2 Política Panorama político O Estado do Maranhão - São Luís, 20 de janeiro de 2015 - terça-feira Ilimar Franco PSB na oposição A despeito de movimentos tendo em vista alianças com o PT nas eleições municipais, os socialistas seguem firmes na oposição ao governo Dilma. O governador Paulo Câmara (PE), do estado que comanda o PSB nacional, fez o que pôde para colocar na Câmara um dos mais radicais políticos da oposição, Raul Jungmann (PPS). O governador levou quatro deputados para seu secretariado. A rainha dos baixinhos A ministra Ideli Salvatti (Direitos Humanos) participou ontem de um bate papo com internautas em uma rede social. Papo vai, papo vem e, de repente, ela começou a ser cobrada pela apresentadora de TV Xuxa. Ela queria saber o que o governo Dilma tem feito para implementar a Lei Menino Bernardo, também conhecida como Lei da Palmada. Ideli respondeu que é preciso trabalhar em campanhas de mobilização e na formação de agentes públicos, como conselheiros tutelares, para que a lei saia do papel. Quando ela foi sancionada pela presidente Dilma, Xuxa foi uma das convidadas especiais para participar da cerimônia. -“Não dá para impor petistas a ninguém” Rui Falcão Presidente do PT, sobre a distribuição de cargos de segundo escalão em reunião, com petistas Hora de mudar A crise da Petrobras está pesando. A Federação Única dos Petroleiros decidiu substituir seu representante no Conselho de Administração da estatal. Seu candidato, o sindicalista Deyvid Bacelar, venceu a primeira fase, com 2.300 votos. Fora do ar Fabio Rossi/1/1/2015 Os governadores Luiz Fernando Pezão (RJ) e Geraldo Alckmin (SP) conversavam, na sexta-feira passada, sobre os próximos quatro anos de mandato. Lá pelas tantas, Alckmin confidencia: "Meu maior problema aqui é a Segurança Pública". Pezão não aguentou: "O que é isso?! Mas o seu não aparece no noticiário da televisão todos os dias". Senadores propõem fim da reeleição e cinco anos de mandato para presidente Proposições que tramitam no Senado estabelecem ainda redução no tempo de mandato de senador e restrição no número de reeleição de parlamentares Divulgação B RASÍLIA - Após as eleições de 2014, os senadores apresentaram diversas proposições para mudar regras do processo eleitoral. Alguns foram motivados por casos ocorridos durante o pleito, como o uso de sedes de governo para gravação de propagandas e entrevistas. Outros tratam de temas antigos, como o fim da reeleição. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2014, por exemplo, estabelece o fim da reeleição para presidente da República, governadores de estado e do Distrito Federal e prefeitos. A primeira autora do texto, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), diz considerar que a reeleição provoca desequilíbrios na disputa eleitoral, em razão da utilização da máquina estatal e do prejuízo causado à governabilidade. Outro texto apresentado depois das eleições de 2014 que proíbe a reeleição para cargos do Executivo é a PEC 35/2014, do senador Walter Pinheiro (PT-BA). Para o senador, a reeleição desvirtua a igualdade de oportunidades entre os candidatos. "A reeleição - sistema que não é unanimidade nos regimes presidencialistas modernos - permanece como uma forma de subverter o princípio da alternância no poder, que é uma das características essenciais dos regimes democráticos", argumenta. A PEC de Pinheiro também estabelece mandato de cinco anos para chefes do Executivo e parlamentares (encurtando, portanto, o mandato de oito anos dos senadores) e restringe o acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV. Já a PEC 50/2015, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB- Walter Pinheiro (PT) é um dos senadores que propõem o fim da reeleição “ A atividade política se tornou uma carreira, em que muitos dos que nela ingressam não mais retornam para as suas atividades” Vanessa Grazziotin, senadora AM), restringe o número de reeleições de parlamentares. Para os senadores, a proposta prevê apenas uma reeleição. Para deputados federais e estaduais e vereadores, o texto prevê o máximo de duas reeleições. O objetivo, segundo a senadora, é evitar a profissionalização da política. "A atividade política se tornou uma carreira, em que muitos dos que nela ingressam não Adubando o terreno O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) está sendo estimulado a abrigar aliados de outros estados no seu governo. A operação teria como alvo as eleições de 2018. O governo paulista tem muitos cargos para acolher derrotados. As coisas são assim PSDB começa a auditar o resultado da eleição de outubro de 2014 Juntando as pontas Dados das urnas foram fornecidos pelo TSE para o partido; o resultado da auditoria deverá sair em até 60 dias Um grande empresário, que esteve recentemente com a presidente Dilma, comentou sobre as contradições de seu o governo. "O Ibama baixou uma portaria, de uma hora para outra, instituindo o defeso de dezenas de espécimes de peixes. Enquanto isso, o Ministério da Pesca abre linha de crédito para a compra de barcos pesqueiros". O PT acertou um rodízio para a liderança do partido na Câmara. Como o líder do governo, Henrique Fontana (RS), é da Mensagem, a CNB escolherá o líder da legenda. Os candidatos são Sibá Machado (AC) e Décio Lima (SC). Fechado O PSDB vai anunciar no dia 31 de janeiro seu apoio à candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) à presidência da Câmara. Os tucanos só pretendem se manifestar sobre as outras candidaturas se Júlio não for ao segundo turno. zzz O PSDB e o DEM decidiram que não lançarão candidato contra a reeleição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Com Juliana Braga, sucursais e correspondentes [email protected] BRASÍLIA - O PSDB começou no fim da semana passada uma auditoria no resultado das últimas eleições presidenciais com base em dados obtidos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelos próximos dois meses, uma equipe de oito especialistas ficará encarregada de analisar os 30 gygabites de material recebido da Justiça Eleitoral. O acesso aos dados foi solicitado pelo partido quatro dias após o segundo turno do pleito, que deu a vitória para a petista Dilma Rousseff. Na época, o coordenador jurídico da campanha de Aécio Neves, o deputado Carlos Sampaio (SP), argumentou que o pedido não questionava o resultado das eleições, mas a "lisura" do processo. Na petição apresentada ao TSE, o PSDB ponderava que a confiabilidade da apuração e a infalibilidade da urna eletrônica estavam sendo colocadas em xeque nas redes sociais e que seria preciso dar uma resposta à população. Até a conclusão da auditoria, o partido não poderá divulgar nada sobre a metodologia ou o resultado de análises parciais. mais retornam para as suas atividades profissionais de origem", argumenta. Máquina pública - O uso da estrutura do governo nas eleições, uma das razões das PECs que buscam proibir as reeleições para o Executivo, motivou também a apresentação de projetos de lei específicos. Um dos textos limita a propaganda de governo no período pré-eleitoral - o Projeto de Lei do Senado (PLS) 298/2014. Outro projeto aumenta o prazo de proibição de pronunciamentos de agentes públicos candidatos eleitorais dos atuais três meses para seis meses antes das eleições (PLS 336/2014). As duas propostas são de Lídice da Mata. Ainda nessa linha, há o PLS 324/2014, que proíbe o uso, pelo chefe do Poder Executivo, das sedes de governo na propaganda eleitoral e em entrevistas relacionadas à campanha. O autor do projeto, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), cita como exemplo a própria campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. "A presidente Dilma Rousseff utilizou o Palácio da Alvorada tanto para a elaboração de peças publicitárias de campanha quanto para a convocação e realização de entrevistas à imprensa às quais comparecia exclusivamente na condição de candidata", diz o senador ao apresentar o projeto. Outro tema tratado em mais de uma proposição é a eleição de suplentes de senadores. Atualmente, cada senador já se candidata com dois suplentes, geralmente indicados pelos partidos ou coligações. É comum, porém, a alegação de que o eleitor, muitas vezes, não conhece os suplentes. A PEC 48/2014, da senadora Ângela Portela (PT-RR), prevê eleições separadas para os suplentes. O número seria o mesmo de titulares: três por estado. A PEC 39/2014, do senador Antônio Aureliano (PSDB-MG), também prevê o voto direto para suplentes, mas não altera o número.