INTRODUÇÃO Á SOCIOLOGIA [email protected] BIBLIOGRAFIA LEMOS FILHO,Arnaldo - JUNIOR, José Theodoro, As Ciências Humanas, in Lemos Filho, Arnaldo et alii. Sociologia Geral e do Direito. 5ªedição. Campinas, Ed. Alínea, 2012 LEMOS FILHO, Arnaldo. O surgimento da Sociologia como ciência , idem ibidem COSTA, Cristina, Sociologia, uma introdução à Sociedade. 3ªedição.São Paulo:Ed. Atual, 2006 OLIVEIRA, L. F.-COSTA, R. Sociologia para jovens do século XXI. Rio,2ª edição Ed. Imperial Novo Milenium, 2010 BRYM, Robert et alii. Sociologia, sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Thomson Learning, 2007 SCHAEFER, Richard. Sociologia, 6ª edição. São Paulo: McGraw-Hill, 2006 GIDDENS, Anthony., 4ªedição. Porto Alegre: ArtMed, 2006 BOMENY, Helena e outros. Tempos Modernos, Tempos de Sociologia. Rio, Fundaçãop Getulio Vargas ,2010. [email protected] ‘Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro pôs uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancada. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subiu mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelo outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto, e finalmente, o ultimo dos veteranos foi substituído.Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...” (Texto atribuído a Albert Einstein) [email protected] [email protected] O que a história dos macacos e o vídeo “Ilha das Flores” têm a ver com a Sociologia ? E o que a Sociologia tem a ver comigo ou com a minha vida? [email protected] A Sociologia se debruça sobre fenômenos sociais que nos afetam em nosso dia a dia. Por que a vida em sociedade é como é? Por que uns têm tanto e outros têm pouco? Por que obedecemos ou contestamos? Por que as pessoas se reúnem ou se tornam rivais? O que nos é proibido e o que nos é imposto por obrigação? Por que os governos se organizam de uma forma ou de outra? [email protected] Alguem já disse que a sociologia é a “ciência do obvio” (Nelson Rodrugues) “ A objeção que os membros leigos da sociedade frequentemente fazem aos postulados da sociologia é... que seus “achados” não lhes dizem nada além do que já sabem ou, o que é pior, vestem com linguagem técnica oque é perfeitamente familiar na terminologia de todos os dias” (Anthony Giddens) Em outras palavras, aqueles que criticam a sociologia, segundo Giddens, muitas vezes dizem que ela trata do que todo mundo já sabe em uma linguagem que ninguém entende. A sociologia trata do que todo mundo já sabe. [email protected] Darcy Ribeiro, cientista social, em um texto sobre o obvio, diz que o negocio dos cientistas é mesmo lidar com o obvio.O que a ciência faz é ir tirando os véus, desvendando a realidade, a fim de revelar a obviedade do óbvio. Na realidade, parece ter sentido. Afinal, para que estudar sociologia? Por que estudar a sociedade em que vivemos? Não basta vivê-la? É possível conhecer a sociedade cientificamente? A Sociologia serve para quê? A sociologia nos ajuda a refletir sobre as certeza que temos, põe sob observação nossas opiniões mias arraigadas. Ela modifica nossa percepção sobre o que vivemos em nossa rotina e assim contribui para alterar a maneira de vermos nossa própria vida e o mundo que nos cerca. [email protected] “A maior parte do tempo, o sociólogo aborda aspectos da experiência que lhe são perfeitamente familiares, assim como à maioria dos seus compatriotas e contemporâneos. Estuda grupos , instituições, atividades que os jornais falam todos os dias. Mas as suas investigações comportam outro tipo de paixão da descoberta. Não é a emoção da descoberta de uma realidade familiar mudar de significação aos nossos olhos. A sedução da sociologia provem de ela nos fazer ver sob uma outra luz o mundo da vida cotidiana no qual todos vivemos. Peter Berger [email protected] Século XXI Preocupações da sociologia, enquanto ciência mundo inundado de mudanças, tensões, enormes conflitos e divisões sociais e ataque destrutivo da tecnologia moderna ao ambiente natural. Por que nossas condições de vida são tão diferentes daquelas de nossos pais e avós?? Possibilidades de controlar o nosso destino e moldar nossas vidas muito maiores do que as gerações anteriores. Que direção as mudanças tomarão no futuro? [email protected] porque somos o que somos e porque agimos como agimos? Sociologia aquilo que encaramos como natural, inevitável, bom ou verdadeiro pode não ser bem assim os “dados” de nossas vidas são influenciados por forças sociais e históricas [email protected] abrangência Aprender a pensar sociologica mente desde a análise de encontros ocasionais entre indivíduos na rua até a investigação de processos sociais globais cultivar a imaginação Libertar-se do imediatismo das circunstâncias pessoais e ver as coisas num contexto mais amplo. [email protected] A imaginação sociológica (Wright Mills) Exemplo: considere o simples ato de tomar o café da manhã. No capitalismo, a produção de cada objeto envolve uma complexa rede de trabalho e trabalhadores [email protected] Veja as suas dimensões: O café tem um valor simbólico O café é uma droga O café cria relacionamentos sociais e econômicos Há um processo histórico de desenvolvimento social e econômico O café está ligado à globalização, comercio internacional, direitos humanos e destruição ambiental [email protected] Valor simbólico O café não é somente uma bebida. Ele possui um valor simbólico. às vezes o ritual associado a beber café é muito mais importante do que o ato de consumir a bebida. Considere o seu ritual ao longo do dia nas suas interações sociais. [email protected] Uma droga O café é uma droga por conter cafeína que tem um efeito estimulante sobre o cérebro. Cria dependência mas é uma droga socialmente aceita, ao contrário, por exemplo, da maconha. [email protected] Relacionamentos sociais Um indivíduo que bebe uma xícara de café cria uma trama de relacionamentos sociais que se estendem pelo mundo. O café é uma bebida que conecta as pessoas das mais ricas e das mais pobres: é consumido nos países ricos mas cultivado nos países pobres. [email protected] Relacionamentos econômicos Ao lado do petróleo, o café é uma das mercadorias mais valiosas no comercio internacional. [email protected] Relacionamentos econômicos A produção supõe o plantio, a colheita, a secagem, o transporte e a distribuição que requerem relações contínuas entre pessoas a milhares de quilômetros de distância do consumidor. Colheita e secagem na Fazenda Cabral- Jacui – MG-2009 [email protected] Processo histórico de desenvolvimento social e econômico O ato de beber café pressupõe todo um processo passado de desenvolvimento social e econômico. O café só passou a ser consumido em larga escala a partir dos fins do século XIX. O legado colonial tem tido um impacto enorme no desenvolvimento do comercio mundial do café. [email protected] Processo histórico de desenvolvimento social e econômico No Brasil, no Vale da Paraíba, foi em torno da fazenda, como unidade básica da agricultura mercantil, que se articulou a vida social . A produção do café permaneceu dentro dos moldes coloniais, baseada no trabalho escravo e no plantio de grandes extensões de terra, segundo técnicas agrícolas rudimentares. [email protected] Processo histórico de desenvolvimento social e econômico A expansão da cultura do café pelos “Oestes” paulistas, a partir de 1870, foi um momento fundamental para a formação da sociedade brasileira contemporânea. Provocou a decadência do trabalho escravo e a introdução do trabalho livre. As riquezas acumuladas pelo café, o capital cafeeiro, foram o motor do desenvolvimento capitalista no Brasil [email protected] Globalização,Comercio Internacional, Direitos Humanos e Destruição Ambiental O café é um produto que permanece no centro dos debates contemporâneos sobre a globalização, direitos humanos e destruição ambiental. Passou a ser uma “marca” e foi politizado. Os consumidores podem boicotar o café que vem de paises que violam os direitos humanos e acordos ambientais [email protected] Trigo Sal Fermento Água [email protected] Plantio Trigo Colheita Moagem Comercialização Retirada do mar Sal Processamento Embalagem [email protected] Captação Água Tratamento Distribuição Produção Fermento Comercialização Distribuição [email protected] Equipamentos Máquina para preparar a massa Fabricados em indústrias Forno para assar o pão Matéria prima Fogo Madeira Carvão Tipo de energia Energia elétrica Linhas de transmissão [email protected] Consumidor [email protected] Equivalência Tempo de trabalho Tempo de trabalho Comparação de trabalho humano [email protected] Se para tomar uma café da manhã, há tanta gente envolvida, direta ou indiretamente, você pode imaginar quanto trabalho é necessário para a fabricação de ônibus, bicicleta, automóvel, para a construção da casa em que você vive ou da Universidade onde estuda. [email protected] capacidade de a pessoa poder ver a sua propria sociedade como uma pessoa de fora o faria, em vez de fazê-lo apenas da perspectiva das experiências pessoais e dos preconceitos culturais IMAGINAÇAO SOCIOLÓGICA permite ir além das experiências e observações pessoais para compreender as questões com maior amplitude. é uma ferramenta que nos proporciona poder, pois nos permite olhar para além de uma compreensão limitada do comportamento humano. [email protected] Permite-nos ver que muitos acontecimentos que parecem dizer respeito somente aos indivíduos, na verdade, refletem questões sociais mais amplas. Ex. o divorcio, o desemprego, etc. IMAGINAÇAO SOCIOLÓGICA Embora sejamos influenciados pelo contexto social em que nos encontramos, nenhum de nós está determinado em nosso comportamento por aquele contexto.Possuímos e criamos a nossa própria individualidade. Tente aplicar este tipo de perspectiva à sua própria vida. Use sua imaginação sociológica em relação a uma realidade social. [email protected] A Sociologia é a ciência da sociedade. Como a sociedade era conhecida antes do aparecimento da ciência? Toda ciência é conhecimento Todo conhecimento é um produto histórico Quais foram os fatores históricos que propiciaram o surgimento da sociologia? [email protected] ANTES DO APARECIMENTO DA CIÊNCIA O SURGIMENTO DA CIÊNCIA EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO DA SOCIEDADE AS CARACTERISTICAS DO CONHECIMENTO CIENTIFICO CIÊNCIAS NATURAIS E CIÊNCIAS HUMANAS AS DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS [email protected] Pré-História COSMOCENTRISMO Idade Antiga Idade Media TEOCENTRISMO Idade Moderna ANTROPOCENTRISMO [email protected] Pré-História Mito Imaginação antes da escrita Idade Antiga Filosofia Razão Teologia Fé Do aparecimento da escrita até 476 d. C. Idade Média de 476 d. C. até 1453 Idade Moderna 1453 até ... Revolução Científica Ciências Humanas [email protected] Dados da Realidade ANTES DA FILOSOFIA PRÉ-HISTÓRIA SOCIAL IDADE ANTIGA MITO FILOSOFIA Ascensão da Burguesia Formação do Estado Nacional Descoberta do Novo Mundo (O QUE DEVE SER) IDADE MEDIA TEOLOGIA Revolução Comercial Reforma protestante Revolução Industrial SOCIOCULTURAIS Renascimento SECULOS XVI, XVII PARA FATORES Utopismo DETERMINANTES INTELECTUAIS XVIII Racionalismo Iluminismo Revolução Francesa RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA DEPOIS CIÊNCIA SOCIAL CIÊNCIAS HUMANAS (O QUE É) CIÊNCIAS NATURAIS Aplicação do método cientifico ao conhecimento da sociedade = POSIT IVISMO DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS [email protected] Mito – Pré-História Histórias orais Mito Identidade cultural de um povo Concepção de mundo [email protected] Mito – Pré-História O IMAGINARIO COLETIVO: Quem somos nós? De onde viemos ? Para onde vamos? modelos antropomórficos e divinizados das relações humanas sobre os fenômenos naturais. a idéia da superioridade do homem sobre a mulher, como uma coisa natural e divina. o trabalho como castigo. [email protected] Mito – Pré-História O mito não é um estado de infantilidade da humanidade. O mito é o estado de consciência de um povo sobre si mesmo e sobre a realidade que o circunda Ele se manifesta como verdade , de origem intuitiva, préreflexiva, não havendo comprovações crítica e racionais Não pode ser apresentado como uma primeira forma de “ciência”, por ser de natureza pré-reflexiva. Mas é parte do saber acumulado de um povo, numa determinada época [email protected] Os mitos revelam uma forte carga pedagógica pois as narrativas contem ensinamentos sobre o modo como as pessoas vivem e concebem o mundo O MITO DE PANDORA [email protected] ADÃO E EVA Mito ou Realidade ? [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) FIM DA ORGANIZAÇÃO TRIBAL – ORGANIZAÇÃO DAS CIDADES GREGAS o desenvolvimento do comercio o aparecimento da moeda a utilização da escrita a base econômica assentada no trabalho escravo Isto tudo criou condições para o aparecimento de pessoas ricas e liberadas do trabalho produtivo que podiam dedicarse, “dar-se ao luxo” à cultura letrada. [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) 1. As formas míticas de representação não davam mais conta de “explicar” a complexa teia sócio-política-econômica da vida humana. A BUSCA DA EXPLICAÇÃO DA REALIDADE 2. O avanço dos conhecimentos matemáticos, astronômicos, criando modelos de racionalidade. 3. Nasce a Filosofia – no século V a. C., considerada pelos historiadores como a primeira forma de “ciência” (conhecimento). [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) 1. foi um avanço em termos de de sistematização racional em face do antigo paradigma mítico, A FILOSOFIA GREGA 2. não permitiu, porem, uma verificação empírica, o que tornava as conclusões desprovidas de utilidade prática para o 3. A filosofia grega revela um conteúdo ideológico relativo aos costumes e interesses sociais da época ao refletir o desprezo pelo trabalho manual. 4. A base aristocrática e escravagista do “modus vivendi” das elites helênicas explica o porquê de a “ciência” da época ser voltada para a especulação teórica e não ter desenvolvido a técnica. [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) 1. a filosofia propunha normas para melhorar a sociedade de acordo com seus princípios. A EXPLICAÇÃO DA SOCIEDADE 2. Os estudos sobre a vida social tinham sempre por objetivo propor formas ideais de organização da sociedade mais do que lhe compreender a organização real. 3. Eram normativos (buscavam estabelecer regras e normas) e finalistas (propunham uma finalidade para a organização social). [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) Filosofia Platão (427/347 a.C.) Republica Aristoteles (384/322 a. C.) Política Esses estudos eram fragmentários e o fator político sob o domínio de um interesse puramente ético tinha prioridade sob o fator social [email protected] Teologia – Idade Media 476 a 1453 Desagregação do Império Romano Invasão dos bárbaros SECULO V Fechamento da Europa sobre si mesma Economia de subsistência : os feudos [email protected] IGREJA CATÓLICA a instituição mais bem estruturada no período. Livros e artes reunidos e conservados em mosteiros MONOPÓLIO DO SABER [email protected] Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) A “CIÊNCIA”(conheci mento) tornou-se TEOCÊNTRICA Tudo era interpretado à luz da fé Tudo o que não fosse ligado à fé era falso A Igreja era detentora da verdade [email protected] Noção grega de verdade Noção medieval de verdade Verdade logicoracional Verdade revelada pela fé [email protected] Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) A“ciência”(conhecimento) continua distanciada da técnica e da experimentação As elites (nobreza e clero) levavam vida aristocrática, valorizavam o ócio, desprezavam as atividades práticas. O corpo era desprezado, castigado. A preocupação fundamental era a salvação da alma [email protected] Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) Teologia Santo Agostinho (354/430) A Cidade de Deus : os homens viviam na cidade onde reinava o pecado e deveriam caminhar para a cidade da graça, a cidade de Deus. Santo Tomas de Aquino ( 1227/1274) A Suma Teológica : uma filosofia cristã, chamada filosofia escolástica, que estudava as relações do homem com Deus. [email protected] Tais como os estudos da Antiguidade eram também finalistas e normativos A Revolução Científica – Idade Moderna (1453) Séculos XVI, XVII e XVIII Período de transição da progressiva substituição da concepção finalista e normativa da sociedade para uma representação positiva da vida social [email protected] A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) Antecedentes Crise do sistema feudal (século XII) a estagnação da técnica e da agricultura, a falta de terras produtivas, o excesso de população nos feudos. misticismo religioso [email protected] CRUZADAS A Sociologia não se afirma primeiro como explicação científica e, somente depois, como forma cultural de concepção do mundo. Foi o inverso o que se deu na realidade. Ela nasce e se desenvolve como um dos florescimentos intelectuais mais complicados das situações de existência nas modernas sociedades industriais. Florestan Fernandes [email protected] Transição : Seculos XVI, XVI e XVIII FATORES SOCIOCULTURAUS FLORESTAN FERNANDES FATORES INTELECTUAIS FATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA [email protected] Transição Fatores socio-culturais: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Ascensão da Burguesia Formação do Estado Nacional Descoberta do Novo Mundo Revolução Comercial Reforma Protestante REVOLUÇÃO INDUSTRIAL [email protected] Transição: Fatores Socio-culturais Ascensão da Burguesia Rompimento com a formação social da Idade Media,constituída de sacerdotes, senhores feudais e servos, apresentando um novo quadro social, com a emergência de uma nova classe social. [email protected] Transição: Fatores Socio-culturais Formação do Estado Nacional Pacto da Burguesia com o Rei, quebrando o poder dos senhores feudais com o aparecimento de um poder central [email protected] ESTADO NACIONAL Para se manter unido precisa tem PODER IMPESSOAL EXÉRCITO do Vem dos Para se manter unido É formado por FEUDOS pelo REI NAÇÃO Unidos em torno CULTURA BURGUESES são COMERCIANTES [email protected] Transição: Fatores Socio-culturais Descoberta do Novo Mundo Abertura para uma nova realidade, diferente do mundo europeu, com novos modos de pensar e de organização social. [email protected] Transição : Fatores Socio-culturais Revolução Comercial Formação de grandes potências nacionais, grandes companhias de navegação e desenvolvimento do mercantilismo. [email protected] Transição : Fatores Socio-culturais Reforma Protestante Ruptura da unidade católica do Ocidente, rompendo com a concepção passiva do homem, entregue unicamente aos desígnios divinos [email protected] [email protected] Transição : Fatores Socio-culturais Sec. XVIII Revolução Industrial Desagregação da sociedade feudal consolidação da sociedade capitalista, com mudanças na ordem tecnológica, econômica e social, com um novo modo de produção e novas relações de produção [email protected] Revolução Industrial a produção agrícola destinada ao abastecimento de matérias primas Conseqüências: fluxo migratório para as cidades industriais, expulsão dos camponeses, Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição, alcoolismo, promiscuidade, epidemias, [email protected] Revolução Industrial o aparecimento de uma nova camada social, o operariado, Conseqüências: a consciência de classe, a formação de associações e sindicatos, o enriquecimento da burguesia. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Nos modos de conhecer a natureza e a sociedade Mudanças nas formas de pensar Elaboração de um novo tipo de conhecimento baseado na objetividade e no realismo Separação entre [email protected] fé e razão Transição : Fatores Intelectuais 1. O Renascimento 2. O Utopismo 3. O Racionalismo 4. A Filosofia da História 5. O Iluminismo 6. A REVOLUÇÃO FRANCESA [email protected] Transição : Fatores Intelectuais DO TEOCENTRISMO PARA O ANTROPOCENTRISMO Renasci mento VALORIZAÇÃO DO CORPO VALORIZAÇÃO DO TRABALHO E NÃO DO ÓCIO SUPERAÇÃO DA RELIGIÃO QUE PROMETIA O PARAÍSO NO CÉU (CATOLICISMO) POR OUTRA QUE CONSIDERAVA A RIQUEZA TERRENA UMA BÊNÇÃO (PROTESTANTISMO). [email protected] Transição : Fatores Intelectuais O Renascimento inspirou-se no Humanismo , movimento de artistas e intelectuais que defendia o estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltação do homem. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Utopismo O florescimento de utopias (descrições de sociedades ideais aqui na terra). Exemplo : A Utopia, de Thomas Morus (1478/1535). [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Racionalismo O emprego sistemático da razão, como conseqüência de sua autonomia diante da fé. O Príncipe, de Maquiavel (1469/1527), estudo sobre a origem do poder. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais O Leviatã, de Thomas Hobbes (1588/1679) que sustenta a necessidade de um poder absoluto para manter os homens em sociedade e que impeça que eles se destruam mutuamente. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Novum Organum, de Francis Bacon (1561 - 1626), que apresenta um novo método de conhecimento, baseado na experimentação. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Discurso sobre o método, de Descartes (1596/1650), afirmando que para conhecer a verdade é preciso inicialmente colocarmos todos os nossos conhecimento em dúvida: se eu duvido, eu penso, penso, logo existo. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Filosofia da Historia: A idéia geral de progresso dos filósofos da Historia influiu na concepção que o homem começou a ter do tempo: é o homem que produz a história [email protected] Transição : Fatores Intelectuais SÉCULO XVIII – SÉCULO DAS LUZES Iluminismo OS FILÓSOFOS PRETENDIAM NÃO SOMENTE TRANSFORMAR AS FORMAS DE PENSAMENTO MAS A PRÓPRIA SOCIEDADE AFIRMAVAM QUE À LUZ DA RAZÃO É POSSÍVEL MODIFICAR A ESTRUTURA DA VELHA SOCIEDADE FEUDAL. [email protected] FRONTISPICIO DA ENCICLOPEDIE FRANÇAISE -1772 Foi desenhado por Charles-Nicolas Cochin e ornamentado (engraved) por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: A figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Condorcet (1772/1794) queria aplicar os estudos matemáticos ao estudos dos fenômenos sociais. [email protected] Montesquieu (1689/1755), em O Espírito das Leis, defendia a separação dos poderes do Estado, definia a idéia geral de lei (uma relação necessária que decorre da natureza das coisas) e afirmava que os fenômenos políticos estavam sujeitos às leis naturais, invariáveis [email protected] Transição: Fatores Intelectuais Rousseau (1712/1778), em O Contrato Social, expunha a teoria de que o soberano deve conduzir o Estado segundo a vontade geral de seu povo, tendo em vista o bem comum. [email protected] Adam Smith (1723/1790), em A Riqueza das Nações, criticou o mercantilismo, afirmando que a economia deveria ser dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Revolução Francesa (1789): mudanças na estrutura política. [email protected] novas relações de poder democracia CONSEQÜÊNCIAS liberdade, igualdade, fraternidade. cidadania, poder político à burguesia, Destruição dos fundamentos da sociedade feudal. [email protected] Quadros comparativos: Idade Media e Idade Moderna Em relação ao desenvolvimento econômico DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO FEUDALISMO A produção era restrita aos feudos Produção de excedentes com objetivos de mercado Propriedade : a terra Propriedade : o capital Servo: obrigações Trabalhador livre, mas vende a sua força de trabalho A produção sustentava o senhor feudal e a Igreja Produção com objetivo de lucro O povo vivia no campo Duas classes sociais : senhores e servos Desenvolvimento das cidades Duas classes : burguesia e assalariados [email protected] Em relação à organização política FEUDALISMO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Senhores feudais e Igreja dominavam os servos e camponeses Ausência de Estado e Nações Ausência de teorias políticas As teorias que justificavam o poder do senhor e da Igreja se baseavam na “vontade de DEUS” Surge o Estado Nacional patrocinado pela burguesia Aparecimento das Nações e da figura do Estado Surgem as teorias políticas que sustentavam a idéia de Estado Nacional Baseadas no Iluminismo, as teorias políticas ganham força e se tornam justificações para a existência do Estado e das leis [email protected] Em relação às mentalidades e conhecimento FEUDALISMO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Teocentrismo Antropocentrismo A verdade estava na Bíblia e na autoridade da Igreja A verdade obtida pela razão e pelos métodos científico A religião era tudo. A realidade era explicada pela “vontade de Deus” A realidade explicada a partir do que acontecia na terra entre os homens Qualquer mudança era contrária à “vontade de Deus” O progresso passou a ser o objetivo humano O conhecimento significava contemplar a realidade criada por Deus O conhecimento significava transformar a natureza e dominála. [email protected] FATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA Revolução Comercial, ERA DAS REVOLUÇÕES Revolução Cultural, Revoluções Políticas Revolução Científica [email protected] A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) Ciência A ciência vai aos poucos substituindo a filosofia e a teologia, na explicação dos fenômenos da natureza, constituindo as denominadas ciências naturais A burguesia, um novo modo social de viver, financiava os cientistas para o desenvolvimento da técnica, necessária para o desenvolvimento da economia. [email protected] Revolução Cientifica (séculos XVI e XVII) O processo conhecido como Revolução Cientifica se originou no Renascimento(com Da Vinci, Copérnico e outros) e prosseguiu pelos séculos seguintes, sem que seja possível estabelecer uma data para o seu encerramento.. O que marca a Revolução Cientifica é o uso da razão como meio de alcançar o conhecimento. O fundamento da ciência moderna consiste na afirmação da necessidade de observar todos os fatos e o fenômenos e demonstrar as explicações propostas para eles. Fica excluída qualquer possibilidade de especulação sem um experimento que comprove sua plausibilidade. A ciência moderna se caracteriza como um saber não dogmático, critico, aberto, reformulável, suscetível de correções ou refutações. È um saber universal que utiliza provas (experiências) para que se possam testar resultados. [email protected] Burguesia [email protected] ANTES o saber era desligado das questões práticas e era voltado para a contemplação teórica, AGORA As necessidades econômicas do capitalismo e a valorização do trabalho redirecionaram o conhecimento rumo à técnica [email protected] A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) ANTES o critério da verdade limitava-se à coerência conceitual o saber continha concepções finalistas sobre o mundo AGORA deveria se submeter ao crivo da observação empírica à matematização e à comprovação experimental. o saber passa a ser descritivo e utilitarista. [email protected] ressaltam mais a historicidade do conhecimento (métodos experimentais e técnicos) refletem os valores empiristas OS MÉTODOS CIENTÍFICOS Refletem o modo de pensar (utilitarista) Expressam os interesses (produção e comercio) Dersenvolve uma cultura das novas classes dominantes [email protected] Fatores relativos ao sistema de ciência mudança da sociedade feudal para a sociedade capitalista. As revolu ções reaparecimento das cidades o surgimento das indústrias [email protected] transformações não apenas no mundo natural, mas também nas relações sociais Fatores relativos ao sistema de ciência Consequências das revoluções do Século XVIII Utilizar o método das ciências naturais Crises sociais Desordens sociais Os fenômenos sociais podem ser classificados e medidos [email protected] A CRISE DAS EXPLICAÇÕES RELIGIOSAS O processo de secularização Razão Separada da Fé Anticlericalismo A Igreja como objeto de pesquisa A sacralização da ciência [email protected] GALILEU GALILEI 1564-1642 HELIOCENTRISMO EPPUR SI MUOVE [email protected] FEURBACH Não foi Deus que criou o homem mas o homem que criou Deus 1804-1872 O cristianismo é uma religião de escravos. Deus está morto NIETZSCHE 1844-1900 [email protected] As Ciências Humanas O desenvolvimento da ciência da natureza intervenção nos fatos sociais, necessidade de compreender o que ocorria na sociedade, para controlá-la e modificá-la [email protected] CIÊNCIA NATURAIS CIÊNCIAS HUMANAS [email protected] LINGUÍSTICA HISTÓRIA SOCIOLOGIA ECONOMIA GEOGRAFIA HUMANA PEDAGOGIA HOMEM POLÍTICA ANTROPOLOGIA ADMINISTRAÇÃO PSICOLOGIA DIREITO [email protected] SOCIOLOGIA CIÊNCIAS SOCIAIS ANTROPOLOGIA POLITICA A Sociologia surgiu no processo de formação e desenvolvimento da sociedade capitalista. [email protected] CIÊNCIA SISTEMATIZAÇÃO CONHECIMENTO METÓDO OBJETO [email protected] ESTRUTURAÇÃO CAMINHO REALIDADE CONCRETA adequação do conhecimento à realidade objetiva OBJETIVIDADE CONHE uma pretensão, uma ambição, uma intenção CIMENTO CIENTIFICO NEUTRALIDADE a não interferência dos valores, concepções religiosas e políticas e preconceitos Um mito ? [email protected] A QUESTÃO METODOLÓGICA NAS CIÊNCIAS HUMANAS [email protected] As Ciências Humanas Crise das Ciências Humanas Inadequação do método das ciências naturais Busca de cientificidade Conceito de verdade [email protected] Os resultados das ciências humanas são realmente científicos ou não passam de opiniões particulares dos cientistas? [email protected] Dificuldades Metodológicas das Ciências Humanas Ciências Naturais têm como objeto coisas materiais que são exteriores ao universo humano OBJETO Ciências Humanas têm um objeto que se identifica com o próprio sujeito do conhecimento, o que torna difícil a objetividade. [email protected] Nas Ciências Naturais é relativamente fácil isolar e Ciências delimitar é relativamente seuNaturais objeto de Nas Nas Ciências Naturais conhecimento, relativamente fácil isolar fácil isolar e delimitar seu objeto de delimitar seu objeto conhecimento conhecimento, DELIMITAÇÃO DO OBJETO Para as Ciências Humanas tal recorte é, muitas vezes, inviável, porque os fenômenos humanos são imensamente complexos: não há como separar o psíquico do histórico, o econômico do social, do político, do cultural, etc. [email protected] é e de Nas Ciências Naturais, o controle das interferências ideológicas do cientista é facilitado pela exatidão do método EXATIDÃO DO MÉTODO No campo das Ciências Humanas tal controle é impossível por causa da inserção social do cientista no próprio fenômeno estudado: a sociedade. [email protected] EXPERIMENTA ÇÃO Outra grande dificuldade consiste no problema da experimentação, viável nas Ciências Naturais, que conseguem isolar situações de laboratorio Tal procedimento é inaplicável e, não raras vezes, inútil para as Humanidades porque as reações e motivações das pessoas diante dos eventos da vida social são variáveis, subjetivos, imprevisíveis. [email protected] Há ainda o problema da linguagem científica. As Ciências Naturais se caracterizam pelo rigor e exatidão dos conceitos. LINGUAGEM CIENTÍFICA Entretanto os fenômenos humanos não são redutíveis a quantificações e cálculos em razão de sua forte carga valorativa, simbólica, psíquica, etc. [email protected] DETERMINISMO A busca de causalidades é procedimento típico das Ciências Naturais para explicar os fenômenos da natureza porque estes são regulares, constantes, repetitivos, denotando determinismo. Já os fenômenos complexos e livres. [email protected] humanos são As Ciências Humanas Necessidade da construção de uma metodologia própria. Tendência humanista das ciências humanas As relações humanas passaram a ser concebidas não mais como objeto em si ou como fato, mas sim como um fenômeno dotado de totalidade, complexidade e significado. [email protected] Não é um objeto delimitável, isolável, quantificavel e verificável Fenômeno Humano Mas algo vivo, complexo, histórico e dinâmico [email protected] Fenômeno Humano A noção de verdade se afasta dos ideais gregos e latinos que pressupõem a verdade como algo absoluto. Tem como verdade o consenso da comunidade científica, sempre provisória e precária que durará até que o curso histórico do próprio conhecimento promova a sua superação. [email protected]