MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS
CURSO DE SUPERVISOR DE MANUTENÇÃO DE UNIDADE OFFSHORE FIXA (CSMF)
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PLATAFORMA FIXA
DEZEMBRO/2014
SIGLA: MPF
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS
SUMÁRIO
1) OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Proporcionar aos profissionais de manutenção conhecimentos complementares para supervisionar,
inspecionar e executar programas de manutenção e reparos em máquinas, equipamentos, sistemas
e estruturas componentes de Unidade Offshore Fixa (UOF), contribuindo para sua segurança.
2) LISTA E PROPÓSITOS DAS UNIDADES DE ENSINO
1. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO DA MANUTENÇÃO..........................................8 HORAS
1.1 - Citar a importância do planejamento da manutenção em plataforma fixa no mar, em face do
afastamento das oficinas e fornecedores onshore.
1.2 - Conceituar manutenção e período de manutenção; conceituar taxa de falhas e interpretar um
diagrama de falhas.
1.3 - Descrever os tipos de manutenção: preditiva, preventiva e corretiva.
1.4 - Citar as repercussões na produção caso ocorra intervenção/falha em equipamentos, máquinas,
componentes e/ou sistemas críticos.
1.5 - Reconhecer a necessidade de inspecionar, conforme a rotina das atividades de manutenção:
setores, equipamentos e componentes críticos da UOF.
1.6 - Identificar e administrar a execução da sistemática do plano de manutenção para uma UOF.
1.7 - Citar os aspectos da supervisão das atividades de manutenção e do acompanhamento dos testes
de aceitação dos reparos e trocas de componentes, especialmente os realizados por empresas
contratadas.
1.8 - Destacar a necessidade permanente de consulta e leitura dos manuais técnicos das máquinas,
equipamentos e sistemas da plataforma offshore.
1.9 - Citar a necessidade do Supervisor compor equipes técnicas de manutenção e acompanhar a
escolha de ferramental apropriado aos reparos, às calibragens e aferições.
1.10 - Citar a importância dos registros das manutenções executadas, das anotações das
discrepâncias, se houver, e do encaminhamento à Base ou Gerência das necessidades de outros
reparos e respectivas prioridades.
1.11 - Destacar a importância da supervisão das “Permissões de Trabalho - PT” e da participação
ao Gerente da Instalação Offshore (GIO) do andamento das principais ações de manutenção.
1.12 - Identificar a utilização de softwares institucionais para o gerenciamento e realimentação de
programas de manutenção de máquinas, equipamentos, componentes e sistemas.
1.13 - Citar a necessidade de supervisionar a armazenagem apropriada dos sobressalentes técnicos
e a aplicação de fluidos e graxas, conforme as especificações recomendadas para cada
máquina, equipamento e/ou componente.
2. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO ESTRUTURAL............................................................. 4 HORAS
2.1 - Identificar as estruturas e arranjos de uma Unidade Offshore Fixa (UOF).
2.2 - Identificar a necessidade de inspecionar e registrar os principais pontos de desgaste, corrosão e
falhas estruturais de uma UOF.
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2.3 - Citar a necessidade de executar, acompanhar e registrar as atividades previstas no plano de
manutenção relativo à estrutura da plataforma.
2.4 - Descrever os principais procedimentos de reparo estrutural.
2.5 - Ressaltar a necessidade de requisitar à Base operacional perícia de engenharia, nos casos que
ultrapassarem os conhecimentos e/ou competência técnica do Supervisor.
3. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E MOTORES................................... 6 HORAS
3.1 - Listar os procedimentos de inspeção em máquinas e motores.
3.2 - Ressaltar como administrar e supervisionar a execução do plano de manutenção preventiva e
preditiva das máquinas e motores a bordo.
3.3 - Identificar falhas de funcionamento, realizar aferições e medidas para localizar defeitos em
máquinas e motores.
3.4 - Descrever ações para reparos de emergências e corretivos.
3.5 - Listar material, equipamentos e ferramentas básicas necessárias para execução dos reparos.
3.6 - Identificar as situações de emergência que requerem prontidão e ação da equipe de manutenção
e reparo.
3.7 - Identificar os vários tipos de avarias.
3.8 - Ressaltar a obrigatoriedade do registro das tarefas de manutenção realizadas e das
discrepâncias; de novas necessidades de manutenção e suas prioridades.
3.9 - Identificar os EPI utilizados nos trabalhos de inspeção e manutenção de máquinas e motores.
4. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO............................................4 HORAS
4.1 - Identificar as características e componentes da planta de geração de energia de bordo, utilizando
manuais e diagramas.
4.2 - Listar as especificações de geradores e acumuladores.
4.3 - Listar os componentes críticos de uma planta elétrica.
4.4 - Identificar a distribuição de carga elétrica em relação à alimentação de equipamentos.
4.5 - Descrever a inspeção e manutenção básica em uma planta de geração elétrica.
4.6 - Identificar as principais avarias que podem ocorrer em um sistema elétrico.
4.7 - Listar as ações de reparos e as precauções de segurança que as antecedem.
4.8 - Utilizar os equipamentos de medição para desmontagem e remontagem de sistemas elétricos.
4.9 - Identificar os EPI utilizados nos trabalhos de inspeção e manutenção elétricos.
5. ADMINISTRAÇÃO, COMBATE A INCÊNDIO E SALVATAGEM..............................4 HORAS
5.1 - Descrever as inspeções e manutenções previstas para o(s) sistema(s) de combate a incêndio.
5.2 - Descrever as precauções de segurança que devem ser tomadas antes de acionar o sistema fixo
de CO².
5.3 - Descrever as verificações realizadas nos componentes da rede de incêndio.
5.4 - Ressaltar os procedimentos para a execução da manutenção e testes das bombas de incêndio
(principal, portáteis, de emergência e outras) de bordo.
5.5 - Descrever a manutenção básica do motor da embarcação de sobrevivência e salvamento.
5.6 - Descrever os pontos críticos e de manutenção periódica do sistema de arriamento e içamento de
embarcações: catarinas, gatos, ganchos, turco, freio, cabos e outros.
5.7 - Citar as principais competências da Autoridade Marítima Brasileira (AMB) atribuídas à
Diretoria de Portos e Costas (DPC), previstas na Portaria no 156, de 03/JUN/2004, do
Comando da Marinha em seus anexos A e B.
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6. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA E EMERGÊNCIA.............................................6 HORAS
6.1 - Compreender um Plano de Segurança: organizações, informações e ações do setor manutenção.
6.2 - Listar os procedimentos planejados para as ações de emergência que envolvam a equipe de
manutenção.
6.3 - Conhecer os procedimentos que compõem o trabalho seguro; as NR/MTE, especialmente as
NR-30, NR-33, NR-34 e NR-35 e as normas de SMS usuais em operadoras adaptadas às
plataformas fixas.
6.4 - Ressaltar a verificação e os testes periódicos de funcionamento dos principais alarmes na rotina
de adestramento das tripulações a bordo de uma plataforma, como os alarmes de incêndio,
abandono e de presença de gases tóxicos.
6.5 - Ressaltar a necessidade de supervisionar e estabelecer procedimentos de segurança nas
atividades de manutenção a bordo, especialmente nos trabalhos realizados por empresas ou
técnicos contratados, exigindo desses os certificados de capacitação profissional cabíveis.
6.6 - Exigir o uso correto dos EPI, equipamentos de salvatagem e atualização do CBSP da tripulação.
6.7 - Conhecer, em resumo, as principais regras contidas nos Anexos da Convenção Internacional
para Prevenção da Poluição por Navios (MARPOL) aplicáveis a uma UOF.
6.8 - Conhecer os procedimentos e técnicas para as ações de respostas a incidentes de poluição por
petróleo e seus derivados (Decreto no 8.127/2013).
6.9 - Conhecer, de uma maneira geral, o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para
incidentes de poluição por óleo, originados por uma UOF (Resolução do CONAMA a
respeito).
6.10 - Conhecer as sanções aplicáveis às infrações às regras, controle e fiscalização causadas por
descarga de petróleo, seus derivados e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob
jurisdição nacional (Lei no 9.605/98, Lei no 9.966/2000 e Decreto no 4.136/2002).
6.11 - Identificar noções de controle do pânico em situações de emergência.
6.12 - Identificar os princípios de liderança e sua aplicação nas ações de emergência e condução das
tarefas de manutenção e reparo.
7. VISITA TÉCNICA..............................................................................................................4 HORAS
7.1 - Verificar a rotina de manutenção, montagem, desmontagem, regulagem e calibragem de
motores, equipamentos e bombas, elétricas e/ou hidráulicas, normalmente utilizadas em
plataformas, numa visita a um estaleiro, ou oficina especializada em motores, bombas e/ou
equipamentos, ou mesmo numa plataforma.
3) DIRETRIZES ESPECÍFICAS
a)
b)
A abordagem deverá ser em nível gerencial.
Poderão ser utilizados extratos de plano de manutenção de uma plataforma para dar realismo à
aplicação dos conhecimentos.
4) AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
a) A avaliação da aprendizagem será realizada por meio de uma prova objetiva sobre os
conhecimentos expostos em sala de aula, valendo notas de zero (0,0) a dez (10) pontos,
aproximando-se em décimos da unidade, perfazendo a nota do curso.
b) A Instituição de Ensino definirá um professor orientador técnico para que o aluno possa
consultar e orientar seu estudo. A aprovação no curso e posterior certificação serão realizadas,
depois de cumpridas rigorosamente essas etapas. A Instituição de Ensino deverá dispor de
manuais, livros, apostilas para dar suporte aos alunos.
c) Se o aluno não obtiver nota mínima de três (3,0) pontos será reprovado.
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d) Se obtiver nota entre três (3,0) e abaixo de seis (6,0) pontos, poderá dar entrada, imediatamente
após sair a sua nota, em pedido de uma única oportunidade de recuperação, junto à Instituição de
Ensino, sendo administrada uma nova prova, diferente da primeira, dentro de cinco (5) dias,
valendo nota de zero (0,0) a dez (10) pontos, como última oportunidade de aprovação.
e) O aluno, para ser aprovado, terá que obter nota mínima de seis (6,0) pontos nessa nova prova.
5) RECURSOS INSTRUCIONAIS
a) conjunto multimídia;
b) folhas de informação;
c) folha-tarefa;
d) manuais de fabricantes de equipamentos;
e) software de gerenciamento de manutenção;
f) filmes de construção e manutenção;
g) modelos, maquetes; e
h) outros, a critério do professor e da instituição de ensino.
6) REFERÊNCIAS
a) SCHOLTES, Peter R. O. Manual do Líder: Um Guia para inspirar sua Equipe e gerenciar o fluxo
de trabalho no dia-a-dia. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. 482p. il.
b) VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2000.
c) POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais – Uma Abordagem
Logística. São Paulo: Atlas, 2001. 195 p. il.
d) ORGANIZAÇÃO MARÍTIMA INTERNACIONAL. Convenção Internacional para
Salvaguarda da Vida Humana no Mar – SOLAS – 74/78 – Consolidada 1998. Edição em
Português. Brasil, Rio de Janeiro: DPC, 2001.
e)__________. Maintenance Planning and Maintenance Execution. (Model Course 2.01)
London: IMO. 1990. 82 p. il.
f)__________. Articles, protocol, annexes unified interpretations of International convention for
Prevention of Pollution from Ships, 1973, as modifies by protocol of 1978. Consolidated edition
1997, MARPOL – 73/78, London: IMO, 2002.
g)_________. Compendium for Survey of Machinery Installations - v.1 and v.2. London: IMO.
1998. 515 p. il.
FRANCISCO CARLOS ORTIZ DE HOLANDA CHAVES
Contra-Almirante (RM1)
Superintendente do Ensino Profissional Marítimo
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