UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
Camila Nazaré França de Souza Alves
Francyane Dayane Cravo Silva
DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE EXECUÇÃO DE UMA
UNIDADE HABITACIONAL DO PROGRAMA NACIONAL DE
HABITAÇÃO RURAL – PNHR (MINHA CASA MINHA VIDA)
PELA TÉCNICA PERT/CPM.
BELÉM
2013
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
Camila Nazaré França de Souza Alves
Francyane Dayane Cravo Silva
DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE EXECUÇÃO DE UMA
UNIDADE HABITACIONAL DO PROGRAMA NACIONAL DE
HABITAÇÃO RURAL – PNHR (MINHA CASA MINHA VIDA)
PELA TÉCNICA PERT/CPM.
Projeto de pesquisa apresentado à Universidade da
Amazônia como requisito avaliativo parcial da
Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I do
Curso de Graduação em Engenharia de Produção.
Orientador: Prof. André Clementino de Oliveira
Santos.
BELÉM
2013
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois
Ele é o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele
confiarei toda a minha vida;
A toda minha família, em especial meus pais
Elito Alves e Angela Maria e meus irmãos;
Ao meu namorado Adilson Nunes e ao
orientador André Clementino.
Camila Nazaré F. de S. Alves
AGRADECIMENTO
Primeiramente a Deus, por tudo o que me proporcionou durante toda a minha
existência.
Aos meu pais Elito Alves e Angela Maria, que durante todos esses anos foram
para mim um grande exemplo de força, coragem, perseverança e energia infinita para
nunca desistir diante do primeiro obstáculo encontrado. Pai e mãe, amo muito vocês.
À minha avó, família, irmãos e cunhada, pelo apoio por cada sucesso obtido e
cada degrau avançado, por menor que o fosse, sempre me incentivando e me fazendo
acreditar que sou capaz. Obrigada por estarem sempre comigo.
A Adilson Nunes, por tudo o que me vem proporcionando: as alegrias, viagens,
o amor e a paciência nesta reta final de muitos desafios. Tenho um carinho muito
especial por você.
Agradeço imensamente à minha amiga, parceira de TCC Francyane Cravo, por
acreditar e estar comigo nesse desafio. Muito obrigada por todo seu companheirismo
e amizade.
Às minhas eternas amigas de curso Thamira Araujo, Bruna Marques, Tatiane
Pinheiro e Karina Konagano. Sem a presença e a ajuda de vocês, esses cincos anos
seriam muito mais difíceis. Às minhas amigas de coração Selma Pinheiro, Sonia
Pinheiro e minha comadre Maria de Fátima Pinheiro, que sempre vibraram com as
minhas conquistas.
Ao meu Professor Orientador André Clementino, pela orientação e empenho
na avaliação do presente estudo, compartilhando seu vasto conhecimento, e aos
demais professores do curso, pelos seus ensinamentos.
Obrigada a todos os que participaram comigo durante essa caminhada,
ajudando-me a construir os alicerces de um futuro que começa agora, após cinco anos
dedicados a uma paixão. Todos me deram força e motivação para que hoje possamos
comemorar esta vitória.
EPÍGRAFE
“Eu sou um vencedor, eu terei vitórias porque a
força e o poder de Deus estão presentes em
mim. Eu não temerei nenhum mal, nem serei
atingido, porque aos anjos Deus dará ordens ao
meu respeito para me guardarem e me
protegerem. Eu terei paz, prosperidade, amor,
vida, sabedoria, provisão e harmonia porque
tudo posso naquele em que confio, pois é o meu
pastor e nada me faltará.”
Salmos 23 e 91
"Enquanto houver vontade de lutar, haverá
esperança de vencer."
Santo Agostinho
“Não há obstáculo, por maior que seja, que não
possa ser superado.”
Bob Marley
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Francisco
Furtado e Luziane Cravo, ao meu irmão
Francisco Jr. e ao meu orientador André
Clementino.
Francyane Dayane Cravo Silva
AGRADECIMENTO
A Deus, por ter estado ao meu lado, dando-me força, saúde e coragem nessa
jornada e me ajudando a alcançar esta vitória.
Agradeço grandemente aos meus pais Francisco Furtado e Luziane Cravo, por
estarem sempre presentes em minha vida e por não medirem esforços para a
realização deste sonho. Só quem conviveu sabe o que enfrentamos para hoje ter essa
vitória. Pai e mãe, amo muito vocês. Obrigada por tudo.
Ao meu irmão Francisco Jr., por muitas vezes ter-me ajudado nesta conquista.
Eu te amo.
Ao Heliton Lago, por ter participado desse momento e ter estado muitas vezes
ao meu lado. Tenho um carinho muito grande por você.
Ao meu orientador André Clementino, por toda atenção dedicada e pelo
conhecimento compartilhado ao longo do desenvolvimento deste trabalho.
À minha amiga, irmã e parceira Camila Alves, por ter estado comigo nessa
jornada. Obrigada pela sua amizade, carinho e respeito.
A Thamira Silva, Danielly Lima e a todos os amigos e familiares que
contribuíram para que eu alcançasse esse objetivo e torceram junto comigo para essa
vitória ser alcançada.
EPÍGRAFE
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me
mansamente a águas tranquilas. Refrigera a
minha alma; guia-me pelas veredas da justiça,
por amor do seu nome. Ainda que eu andasse
pelo vale da sombra da morte, não temeria mal
algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o
teu cajado me consolam. Preparas uma mesa
perante mim na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice
transborda. Certamente que a bondade e a
misericórdia me seguirão todos os dias da minha
vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos
dias.
Salmos 23:1-6
A vida é uma peça de teatro que não permite
ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva
intensamente, antes que a cortina se feche e a
peça termine sem aplausos.
Charles Chaplin
RESUMO
O enfoque principal da pesquisa está relacionado ao estudo da amostragem do tempo
de execução da construção civil de uma unidade habitacional, que é relativamente
menor que o prazo estabelecido pelo programa nacional de habitação rural. Com base
nesse dado, se pretende realizar um estudo nas localidades onde já estão sendo
executadas algumas unidades, levando em consideração o recurso mão-de-obra,
visto que se encontra em todas as etapas do processo. Os dados coletados são
plotados no MS Project para gestão de projeto, utilizando o método CPM “Critical Path
Method” de relação conflitante tempo-custo aliado ao PERT “Program Evaluation and
Review Technique”, conhecido com técnica PERT/CPM, que auxilia no caminho crítico
das atividades. Como resultado da pesquisa, espera-se obter informações relevantes
de tomada de decisão que possibilitem acelerar a rede do projeto e, dessa forma,
permitir prazo menor de execução da unidade habitacional.
Palavras – Chave: Construção Civil; Técnica PERT/CPM; MS Project.
ABSTRACT
The main focus of the research is related to the study of sampling the runtime
construction of a housing unit, which is relatively smaller than the deadline set by the
national program of rural housing. Based on this data, we intend to conduct a study in
the localities where they are already running some units, taking into account the
manpower resource, as they are in all stages of the process. The collected data will be
plotted in MS Project for project management, using the CPM "Critical Path Method"
conflicting relationship between time-cost method combined with PERT "Program
Evaluation and Review Technique" technique known as PERT/CPM, which will assist
in the critical path activities. As a result of the research, we hope to obtain relevant
information for decision making that enable the network to accelerate the project, and
thus enable shorter execution of the housing unit.
Keywords: Construction. Technique PERT/CPM. MS Project.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura
01:
Gerenciamento
de
Projeto
(SLACK,
Nigel;
19
CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert, 2009)
Figura 02: Rede PERT/CPM (TUBINO, 2007)
24
Figura 03: Cálculo do cedo e tarde das atividades (Tubino, 2007)
25
Figura 04: Visão geral do Ms Project (CHATFIELD, Carl;
29
JOHNSON, Timothy, 2012)
Figura 05: Limpeza do terreno (Pesquisa de campo, 2013).
34
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Lista de atividade e dependência
24
Tabela 02: Identificação das atividades
34
Tabela 03: Tempos no TCPO
37
Tabela 04: Tempo total em dias com um habilitado
41
Tabela 05: Atividades predecessoras
43
Tabela 06: Caminho crítico dos serviços iniciais
46
Tabela 07: Caminho crítico da fundação
46
Tabela 08: Caminho crítico das paredes
46
Tabela 09: Caminho crítico da supraestrutura
46
Tabela 10: Caminho crítico da cobertura
47
Tabela 11: Caminho crítico do revestimento
47
Tabela 12: Caminho crítico do piso
47
Tabela 13: Caminho crítico das esquadrias
47
Tabela 14: Caminho crítico da pintura
48
Tabela 15: Caminho crítico da limpeza
48
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PNHR
Programa Nacional de Habitação Rural
EO
Entidade Organizadora
UH
Unidade Habitacional
CPM
Método do Caminho Crítico
PCP
Planejamento e Controle da Produção
PERT
Técnica de Avaliação de Análise de Programa
PDI
Primeira Data de Início
PDT
Primeira Data de Término
UDI
Última Data de Início
UDT
Última Data de Término
FT
Folga Total
FL
Folga Livre
FD
Folga Dependente
FI
Folga Independente
OGU
Orçamento Geral da União
TCPO
Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos
ONGS
Organizações Não Governamentais
SINDUSCON
Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 16
1.1.
TEMA E PROBLEMA ............................................................................................................... 16
1.2.
HIPÓTESE E RELEVÂNCIA .................................................................................................... 16
1.3.
JUSTIFICATIVA DA PESQUISA .............................................................................................. 17
1.4.
OBJETIVOS .............................................................................................................................. 17
1.4.1. Objetivo geral........................................................................................................................... 17
1.4.2. Objetivos específicos ............................................................................................................. 17
1.5.
RESUMO DOS CAPÍTULOS .................................................................................................... 18
2.
TÓPICOS TEÓRICOS RELEVANTES ..................................................................................... 19
2.1
GESTÃO DE PROJETO ........................................................................................................... 19
2.1.1. O que é projeto? ...................................................................................................................... 20
2.1.2. Processo de planejamento do projeto .................................................................................. 21
2.1.3. Gerenciamento e controle do projeto ................................................................................... 21
2.2.
MODELO PERT/CPM ............................................................................................................... 22
2.2.1. Regras de sequenciamento .................................................................................................... 23
2.2.2. Montagem ................................................................................................................................. 23
2.2.3. Cálculo dos tempos de rede .................................................................................................. 24
2.2.4. Caminho crítico ....................................................................................................................... 26
2.2.5. Aceleração de uma rede ......................................................................................................... 27
2.3.
MS PROJECT ........................................................................................................................... 27
3.
CASO PRÁTICO ....................................................................................................................... 30
3.1.
O QUE É O PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL – PNHR ............................ 31
3.2.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EMPREENDIMENTO ....................................................... 32
3.3.
ESTUDO DE CASO .................................................................................................................. 32
3.3.1. Identificação das atividades e suas metragens ................................................................... 33
3.3.2. Tempos no TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos .................... 36
3.3.3. Memorial de cálculo ................................................................................................................ 40
3.3.4. Atividades predecessoras ...................................................................................................... 43
3.3.5. Lançamento no MS Project .................................................................................................... 45
3.3.6. Caminho crítico ....................................................................................................................... 46
4.
RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÕES ................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 53
APÊNDICE ............................................................................................................................................ 54
ANEXO .................................................................................................................................................. 61
16
1.
INTRODUÇÃO
1.1.
TEMA E PROBLEMA
Tomando como base o Estado do Pará, atualmente existem cerca de 66.000
agricultores familiares e/ou trabalhadores rurais sem moradia própria ou que vivem
em condições desonrosas. Considerando que o estado do Pará possui uma meta
estabelecida pelo governo federal de contratação de 5000 unid/ano, faz-se necessário
criar mecanismos de assistência técnica que possibilitem às entidades organizadoras
que atuam no programa desenvolver projetos conforme as especificações técnicas e
no prazo estipulado de 4 a 12 meses.
Dessa forma, acredita-se que o uso do método PERT/CPM, que utiliza
conceitos de redes para planejar e visualizar a coordenação das atividades do projeto,
é uma excelente ferramenta de apoio a decisões para as Entidades Organizadoras.
Para que tais informações fiquem mais bem respaldadas, será utilizado o
software MS Project, a ferramenta de apoio mais usada no mercado para o
gerenciamento de projetos, característica esta, decorrente dos recursos gerenciais
oferecidos e das facilidades operacionais proporcionadas.
O MS Project realiza o processamento de planejamento utilizando a técnica
PERT/CPM como ferramenta base, com o intuito de identificar:

Uma visão gráfica das atividades que compõem o projeto;

Uma estimativa de quanto tempo o projeto consumirá;

Uma visão de quais atividades são críticas para o atendimento do prazo
de conclusão do projeto;

Uma visão de quanto tempo de folga se dispõe dentro das atividades
não críticas, o qual pode ser negociado no sentido de reproduzir a
aplicação de recursos e, consequentemente, custos.
1.2.
HIPÓTESE E RELEVÂNCIA
O uso do PERT/CPM no gerenciamento de projetos auxilia na decomposição
das atividades e na interligação das mesmas de acordo com a sequência de
execução, considerando as folgas entre as atividades, cumprindo os prazos
17
estimados, em prol de facilitar a construção de um planejamento que encontre e
priorize ações que não impeçam desvios no caminho crítico.
1.3.
JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
O estado do Pará vem vivenciando um período de grande desenvolvimento
habitacional, com o novo projeto do governo federal nomeado Programa Minha Casa,
Minha Vida, o qual abrange diversas formas de construção de unidades habitacionais,
tanto para a área urbana como para área rural, visando à redução do déficit
habitacional de comunidades de baixa renda, inclusão social e distribuição de renda.
Vendo que a demanda de pessoas físicas que querem melhorar seu imóvel na
área rural é de grande interesse, pois muito querem ter moradia digna, viu-se a
necessidade de as entidades organizadoras possuírem uma assistência técnica que
as permita desenvolverem e acompanharem os projetos da melhor forma, visando a
minimizar o tempo de construção.
Tal processo construtivo atenderá a todas as necessidades do beneficiário
através da construção de rede PERT/CPM, encontrando o tempo para execução de
uma unidade habitacional do PNHR, constituindo-se, dessa forma, como ferramenta
importante para o sucesso na construção das casas.
Pretende-se que este estudo sirva de base para o Programa Nacional de
Habitação Rural, possibilitando maior demanda e produtividade na execução da UH.
1.4.
OBJETIVOS
1.4.1. Objetivo geral
Definir o tempo de execução de uma unidade habitacional do Programa
Nacional de Habitação Rural – PNHR, visando a reduzir o atraso na entrega das
casas.
1.4.2. Objetivos específicos
Identificar as atividades existentes e suas respectivas durações.
Utilizar a técnica PERT/CPM para definir as vinculações entre as atividades e
o tempo total de execução.
18
Estabelecer um tamanho mínimo de equipe de obra para execução do projeto,
dentro do prazo estabelecido pelas diretrizes do programa.
Identificar o caminho crítico na execução de uma unidade habitacional e definir
as atividades que podem ser aceleradas.
1.5.
RESUMO DOS CAPÍTULOS
A pesquisa foi desenvolvida e dividida em quatro partes, sendo um estudo
realizado de forma quantitativa e qualitativa, em que, no primeiro capítulo, são
apresentados o problema abordado, as justificativas os objetivos propostos.
No segundo capítulo, ressaltam-se tópicos relevantes para o desenrolar da
pesquisa, como definição e gestão de projeto, processo de planejamento,
gerenciamento e controle do projeto, modelo PERT/CPM, montagem de redes,
aceleração e caminho crítico de uma rede de atividades no MS Project.
No terceiro capítulo, todos os recursos levantados são utilizados para análise
no software específico, o que possibilitou a ilustração do sequenciamento das
atividades predecessoras e/ou sucessoras que compõem o empreendimento de forma
cronológica.
No quarto capítulo, são feitas as devidas conclusões e sugestão de proposta
de novo cronograma para futuros empreendimentos.
19
2.
TÓPICOS TEÓRICOS RELEVANTES
2.1
GESTÃO DE PROJETO
Turner (1994) afirma que a gestão de projetos é um processo através do qual
um projeto é levado a uma conclusão e inclui três dimensões: objetivos (âmbito,
organização, qualidade, custo, tempo); processo de gestão (planejar, organizar,
implementar, controlar); níveis (integrativo, estratégico, tático).
Para planejar e controlar um projeto, o gerente deve idealizar um modelo que
descreva a complexidade do projeto e projetá-lo aonde se quer chegar (para onde
querem conduzir o sistema) e tomar as decisões pertinentes que os levarão ao ponto
desejado a tempo para assegurar-se de que o projeto vai atingir suas metas (figura
01). “O planejamento e controle de projetos é importante porque todos os gerentes,
em algum momento, estarão envolvidos com gerenciamento de projetos” (SLACK,
Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert., 2009, p. 480).
Figura 01. Gerenciamento de Projeto.
Fonte: SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert, 2009.
Para que o planejamento seja eficaz, há a necessidade de que todos os que
estiverem envolvidos estejam em processo de análise e discussão, o qual levará à
compreensão coletiva da situação e à visão do futuro desejável dos objetivos do
programa.
20
Na construção civil, quando ferramentas de gestão de projetos são implantadas
e seguidas fielmente, obtêm-se melhores resultados que possibilitam a mensuração
de possível variação no desenrolar do projeto.
2.1.1. O que é projeto?
“Um projeto é um conjunto de atividades que tem ponto inicial e estado final
definido, persegue uma meta definida e usa um conjunto definido de recursos”
(SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert., 2009, p. 481).
Muitas atividades exercidas nas diversas carreiras fazem parte de projetos,
mas outras não podem ser tratadas com o mesmo aspecto. Um projeto sempre tem
finalidades claramente determinados e palpáveis. Essas finalidades vêm em muitas e
variadas formas, como na construção de unidade habitacional, o desenvolvimento de
um sistema de computador, decoração de um hotel, a realização de um show. O
projeto somente estará concluído quando seu produto ou serviço for produzido.
Também se envolve um conjunto determinado de recursos humanos, financeiros e
materiais que devem ser otimizados para atingir os objetivos dentro do prazo
estipulado.
Essa é a essência da Gerência de Projetos. Assim, uma definição para projeto
seria: O uso de coordenada de recursos humanos, financeiros e materiais dentro de
um período limitado de tempo para alcançar objetivos palpáveis e únicos.
Os projetos possuem algo em comum – um objetivo, um resultado final, entre
outros, mas eles são todos únicos. A principal característica é sua limitação no tempo:
todo projeto tem um início e um fim. Não existe projeto com duração indefinida ou que
permaneça para sempre. Alguns são deliberados a partir de uma data inicial, outros
são guiados por uma data final, mas sempre uma dessas informações estará
visivelmente definida.
Todos os projetos necessitam lidar com algumas porcentagens de incerteza,
pois são planejados antes de estarem executados, com isso transportam um
componente de risco. Sendo projetos, carregam o risco de afetar recursos caros, de
alta tecnologia, com saídas que podem não valer a pena, entre outros.
De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009), a tipologia de um projeto
ajuda a dar um formato racional a vasta gama de tarefas em que os princípios do
gerenciamento de projeto podem ser aplicados.
21
Tipologia de projetos tem uma afinidade entre complexidade e incerteza, pois
a complexidade nos projetos refere-se em termos de tamanho, valor, números de
pessoas envolvidas no projeto. Já as incertezas estão relacionadas ao atingimento
dos objetivos de custo, prazo e qualidade do projeto, que é o momento em que entra
o presente estudo, pois será através de análises das atividades e seus tempos que
dados de finalização do projeto serão gerados dentro do prazo estabelecido.
2.1.2. Processo de planejamento do projeto
Em que se trate de uma obra, depara-se com diversas etapas que utilizam
inúmeros recursos e possuem um prazo de conclusão. Além disso, a obra como um
todo não é repetitiva, apesar de poder ser semelhante a outra já feita, visto que
condições climáticas, área da construção, transporte, entre outros, sofrem alteração
de uma localização para a outra. Devido a tais características, o planejamento e o
controle da execução de uma obra com exatidão exigem um trabalho criativo e
coleguismo da equipe. Toda e qualquer experiência decorrente no ramo da construção
civil é muito importante para a fase de planejamento, visto que, na fase de controle e
execução, os fatos se sucederão de forma a se tornar o empreendimento único.
Prado (2004) situa que o planejamento de projeto é o momento em que ocorrem
os estabelecimentos de metas (objetivos), as tarefas a serem realizadas e o seu
sequenciamento, com base nos recursos necessários e disponíveis, quando se
estabelece o custo do projeto e o seu desdobramento nas atividades que o compõem
em prol de uma qualidade desejada.
Tais propósitos de determinação de custo e duração do projeto – para viabilizar
as tomadas de decisões, determinação do nível de recursos que serão necessários,
distribuição de funções e responsabilidade dos envolvidos e análise de impacto de
qualquer mudança no decorrer do desenvolvimento – têm de ser analisados com muita
atenção, visto que qualquer falha afetará diretamente a execução do mesmo.
2.1.3. Gerenciamento e controle do projeto
O gerenciamento de projeto surgiu na década de 1950, com os militares
americanos, mas somente no final da década de 1980 é que começou a se expandir
em grande escala fora da esfera militar. Porém, existiram também iniciativas de
algumas empresas, especialmente as que têm na execução de projetos sua atividade
22
principal. Tal aplicação é moderadamente nova e seus métodos não eram conhecidos,
até pouco tempo, por grande parte do nível gerencial das coordenações.
Gerenciamento de projeto é aplicação de conhecimentos, habilidades,
ferramentas e técnicas adequadas às atividades do projeto, a fim de atender aos seus
requisitos. Existem alguns fatores em comum no gerenciamento de projeto que
permitem o sucesso do mesmo, objetivando mostrar pontos gerais com que vêm
minimizar as chances de falhas de um projeto e alcançar o seu objetivo, tais como:
gerente de projetos competente, apoio da administração, canais de comunicação
adequada, entre outros.
De acordo com Prado (2004), o controle do projeto significa a medição do
processo e do desemprenho por meio de um sistema ordenado preestabelecido, no
qual ações corretivas são tomadas sempre que necessárias, pois o planejamento não
é um processo único, visto estar propício a sofrer alterações no decorrer da vida do
projeto, de acordo com os surgimentos de situações indesejadas.
2.2.
MODELO PERT/CPM
O PERT (Program Evaluation and Review Technique) e o CPM (Critical Path
Method) são duas técnicas desenvolvidas na década de 50, na busca de se
solucionar problemas de PCP (Planejamento e Controle da Produção) em
projetos de grande porte. (Tubino, 2000, p. 169)
O método CPM (Método do Caminho Crítico) assume estimativas de tempo
determinísticas, ou seja, elas sempre são satisfeitas. Entretanto, na prática, tempos
estes previstos para cada etapa do projeto estão à mercê de inúmeros fatores
imprevisíveis capazes de adiantar ou atrasar a duração de uma atividade, tais como:
falta de mão-de-obra, intempéries climáticas, acidentes, atrasos na entrega ou falta
momentânea de materiais, entre outros.
Para elaboração de um planejamento mais confiável, é necessário considerar
as incertezas inerentes à duração de cada atividade, por isso o método PERT (Técnica
de Avaliação de Análise de Programa) reconhece que a teoria da probabilidade pode
ser aplicada para realizar estimativas probabilísticas de tempo de forma otimista,
provável e pessimista.
Tubino (2000) expõe que a técnica PERT/CPM busca sequenciar as diferentes
atividades do projeto, de forma que cada uma delas tenha o seu início e conclusão
23
encadeados com as demais atividades que estarão ocorrendo em sequência e/ou
paralelo com a mesma, com o processo de planejamento, sequenciamento e
acompanhamento do projeto.
PERT e CPM são métodos de sequenciamento de tarefas que estão ligados à
alocação de recursos disponíveis para a garantia de finalização do projeto. Consistem
na elaboração de uma rede ou diagrama para ilustração das possíveis dependências
entre as atividades existentes.
2.2.1. Regras de sequenciamento
Uma observação feita por Giammusso (1988) é a de que a aplicação do método
PERT/CPM à construção civil requer o uso de certos artifícios. Tal observação se faz
pertinente, pois as reais condições para a construção de uma rede PERT fazem
necessário que todas as atividades identificadas como componentes de um projeto
terão algum relacionamento com as demais e vão depender da lógica do projeto. No
entanto, atividades desenvolvidas no ramo da construção civil possuem uma ordem
particular.
No campo de obra surgem relacionamentos tanto dependentes como
independentes, em que se gera a oportunidade de realizar a superposição de
serviços, momento este em que se faz necessário o uso de artifícios para se
desenvolver atividades sem acarretar constrangimentos futuros, como por exemplo:
na construção de uma casa, as fundações precisão estar preparadas antes de se
construir as paredes, as quais por sua vez, precisão estar concluídas antes que o
telhado seja colocado, atividades de relacionamento dependente ou em série. O
desenvolvimento do jardim dos fundos da casa poderia ser todo preparado
independente da construção da garagem, construção da fossa e sumidouro, os quais
podem ser realizados paralelos à edificação da casa, atividades estas de
relacionamento independente ou paralelo.
2.2.2. Montagem
A partir do momento em que o diagrama de precedência se encontrar
totalmente interligado com o nível máximo de atenção, visto que qualquer
inconsistência nessa etapa de montagem incidirá diretamente na validade das
24
conclusões obtidas, podem-se desenvolver os tempos e as distribuições dos recursos
necessários para atingir a previsão de conclusão do projeto.
De acordo com Tubino (2007), uma rede PERT/CPM é formada por um
conjunto interligado de setas e nós, do qual existem duas formas de representação.
Na primeira, as setas indicam as atividades, enquanto os nós indicam o momento de
início e fim das atividades, o que se chama de evento; na segunda, os nós são as
atividades, enquanto as setas são as dependências, e nesse caso o evento são pontos
no tempo que demarcam o projeto.
Tabela 01. Lista de atividade e dependência.
Atividade Dependência
Nós
Duração
A
–
1–2
10
B
–
1–3
6
C
A
2–4
7
D
B
3–4
5
E
B
3–5
9
F
CeD
4–6
5
E
5–6
4
G
Fonte: Tubino, 2007.
Figura 02. Rede PERT/CPM.
Fonte: Tubino, 2007.
2.2.3. Cálculo dos tempos de rede
Para cada nó ou evento de uma rede que representa um projeto, podemos
calcular dois tempos que definirão os limites no tempo que as atividades que
partem deste evento dispõem para serem iniciadas. Estes valores são
conhecidos como cedo (Early) e Tarde (Late) de um evento. (Tubino, 2000,
p. 172)
25
Tais valores são representados graficamente através de frações:
𝐶𝑒𝑑𝑜 (𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟)
𝑇𝑎𝑟𝑑𝑒 (𝑑𝑒𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟)
Cedo: tempo necessário para que o evento seja atingido, caracterizado pela
somatória dos tempos máximos individuais das atividades com o seu tempo de
execução.
Tarde: última data de início das atividades que partem desse evento, caracterizada
pela subtração do maior valor obtido no desenvolvimento dos caminhos da rede com
os valores mínimos das atividades com o seu tempo de execução.
Figura 03. Cálculo do cedo e tarde das atividades.
Fonte: Tubino, 2007.
São definidos, para cada atividade integrante do projeto, quatro tempos
referentes às datas de início e término das atividades:
Primeira data de início (PDI): data mais cedo para se realizar o início da atividade,
contando que as demais atividades se iniciaram nas suas datas mais cedo;
Primeira data de término (PDT): data mais cedo para se realizar o término da
atividade;
Última data de início (UDI): data mais tarde para se realizar o início da atividade,
sem atrasar o andamento do processo;
Última data de término (UDT): data mais tarde para se realizar o término da
atividade, sem atrasar o andamento do processo.
26
Posteriormente, com esses resultados, obtém-se um conjunto de folgas ou
tempo disponível (𝑇𝐷 = 𝑃𝐷𝐼 − 𝑈𝐷𝐼), o que é caracterizado pelo maior intervalo de
tempo de que uma atividade dispõe para ser realizada:
Folga total (FT): 𝑇𝐷 − 𝑡: é o atraso máximo que uma atividade pode ter sem alterar a
data final de sua conclusão;
Folga livre (FL): (𝐶𝑒𝑑𝑜𝑓 − 𝐶𝑒𝑑𝑜𝑖 ) − 𝑡: é o atraso máximo que uma atividade pode ter
sem alterar a data estabelecida como Cedo do seu evento final;
Folga dependente (FD): (𝑇𝑎𝑟𝑑𝑒𝑓 − 𝑇𝑎𝑟𝑑𝑒𝑖 ) − 𝑡: é o período que se dispõe para a
realização da atividade, iniciando-a no Tarde do evento inicial e não ultrapassando o
Tarde do evento final;
Folga independente (FI): (𝐶𝑒𝑑𝑜𝑓 − 𝑇𝑎𝑟𝑑𝑒𝑖 ) − 𝑡: é o período que se dispõe para a
realização da atividade, iniciando-a no Tarde do evento inicial e não ultrapassando o
cedo do evento final.
Com todas as folgas calculadas, pode-se definir claramente o caminho crítico
do projeto.
2.2.4. Caminho crítico
Tubino (2000) conceitua caminho crítico como a sequência de atividades que
possuem folga total nula (consequentemente, as demais folgas também são nulas) e
que determina o tempo total de duração do projeto.
As ligações que ocorrem entre o nó inicial e o nó final são chamadas de
caminhos, cujo tempo para passar cada um deles é a somatória de todos os tempos
individuais de cada atividade referente ao caminho.
O caminho crítico é o caminho que possuir o maior tempo dessa somatória, o
que estabelece o tempo total de conclusão do projeto. As suas atividades são
conhecidas como atividades críticas, e o atraso na execução de uma atividade dessas
vai refletir de forma direta no tempo total de conclusão do projeto.
As atividades que não compõem o caminho crítico exibem folgas, e se os
tempos dessas atividades sofrerem alterações, mas não ultrapassarem o tempo do
caminho crítico, não prejudicam o tempo total de conclusão do projeto. Para
reconhecer o caminho crítico e a existência de folgas, ou não, em uma rede, é
necessário calcular os tempos dessa rede com conceitos de cedo e tarde de um
evento.
27
Caso existam dois ou mais caminhos críticos no desenrolar da rede, será
considerado aquele com valor maior.
2.2.5. Aceleração de uma rede
As estimativas de tempo das atividades de um projeto estão relacionadas à
quantidade de recursos (homens, equipamentos, dinheiro etc.) alocados para
cada atividade. Geralmente, é possível adicionar ou retirar recursos alocados
a uma atividade de forma a acelerar ou desacelerar seu prazo de conclusão.
Desta forma, uma vez montada a rede e identificado o caminho crítico, duas
análises de custos podem ser realizadas: Podemos analisar as folgas das
atividades não críticas e verificar a possibilidade de reduzir os recursos e,
consequentemente os custos alocados às mesmas; Podemos analisar as
atividades do caminho crítico e verificar a possibilidade de reduzir ou
aumentar o prazo de conclusão do projeto. (Tubino, 2007, p. 132)
Na primeira análise, existem folgas na rede, com isso existe a eventualidade
de ressequenciar os recursos alocados às atividades não críticas, haja vista que não
sofrerá alteração o prazo de conclusão do projeto, mas se deve ficar atento, pois, ao
serem retiradas as folgas das atividades não críticas, ocorre o risco de surgirem novos
caminhos críticos.
A segunda análise se refere à aceleração ou desaceleração do prazo de
conclusão do projeto, sendo relacionado com o custo-benefício que se tem a mudar
os prazos das atividades do caminho crítico. Com isso, vem a existir a possibilidade
de, em um dado momento, outros caminhos se tornarem críticos e entrarem nessa
análise.
De acordo com Martinich (1997), existe o método de PERT/CPM que oferece
uma representação nas interrelações das várias atividades, de acordo com a
sequência de execução e a dependência entre elas. Tal método faz uso de pacotes
de softwares que dão suporte para lidar com todos os dados necessários para
desenvolver informações de agenda e acompanhar o andamento do projeto.
2.3.
MS PROJECT
De acordo com Pegden (1990), pode-se dizer que a simulação é um processo
com fins de projetar um modelo computacional de um sistema real, para conduzir
experimentos com o propósito de entender seu comportamento e avaliar estratégias
para realizar sua operação.
28
A simulação possibilita a criação de um perfil de possíveis resultados, que são
plausíveis de analisar o comportamento do sistema em situações imprevistas, não
havendo a necessidade de ocorrência na prática, gerando uma redução considerável
de custo, tempo e recursos consumidos.
Com a modernização computacional, a simulação tornou-se uma ferramenta
barata e eficiente, permitindo a análise de vários cenários e soluções sem a
preocupação de realizar experimentos.
O Microsoft Project é um software desenvolvido pela Microsoft, cuja primeira
versão surgiu no ano de 1985. Trata-se de uma ferramenta eficaz e flexível que
possibilita simular organização da informação sobre atribuição de tempos nas tarefas,
a associação de custos tanto de mão-de-obra quanto de materiais, de forma a
propiciar o gerenciamento dos prazos, sem exceder o orçamento, objetivando
alcançar as metas propostas para o projeto.
O Microsoft Project 2010 é um programa poderoso que ajuda a planejar e
gerenciar diversos projetos. Desde reunir prazos de entrega e orçamentos
cruciais e selecionar os recursos certos, o Project 2010 oferece experiências
fáceis e mais intuitivas para ajudá-lo a ser mais produtivo e realizar melhores
resultados. (Chatfield, Carl. 2012, p. vii)
É um poderoso instrumento, um programa de gerenciamento de projetos que
pode ser usado para planejar, gerenciar e trabalhar como uma valiosa fonte de
informações para um determinado projeto.
MS Project é aplicável aos mais diversos tipos de projetos, seja na Gestão de
Projetos de Engenharia (Implantação e Manutenção de Empreendimentos) ou na área
de Gestão Empresarial (Planejamento Estratégico ou Gestão de Projetos
Específicos). Dentro da construção civil, tem-se como principais aplicações:

Identificação dos serviços que impactam diretamente sobre o prazo de entrega
da obra;

Distribuição de recursos humanos e equipamentos;

Estudo de simulações para avaliar prazos e custos;

Visualização de longo prazo do empreendimento;

Localização de gargalos em processos próprios da obra ou que envolva
terceiros;

Coordenação dos esforços logísticos.
29
O Microsoft Project armazena todas as informações de um projeto na sua base
de dados, empregando essa informação para calcular e controlar a programação, os
custos e os outros elementos do projeto através de um planejamento. Quanto mais
informação seja disponibilizada, mais preciso será o planejamento. De forma similar a
uma planilha de cálculo, o Microsoft Project mostra os resultados dos cálculos de
forma imediata.
Figura 04: Visão geral do Ms Project.
Fonte: Chatfield, Carl; Johnson, Timothy, 2012.
O gerenciamento de projetos desenvolvido no MS Project é um dos mais
respaldados e conhecidos no mercado, visto sua vasta gama de funcionalidade e
facilidade de manuseio, gerando relatórios de extrema importância para análise e
planejamento estratégico para o desenrolar das atividades e guiando aos pontos aos
quais deve ser dada mais atenção.
De posse dessa ferramenta, a qual se faz de extrema necessidade para o
desenrolar do projeto, no próximo capítulo será desenvolvido o estudo de caso
proposto, fazendo uso do referencial teórico e software citados neste capítulo, através
de livros de apoio, software e pesquisa de campo, a fim de se obterem resultados
viáveis, ilustrando todas as etapas através de imagens, tabelas e anexos, dando
respaldo durante todas as ações aqui realizadas, mostrando o quanto faz diferença
30
um estudo bem analisado com fim de se obterem resultados satisfatórios, que
ajudarão diretamente o planejamento e organização das entidades organizadoras.
3.
CASO PRÁTICO
31
3.1.
O QUE É O PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL – PNHR
O Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR surgiu no ano de 2009, no
governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Tal iniciativa faz parte do
Programa Minha Casa Minha Vida, que garante subsídio financeiro para a produção
de moradia aos agricultores familiares (pescadores artesanais, extrativistas,
silvicultores, agricultores, maricultores, piscicultores, comunidades quilombolas,
povos indígenas e outras comunidades tradicionais) e trabalhadores rurais.
De acordo com o Manual do Programa, o mesmo “concede subsídio, com
recursos do Orçamento Geral da União – OGU, aos beneficiários enquadrados no
Grupo 1, quais sejam: aqueles com renda familiar bruta anual máxima de R$
15.000,00.” (Caixa Econômica, Fev. 2012, p. 02).
O programa tem diversos parceiros responsáveis por cada etapa do
desenvolvimento. Assim como o Ministério da Fazenda, que é responsável de fazer o
repasse do recurso financeiro da OGU para a utilização no programas, o Ministério
das Cidades é responsável de acompanhar e avaliar os resultados obtidos com a
aplicação deste recurso. Por sua vez, existe o agente operador e financeiro, que é
responsável da recepção das propostas, análise jurídica/cadastral e técnica de
engenharia e trabalho social, contratação com os beneficiários e liberação dos
recursos e acompanhamento das obras.
A pessoa jurídica sem fins lucrativos que contrata ou forma parceira com o
agente operador e financeiro (Caixa econômica ou Banco do Brasil) para a viabilidade
e execução dos empreendimentos é a entidade organizadora que pode ser
representada por: cooperativas, associações, sindicatos ou Poder Público (Estado,
Município e Distrito Federal).
Contudo, há ainda a entidade organizadora e responsável da elaboração e
estudo de viabilidade da proposta e projeto, apresentação do projeto e proposta,
organização e indicação do grupo de beneficiários, execução das unidades
habitacionais, acompanhamento e medição da execução das obras e serviços do
empreendimento. As exigências do agente operador e financeiro para com a entidade
organizadora são de: situação cadastral regular, legalidade de constituição,
regimentos, estatutos e da representação jurídica.
Para o programa, as unidades habitacionais como regime de construção são
todas pulverizadas, no limite de 50 UH por proposta e no mínimo 4 UH. O subsídio é
32
de R$ 30.500,00 por UH, sendo 35% desse valor destinados à mão-de-obra e o
restante à compra do material para construção. Ainda existem os valores de R$ 600,00
para assistência técnica e R$ 400,00 para assistência social. A partir da contratação,
a obra deve ser concluída entre o mínimo de 4 meses e o máximo de 12 meses.
3.2.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento consiste na construção de 50 unidades habitacionais, cada
uma delas possuindo 41,64 m², nem todas localizadas perto uma da outra. Tem o
prazo de execução de 12 meses, com início no dia 03/06/2013 e término previsto para
02/06/2014. A infraestrutura a ser executada constitui-se de instalações hidráulicas,
instalações elétricas, conjunto de fossa e sumidouro, entre outros. As características
das unidades habitacionais são: 1. A construção de dois quartos, sala, cozinha,
banheiro e área de serviço (Anexo 01, Planta baixa). 2. Limpeza do terreno e fundação
são as primeiras atividades a ser executadas. 3. Acabamento padrão e paredes de
alvenaria, em cuja parte externa, serão executadas percintas de amarração em
concreto armado. 4. Revestimento: reboco em toda a área interna e externa de
parede, sendo pintura de látex acrílico na parede externa e de látex PVA na interna.
5. Forro neste projeto só na área interna do banheiro.
Neste trabalho será apresentado o dimensionamento da mão-de-obra através
do TCPO (tabelas de composições de preços para orçamentos), influenciando
diretamente no tempo determinado para a execução de uma unidade habitacional e
também no prazo de entrega do empreendimento. Para a base de cálculo, será
considerada uma jornada de trabalho de 8 horas diárias, de segunda a sexta-feira,
das 8 às 17 h, totalizando uma jornada semanal de 40 horas.
3.3.
ESTUDO DE CASO
Para o desenvolvimento do estudo de caso, foi realizado um acompanhamento
de uma obra localizada no município de Barcarena-Pará, município próximo à região
metropolitana de Belém. Os dados informados a seguir foram obtidos através de
análise do manual do programa e proposta da assistência técnica, entrevista com
engenheiros e funcionários operacionais para melhor aprofundamento das funções e
etapas construtivas, e acesso ao memorial descritivo da proposta do empreendimento.
33
Tal assunto foi escolhido, porque se trata de um empreendimento imobiliário
que se encontra em desenvolvimento em nível nacional, para o qual será proposta
uma metodologia a ser aplicada com o intuito de amenizar o déficit habitacional
encontrado pelas entidades organizadoras, movimentos sociais, associações, ONGS,
já que as mesmas desenvolvem o programa sem o mecanismo de uma boa
assistência técnica.
Através da gestão de projeto pelo método PERT/CPM e ferramenta
computacional do Project, tal estudo alcançará melhores subsídios para as entidades
programarem a utilização do total da mão-de-obra necessária para a execução do
empreendimento, acompanharem a obra e minimizarem os desperdícios de tempo
total, solucionando os caminhos críticos de fluxo relacionados à construção da UH,
focando obter um planejamento adequado às reais necessidades dos beneficiários e
do programa.
3.3.1. Identificação das atividades e suas metragens
A fase inicial a ser desenvolvida no estudo de caso será a identificação das
etapas necessárias para a construção de uma unidade habitacional, para assim se
saber qual a necessidade da existência de cada atividade central e quais as
subatividades correspondentes.
De posse da planta baixa, será realizado o memorial de cálculo do
levantamento das áreas correspondentes, no intuito de gerar os quantitativos de cada
atividade e suas respectivas unidades de medidas, da seguinte maneira:
Figura 05. Limpeza do terreno.
34
Fonte: Pesquisa de campo (2013).
Levantamento da área total, necessária para limpeza do terreno:
𝐿𝑎𝑑𝑜 × 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
7,5 𝑚 × 8 𝑚 = 60 𝑚²
Cálculos de levantamento de áreas e estudo na planta baixa foram
desenvolvidos para determinar todos os quantitativos referentes a cada subatividade
(Anexo 02, Memorial de cálculo: Levantamento quantitativo). Decorrente disso, segue
abaixo a Tabela 02, referente a todas as atividades construtivas necessárias para o
desenvolvimento do projeto e suas respectivas quantidades e unidades de medidas.
Tabela 02. Identificação das atividades.
ITEM
1
NOME DA TAREFA
CASA
UNID
QUANT
SERVIÇOS INICIAIS
1.1
Limpeza do terreno
M²
60
1.2
Locação da obra
M²
41,64
2
FUNDAÇÕES
2.1
Escavação manual de valas
M³
3,96
2.2
Alicerce corrido concreto ciclópico
M³
3,96
35
2.3
Forma de madeira
M²
23,77
2.4
Calçada de proteção em concreto 1:3:5 (FCK = 12 MPA)
M²
15,54
2.5
Baldrame: preparo mecânico e lançamento manual de concreto
ciclópico
M³
1,78
2.6
Desforma
M²
23,77
2.7
Impermeabilização do baldrame com tinta betuminosa em 02
demãos
M²
29,71
2.8
Aterro compactado entre baldrames
M³
11,08
2.9
Concreto Magro, Transporte, Lançamento, e Outros 7CM
M³
36,94
M²
124,34
3
3.1
4
PAREDES
Alvenaria tijolo cerâmico a cutelo c/ argamassa 1:4
SUPRAESTRUTURA
4.1
Verga/contraverga concreto-armado
M³
0,2
4.2
Cinta amarração concreto armado, 20 Mpa, c/ forma de desforma
e lançamento
M³
0,53
M²
61,9
M²
61,9
ML
7,2
5
5.1
5.2
5.3
6
COBERTURA
Estrutura em madeira imunizada
Cobertura em telha cerâmica encaliçamento Beirais com
argamassa 1:3
Cumeeira cerâmica regional incluso encaliçamento com
argamassa 1:3
REVESTIMENTO
6.1
Chapisco interno / externo
M²
241,2
6.2
Emboço Paulista
M²
19,74
6.3
Reboco/emboço paulista (massa única) – interno
M²
139,6
6.4
Reboco/emboço paulista (massa única) – externo
M²
81,86
6.5
Revestimento Cerâmico 20 x 20 c/ argamassa. Colante
M²
19,74
6.6
Rejunte Cimento branco
M²
19,74
7
PISO
7.1
Regularização de piso/base em argamassa (cimento: areia) 1:5
espessura 2,5 cm
M²
36,94
7.2
Piso Cerâmico PEI 4, 30 x 30 cm c/argamassa colante
M²
36,94
7.3
Rodapé cerâmico
ML
41,24
7.4
Rejunte Cimento branco
M²
36,94
7.5
Soleira em cimento liso, com aditivo impermeabilizante
ML
2,55
M²
3,36
UNID
3
UNID
3
8
8.1
8.2
8.3
9
ESQUADRIAS
Porta de ferro, de abrir, barra chata c/ esquadro e guarnição
Janela de correr em chapa de aço, c/ 04 folhas p/ vidro, c/ divisa
horizontal, c/ vidro
Portas de madeira compensada lisa p/ pintura (0,80 x 2,10 m)
incluso aduela 2A alisar 2A e dobradiça
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS
9.1
Quadro de distribuição p/ 04 disjuntores
UNID
1
9.2
Disjuntor term. 1P-15A
UNID
1
36
9.3
Disjuntor term. 1P-20A
UNID
2
9.4
Disjuntor term. 1P-30A
UNID
1
9.5
Ponto de luz com eletroduto de PVC
PTO
7
9.6
Ponto de tomada
PTO
12
9.7
Ponto de interruptor
PTO
6
9.8
Ponto de telefone e antena
PTO
2
10
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
10.1
Ponto de água fria com tubo de PVC e conexões
PTO
6
10.2
Ponto de esgoto com tubo de PVC e conexões, série normal
PTO
6
10.3
Fossa
UNID
1
10.4
Sumidouro
UNID
1
10.5
Caixa sifonada – 100 x 100 x 50
UNID
1
10.6
Cx. d'água – 500 litros
UNID
1
11
FORRO
11.1
Estrutura (entarugamento) em madeira p/ forro PVC
M²
3,3
11.2
Forro PVC placas c/ largura 10 cm esp = 8 mm
M²
3,3
UNID
1
UNID
1
UNID
1
12
12.1
12.2
12.3
APARELHOS E ACESSÓRIOS
Lavatório (louças branca), s/ coluna, c/ válvula, sifão e torneira e
engate
Vaso sanitário, louça c/ cx. descarga acoplada, assento plástico e
rabicho.
Pia marmorite 1,20 m x 0,50 m, cuba (válvula, sifão e torneira e
engate)
12.4
Tanque mármore 22l c/válvula plástica, sifão e torneira
UNID
1
12.5
Kit p/ banheiro
UNID
1
13
PINTURA
13.1
Pintura látex acrílica, ambiente interno/externa, 2 demãos
M²
221,46
13.2
Pintura esmalte sintético, 2 demãos incluindo 1 demão de zarcão
M²
8,52
13.3
Esmalte acetinado, 2 demãos, madeira incluindo fundo nivelador
branco
M²
10,08
M²
41,64
14
14.1
LIMPEZA
Limpeza de obra
Fonte: Energia Elétrica & Cia LTDA. (2013), adaptado pelas Autoras (2013).
3.3.2. Tempos no TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos
Após o detalhamento das atividades e de suas respectivas subatividades, teve
vez a etapa de pesquisas e análises dos tempos apresentados na bibliografia TCPO
37
– Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos, da Editora PINI, conhecida
como a base de dados de maior credibilidade na indústria da construção civil nacional,
que disponibiliza os valores da produtividade da mão-de-obra com o intervalo de
tempo necessário para uma pessoa habilitada realizar um serviço com determinadas
ferramentas ou equipamentos.
De posse de cada atividade e serviços a serem realizados, estimou-se, através
do TCPO, o tempo a ser gasto em cada unidade de medida em relação às atividades
da construção de uma unidade habitacional, cada função correspondente e a página
do livro em que os dados se encontram.
Tabela 03. Tempos no TCPO.
CASA
ITEM CÓDIGO
TCPO
NOME DA TAREFA
UND
TEMPO UND
FUNÇÃO
CÓDIGO
SERVENTE
02230.8.3.1
1.0
A
SERVIÇOS INICIAIS
1.1
A.1
Limpeza do terreno
M²
0,25
H
1.2
A.2
Locação da obra
M²
0,13
H
2.0
B
2.1
B.1
Escavação manual de
valas
M³
3,2
H
SERVENTE
02315.8.2
2.2
B.2
Alicerce corrido concreto
ciclópico
M³
2,7
H
PEDREIRO
03310.8.2.43
03310.8.13.1
2.3
B.3
Forma de madeira
M²
0,806
H
CARPINTEIRO
03110.8.1
2.4
B.4
M²
0,5
H
CALCETEIRO
02780.8.1.2
2.5
B.5
M³
0,66
H
PEDREIRO
04211.8.2
2.6
B.6
Desforma
M²
0,346
H
CARPINTEIRO
03110.8.1
2.7
B.7
Impermeabilização do
baldrame com tinta
betuminosa em 02
demãos
M²
0,1
H
PEDREIRO
07165.8.5.1
2.8
B.8
Aterro compactado entre
baldrames
M³
0,35
H
PEDREIRO
02315.8.7.1
CARPINTEIRO 02595.8.1.1
FUNDAÇÕES
Calçada de proteção em
concreto 1:3:5 (FCK= 12
MPA)
Baldrame: preparo
mecânico e lançamento
manual de concreto
ciclópico
38
2.9
B.9
3.0
C
3.1
C.1
4.0
D
4.1
D.1
4.2
D.2
5.0
E
5.1
E.1
Concreto Magro,
Transporte, Lançamento, e
Outros 7CM
M³
2,7
H
PEDREIRO
03310.8.2.43
03310.8.13.1
M²
0,113
H
PEDREIRO
04033.8.3
Verga/contraverga
concreto-armado
M³
0,4
H
PEDREIRO
04085.8.4
Cinta amarração concreto
armado, 20 Mpa, c/forma
de desforma e lançamento
M³
0,4
H
PEDREIRO
04085.8.4
M²
1,2
H
AJUDANTE
06110.8.1.4
M²
0,75
H
TELHADISTA
07320.8.3
ML
0,8
H
TELHADISTA
07320.8.11
PAREDES
Alvenaria tijolo cerâmico a
cutelo c/ argamassa 1:4
SUPRAESTRUTURA
COBERTURA
Estrutura em madeira
imunizada
Cobertura em telha
cerâmica encaliçada.
Beirais com argamassa
1:3
Cumeeira cerâmica
regional incluso
Encaliçamento com
argamassa 1:3
5.2
E.2
5.3
E.3
6.0
F
6.1
F.1
Chapisco interno / externo
M²
0,1
H
PEDREIRO
09705.8.12.4
6.2
F.2
Emboço Paulista
M²
0,6
H
PEDREIRO
09705.8.2.2
6.3
F.3
Reboco/emboço paulista
(massa única) - interno
M²
0,5
H
PEDREIRO
09705.8.3.8
6.4
F.4
Reboco/emboço paulista
(massa única) - externo
M²
0,5
H
PEDREIRO
09705.8.3.8
6.5
F.5
Revestimento Cerâmico
20 x 20 c/ argamassa.
Colante
M²
0,4
H
LADRILHISTA
09706.8.3.1
6.6
F.6
Rejunte Cimento branco
M²
0,25
H
AZULEJISTA
09706.8.5.1
7.0
G
M²
0,1
H
PEDREIRO
09605.8.3.1
M²
1,5
H
LADRILHISTA
09606.8.2.1
7.1
G.1
7.2
G.2
REVESTIMENTO
PISO
Regularização de
piso/base em argamassa
(cimento: areia) 1:5
espessura 2,5 cm
Piso Cerâmico PEI 4, 30 x
30 cm com argamassa
colante
39
7.3
G.3
Rodapé cerâmico
M
0,8
H
LADRILHISTA
09606.8.4.2
7.4
G.4
Rejunte Cimento branco
M²
0,25
H
AZULEJISTA
09706.8.5.1
7.5
G.5
Soleira em cimento liso,
com aditivo
impermeabilizante
M
0,0375
H
SERVENTE
09635.8.14
8.0
H
8.1
H.1
M²
3
H
PEDREIRO
08110.8.4.1
8.2
H.2
UND
2
H
PEDREIRO
08520.8.2.6
8.3
H.3
UND
3,75
H
CARPINTEIRO 08210.8.2.1
9.0
I
9.1
I.1
Quadro de distribuição p/
04 disjuntores
UND
1
H
ELETRICISTA
16139.8.1.1
9.2
I.2
Disjuntor term. 1P-15A
UND
0,3
H
ELETRICISTA
16141.8.2
9.3
I.3
Disjuntor term. 1P-20A
UND
0,3
H
ELETRICISTA
16141.8.2
9.4
I.4
Disjuntor term. 1P-30A
UND
0,3
H
ELETRICISTA
16141.8.2
9.5
I.5
Ponto de luz com
eletroduto de PVC
PTO
4
H
ELETRICISTA 16132.8.18.1
9.6
I.6
Ponto de tomada
PTO
3,5
H
ELETRICISTA 16143.8.11.1
9.7
I.7
Ponto de interruptor
PTO
3,5
H
ELETRICISTA 16143.8.12.1
9.8
I.8
Ponto de telefone e antena
PTO
1
H
ELETRICISTA
10.0
J
INSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIAS
10.1
J.1
Ponto de água fria com
tubo de PVC e conecções
PTO
3
H
ENCANADOR 15142.8.27.1
10.2
J.2
Ponto de esgoto com tubo
de PVC e conecções,
série normal
PTO
3,5
H
ENCANADOR 15152.8.29.1
10.3
J.3
Fossa
UND
2,32
H
ESQUADRIAS
Porta de ferro, de abrir,
barra chata c/ esquadro e
guarnição
Janela de corre em chapa
de aço, c/ 04 folhas p/
vidro, c/ divisa horizontal,
c/ vidro
Portas de madeira
compensada lisa p/ pintura
(0,80 x 2,10 m) incluso
aduela 2A alisar 2A e
dobradiça
INSTALAÇOES ELÉTRICA E TELEFONICAS
PEDREIRO
16100.8.3.1
02630.8.6
40
10.4
J.4
Sumidouro
UND
2,32
H
PEDREIRO
02630.8.6
10.5
J.5
Caixa sifonada - 100 x 100
x 50
UND
0,4
H
ENCANADOR
15155.8.1
10.6
J.6
Cx. D'água - 500 litros
UND
7,7
H
ENCANADOR
15450.8.2
11.0
K
11.1
K.1
Estrutura (entarugamento)
em madeira p/ forro PVC
M²
0,75
H
MONTADOR
09500.8.6
11.2
K.2
Forro PVC placas c /
largura 10 cm esp = 8mm
M²
0,75
H
MONTADOR
09500.8.6
12.0
L
12.1
L.1
UND
1,5
H
ENCANADOR 15410.8.12.1
12.2
L.2
UND
2,5
H
ENCANADOR
12.3
L.3
UND
1,5
H
ENCANADOR 15410.8.12.1
12.4
L.4
UND
3
H
ENCANADOR 15410.8.24.2
12.5
L.5
Kit p/ banheiro
UND
1
H
ENCANADOR
15410.8.7.1
13.0
M
PINTURA
13.1
M.1
M²
0,4
H
PINTOR
09115.8.11
13.2
M.2
M²
0,8
H
PINTOR
09115.8.9.12
13.3
M.3
M²
0,4
H
PINTOR
09115.8.9.8
14.0
N
14.1
N.1
M²
0,7
H
SERVENTE
01740.8.1.1
FORRO
APARELHOS E ACESSORIOS
Lavatório (louças branca),
s /coluna, c/ válvula, sifão
e torneira e engate)
Vaso sanitário, louça c/ cx.
descarga acoplada,
assento plástico e rabicho.
Pia marmorite 1,20 m x
0,50 m, cuba (válvula,
sifão e torneira e engate)
Tanque mármore 22l
c/válvula plástica, sifão e
torneira.
Pintura látex Acrílica,
ambiente interno/externa,
2 demãos
Pintura esmalte sintético, 2
demãos incluindo 1 demão
de zarcão
Esmalte acetinado 2
demãos pq madeira
incluso fundo nivelador
branco
15410.8.3.2
LIMPEZA
Limpeza de obra
Fonte: Autoras (2013).
3.3.3. Memorial de cálculo
41
Para realizar os cálculos necessários em busca de um tempo total de execução
de uma unidade habitacional, faz-se necessário ter em mãos dados como atividades
centrais, subatividades correspondentes às suas unidades de medida, quantidades e
tempo de execução de cada unidade.
Tendo isso, foram realizados cálculos da seguinte forma:
O memorial descritivo da proposta do empreendimento mostra que se tem a
etapa de Serviços iniciais composta por duas subatividades: limpeza do terreno (60
m²) e locação da obra (41,64 m²). Sabe-se que se tem 60 m² para limpeza do terreno,
e de acordo com os tempos analisados no TCPO, uma pessoa habilitada para
realização da atividade gasta em torno de 0,25 h por m²:
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑖𝑚𝑝𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑖𝑚𝑝𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 = 60 𝑚2 × 0,25 ℎ
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑖𝑚𝑝𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 = 15 ℎ
Ou seja, um funcionário habilitado (servente) realizará a limpeza total do terreno
de 60 m² em 15 h. Porém, de acordo com tabela da SINDUSCON (Sindicato da
Indústria da Construção do Estado do Pará), os operários da construção civil realizam
jornadas de 40 horas/semanais de trabalho, ou seja, de 8 h/dia. Sendo ciente disto,
será necessário dividir os tempos totais gastos de cada subatividade por 8 h.
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑚 𝑑𝑖𝑎𝑠 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑖𝑚𝑝𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜
8 ℎ/𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑚 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑙𝑖𝑚𝑝𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 =
15 ℎ
= 1,9 𝑑𝑖𝑎𝑠
8ℎ/𝑑𝑖𝑎
Para fechar a atividade de Serviços iniciais, faltam os cálculos da locação da
obra (41,64 m²):
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑜𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑏𝑟𝑎 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑜𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑏𝑟𝑎 = 41,64 𝑚2 × 0,13 ℎ
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑜𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑏𝑟𝑎 = 5,41 ℎ
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑚 𝑑𝑖𝑎𝑠 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑜𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑏𝑟𝑎
8 ℎ/𝑑𝑖𝑎𝑠
42
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑚 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑙𝑜𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑏𝑟𝑎 =
5,41 ℎ
= 0,7 𝑑𝑖𝑎𝑠
8ℎ/𝑑𝑖𝑎
Após os cálculos, somando os valores das subatividades, é possível afirmar
que a atividade Serviços iniciais necessita de 2,6 dias para ser finalizada por apenas
uma pessoa habilitada.
Para se chegar a um tempo total em dias gastos para concluir a construção de
uma unidade habitacional, é necessário que se atribuam esses cálculos às 14
atividades descritas no projeto (Anexo 03, Memorial de cálculo: Levantamento de
tempo).
Tabela 04. Tempo total em dias com um habilitado.
ITEM
NOME DA TAREFA
TEMPO EM
DIAS
1
SERVIÇOS INICIAIS
2
FUNDAÇÕES
20,8
3
PAREDES
1,8
4
SUPRAESTRUTURA
0,0
5
COBERTURA
15,8
6
REVESTIMENTO
19,9
7
PISO
12,7
8
ESQUADRIAS
3,4
9
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS
11,9
10
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
6,5
11
FORRO
0,6
12
APARELHOS E ACESSÓRIOS
1,2
13
PINTURA
12,4
14
LIMPEZA
3,6
2,6
TOTAL
113,2
Fonte: Autoras (2013).
Obtém-se um total de 113,2 dias necessários para se realizar a construção de
uma unidade habitacional. Ao chegar a esse resultado, constata-se que tal valor se
43
encontra muito acima do tempo realmente gasto para se realizar a construção. Então,
buscando solucionar tal etapa, atribuiu-se duplicar o número de mão-de-obra utilizada.
Em vez de se trabalhar com apenas um habilitado para cada atividade, trabalhar-seá com dois.
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 2 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 =
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠 1 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜
2 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 2 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 =
113,2 𝑑𝑖𝑎𝑠
= 56,6 𝑑𝑖𝑎𝑠
2 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠
Chegou-se a um valor que é relativamente aceitável para se realizar a
construção de uma unidade habitacional do PNHR, visto que as etapas não estão em
sequenciamento e sim início e fim, no qual, após serem sequenciadas, tal tempo irá
diminuir.
3.3.4. Atividades predecessoras
A etapa da elaboração das atividades predecessoras foi planejada juntamente
com o Engenheiro Civil responsável pela obra, o qual orientou no sequenciamento
das atividades realizadas hoje no campo de obra e auxiliou nas dependências das
atividades e naquelas que podem ser realizadas paralelamente.
Tabela 05. Atividades predecessoras.
ITEM CÓDIGO
NOME DA TAREFA
PRECEDÊNCIA
DA ATIVIDADE
1
A
SERVIÇOS INICIAIS
1.1
A.1
Limpeza do terreno
1.2
A.2
Locação da obra
2
B
2.1
B.1
Escavação manual de valas
A.2
2.2
B.2
Alicerce corrido concreto ciclópico
B.2
2.3
B.3
Forma de madeira
B.1
2.4
B.4
Calçada de proteção em concreto 1:3:5 (FCK= 12 MPA)
B.3
2.5
B.5
Baldrame: preparo mecânico e lançamento manual de
concreto ciclópico
B.3
2.6
B.6
Desforma
PRIMEIRO PASSO
A.1
FUNDAÇÕES
B.1 B.2 B.4 B.5
44
2.7
B.7
Impermeabilização do baldrame com tinta betuminosa em 02
demãos
B.6
2.8
B.8
Aterro compactado entre baldrames
B.7
2.9
B.9
Concreto Magro, Transporte, Lançamento, e Outros 7CM
B.8
3
C
3.1
C.1
4
D
4.1
D.1
Verga/contraverga concreto-armado
C.1
4.2
D.2
Cinta amarração concreto armado, 20 Mpa, c/forma de
desforma e lançamento
D.1
5
E
5.2
E.2
5.3
E.3
5.4
E.4
6
F
6.1
F.1
Chapisco interno / externo
6.2
F.2
Emboço Paulista
F.1
6.3
F.3
Reboco (massa única) – interno
F.2
6.4
F.4
Reboco (massa única) – externo
F.2
6.5
F.5
Revestimento Cerâmico 20 x 20 c/ argamassa. Colante
F.3
6.6
F.6
Rejunte Cimento branco
F.5
7
G
7.1
G.1
Regularização de piso/base em argamassa (cimento: areia)
1:5 espessura 2,5 cm
F.4
7.2
G.2
Piso Cerâmico PEI 4, 30 x 30 com argamassa colante
G.1
7.3
G.3
Rodapé cerâmico
G.2
7.4
G.4
Rejunte Cimento branco
G.3
7.5
G.5
Soleira em cimento liso, com aditivo impermeabilizante
G.1
8
H
8.1
H.1
8.2
H.2
8.3
H.3
9
I
9.1
I.1
Quadro de distribuição p/ 04 disjuntores
9.2
I.2
Disjuntor term. 1P-15A
I.1
9.3
I.3
Disjuntor term. 1P-20A
I.1
9.4
I.4
Disjuntor term. 1P-30A
I.1
9.5
I.5
Ponto de luz com eletroduto de PVC
I.1
PAREDES
Alvenaria tijolo cerâmico a cutelo c/ argamassa 1:4
B.9
SUPRAESTRUTURA
COBERTURA
Estrutura em madeira
Cobertura em telha cerâmica encaliçamento Beirais com
argamassa 1:3
Cumeeira cerâmica regional incluindo encaliçamento com
argamassa 1:3
D.2
E.2
E.3
REVESTIMENTO
E.4 E C.1
PISO
ESQUADRIAS
Porta de ferro, de abrir, barra chata c/ esquadro e guarnição
Janela de corre em chapa de aço, c/ 04 folhas p/ vidro, c/
divisa horizontal, c/ vidro
Portas de madeira compensada lisa p/ pintura (0,80 x 2,10
m) incluso aduela 2A alisar 2A e dobradiça
C.1 E G.2
C.1 E G.2
C.1 E G.2
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS
C.1 E G.2
45
9.6
I.6
Ponto de tomada
I.1
9.7
I.7
Ponto de interruptor
I.1
9.8
I.8
Ponto de telefone e antena
I.1
10
J
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
10.1
J.1
Ponto de água fria com tubo de PVC e conexões
C.1 E G.2
10.2
J.2
Ponto de esgoto com tubo de PVC e conexões, série normal
C.1 E G.2
10.3
J.3
Fossa
J.2
10.4
J.4
Sumidouro
J.2
10.5
J.5
Caixa sifonada – 100 x 100 x 50
J.2
10.6
J.6
Cx. d'água – 500 litros
J.1
11
K
11.1
K.1
Estrutura (entarugamento) em madeira p/ forro PVC
11.2
K.2
Forro PVC placas c/ largura 10 cm espessura = 8 mm
12
L
12.1
L.1
12.2
L.2
12.3
L.3
12.4
L.4
Tanque mármore 22l c/válvula plástica, sifão e torneira
J.1 J.2
12.5
L.5
Kit p/ banheiro
J.1 J.2
13
M
PINTURA
13.1
M.1
13.2
M.2
13.3
M.3
14
N
14.1
N.1
FORRO
C.1, F5 E G2
K.1
APARELHOS E ACESSÓRIOS
Lavatório (louças branca), s /coluna, c/ válvula, sifão e
torneira e engate)
Vaso sanitário, louça c/ cx. descarga acoplada, assento
plástico e rabicho.
Pia marmorite 1,20 m x 0,50 m, cuba (válvula, sifão e
torneira e engate)
Pintura látex Acrílica, ambiente interno/externa, 2 demãos
Pintura esmalte sintético, 2 demãos incluindo 1 demão de
zarcão
Esmalte acetinado, 2 demãos, madeira incluso fundo
nivelador branco
J.1 J.2
J.1 J.2
J.1 J.2
F.3 F.4
F.3 F.4
H.1 E H.2
LIMPEZA
Limpeza de obra
M.3
Fonte: Autoras (2013).
3.3.5. Lançamento no MS Project
Depois de encontrar todas as atividades para execução de uma unidade
habitacional, os tempos através do TCPO e as atividades com suas precedências, o
próximo passo foi lançar todos os dados encontrados no software, que utiliza os
princípios da redes PERT/CPM, conhecido como o MS Project. Inicialmente, foram
lançadas todas as suas tarefas e subtarefas, e o passo seguinte foi determinar o
tempo de cada subtarefa, que foi obtida através de dias. Lançando esses tempos, o
MS Project dará o início e término de cada subtarefa a partir da data inicial do projeto.
Sendo definidas as datas de início e fim de cada atividade, realiza-se a
46
interdependência entre elas, e com isso o Ms Project mostrou que o tempo de
execução de uma unidade habitacional é de 36 dias efetivos (Anexo 04, Lançamento
das atividades no MS Project – Gráfico de Grantt). Realizada essa etapa, o software
reconhece
as
atividades
críticas
do
projeto,
tornando
assim
possível
o
desenvolvimento de uma unidade habitacional dentro dos prazos ideais.
3.3.6. Caminho crítico
Através do software MS Project, foram encontradas as atividades que devem
ser concluídas exatamente no dia programado de finalização, de modo que não
comprometam a data final do projeto (Anexo 05 – Tarefas críticas geradas no MS
Project). Caso uma tarefa crítica sofra um atraso, a data de conclusão do projeto
sofrerá esse impacto e, consequentemente, o projeto será atrasado. Seguem abaixo
todos os serviços classificados como críticos com os seus respectivos dias de início e
término:
Tabela 06. Caminho crítico dos serviços iniciais.
6.1. CAMINHO CRÍTICO DOS SERVIÇOS INICIAIS
SERVIÇOS
ITEM
Início
Término
1
Limpeza do terreno
03/06/2013
03/06/2013
2
Locação da obra
03/06/2013
04/06/2013
Fonte: Software MS Project 2010.
Tabela 07. Caminho crítico da fundação.
6.2. CAMINHO CRÍTICO DA FUNDAÇÃO
SERVIÇOS
ITEM
Início
Término
1
Escavação manual de valas
04/06/2013
05/06/2013
2
Forma de madeira
05/06/2013
06/06/2013
3
Calçada de proteção em concreto 1:3:5 (FCK= 12 MPA)
06/06/2013
12/06/2013
4
Desforma
12/06/2013
13/06/2013
5
Impermeabilização do baldrame com tinta betuminosa
em 02 demãos
13/06/2013
13/06/2013
47
6
7
Aterro compactado entre baldrames
13/06/2013
Concreto Magro, Transporte, Lançamento, e Outros
13/06/2013
7CM
Fonte: Fonte: Software MS Project 2010.
13/06/2013
24/06/2013
Tabela 08. Caminho crítico das paredes.
6.3. CAMINHO CRÍTICO DAS PAREDES
SERVIÇOS
ITEM
1
Alvenaria tijolo cerâmico a cutelo c/ argamassa 1:4
Início
Término
24/06/2013
24/06/2013
Fonte: Fonte: Software MS Project 2010.
Tabela 09. Caminho crítico da supraestrutura.
6.4. CAMINHO CRÍTICO DA SUPRAESTRUTURA
SERVIÇOS
ITEM
1
2
Verga/contraverga concreto-armado
Início
Término
24/06/2013
24/06/2013
Cinta amarração concreto armado, 20 Mpa, com forma,
24/06/2013
desforma e lançamento
Fonte: Software MS Project 2010.
24/06/2013
Tabela 10. Caminho crítico da cobertura.
6.5. CAMINHO CRÍTICO DA COBERTURA
SERVIÇOS
ITEM
1
2
3
Estrutura em madeira
Início
Término
24/06/2013
01/07/2013
Cobertura em telha cerâmica encaliçamento Beirais
01/07/2013
com argamassa 1:3
Cumeeira cerâmica regional incluso encaliçamento
04/07/2013
com argamassa 1:3
Fonte: Software MS Project 2010.
04/07/2013
04/07/2013
Tabela 11. Caminho crítico do revestimento.
6.6 CAMINHO CRÍTICO DO REVESTIMENTO
SERVIÇOS
ITEM
Início
Término
1
Chapisco interno / externo
04/07/2013
08/07/2013
2
Emboço Paulista
08/07/2013
09/07/2013
3
Reboco paulista (massa única) – externo
09/07/2013
11/07/2013
Fonte: Software MS Project 2010.
48
Tabela 12. Caminho crítico do piso.
6.7. CAMINHO CRÍTICO DO PISO
SERVIÇOS
ITEM
1
2
Início
Regularização de piso/base em argamassa (cimento:
11/07/2013
areia) 1:5 espessura 2,5 cm
Piso Cerâmico PEI 4, 30 x 30 cm com argamassa
11/07/2013
colante
Fonte: Software MS Project 2010.
Término
11/07/2013
17/07/2013
Tabela 13. Caminho crítico das esquadrias.
6.8. CAMINHO CRÍTICO DAS ESQUADRIAS
SERVIÇOS
ITEM
1
Início
Porta de ferro, de abrir, barra chata c/ esquadro e
17/07/2013
guarnição
Fonte: Software MS Project 2010.
Término
17/07/2013
Tabela 14. Caminho crítico da pintura.
6.9. CAMINHO CRÍTICO DA PINTURA
SERVIÇOS
ITEM
1
Início
Esmalte acetinado, 2 demãos, madeira incluindo fundo
17/07/2013
nivelador branco
Fonte: Software MS Project 2010.
Término
18/07/2013
Tabela 15: Caminho crítico da limpeza.
6.10. CAMINHO CRÍTICO DA LIMPEZA FINAL
SERVIÇOS
ITEM
1
Limpeza de obra
Início
Término
18/07/2013
22/07/2013
Fonte: Software MS Project 2010.
Com base nesse estudo de caso, pretende-se demonstrar para as entidades
organizadoras que a técnica PERT/CPM através do software MS Project é uma
ferramenta de extrema importância para o segmento da construção civil, podendo vir
a ser utilizada para proporcionar grandes vantagens, como o cumprimento do prazo
de entrega das obras, custos diretos e indiretos, entre outros.
49
A técnica do CPM, conhecida como as atividades que residem no caminho
crítico, são denominadas atividades críticas e são aquelas que necessitam ser mais
bem gerenciadas, sob o risco de comprometer o prazo do projeto, e para permitir uma
visualização do caminho crítico utilizou-se uma ferramenta bastante importante do MS
Project, que é o gráfico de Grantt, o qual possibilita a visualização do caminho crítico,
conforme Anexo 06, Caminho Crítico no Ms Project – Gráfico de Grantt.
A técnica PERT é um instrumento gráfico de gestão que facilita a programação
e controle de projetos, sendo um tipo específico de diagrama de redes para projetos,
relacionando entre elas as suas dependências. Com os dados lançados, o MS Project
gerou o diagrama de redes, conforme Anexo 07, Diagrama de Redes do
Empreendimento.
O estudo de caso foi realizado através da análise de uma unidade habitacional,
vindo atribuir vantagem para as entidades organizadoras, a fim de informar que as
assistências técnicas devem ser capacitadas e que existem sim formas de acrescentar
melhor desempenho às entidades em relação ao agente operacional.
50
4.
RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÕES
No presente estudo, abordou-se o grande problema nacional que é a falta de
moradia própria, que hoje vem sendo minimizada através do Programa Minha Casa
Minha Vida, do Governo Federal, o qual vem dando oportunidade a pessoas de baixa
renda de adquirir seus imóveis através de entidades organizadoras.
A dificuldade de execução desse Projeto de Habitação está sendo encontrada
pelas entidades organizadoras que não têm assistências técnicas comprometidas com
as mesmas, o que ocasiona o problema na hora de entregarem os empreendimentos,
como é chamada a construção de 50 unidades habitacionais.
O objetivo deste trabalho foi determinar o tempo de execução de uma unidade
habitacional através da técnica PERT/CPM, para mostrar às entidades organizadoras
que é possível desenvolver o empreendimento em tempo menor que o estabelecido
pelo agente operacional. No estudo de caso, foram descritas todas as etapas para a
construção de uma UH com seus respectivos tempos. Nesse caso, esses tempos são
equivalentes aos dados contidos no TCPO que considerou apenas um profissional e
um ajudante, e também empregou o memorial de cálculo para chegar ao tempo de
113, 2 dias para a conclusão de uma UH.
Foi encontrado um tempo de execução muito alto, no qual, para concluir um
empreendimento no prazo de 12 meses estipulados pelo agente operacional, deve-se
ter uma grande quantidade de equipes, o que se tornaria um transtorno alto às EO,
correndo-se o risco de este prazo não ser cumprido. Contudo, para a redução do
tempo de execução, identificou-se a necessidade de aumentar a equipe para 2
profissionais da área e 2 ajudantes, assim reduzindo o tempo de execução desta UH
para 56,6 dias.
Já com esses resultados alcançados, recomenda-se que as entidades
organizadoras conheçam o processo de construção das UH do início ao fim, e também
identifiquem as atividades existentes e suas respectivas durações, tendo sido
encontrados os dados através do TCPO, podendo também ter sido encontrados pelas
EO em tempo real de sua execução em campo ou fazendo uma casa protótipo.
Das informações obtidas pelos profissionais que já executam esse projeto,
vistoriam e acompanham a evolução do empreendimento, obtiveram-se dados
importantes para tomada de decisão das EO, já que, a partir dessa análise, observou-
51
se que há etapas ocorrendo no mesmo tempo, podendo-se assim reduzir o tempo de
execução da UH. Portanto deve-se valer da técnica PERT/CPM através do software
MS Project, para definir as vinculações entre as atividades.
Através da análise feita no MS Project, o tempo de execução de uma UH
diminui para 36 dias, pois houve essa redução de tempo quando foram lançadas as
informações no software e feitas as vinculações entre as tarefas, segundo as quais
uma tarefa depende da outra para ser executada ou até mesmo duas atividades
podem ser realizadas ao mesmo tempo. Com isso surge a proposta para a execução
de um empreendimento (50 unidades habitacionais) sendo necessárias 10 equipes
trabalhando 40 h de segunda a sexta-feira, sendo 8 h diárias. Assim, o
empreendimento será entregue em oito meses, superando as expectativas do seu
agente operacional, conseguindo cumprir com seu tempo de execução.
O MS Project é um software muito inteligente, pois, colocando-se as
informações certas, ele calcula e controla a programação, os custos e os outros
elementos do projeto através de um planejamento. Com isso, também foi identificado
o caminho crítico na execução de uma unidade habitacional, mostrando as atividades
que não podem sofrer atraso, o que possibilitará às entidades organizadoras
programar-se com material e mão-de-obra, tendo em vista não deixarem essas
atividades atrasarem, pois o atraso de uma dessas atividades influencia em todo o
processo de construção e, assim, interfere no seu prazo de entrega.
Tais atividades podem ser aceleradas de forma a antecipar a conclusão de
execução das mesmas, com o intuito de evitar possíveis atrasos, porém, para
qualquer atividade desenvolvida fora do descrito, gera-se custo, investimento para
desenvolver qualquer técnica que venha agregar valor ao empreendimento. Tais
investimentos são deixados como sugestões futuras, pois se faz necessário um
estudo de viabilidade, para que tal ação não venha acarretar custos indesejados,
enquanto que, com estudo e análise, a atividade a ser acelerada terá custo
equivalente ao resultado esperado.
Através das sugestões dadas, espera-se que as entidades organizadoras
repensem suas assistências técnicas, que muitas vezes só querem tirar proveito e
acabam levando as entidades a perder sua credibilidade junto ao agente operador,
pois não basta apenas aprovar um projeto, mas também executá-lo através das
normas que são determinadas pelo agente operacional.
52
As assistências técnicas são responsáveis pela execução da obra, por prestar
assistência a todas as pessoas que estiverem participando da construção das
unidades habitacionais, orientando-as tecnicamente, ajudando as entidades a
minimizar falhas, desperdício de material e tempo.
Para finalizar, como sugestões para trabalhos futuros sobre este estudo de
caso, seguem os tópicos abaixo:
- distribuição de recursos humanos e equipamentos;
- estudo de simulações para avaliar prazos e custos;
- visualização de longo prazo do empreendimento;
- localização de gargalos em processos próprios da obra ou que envolva terceiros;
- coordenação dos esforços logísticos;
- administração do volume de trabalho dos colaboradores;
- visualização simples da evolução do empreendimento;
- coordenação de múltiplos projetos.
Todos esses itens foram de suma importância para o gerenciamento dos
projetos, com a eficácia para o controle de todos os operários e suprimentos
necessários para execução do projeto.
53
REFERÊNCIAS
BRANCO, Marcelo Gil Castela; GUIMARAES, Iran Farias. Convenção Coletiva de
Trabalho 2013/2014. Sindicato da Industria da Construção do estado do Pará.
Belém – Pará, 2013.; Disponível em: http://www3.mte.gov.br/sistemas/medidor/.
Acesso em: 16.10.2013.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Programa Nacional de habitação Rural – Manual
do programa: Apresentação de Proposta. Fev. 2012 Disponível em:
<http://www.caixa.gov.br/habitacao/mcmv/habitacao_urbana/pp_const_mov_soc/con
strucao_civil/index.asp>. Acesso em: 26.02.13.
CHATFIELD, Carl; JOHNSON, Timothy. Microsoft Project 2010: passo a passo.
Tradução: Altair Dias Caldas de Moraes; revisão técnica: Luciana Monteiro Michel.
Porto Alegre: Bookman, 2012. 474 p.
ENERGIA ELÉTRICA & CIA LTDA. Programa Nacional de Habitação Rural –
PNHR, Unidades Pulverizadas. Caderno de Engenharia, Empreendimento: Monte
Santo – I, Dilma Presidenta – I, Lula Presidente, Zé Geraldo e Luziane Cravo, 2013.
GIAMMUSSO, S. E. Orçamento e Custos na Construção Civil. São Paulo: Pini,
1988. 180 p.
MARTINICH, J. S. Produção e Gestão de Operações: Uma Abordagem Moderna
Aplicada. New York: Wiley, 1997. 944 p.
PEGDEN, C. D. et al. Introduction to simulation using SIMAN. NY: McGraw-Hill,
2nd ed, 1990. 615 p.
PRADO, Darci Santos do. PERT/CPM. Belo Horizonte: INDG Tecnologia e Serviços
Ltda., 2004. 174 p.:il (Série Gerência de Projetos – Volume 4)
SINDUSCON. Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará.
Disponível em: <http://www.sindusconsp.com.br>. Acesso em 19.03.3013.
SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da
Produção. Tradução Henrique Luiz Corrêa. – 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2009.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Planejamento e controle da produção. São Paulo: Atlas,
2000.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Planejamento e controle da produção: teoria e prática.
São Paulo: Atlas, 2007.
TURNER, Stephen. A teoria social de práticas. Chicago: University of Chicago
Press, 1994. 622 p.
54
APÊNDICE
APÊNDICE 01 – Fotos estudo de caso, visita técnica.
Foto 01
Foto 02
55
Foto 03
Foto 04
56
Foto 05
Foto 06
57
Foto 07
Foto 08
58
Foto 09
Foto 10
59
Foto 11
Foto 12
60
Foto 13
61
ANEXO
62
63
ITEM
ANEXO 02 - MEMORIAL DE CÁLCULO: LEVANTAMENTO QUANTITATIVO
DESCRIÇÃO
VALOR
1.0
SERVIÇOS INICIAIS
1.1
LIMPEZA DO TERRENO
L X C = 7,5m x 8,0 m
1.2
2.0
FUNDAÇÕES
2.1
ALICERCE (CONCRETO CICLÓPICO)
PERÍMETRO = (7,44 + 7,44 + 6,42 + 6,00+ 6,00 + 2,82+ 2,00 + 1,50)
(39,62 x 0,25 x 0,40)
m
m³
23,77
m²
1,78
m³
23,77
m²
29,71
m³
11,08
m³
124,34
m²
0,53
m³
0,07
m³
0,08
m³
0,05
m³
ATERRO COMPACTADO
(36,94 + 0,30)
3.0
PAREDES
3.1
ALVENARIA DE TIJOLOS
(39,62 x 2,65) + (7,44 x 1,30) x 2
4.0
SUPRAESTRUTURA
4.1
CINTA DE AMARAÇÃO
(39,62 x 0,09 x 0,15)
4.1
39,62
3,96
IMPERMEABILIZAÇÃO DE BALDRAME
((39,62 x 0,30 ) x 2) + (39,62 x 0,15)
2.6
m²
DESFORMA
(39,62 x 0,30 ) x 2
2.5
41,64
BALDRAME (CONCRETO CICLÓPICO)
(39,62 x 0,30 x 0,15)
2.4
m²
FORMA P/ BALDRAME
(39,62 x 0,30 ) x 2
2.3
60,00
LOCAÇÃO DA OBRA
(6,42 x 6,00) + (1,02 x 3,06)
2.2
UNID
VERGA/CONTRA VERGA
PORTAS - (0,80 + 0,30) x 5,0 x 0,09 x 0,15
JANELA - 1,20 x 1,00 m - (verga + contra verga)
(1,20 + 0,30) x 2,00 x 2,00 x 0,09 x 0,15)
JANELA - 1,50 x 1,00 m - (verga + contra verga)
(1,50 + 0,30) x 2,00 x 0,09 x 0,15
64
0,2
m³
ÁREA TOTAL = (7,62 x 7,20) + (4,26 x 1,02)+ (3x 0,9)
61,90
m²
5.1
ESTRUTURA DE MADEIRA
61,90
m²
5.3
COBERTURA C/ TELHA CERÂMICA
61,90
m²
5.4
CUMEEIRA
7,20
m
6.0
ESQUADRIAS
6.1
PORTA EM MADEIRA (0,80 x 2,10)
3,00
unid.
6.2
JANELA EM CHAPA DE AÇO DOBRADO (1,50 x 1,00)
1,00
unid.
6.3
JANELA EM CHAPA DE AÇO DOBRADO (1,20 x 1,00) x 2
2,00
unid.
6.4
PORTA EM CHAPA DE AÇO DOBRADO (0,80 x 2,10)
3,36
m²
7.0
REVESTIMENTO
7.1
CHAPISCO INTERNO/EXTERNO
241,20
m²
(7,44 + 7,44 + 6,42 + 6,42 +6,0 + 6,0 + 2,82 + 2,82 + 2,0 + 2,0 +1,5 + 1,5)
52,36
m
(52,36 x 2,80) + (7,44 x 1,30) - (10,50 + 6,18)
139,60
m²
BANHEIRO (2,0 + 2,0 + 1,5 + 1,50) x 1,5
10,50
m²
TANQUE (2,04 x 1,50)
3,06
m²
PIA (1,62 + 2,50) x 1,50
6,18
m²
TOTAL
19,74
m²
(7,44 + 6,42 +6,0 + 6,0 + 1,02)
26,88
m
((26,88 x 2,80) + (7,44 x 1,30)) - 3,06
81,86
m²
JANELAS + PORTAS
5.0
COBERTURA
((39,62 x 2,80) + (7,44 x 1,30)) x 2
7.2
REBOCO INTERNO
PERÍMETRO INTERNO:
7.3
7.4
EMBOLÇO
REBOCO EXTERNO
PERÍMETRO EXTERNO:
65
7.5
REVESTIMENTO CERÂMICO
BANHEIRO (2,0 + 2,0 + 1,5 + 1,50) x 1,5
10,50
m²
TANQUE (2,04 x 1,50)
3,06
m²
PIA (1,62 + 2,50) x 1,50
6,18
m²
TOTAL
19,74
m²
BANHEIRO (2,0 x 1,65 )
3,30
m²
8.1
ESTRUTURA
3,30
m²
8.2
FORRO EM PVC
3,30
m²
9.0
PINTURA
9.1
PINTURA INTERNA
139,06
m²
82,41
m²
8,52
m²
10,08
m²
36,94
m²
36,94
m²
15,54
m²
36,94
m²
2,55
m²
8.0
FORRO
(52,36 x 2,80) + (7,44 x 1,30) - (10,50 + 6,18)
9.2
PINTURA EXTERNA
((26,88 x 2,80) + (7,44 x 1,30)) - 2,52
9.3
PINTURA EM ESMALTE SINTÉTICO (EM JANELAS DE AÇO)
((1,20 + 1,20 + 1,50) x 1,00) x 2 - 6 + (0,80 x 2,10) x 2 x 2
9.4
PINTURA EM ESMALTE (EM PORTA DE MADEIRA)
((0,80 x 2,10) x 3) x 2
10
10.1
PISOS
CAMADA IMPERMEABILIZADORA EM CONCRETO e = 5,0 cm
(8,46 + 8,62 + 14,32 + 2,54 + 3,00)
10.2
REGULARIZAÇÃO DE PISO e = 2,0 cm
(8,46 + 8,62 + 14,32 + 2,54 + 3,00)
10.3
CALÇADA DE PRETEÇÃO
(7,44 + 6,42 + 6,0 + 6,0 + 1,02) x 0,5 + (3,0 x 0,7)
10.4
PISO CERÂMICO
(8,46 + 8,62 + 14,32 + 2,54 + 3,00)
10.1
10.1.1
SOLEIRA/RODAPÉ
SOLEIRA (PORTAS EXTERNAS)
(0,85 x 3)
66
10.1.1
RODAPÉ CERÂMICO (Perímetro interno = 52,36 m)
41,24
52,36 - (1,62 + 2,50 + 1,50 + 1,50 + 2,00 + 2,00)
m²
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – NÚMERO DE PONTOS
LUZ
TETO
ARANDELA
INTERRUPT
TOMADA
ANTENA
TELEFONE
1
1
Sala
1
1
2
Dormitório 1
1
1
2
Dormitório
2
1
1
2
Banheiro
Social
1
1
1
Cozinha
1
1
4
Area de
Serviço
1
1
1
1
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – NÚMERO DE PONTOS
AMBIENTE
ÁREA PRIVATIVA
ÁREA PRIVATIVA
AMBIENTE
ÁGUA FRIA
ESGOTO
3
3
Cozinha
1
1
Área de
Serviço
2
2
Banheiro
Social
Banheiro
Suíte
Quintal
67
LOUÇAS E METAIS
Bancada
Material
Marmorite
Dimensões - C x L (cm)
120,00 cm x 50,00cm
Material
Marmorite
Dimensões - C x L x Prof. (cm)
33,00 x 30,00
Cuba
1
Pia de cozinha
Válvula
Metais
Sifão
Torneira
Bancada
2
Lavatório de
banheiro
Material
PVC
Marcas
Herc; Amanco; Tigre
Material
Tubo PVC
Marcas
Herc; Amanco; Tigre
Marcas
Herc; Amanco; Tigre
Material
Não tem
Dimensões - C x L (cm)
Não tem
Tipo
Pequeno
Material
Louça
Marcas
Aliança; Luzarte
Cuba ou
lavatório
MARCA
3
Vaso sanitário
Bacia e caixa acoplada
Aliança; Luzarte
Material
Marmorite
Dimensões - Volume (litros)
22 L
Tanque
4
Tanque de
lavar roupa
Material
PVC
Marcas
Herc, Amanco; Tigre
Material
Tubo PVC
Marcas
Herc, Amanco; Tigre
Marcas
Herc, Amanco; Tigre
Válvula
Metais
Sifão
Torneira
68
ANEXO 03 – MEMORIAL DE CÁLCULO: LEVANTAMENTO DE TEMPO
CASA
ITEM CÓDIGO
TCPO
FUNÇÃO
CÓDIGO
SERVENTE
02230.8.3.1
15,00
1,9
0,9
CARPINTEIRO 02595.8.1.1
5,41
0,7
0,3
NOME DA TAREFA
UND QUANT TEMPO UND
TEMPO
EM
MÃO DE
DIAS OBRA - 2
8
OPERARIOS
HS/DIA
TEMPO
TOTAL
HORAS
1.0
A
SERVIÇOS INICIAIS
1.1
A.1
Limpeza do terreno
M²
60
0,25
H
1.2
A.2
Locação da obra
M²
41,64
0,13
H
2.0
B
2.1
B.1
Escavação manual de valas
M³
3,96
3,2
H
SERVENTE
02315.8.2
12,67
1,6
0,8
2.2
B.2
Alicerce corrido concreto ciclópico
M³
3,96
2,7
H
PEDREIRO
03310.8.2.43
03310.8.13.1
10,69
1,3
0,7
2.3
B.3
Forma de madeira
M²
23,77
0,806
H
CARPINTEIRO
03110.8.1
19,16
2,4
1,2
2.4
B.4
Calçada de proteção em concreto 1:3:5
(FCK= 12 MPA)
M²
15,54
0,5
H
CALCETEIRO
02780.8.1.2
7,77
1,0
0,5
2.5
B.5
Baldrame: preparo mecânico e
lançamento manual de concreto
ciclópico
M³
1,78
0,66
H
PEDREIRO
04211.8.2
1,17
0,1
0,1
2.6
B.6
Desforma
M²
23,77
0,346
H
CARPINTEIRO
03110.8.1
8,22
1,0
0,5
2.7
B.7
Impermeabilização do baldame com
tinta betuminosa em 02 demãos
M²
29,71
0,1
H
PEDREIRO
07165.8.5.1
2,97
0,4
0,2
FUNDAÇÕES
69
2.8
B.8
Aterro compactado entre baldrames
M³
11,08
0,35
H
PEDREIRO
02315.8.7.1
3,88
0,5
0,2
2.9
B.9
Concreto Magro, Transporte,
Lançamento, e Outros 7CM
M³
36,94
2,7
H
PEDREIRO
03310.8.2.43
03310.8.13.1
99,74
12,5
6,2
3.0
C
3.1
C.1
M²
124,34
0,113
H
PEDREIRO
04033.8.3
14,05
1,8
0,9
4.0
D
4.1
D.1
Verga/contraverda concreto-armado
M³
0,2
0,4
H
PEDREIRO
04085.8.4
0,08
0,0
0,0
4.2
D.2
Cinta amarração concreto armado, 20
Mpa, c/forma de desforma e
lançamento
M³
0,53
0,4
H
PEDREIRO
04085.8.4
0,21
0,0
0,0
5.0
E
5.1
E.1
Estrutura em madeira imunizada
M²
61,9
1,2
H
AJUDANTE
06110.8.1.4
74,28
9,3
4,6
5.2
E.2
Cobertura em telha cerâmica
encaliçamento, Beirais com argamassa
1:3
M²
61,9
0,75
H
TELHADISTA
07320.8.3
46,43
5,8
2,9
5.3
E.3
Cumeeira cerâmica regional incluindo
encaliçamento com argamassa 1:3
ML
7,2
0,8
H
TELHADISTA
07320.8.11
5,76
0,7
0,4
6.0
F
6.1
F.1
M²
241,2
0,1
H
PEDREIRO
09705.8.12.4
24,12
3,0
1,5
PAREDES
Alvenaria tijolo cerâmico a cutelo c/
argamassa 1:4
SUPRAESTRUTURA
COBERTURA
REVESTIMENTO
Chapisco interno / externo
70
6.2
F.2
Emboço Paulista
M²
19,74
0,6
H
PEDREIRO
09705.8.2.2
11,84
1,5
0,7
6.3
F.3
Reboco/emboço paulista (massa única) interno
M²
139,6
0,5
H
PEDREIRO
09705.8.3.8
69,80
8,7
4,4
6.4
F.4
Reboco/emboço paulista (massa única) externo
M²
81,86
0,5
H
PEDREIRO
09705.8.3.8
40,93
5,1
2,6
6.5
F.5
Revestimento Cerâmico 20 x 20 c/
argamassa. Colante
M²
19,74
0,4
H
LADRILHISTA
09706.8.3.1
7,90
1,0
0,5
6.6
F.6
Rejunte Cimento branco
M²
19,74
0,25
H
AZULEJISTA
09706.8.5.1
4,94
0,6
0,3
7.0
G
7.1
G.1
Regularização de piso/base em
argamassa (cimento: areia) 1:5
espessura 2,5 cm
M²
36,94
0,1
H
PEDREIRO
09605.8.3.1
3,69
0,5
0,2
7.2
G.2
Piso Cerâmico PEI 4, 30 x 30 cm com
argamassa colante
M²
36,94
1,5
H
LADRILHISTA
09606.8.2.1
55,41
6,9
3,5
7.3
G.3
Rodapé cerâmico
ML
41,24
0,8
H
LADRILHISTA
09606.8.4.2
32,99
4,1
2,1
7.4
G.4
Rejunte Cimento branco
M²
36,94
0,25
H
AZULEJISTA
09706.8.5.1
9,24
1,2
0,6
7.5
G.5
Soleira em cimento liso, com aditivo
impermeabilizante
ML
2,55
0,0375
H
SERVENTE
09635.8.14
0,10
0,0
0,0
8.0
H
8.1
H.1
M²
3,36
3
H
PEDREIRO
08110.8.4.1
10,08
1,3
0,6
PISO
ESQUADRIAS
Porta de ferro, de abrir, barra chata c/
esquadro e guarnição
71
8.2
H.2
Janela de corre em chapa de aço, c/ 04
folhas p/ vidro, c/ divisa horizontal, c/
vidro
UND
3
2
H
8.3
H.3
Portas de madeira compensada lisa p/
pintura (0,80 x 2,10 m) incluso aduela 2A UND
alisar 2A e dobradiça
3
3,75
9.0
I
INSTALAÇOES ELÉTRICA E TELEFONICAS
9.1
I.1
Quadro de distribuição p/ 04 disjuntores
UND
1
9.2
I.2
Disjuntor term. 1P-15A
UND
9.3
I.3
Disjuntor term. 1P-20A
9.4
I.4
9.5
PEDREIRO
08520.8.2.6
6,00
0,8
0,4
H
CARPINTEIRO 08210.8.2.1
11,25
1,4
0,7
1
H
ELETRICISTA
16139.8.1.1
1,00
0,1
0,1
1
0,3
H
ELETRICISTA
16141.8.2
0,30
0,0
0,0
UND
2
0,3
H
ELETRICISTA
16141.8.2
0,60
0,1
0,0
Disjuntor term. 1P-30A
UND
1
0,3
H
ELETRICISTA
16141.8.2
0,30
0,0
0,0
I.5
Ponto de luz com eletroduto de PVC
PTO
7
4
H
ELETRICISTA 16132.8.18.1
28,00
3,5
1,8
9.6
I.6
Ponto de tomada
PTO
12
3,5
H
ELETRICISTA 16143.8.11.1
42,00
5,3
2,6
9.7
I.7
Ponto de interruptor
PTO
6
3,5
H
ELETRICISTA 16143.8.12.1
21,00
2,6
1,3
9.8
I.8
Ponto de telefone e antena
PTO
2
1
H
ELETRICISTA
2,00
0,3
0,1
10.0
J
INSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIAS
16100.8.3.1
72
10.1
J.1
Ponto de água fria com tubo de PVC e
conecções
PTO
6
3
H
ENCANADOR 15142.8.27.1
18,00
2,3
1,1
10.2
J.2
Ponto de esgoto com tubo de PVC e
conecções, série normal
PTO
6
3,5
H
ENCANADOR 15152.8.29.1
21,00
2,6
1,3
10.3
J.3
Fossa
UND
1
2,32
H
PEDREIRO
02630.8.6
2,32
0,3
0,1
10.4
J.4
Sumidouro
UND
1
2,32
H
PEDREIRO
02630.8.6
2,32
0,3
0,1
10.5
J.5
Caixa sifonada - 100 x 100 x 50
UND
1
0,4
H
ENCANADOR
15155.8.1
0,40
0,1
0,0
10.6
J.6
Cx. D'água - 500 litros
UND
1
7,7
H
ENCANADOR
15450.8.2
7,70
1,0
0,5
11.0
K
11.1
K.1
Estrutura (entarugamento) em madeira
p/ forro PVC
M²
3,3
0,75
H
MONTADOR
09500.8.6
2,48
0,3
0,2
11.2
K.2
Forro PVC placas c / largura 10 cm esp
= 8mm
M²
3,3
0,75
H
MONTADOR
09500.8.6
2,48
0,3
0,2
12.0
L
12.1
L.1
Lavatório (louças branca), s /coluna, c/
válvula, sifão e torneira e engate)
UND
1
1,5
H
ENCANADOR 15410.8.12.1
1,50
0,2
0,1
12.2
L.2
Vaso sanitário louça c/ cx. descarga
acoplada, assento plástico e rabicho.
UND
1
2,5
H
ENCANADOR
15410.8.3.2
2,50
0,3
0,2
12.3
L.3
Pia marmorite 1,20 m x 0,50 m, cuba
(válvula, sifão e torneira e engate)
UND
1
1,5
H
ENCANADOR 15410.8.12.1
1,50
0,2
0,1
FORRO
APARELHOS E ACESSORIOS
73
12.4
L.4
Tanque mármore 22l c/válvula plástica,
sifão e torneira.
UND
1
3
H
ENCANADOR 15410.8.24.2
3,00
0,4
0,2
12.5
L.5
Kit p/ banheiro
UND
1
1
H
ENCANADOR
15410.8.7.1
1,00
0,1
0,1
13.0
M
PINTURA
13.1
M.1
Pintura látex Acrílica, ambiente
interno/externa, 2 demãos
M²
221,46
0,4
H
PINTOR
09115.8.11
88,58
11,1
5,5
13.2
M.2
Pintura esmalte sintético, 2 demãos
incluindo 1 demão de zarcão
M²
8,52
0,8
H
PINTOR
09115.8.9.12
6,82
0,9
0,4
13.3
M.3
Esmalte acetinado 2 demãos, madeira
incluso fundo nivelador branco
M²
10,08
0,4
H
PINTOR
09115.8.9.8
4,03
0,5
0,3
14.0
N
14.1
N.1
M²
41,64
0,7
H
SERVENTE
01740.8.1.1
29,15
3,6
1,8
905,75
113,2
56,6
LIMPEZA
Limpeza de obra
TOTAL
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
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PLANO DE TRABALHO