Estudo da aplicação do ligante 1-(2piridilazo)-2-naftol como fluoróforo da reação quimiluminescente de TCPO/H2O2 Ladeira, PCC¹; Dantoni, P¹ ¹ Centro de Ciências Naturais e Humanas, UFABC; Palavras-chave: quimiluminescência, peróxi-oxalato, 1-(2-piridilazo)-2-naftol, oxalato de bis-(2,4,6-triclorofenil), peróxido de hidrogênio INTRODUÇÃO: A reação quimiluminescente do sistema peróxi-oxalato (QL-PO), ativada por intercâmbio de elétrons, apresenta alto rendimento quântico de fluorescência e vem sendo muito explorada analiticamente há mais de 40 anos, apesar de carecer de seletividade, principalmente para íons metálicos. Na tentativa de conferir seletividade à reação para os íons metálicos, há autores com alguns íons metálicos. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho foi estudar a utilização do agente complexante 1-(2-piridilazo)-2-naftol, PAN, como fluoróforo da reação QL-PO, por ser importante agente quelante de Ni(II) e muito utilizado em determinações espectrofotométricas e espectroscópicas do íon. METODOLOGIA: Os estudos para verificação do comportamento do PAN envolveram: (1) estudos espectroscópicos na faixa de concentração de 1,0x10-6 a 2,0x10-5 mol L-1; (2) estudo eletroquímico, por meio de voltametria cíclica, para uma solução de PAN 1,0x10-3 mol L-1 e (3) estudos quimiluminescentes avaliados por comparação da magnitude dos sinais de Intensidade máxima (Imax, em unidades relativas de lus/segundo, RLU/s) e área (A, em RLU). Os estudos quimiluminescentes foram divididos em três etapas: (i) avaliação da natureza do tampão (fosfato, tris(hidroximetilaminometano), carbonato, bórax, citrato e imidazol); (ii) estudo do efeito da presença de tensoativos; (iii) estudo da ordem de adição dos reagentes (tampão, peróxido de hidrogênio, PAN e oxalato de bis-(2,4,6-triclorofenil), TCPO) na ausência e presença de tensoativos de diferentes naturezas. RESULTADOS: Por meio dos estudos espectroscópicos, verificou-se que o PAN apresenta fluorescência e absorbância na região do visível, em 465 nm, abaixo de 0,5; evitando a auto-supressão da emissão quimiluminescente. Por meio dos estudos eletroquímicos, observou-se que o processo de oxidação do ligante é aparentemente irreversível, iniciando-se em 0,333 V vs. ECS. Este baixo potencial de oxidação justifica seu comportamento na reação QL-PO, uma vez que os melhores fluoróforos são aqueles que apresentam baixo potencial de oxidação. Por meio dos estudos quimiluminescentes, verificou-se que o melhor tampão a ser utilizado é o imidazol (0,10 mol L-1, pH = 7,1) por apresentar maiores valores de Imax e A. A presença dos tensoativos (zwiteriônico, catiônico, aniônico e não iônico) mantém a reprodutibilidade dos decaimentos QL, sendo que o tensoativo zwiteriônico promoveu aumento nos sinais analíticos em 10 vezes para os sistemas estudados. Por fim, as alterações na ordem de adição dos reagentes não afetaram a magnitude dos sinais de Imax e A tanto na ausência, quanto na presença de tensoativos. CONCLUSÃO: Com os resultados obtidos, pode-se concluir que a utilização do PAN como fluoróforo da reação QL-PO apresenta-se como alternativa inédita para aplicações analíticas, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos procedimentos para quantificação de íons metálicos, dentre eles, o íon Ni (II). Apoio financeiro: CNPq e FAPESP I Ciclo de Palestras de IC no CCNH Resumos do I Ciclo de Palestras de IC no CCNH - 9 de fevereiro a 6 de dezembro de 2012 Universidade Federal do ABC – Santo André - SP – Brasil palestrasccnh.weebly.com