relevante destacar aqui, que a ANDES/SN foi contra a ruptura do principio
indissociabilidade feito pelo decreto 3.860.
Fato é que, infelizmente o a educação superior não vem conseguindo
alcançar com homogênea e praticidade as funções estabelecidas para o ensino,
pesquisa e extensão (MOITA & ANDRADE 2009; MARTINS 2009). Deixando
assim, muitas vezes, a desejar nos requisitos qualidade da educação e na
construção imparcial de uma produção científica notória.
Perspectivas futuras
Como foi dito, não há uma concretização efetiva dos princípios ensino,
pesquisa e extensão nas universidades brasileiras, menos ainda, reais
evidencias de uma contribuição que esse tripé exerça sobre a sociedade. Uma
vez que, deveria haver de acordo com Santos (2004, p.31), “a inserção da
universidade na sociedade e a inserção desta na universidade”. Logo, mesmo
que retirada da legislação o principio da indissociabilidade, ela é pensando
nesse âmbito, além de ser fundamental na sustentação desses três princípios
com consonância e qualidade para gerar uma formação transformadora e
inovadora em nosso meio.
Faz-se necessário ressaltar que uma parte significativa das investigações
científica é realizada somente para atender exigências dos programas de pósgraduação existentes nas universidades brasileiras. Assim, a pesquisa é
desenvolvida como requisitos parciais à obtenção de um título e seus
resultados na grande maioria são depositados em bibliotecas e ultimamente
online. Geralmente, estudantes que necessitam realizar uma pesquisa são seus
únicos leitores. Outra parcela significativa desses trabalhos é efetuada por
docentes pesquisadores para justificar a dedicação exclusiva e/ou aplicação de
verbas públicas. (LAMPERT, 2008).
Outro impasse causador do distanciamento da indissociabilidade entre o
ensino, pesquisa e extensão é o fato que, a extensão nos seios das
universidades termina por ser relegada a um lugar secundário na graduação e
pós-graduação, favorecendo assim, práticas de pesquisa e ensino dissociadas
da realidade (MOITA & ANDRADE 2009). Contudo, essa realidade precisar ser
diferente, para isso, precisamos criar expectativas melhores e meios para que
isso ocorra. Assim, concordo com Melo Neto (2002), que relata que a extensão
apresenta-se como uma estrada de mão dupla, segundo a qual existe uma
troca entre os conhecimentos universitários e os comunitários, diante das reais
necessidades, ansiedades e desejos sociais, fatores esses que certamente
contribuíram para influenciar e fortalecer a educação superior.
Ainda sobre essa perspectiva, Castro (2004, p.14) relata que extensão é o
espaço estratégico para promover práticas integradas entre as várias áreas do
conhecimento, aproximando diferentes sujeitos e contribuindo para a
multidisciplinaridade. Logo, com isso, surgiriam pessoas mais capacitadas
intelectualmente, sociamente mais engajadas e totalmente mais aptas para o
desenvolvimento de uma consciência cidadã mais ativa e crítica.
Além disso, para uma busca de expectativas mais eficazes faz-se necessário
uma constatação dessa realidade por parte daqueles que detém o poder e tem
autonomia e suficiência para mudar tal realidade. Mais do que isso, alunos e
docentes da educação superior devem unir-se em favor dessa causa, e logo,
construírem uma relação de dependência e cooperação para que o ensino,
pesquisa e extensão de fato se materializem.
De acordo com estas observações, podemos perceber que para a
concretização deste fato, tanto extensão quanto pesquisas devem buscar por
unidade e qualidade e, assim, tornar-se-ão consequências naturais da docência
superior, subterfúgios necessários para que o ensino de forma alguma se torne
abstrato, tão pouco, segregado das realidades da comunidade (MOITA &
ANDRADE 2009)
Nesse sentido, também há necessidade de mudanças acadêmicas na
seguinte direção, carece-se de universidades participativas, comprometidas
com o bem comum, em especial com as urgências das comunidades menos
favorecidas (MORA-OSEJO & BORDA 2004), direcionando com praticidade na
medida do possível suas pesquisas e produções científicas para atender as
súplicas dessas camadas.
Também exige repensarmos que é a educação superior é a responsável por
promover um ensino de excelência e diferenciado, sendo por sua vez, capaz de
não apenas atender necessariamente o mercado de trabalho, mas sim formar
cidadãos capazes de contribuir com os avanços da sociedade. Conforme
Lampert (2008, p.14):
Na proposta de ensino com pesquisa, o professor passará
de um repassador de informações para um mediador,
desafiador, orientador e construtor e/reconstrutor de
conhecimentos, numa atitude de permanente pesquisador.
Esta possibilidade envolve o professor e o aluno como sujeitos
ativos, autônomos, em um processo de contínuo e, constante
de questionar discursos, conceitos, princípios, realidades,
através da construção de argumentos que possam reconstruir
as verdades até então aceitas como universais.
Considerações finais
Sobre os aspectos da história do ensino, pesquisa e extensão na educação
superior podemos destacar que, a legislação educacional do Brasil, infelizmente
removeu o principio da indissociabilidade da constituição nacional com o
decreto nº 3.860, de 9 de julho de 2001. No entanto, é precisamente esse
conceito o responsável por garantir a pretendida integração entre ensino,
pesquisa e extensão nas universidades brasileiras.
Logo, por tudo que foi apresentado, podemos ter expectativas de uma maior
conformidade e entrelaçamento entre os princípios de ensino, pesquisa e
extensão, contribuindo para que cada um desses temas possa exercer de forma
plena, mas não isoladamente, suas respectivas funções. Assim, garantiremos
que dentro da educação superior, em especial o professor, mantenha-se
atualizado e conectado com as transformações mais recentes que o
conhecimento cientifico provoca ou até mesmo sofra na sociedade.
Mais do que isso, esse processo bem estruturado e em perfeita sintonia será
capaz de formar novos pesquisadores críticos e comprometidos com a
intervenção social. Deixando evidente, que não pode existir dentre de uma
universidade uma ruptura dos princípios de ensino, pesquisa e extensão.
Portanto, percebe-se que o ensino eficaz e transformador é respaldado pela
qualidade e eficiência da pesquisa e extensão.
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
ANDES/SINDICATO NACIONAL, Cadernos ANDES, n. 2, Proposta da
ANDES/SN para a Universidade Brasileira. 1996 (ed. revista e
atualizada).

BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de
dezembro de1988.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. nº 9.394, de

20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF,
23 dez. 1996.

CASTRO, Luciana Maria Cerqueira. A universidade, a extensão
universitária e a produção de conhecimentos emancipadores. In:
REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 27. Caxambu, 2004. Anais... Caxambu:
ANPEd, 2004.


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LAMPERT, Ernani. O Ensino com Pesquisa: Realidade, Desafios e
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n. 26, p. 131-150, jan/jun. 2008.
LOPES, R. Universidade: ensino, pesquisa e extensão. 2009. Disponível

em: http://www.ifpi.edu.br. Acessado em: 20 de julho de 2012.

MARTINS, L. M. Ensino-pesquisa-extensão como fundamento
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Disponível em: http://www.franca.unesp.br/oep/Eixo%202%20%20Tema%203.pdf. Acesso em: 04 março 2010.
MAZZILI, S. Notas sobre indissociabilidade entre ensino-pesquisa-
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extensão. Universidade e Sociedade. Ano VI n. 11, jun.1996.
MELO NETO, José Francisco. Extensão Universitária: bases ontológicas.
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João Pessoa: Editora Universitária, 2002.

MOITA, F.M.G.S.C; ANDRADE, F.C.B. Ensino-pesquisa-extensão: um
exercício de indissolubilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de
Educação, Rio de Janeiro, 2009, v. 14, n.41, p. 269-393, 2009.

MORA-OSEJO, L.E; BORDA, O.F. A superação do eurocentrismo.
Enriquecimento do saber sistémico e endógeno sobre nosso contexto
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prudente para uma vida decente. São Paulo: Cortez, 2004. p. 711-720.

OLIVEIRA, C.B. Ensino, pesquisa, extensão: indissociáveis ou não?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 14, Nº 140, 2010.
http://www.efdeportes.com/efd140/ensino-pesquisa-extensao.htm

SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.). Conhecimento prudente para
uma vida decente. São Paulo: Cortez, 2004. p. 721-756.
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