A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO: um estudo na Afla indústria de bebidas Manuela Soares de Souza Graduada em Administração de Empresas da Faculdade José Augusto Vieira Email: [email protected] Prof. Esp. Rodrigo Silva de Santana Professor da Faculdade José Augusto Vieira Email: [email protected] RESUMO Com o passar dos anos algumas exigências mercadológicas passaram de optativas para imprescindíveis às organizações que tenham interesse em manter-se atuante e concorrente no mercado. Estas podem ser direcionadas para a qualidade total, a busca da melhoria contínua, dentre outras. Com isso surge a necessidade de planejar a produtividade, em especial a manutenção dos equipamentos e maquinários de uma fábrica. Palavras chaves: Manutenção. Produção. Redução de Custos. ABSTRACT Over the years some marketing requirements went from optional to essential organizations who wish to remain active and competitor in the market. These may be directed to total quality, continuous improvement, among others. With this comes the need to plan for productivity, in particular the maintenance of equipment and machinery in a factory. Keywords: Maintenance. Production. Cost Reduction. 1 INTRODUÇÃO As evoluções nas indústrias ocorrem desde a primeira Revolução Industrial, quando se tornou evidente a exigência mercadológica através de algumas mudanças econômica, social e tecnológica, fomentando das empresas equipamentos com eficiência a custos baixos. Essa sublevação foi um marco na conjuntura econômica da humanidade e trouxe diversos benefícios para as organizações dentre eles, a aceleração da produção e consequentemente um considerável aumento dos lucros. Com o decorrer do tempo o avanço tecnológico tem proporcionado um ambiente altamente competitivo para as organizações, portanto, o mercado se mantém em constante mutação. As máquinas e equipamentos proporcionaram um novo cenário para a indústria mundial com a possibilidade de maior produção, melhor acabamento e como congruência direta a escassez de mão-de-obra. A necessidade de produzir mais e melhor desencadeou um novo olhar para as empresas, onde possibilitou acreditar que apenas em programar de forma correta a produção, atrelando a isso uma manutenção atuante nos equipamentos em funcionamento, proporcionaria uma fabricação eficiente, com qualidade e menos custos. Sabe-se que o sucesso de uma empresa está atrelado a interação dentre todas as suas esferas de forma a interagir em beneficio do objetivo organizacional. E para assessorar e garantir a competitividade no mercado atuante às empresas contemporâneas dispõem de duas ferramentas fundamentais, o planejamento e o controle. Estas se tornaram utensílios primordiais para todos os setores de uma organização, em especial no aprimoramento da manufatura. Para Oliveira (2007, p.5), o planejamento está dividido em: desenvolvimentos dos processos, técnicas e atitudes administrativas, com o objetivo de facilitar as decisões futuras. Portanto, para garantir uma produção eficiente e com qualidade, planejar é essencial. E a inspeção deste plano traçado é o que irá garantir as execuções de forma correta e no tempo certo. Por isso, o controle é pertinente para a concretização de um planejamento com eficiência e eficácia. Assim sendo, surgira uma nova preocupação no que se refere ao planejamento da manufatura mediante todas essas novas tecnologias, principalmente em relação ao atendimento do cliente, com a preocupação de produzir a fim de satisfazê-los. Desta forma, as empresas buscam cada vez mais integrar todos os setores a fim de proporcionar a tangibilidade das metas organizacionais. O cruzamento de todas as informações existentes na organização possibilita a eficiência dentre todas as atividades, por exemplo, uma relação saudável entre o setor de compras e produção, garantirá um bom desempenho da contabilidade da empresa. Com base nesse contexto percebe-se que em decorrências dos imensos problemas gerados pelos equipamentos nas linhas de produção industriais teve como consequência direta os enormes custos. Procura-se minimizar estas ocorrências com iniciativas disponíveis e atingíveis, por meio de um planejamento de manutenção. Diante do exposto podemos indagar: Qual a importância do Planejamento e Controle de Manutenção para as organizações? Assim, esta pesquisa busca enfatizar a importância de uma programação eficiente da produção no tocante a manutenção, como forma de reduzir os custos e otimizar os processos produtivos, com confiabilidade e qualidade, tornando possível melhoria ao produzir com eficiência todos os equipamentos em perfeito funcionamento sempre que solicitado pela programação da produção. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Organizações Um grupo de pessoas que se constitui de forma organizada para atingir objetivos comuns é denominado de Organização. Desta forma, esta inclusa as associações culturais, partidos políticos, sindicatos, condomínios cooperativas, etc. Enfim, é preferível executar tarefas por meio de organizações, em virtude da facilidade de obter o resultado final com padrões mais elevados e maior qualidade de vida. (LACOMBE; HEILBORN, 2006, p. 13). As organizações desempenham um papel de grande importância na sociedade, uma vez que, quase todas as atividades que exercemos são disponibilizadas por elas. Assim como, hospitais, escolas, faculdades e empresas de outras finalidades diversas. Para Chiavenato (2000) a organização é a forma mais eficiente de satisfazer maior parte de necessidades humanas. Portanto, ele afirma que a origem das organizações se dá por três razões, a saber: razões sociais – a necessidade que as pessoas têm de se relacionar; razões materiais – necessidade de alcançar coisas que jamais conseguiriam sozinhas como, eficiência e agilidade na execução das tarefas; efeito sinergístico – é a possibilidade de o resultado ser maior que o esperado em virtude do trabalho em conjunto. Portanto, fica evidenciado que as organizações existem como forma de unir as pessoas de modo a possibilitar o alcance de um objetivo comum. E esta pode estar direcionada a diversas atividades que vão desde as famílias até as empresas que visem produzir bens ou serviços, a fim de proporcionar novas possibilidades às pessoas. 2.1.1 As Organizações como células produtivas Com o passar dos anos, a cada acontecimento histórico, ocorrem mudanças no modo de vida da humanidade, seja ela social, econômica ou política. É neste contexto que surgem as empresas cada vez mais complexas, buscando suprir as necessidades fomentadas pelas pessoas. Chiavenato (2000, p. 45) afirma que “as empresas produzem bens ou serviços, empregam pessoas, utilizam tecnologias, requerem recursos e, sobretudo, necessitam de administração”. Desta forma, além de satisfazer os anseios das pessoas, as empresas também contribuem para o bem comum através da empregabilidade no âmbito em que esta inserida. Á medida que uma organização é bem sucedida, isto é, em que consegue atingir seus objetivos, ela tende a ampliá-los e, portanto, tende a crescer. Esse crescimento leva a aumentar o número de pessoas (e o volume dos demais recursos necessários) cuja atividade cooperativa permite o alcance dos novos objetivos. Com o aumento do número de pessoas, aumenta também o número de relações entre elas, a fim de garantir o intercâmbio necessário. (CHIAVENATO, 1994, p. 44). Conforme abordado pelo autor acima percebe-se que a forma como as empresas estão inseridas na sociedade e o modo como interagem com o ambiente define sua complexidade no campo de atuação. O fenômeno da globalização paralelo ao avanço tecnológico contribui para o dinamismo da sobrevivência de um empreendimento, no que se restringe aos procedimentos organizacionais com ênfase nos processos produtivos. Portanto, atividades como a lucratividade de uma empresa é também um fator de grande relevância para sua existência. No entanto, Lacombe e Heilborn (2006, p. 23) acreditam que “o lucro é absolutamente indispensável para que qualquer organização possa sobreviver, mas não se pode afirmar com precisão que todas as organizações existam tendo em vista só este objetivo.” Os autores comparam ainda o lucro de uma empresa à saúde de uma pessoa, “a saúde é absolutamente indispensável à sobrevivência; no entanto não vivemos para ter saúde”. Sabe-se que o lucro é importante para uma organização, no entanto existem outras prioridades em função dos anseios organizacionais. Assim, pode-se afirmar que atividades como: excelência nos processos produtivos; qualidade nos produtos e serviços, bem como, a satisfação do cliente também compõem os fatores preponderantes para o sucesso das empresas. 2.2 Planejamento O planejamento dentre outras atividades exercidas na empresa também contribui para eficiência em todos os processos organizacionais. Este pode ser de longo, médio ou em curto prazo. Para Certo (2003, p. 103) planejamento “é o processo de determinar como a organização pode chegar onde deseja e o que fará para executar seus objetivos”. E complementa ainda que planejar “é uma atividade gerencial fundamental independentemente do tipo de organização que esteja sendo gerenciado”. Desta forma, o autor afirma que por meio do planejamento a empresa pode contribuir para suas expectativas futuras. Já Corrêa et al (2001, p. 36) afirma que planejar é entender e considerar a situação atual para ter visão de futuro influenciando as decisões tomadas no presente e assim poder atingir determinados objetivos vindouros. Este plano pode ser traçado baseado nas informações passadas ou presentes e projetadas para o futuro seja ele curto, médio ou longo prazo. [...] o processo de planejamento permite elevar o grau de controle sobre o futuro dos sistemas internos e das relações com o ambiente. A organização que planeja procura antecipar-se às mudanças em seus sistemas internos e no ambiente, como forma de garantir sua sobrevivência e eficácia. (MAXIMIANO, 2000, p. 179). Assim, fica evidenciado, o alto nível de importância que o planejamento exerce dentro das organizações, bem como, a necessidade de sua utilização de forma correta. Já para Lacombe e Heilborn (2006) o planejamento pode ser visto como uma direção a ser escoltada para alcançar um objetivo desejado, salientando ainda que para planejar é necessário decisões, com base em objetivos, fatos e estimativa do que poderia ocorrer em cada alternativa escolhida. Os autores (2006, p. 162) mostram ainda que “planejar é, portanto, decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer”. É, então, um plano formal do que se deseja executar podendo ser mensal, anual, etc. Visualiza-se exatamente isso na figura abaixo: Planejamento Planejar é decidir antecipadamente O que De que maneira Quem deve FAZER O planejamento deve identificar antecipadamente Os custos Os benefícios Os recursos necessários DO QUE VAI SER FEITO PARA FAZER O QUE SE DESEJA Figura 01: Planejamento Fonte: adaptado de Lacombe e Heilborn (2006, p. 162) O modelo de planejamento apresentado acima é apenas uma demonstração de como fazer um planejamento. É importante ressaltar que cada organização detém a sua estratégia para executar esta ferramenta. No entanto, existem algumas vantagens apontadas por Certo (2003, p. 104) quando o planejamento é elaborado de forma correta, a saber: orienta os gerentes para o futuro; facilita a tomada de decisão e por fim, realça os objetivos organizacionais. Os benefícios proporcionados às empresas que se utilizam desta ferramenta planejamento - são inúmeros. Pode-se destacar as possibilidades que venham a ser fomentadas para atingir as metas organizacionais. 2.2.1 Tipos de Planejamento No contexto organizacional o planejamento está dividido em três âmbitos, são eles: estratégico, tático e operacional. Vejamos a seguir a definição de alguns autores sobre os mesmos. O planejamento estratégico para Lacombe e Heilborn (2006, p. 163) “refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançálas, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação”. Mostra ainda, que deve ser feito pela alta gerência e deve responder a seguinte pergunta: “qual é o nosso negócio e como deveria fazê-lo?”. . Quanto ao planejamento tático é configurado como “empreendimentos mais limitados, prazos mais curtos, áreas menos amplas e níveis mais baixos na hierarquia da organização”. (CHIAVENATO, 2000, p. 283). Então, pode-se perceber que este segundo tipo de planejamento se restringe a um nível intermediário da organização. Assim, é uma sequência daquilo que fora traçado pela alta-gerência no planejamento estratégico. Diante dos conceitos apresentados pelos autores fica evidenciado que ao planejar estrategicamente o fator tempo é primordial. Este deve ser elaborado pela cúpula da empresa e com aspirações em longo prazo. Bem como, seguir as estratégias traçadas levando em consideração às mudanças ocorridas no ambiente externo. O planejamento tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferiores, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. (OLIVEIRA, 2003, p. 49) Conforme apresentado acima existe uma concordância de opiniões entre os autores, no que se refere aos preceitos básicos do planejamento tático. Os mesmos apresentam este tipo de planejamento como necessário para as atividades intermediárias da empresa. Lacombe e Heilborn (2006, p.165) lembram Chiavenato (2000, p. 185) quando se referem a planejamento operacional como uma função gerencial com ênfase na eficiência, ou seja, fazer bem feito aquilo que está sendo executado. Da mesma forma que o planejamento tático que segue as bases fundamentadas no planejamento estratégico o planejamento operacional baseia-se nos dois anteriores a ele. Assim, percebe-se que a execução das ações traçadas previamente será de responsabilidade do planejamento operacional. Para as organizações contemporâneas o planejamento seja ele estratégico, tático ou operacional configura-se fator preponderante para manter-se no mercado. Portanto, torna-se claro os benefícios na correta utilização destas atividades administrativas. Contudo, para a pesquisa proposta, haverá uma ênfase maior no planejamento operacional, uma vez que, será direcionada para o planejamento e controle da manutenção nas indústrias. 2.3 Controle O controle envolve a avaliação de resultados operacionais, continuada da ação remediadora quando os resultados desviam do plano. A atividade de controle é necessária para manter o negócio na direção certa e assegurar que os planos sejam contínuos. Controle é uma função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa sejam atingidos e os planos formulados para alcança-los sejam realizados. Assim, controlar abrange (a) acompanhar ou medir alguma coisa, comparar resultados obtidos como previstos e tomar as medidas corretivas cabíveis; ou, de outra forma, (b) compreende a medida do desempenho em comparação com os objetivos e metas predeterminados; inclui coleta e a análise de fatos e dados relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas corretivas e se necessário, o ajuste dos planos. (LACOMBE; HEILBORN, 2006, p. 173). Netto e Tavares (2006) consideram que fazer com que algo aconteça na forma como foi programada compõe conceito básico de controle. Porém, os autores também salientam a importância dos administradores entenderem a ação planejada, pois só assim, as alterações necessárias durante o percurso serão exatamente executadas. Sabe-se que em qualquer área de atuação o controle desempenha um papel extremamente essencial no condicionamento dos objetivos e na identificação de uma possível mudança nos objetivos predeterminados. Entretanto, para realizar os objetivos é preciso que as informações referentes aos mesmos estejam claras e sejam passadas da maneira correta. Até porque, como já fora abordado, o controle contribui, e muito, para a tomada de decisão. Informar ao sistema o que deve ser feito para garantir a concretização dos objetivos. Quanto ao processo de controle, Oliveira (2003, p.267) complementa que mediante a comparação das bases previamente estabelecidas é possível facilitar a verificação dos resultados das ações e consequentemente à tomada de decisão, uma vez que, conforme se acompanha o percurso das atividades torna-se exequível seu aprimoramento conforme seja necessário. Conforme abordado pelos autores acima o controle é um tipo de avaliação permanente e possibilita que a execução antes programada por meio de planejamento seja concretizada com ênfase. É, também, através do controle que algumas alterações podem ser feitas no plano, uma vez que, o ambiente organizacional é dinâmico e complexo e, portanto, imprevistos costumam surgir. O propósito do planejamento e controle “é garantir que os processos da produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos e serviços conforme requeridos pelos consumidores”. (SLACK, 2002, p. 314). Diante do exposto pode-se afirmar que estas duas ferramentas administrativas estão para garantir que os objetivos organizacionais sejam alcançados e, além disso, que se cumpra da forma correta. Segundo Lacombe e Heilborn (2006, p. 160) planejar e controlar devem ser “colocadas juntas porque são conhecidas como as funções gêmeas da administração: não adianta planejar se não houver controle e não se pode controlar se não tiver havido planejamento”. Por isso, diz-se que um complementa o outro, como também um depende do outro para garantir a perfeita execução dos objetivos propostos. Quanto à diferença entre eles Slack (2002, p. 315) afirma que o plano é uma formalização onde pretende-se que ocorra em determinado momento no futuro, assim o mesmo não garante que o programado aconteça pois no percurso poderá ocorrer diversas variações e é nesse ponto que surge o controle que viera a controlar as variáveis que possam surgir no andamento de um planejamento. Um dos fatores predominantes para o êxito de uma organização compete a duas ferramentas essenciais, a saber: planejar e controlar. Diante da complexidade do ambiente interno e externo onde estão inseridas as organizações, traçar um plano é fundamental e acompanhar o mesmo é indispensável. 2.3 Administração da Produção Com a evolução da humanidade surgiram diversas tendências dentro da administração de empresas, dentre elas a administração da produção. Esta propõe organizar os processos produtivos de modo a aperfeiçoá-los e garantir um resultado final satisfatório. A Revolução Industrial teve um marco na produção industrial. Ocorreram várias transformações no contexto da manufatura, ou seja, as organizações existentes trabalhavam de forma artesanal sem nenhum maquinário. (NETTO, TAVARES, 2006, p. 21). Atualmente, as empresas contam com um forte aliado para estabilizar seus processos produtivos: administração da produção. Tendo em vista o dinamismo em que o mundo se encontra pode-se imaginar o quão é complexo administrar a produção de uma organização, seja ela para produzir bens ou serviços. Portanto, vejamos como a mesma pode contribuir no sucesso das empresas e se tornar um diferencial competitivo na contemporaneidade. Diante dos conceitos e técnicas dos autores abaixo: A administração da Produção trata da forma pela qual as empresas produzem bens e serviços. Isso inclui todas as coisas que utilizamos no dia-a-dia, como todos os livros que solutamos da biblioteca, os atendimentos recebidos no hospital, os serviços esperados das lojas, assim retrata Slack et al (2008). Enfim, em praticamente tudo que utilizamos houve a necessidade da administração da produção. Já Certo (2003), afirma que a produção é a transformação de recursos em produtos. Logo, administrar a produção é acompanhar todos os processos, que estão desde a chegada da matéria prima até a saída do produto na linha de produção. Porém, geralmente os recursos transformados pela produção de uma empresa são: materiais, informações e consumidores. Todavia, não se pode afirmar que todas as empresas dispõem somente desses três recursos para transformar, o que irá defini-los é o ramo de atividade em que a organização atua. Para se trabalhar em um sistema de fluxo em linha, devem-se analisar alguns fatores, como a competição mercadológica, o risco de obsolescência do produto, a monotonia dos trabalhos para os empregados, o que poderá gerar alguns transtornos tanto para a empresa quanto para o empregado, transtornos esses que podem ser lesões por esforços repetitivos, falta de motivação para a continuidade da tarefa e, consequentemente, a falta de concentração e atenção, o que acarretaria em um alto índice de acidentes de trabalho, além do abandono de emprego... (NETTO; TAVARES, 2006, p. 27). Para contribuir de forma positiva na programação da produção é de extrema relevância que a organização esteja atenta com a qualidade de vida dos colaboradores no ambiente de trabalho assim como, na execução das respectivas atividades. De forma que essa harmonia entre a produtividade e satisfação do cliente interno irá interferir diretamente na qualidade do produto e consequentemente no contentamento dos consumidores. Uma administração da produção eficiente é primordial para vantagem competitiva no mercado consumidor. O setor produtivo juntamente com o setor de negócios é considerado como fatores críticos para o sucesso organizacional. Assim, existem algumas prioridades competitivas para os serviços em questão (LUSTOSA et al, 2008): baixos custos, entrega no prazo, flexibilidade e alta qualidade. Para tanto é perceptível que administrar a produção de uma organização é de extrema importância e interfere diretamente na qualidade do produto a ser disponibilizado no mercado. Trata-se de uma atenção total a todos os procedimentos executados para a finalização do produto, isto inclui a procedência da matéria-prima utilizada até a atividade fim da empresa. 2.3.2 Planejamento e Controle da Produção No contexto organizacional houve a necessidade de algumas modalidades que venham a contribuir para o alcance dos objetivos de uma empresa na fabricação de produtos/serviços. Portanto, o Planejamento e Controle da Produção (PCP), procura contribuir para criação de um padrão de qualidade dentro da instituição. Já Tubino (2000, p.23), afirma que “as atividades de PCP são desenvolvidas por um departamento de apoio a produção, dentro da gerência industrial, que leva seu nome”. O autor complementa ainda que, “o PCP é responsável pela coordenação e aplicação dos recursos produtivos de forma a atender da melhor maneira possível aos planos estabelecidos em níveis estratégico, tático e operacional”. Assim, entende-se que para se planejar a produção é necessário que haja uma interação dentre todos os setores, e que suas respectivas informações se cruzem com propósito de produzir bens/serviços propostos pela organização. Lustosa et al (2008), apresenta o PCP como um grande aliado para organização no que se refere a integração do mercado com as limitações externas bem como, o auxílio a tomada de decisões, em virtude das características de gerenciamento de informações. Assim, atua cooperativamente com as demais finalidades e objetivos da empresa contribuindo para resultados positivos, pois considera como medidas de desempenho a flexibilidade, qualidade, velocidade, confiabilidade custo e velocidade. Conforme abordado pelos autores fica explícito as necessidade de um excelente funcionamento no setor de PCP para o sucesso das organizações. Além de um diferencial competitivo este setor também atua como agente na redução de custos e controle de estoque. 2.4 Manutenção A palavra Manutenção para o dicionário Aurélio está definida como “as medidas necessárias para a conservação ou a permanência de alguma coisa ou de uma situação ou ainda como os cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de motores e maquinas”. Assim, as atividades de manutenção existem para evitar a desagregação natural das máquinas e equipamentos. Para Martins e Alt (2006, p.313) o conceito moderno da manutenção perpassa pela palavra: disponibilidade. Ainda quanto os autores a atividade principal de “um setor de manutenção é zelar para que seu cliente, externo e interno, tenha um recurso a sua disposição, dentro das condições normais de uso, no momento em que for necessário”. Quanto à definição da manutenção é bastante abrangente e vai desde instalações prediais até manter os equipamentos e maquinas nas organizações. No entanto, houve um contexto histórico que remete-se aos atuais conceitos. Segundo Pinto (1998) a manutenção sofre uma evolução desde os anos 30 e esta pode ser dividida em três fases, a saber: a) Primeira Geração que abrange o período que esta compreendida antes da Segunda Guerra Mundial, quando a indústria era pouco mecanizada; b) Segunda Geração que vai desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 60. Com as guerras surgiu o aumento das indústrias e sua modernização; c) Terceira Geração que esta compreendida a partir da década de 70 quando houve uma aceleração no processo de mudança na indústria. Em relação ao contexto histórico da manutenção, percebe-se que foi marcado principalmente pela revolução industrial e pelas guerras, ambas fomentaram a aderência de novas atividades, bem como, a ampliação do mercado como um todo. Com isso, surgiu a criação de novos nichos de mercado, novas especialidades e a necessidade de mão-de-obra qualificada, para diversas atividades em especial no controle dos processos industriais. Quanto ao conceito de manutenção Pinto (1998, p. 22), apresenta como uma missão moderna que para ele é “Garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo a atender a um processo de produção e a preservação do meio ambiente, com confiabilidade, segurança e custo adequados”. Para Xenos (1998) as atividades de manutenção são decorrentes de ações tomadas no dia-a-dia, como forma de prevenir ou corrigir falhas detectadas nos equipamentos. Além disso, visam manter as condições originais das maquinas e equipamentos utilizados nos processos produtivos das indústrias. Assim, entende-se que a função da manutenção perpassa pelos objetivos organizacionais, uma vez que, o resultado final de um produto ou serviços necessita em grande parte, da utilização de algum tipo de maquinário. Então, ai está a verdadeira finalidade das manutenções: garantir que uma determinada linha de produção atinja a produção desejada. Com o propósito de compreender ainda melhor sobre os objetivos da manutenção é extremamente valioso entender porque a produção se preocupa tanto em cuidar das suas instalações. Assim, Slack et al (2002) apresenta os benefícios atingidos quando a manutenção é atuante, vejamos abaixo: Segurança melhorada – diminui o risco às pessoas que atuam no ambiente; Confiabilidade aumentada – menos tempo perdido com conserto; Qualidade maior – equipamentos em melhor desempenho; Custos de operação mais baixos – alguns elementos de tecnologia funcionam melhor quando recebem manutenção regularmente; Tempo de vida mais longo – prolongar a vida efetiva das instalações; Valor final mais alto – instalações bem mantidas propiciaram em vendas de segunda mão para o mercado. Conforme apresentado pelos autores ao programar a manutenção a organização contribui para melhorias que vão desde o aumento da produtividade até a redução de custos. 2.4.1 Tipos de Manutenção A cada tipo de manutenção existe uma utilização adequada para diferentes circunstâncias. Porém, os autores as classificam com diversas abordagens especificas a cada um. Segundo XENOS (1998) a manutenção é classificada como corretiva, preventiva, preditiva e produtiva. Porém, Slack et al (2002) considera apenas as três primeiras citadas acima. Enquanto para Pinto (1998), o processo de manutenção está dividido quanto a seus tipos em: Corretiva não planejada, corretiva planejada, preventiva, preditiva, detectiva, engenharia de manutenção. Ainda quanto aos tipos de manutenção Figueiredo, afirma (informação verbal) que:1 Preventiva – efetua a troca antes que ocorra uma quebra. Determinado de quanto em quanto tempo, na elaboração de um plano de manutenção que venha a garantir a integridade dos equipamentos. 1 SEMANA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 1. 2011, Lagarto. Planejamento e Controle de Manutenção. Lagarto: Faculdade José Augusto Vieira, 2011. Preditiva – através de equipamentos adequados é possível analisar o funcionamento da máquina. Corretiva – é a mais comum, depois que quebrou atua e coloca o equipamento para funcionar, não procura saber o que fez com que a máquina quebrasse. Melhorias – todo padrão pode ser melhorado. Percebe-se que os autores divergem quanto aos tipos de manutenção, porém a pesquisa em questão terá como embasamento as informações citadas pelos autores Xenos (1998) e Figueiredo (2011). O primeiro, apesar da data de publicação ser superior a dez anos, consegue trazer uma abordagem sobre o tema que interage com a atualidade. Já o segundo, por ser um autor com bastante vivência na área em questão. 2.4.2 Custos da Manutenção Antigamente acreditava-se que era impossível mensurar os gastos gerados com a manutenção. Portanto, os gestores não percebiam a importância da manutenção para o bom funcionamento da fábrica e muito menos como agente na redução dos custos organizacionais. É importante distinguir claramente os custos de manutenção dos investimentos com a compra de equipamentos novos ou com a expansão de instalações existentes. Os custos de manutenção dos equipamentos representam uma parcela dos custos de produção da organização. Para manter os equipamentos é preciso utilizar peças de reposição, materiais de consumo, energia, mão-de-obra de gerenciamento e execução, serviços subcontratos, dentre outros recursos. (XENOS, 1998, p. 220) Como abordado pelo autor é necessário diferenciar os possíveis gastos gerados pela manutenção, afim de, medir e elaborar formas de controlar e prever os anseios dos equipamentos e maquinários. Portanto, Pinto e Xavier (2001) classificam os custos da manutenção em três grandes famílias, a saber: Custos diretos – são aqueles essenciais para manter os equipamentos em operação. Onde estão inclusos a manutenção preventiva e a manutenção corretiva. Custos de perda de produção – são aqueles causados por perdas na produção. Como falha de um equipamento principal que ocasionou um desperdício. Custos indiretos – são os custos relacionados com a estrutura gerencial e apoio administrativo. Como aquisição de ferramenta e instrumentos da manutenção. A composição dos custos da manutenção para o ano de 2011 está mostrado na figura 4, a seguir: Figura 02: Composição dos Custos de Manutenção - 2011 Fonte: Adaptado da Abramam – Associação Brasileira de Manutenção O gráfico acima apresenta dados sobre os custos da manutenção no Brasil 2 para o ano corrente. Pode-se perceber que o principal causador do aumento nos custos é o material aplicado na manutenção, seguida pelos custos de colaboradores e serviços terceirizados. Por fim, os dados mostram uma pequena porcentagem para outros custos não especificados. 2.4.3 A importância do Planejamento e Controle da Manutenção Sabe-se que o procedimento para produzir bens e serviços necessita de uma série de variáveis. Assim, a matéria-prima e os equipamentos necessários para o processo desejado são fundamentais para alcançar êxito organizacional. Corrêa, Gianesi e Caon (2001), abordam que quando uma máquina para por problemas de manutenção, os estágios posteriores do processo que são estimulados por esta máquina teriam de parar, caso não houvesse estoque suficiente para que o fluxo de produção continuasse, até que a máquina fosse reparada e entrasse em produção normal novamente. 2 http://www.abraman.org.br/docs/DocNacional-2011.pdf Os mesmos autores salientam ainda, em relação a problemas com relação a preparação de máquina, quando esta processa mais de um componente ou item, faz-se necessário preparar a máquina a cada mudança. Essa preparação representa custos referentes ao período inoperante do equipamento, à mão-de-obra requerida na operação de preparação, à perda de material no inicio da operação, entre outros. Sendo assim, a atividade básica da manutenção é zelar para que o cliente interno e externo tenha o recurso à sua disposição como também, uma importante fonte de otimização na redução dos custos (MARTINS e ALT, 2006). Para Xenos (1998) a sociedade tem dependido cada vez mais de produtos e serviços mecanizados e automatizados, em que o trabalho humano vem sendo substituído pelo trabalho das máquinas, por este, garantir maior produtividade e consequentemente mais competitividade, possibilitando produzir melhores produtos, em grandes volumes e a custos reduzidos. Assim, um bom desempenho da manutenção depende em grande parte da contribuição do Planejamento e Controle da Produção. Isto permite que a manutenção se programe de modo suprir suas necessidades com qualidade, confiabilidade e segurança. 2.5 Sistemas de Informação Com todos os acontecimentos históricos juntamente com o fenômeno da globalização contribuíram para o surgimento de algumas necessidades dos dias atuais. Assim, pode-se salientar a informatização, mais precisamente os Sistemas de Informação. Assim, quanto a sua definição O’brien (2004, p. 6) apresenta como “um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”, de modo a ordenar os dados e facilitar o acesso as informações nas empresas. Segundo Mañas (1999) o sistema de informação pode ser dividido em: Sistemas de Informação Gerencial; Sistemas de Apoio às Operações e os Sistemas de Apoio à Decisão. Todos estes desmembramentos surgiram com o propósito de facilitar a tomada de decisão no meio organizacional. Conforme abordado pelos autores, os Sistemas de Informação ocupa um lugar importante, no tocante a tomada de decisão. Estes desempenham um papel cada vez mais indispensável para o sucesso organizacional na contemporaneidade. Ao utilizar o sistema de informação a empresa fomenta a “oportunidades sem precedentes para a melhoria de processos internos e serviços prestados ao consumidor final”. (NETTO; TAVARES, 2006, p. 15). Consiste em facilitar que todos os dados pertinentes à empresa estejam em fácil acesso e disponíveis sempre que necessário. Já para BEAL (2007), o sistema nas organizações dispõe de alguns elementos, a saber: entradas, mecanismos de processamento, saídas e feedback. Num sistema de informação, a entrada corresponde a dados capturados, e a saída envolve a produção de informações úteis, muitas vezes na forma de relatórios. O processamento envolve a conversão ou transformação dos dados em saídas úteis, e o feedback pode ser encontrado, por exemplo, nos procedimentos de detecção e correção de erros em dados de entrada (tais como não-aceitação de dados entrados em duplicata ou emissão de alerta sobre valores digitados fora da faixa de valores válidos). (BEAL, 2007, p.16) Pode-se concluir que os sistemas nas organizações representam grande vantagem competitiva e são indispensáveis. O mesmo é responsável em processar todas as informações existentes no ambiente externo e interno e torna-las disponível para utilizar como forma de aprimorar as atividades e metas na empresa. Bem como promover melhorias através de procedimentos em busca da qualidade nos processos. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para Gil (2006, p.162), o esclarecimento da natureza quanto aos fins varia de acordo com as peculiaridades de cada pesquisa. Portanto, para a pesquisa em questão será utilizado à pesquisa exploratória por se referir à familiarização do problema e o aprimoramento de ideias em relação ao tema da pesquisa. Quanto aos meios será empregada a pesquisa bibliográfica, que permitirá um embasamento teórico proporcionando uma gama de informações a respeito do assunto em questão, e o estudo de caso, que compreende em obter informações sobre o problema estudado por meio de um único grupo ou comunidade, utilizando muito mais técnicas de observação do que de interrogação. No que se refere às variáveis que nortearam a pesquisa, segue com a Administração da produção; Planejamento e controle; Manutenção e Custos. No que se refere ao universo da pesquisa Marconi e Lakatos (2008, p.225), afirma que “consiste em explicitar que pessoas ou coisas, fenômenos, etc. Serão pesquisados, enumerando suas características comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem comunidade onde vivem etc.” No estudo proposto o universo da pesquisa a ser implementado consiste na Alfa Indústria de Bebidas, sendo explorado diretamente os envolvidos no setor de Planejamento e controle da manutenção. A escolha dos sujeitos de uma pesquisa é de grande importância salienta Gil (2006, p.98), pois, os resultados obtidos de uma determinada população são advindos dos sujeitos pesquisados de uma amostra. Todavia, os sujeitos estabelecidos para esta pesquisa foram os colaboradores diretamente envolvidos com setor já citado. Assim, líderes de turma, supervisores e o gerente administrativo. No tocante a escolha do tipo de amostra para a execução desta pesquisa será utilizado aleatória simples, a qual consiste em selecionar elementos de maneira casual dentro de um universo pré-estabelecido. Desta forma, o questionário que mediu a importância do PCM para a indústria, foi aplicado com todas as pessoas responsáveis pelas informações necessárias ao planejamento, ou seja, o setor de manutenção e os colaboradores que utilizam-se das máquinas com o setor de planejamento e controle da manutenção na Alfa Indústria de Bebidas. Tendo assim, um total de 13 (treze) pessoas questionadas. Para a pesquisa em questão será empregado o questionário que segundo Gil (2006, p.114), entende-se um conjunto de questões que serão respondidas por escrito pelo pesquisado e pode-se verificar o questionário o meio mais rápido e barato para obter informações. O questionário terá questões fechadas o que torna a pesquisa quantitativa, ou seja, bem mais objetiva. Para a análise dos dados desta pesquisa foram utilizados métodos quantitativos, com o auxilio de ferramentas para efetuar cálculos, analisar informações e visualizar dados em planilhas. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A necessidade de programar a manutenção dos equipamentos como forma de otimizar os processos produtivos surgiu desde as mudanças originárias com a revolução industrial e os avanços tecnológicos. Assim, a pesquisa proposta buscou demonstrar através do seu problema, qual a importância do planejamento e controle da manutenção nas indústrias por meio de um estudo na Alfa Indústria de Bebidas. Conforme, resultado obtido na pesquisa percebe-se que na instituição estudada a programação da manutenção é de extrema relevância, uma vez que, 77% dos funcionários questionados consideram entre excelente a muito, quando se refere ao nível de importância do planejamento e controle da manutenção para a empresa. Entretanto, algumas melhorias poderiam contribuir positivamente para potencializar os benefícios proporcionados pela implantação do setor de PCM. Assim, pode-se abordar a necessidade de utilizar outras medidas para planejar a manutenção. Obteve-se como informação nas pessoas questionadas que a organização utiliza-se com maior frequência da manutenção preventiva, o que contribui para evitar falhas e problemas na produtividade da indústria. Contudo, sugere-se evitar ainda mais as paradas dos equipamentos e consequentemente a perda da produtividade, evidenciando de forma mais atuante nas preventivas, pois, segundo os pesquisados as manutenções corretivas correspondem 38%, o que pode ser considerado um percentual muito alto, quando levado em consideração os malefícios que podem ocorrer quando se espera que o equipamento quebre. Outro ponto relevante da pesquisa é o modo como se da o funcionamento do planejamento da manutenção. Diante disto, pode-se concluir que existe a necessidade da solicitação de serviços ao setor em questão, e esta pode ocorrer principalmente, segundo dados da pesquisa proposta, verbalmente e por escrito com um percentual de 77%, total de ambas. Embora a empresa disponha de um sistema de informação que atende as necessidades de programação da manutenção, por hora, as informações e solicitações são repassadas de forma verbal, escrita e por e-mail através dos supervisores e lideres de turma. Importante salientar também a forma como a programação é transmitida para a equipe de manutenção, neste quesito fica perceptível à necessidade de aprimorar a periodicidade, pois, mais da metade dos pesquisados responderam que a programação é passada diariamente, o que em certo ponto pode interferir na execução de alguns procedimentos que precisem de maior antecedência. De modo a permitir que venha a ocorrer problemas na produção e afetar diretamente nos custos além de proporcionar desvantagens competitivas, uma vez que, o produto poderá sofrer algum tipo de dano ou até mesmo atrasos e contratempos até a chegada do cliente final. No entanto, alguns fatores podem ser avaliados quando o planejamento da manutenção não for aplicado corretamente. Desta forma, a maioria dos funcionários pesquisados aponta que a perda de produção e o aumento das despesas são consequências diretas quando a organização não se propõe a programar a manutenção dos equipamentos em funcionamento. Portanto, ao analisar o planejamento e controle da manutenção da empresa em questão, diz-se que é um diferencial competitivo, bem como, um fator decisivo para o sucesso da organização quando se adere como ferramenta organizacional um planejamento e controle da manutenção. Para que o setor de PCM flua em todas as suas vertentes é imprescindível à interação dentre todas as esferas envolvidas. Estas podem ser citadas, como a programação alinhada com a seleção dos profissionais necessários, bem como, as ferramentas e peças disponíveis assim que precisadas nos serviços em execução. Quanto à troca de acessórios das máquinas, verifica-se que houve uma diminuição considerável, pois, 61% dos entrevistados consideram bom, consequentemente contribuiu para a redução dos custos organizacionais. Assim, verifica-se que o PCM contribui para que as organizações busquem cada vez mais formas de padronizar e promover melhorias nos seus processos de modo a atrelar a tangibilidade dos anseios na produtividade da empresa e promover um diferencial competitivo na potencialização da redução dos custo. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO BEAL, Adriana. Gestão Estratégica da informação: como transformar a informação e a tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. CERTO, Samuel C. Administração Moderna. Tradução de Maria Lúcia G.L. Rosa, Ludmila Teixeira Lima; Revisão técnica de José Antônio Dermengi Rios. 9. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Empresas: Uma Abordagem Contingencial. 3. Ed. São Paulo: Makron Books, 1994. ______. Administração: Teoria, Processo e Prática. 3 Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000. CORRÊA, Henrique; CAON, Mauro; GIANESI, Irineu G.N. 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