Costurando por conta própria
Mesmo fora das empresas, alguns ex-funcionários de grandes indústrias têxteis continuam atuando
no segmento. Segundo o sindicato dos trabalhadores, é comum grupos de costureiras se unirem para
prestar serviços para confecções que atendem as grandes empresas.
Foi o que fez Marlete Pasta, há quatro anos. Hoje com 55 anos, ela trabalha com mais três
costureiras: Norma Pett, 46; Noeli Reichert, 45; e Luzia Reichert, 40; que passaram por companhias
como Hering, Sulfabril, Teka e Cremer.
Apesar de não terem registro em carteira e, consequentemente, não receberem benefícios como
férias e 13º salários, elas pagam imposto como autônomas para garantir a aposentadoria. Em
compensação, dizem que, nos piores meses, ganham, cada uma, três vezes o que ganhavam
costurando dentro de uma fábrica. Para isso, mantêm uma rotina profissional, com expediente de
segunda à sexta, começando às 4h30min e terminando pelas 14h.
– Com o piso de costureira, não dá para pagar as contas, eu moro de aluguel – diz Norma.
Elas não têm planos de voltar para a indústria.
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