Impresso Especial 3365/2005-DR/RS SINDISAÚDE-RS CORREIOS João Guimarães, 41 Porto Alegre/ RS 90630-170 Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do RS - Ano VII - nº 56 out/06 Hospital Montenegro: Sindisaúde-RS, Sindisaúde-Caxias e FEESSERS querem que prefeitura assuma o hospital Trabalhadores estão em Greve por causa do atraso de salários DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Nesta edição PÁGINA 2 Atividades Sindisaúde em agosto Fotos: Heliege De Nardi Os trabalhadores do hospital de Montenegro preocupados com os constantes atrasos de salários deflagraram uma greve que iniciou em 26 de setembro. O hospital possui um conjunto de irregularidades que foram denunciadas as autoridades como: Funcionários com férias vencidas, que gozaram as férias e não receberam; não recolhimento de encargos sociais; funcionários trabalhando sem contrato; adulteração de cartão; falta de materiais e equipamentos entre outros Além de procurar garantir o recebimento dos salários, os trabalhadores estão solicitando ao Prefeito que entre com um decreto municipal requisitando os bens e serviços do Hospital. Com esta medida a Prefeitura passaria a gerir o hospital por um tempo determinado, até equilibrar a situação financeira. Enquanto isto as dívidas ficariam congeladas e os trabalhadores receberiam os salários em dia. “Esta é a única maneira que estamos vendo para que o hospital funcione”, esclareceu o presiden- te da Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde (Feessers), Miltom Kempfer Na quinta-feira 22, os trabalhadores realizaram uma caminhada pelas principais vias da cidade até a Prefeitura. No percurso eles recolheram assinaturas da comunidade para o abaixo-assinado que solicita ao prefeito a Requisição dos bens e serviços do Hospital. O prefeito até então não havia se posicionado em relação a tal requisição, mas pe- Trabalhadores foram até a Prefeitura para sensibilizar o Prefeito PÁGINA 3 Medicina do Trabalho no Mãe de Deus PÁGINA Caminhada dia 28 de setembro pelo centro de Montenegro rante as assinaturas e relatos do que vem sofrendo os trabalhadores do estabelecimento de saúde, mostrou-se sensível à possibilidade de realizar tal decreto. Esta medida já foi tomada em hospitais de outros municípios como Santa Bárbara, Santana do Livramento e São Luiz Gonzaga, sendo que este último está há cinco anos se mantendo com esta forma de administração. A Feessers, o Sindisaúde-RS, Sindisaúde Caxias do Sul e os diretores do Sindisaúde do município deram total apoio ao movimento. Além da solicitação ao Prefeito, na terça-feira, 3 de outubro, os trabalhadores foram até a Câmara de Vereadores entregar o documento, que apontam os problemas do hospital, levantados pelos trabalhadores, e solicitando que a Requisição de Bens e Serviços seja pautada e discutida pela Câmara. Cansados de esperar Na medida em que a situação dos atrasos começou a se agravar os trabalhadores também começaram a se organizar. Os trabalhadores estavam desde 14 de julho em estado de greve, quando a categoria, na assembléia geral do dia 22 de setembro, decidiu pela a greve. Até a assembléia do dia 22, o hospital pagou quase 25% do salário de agosto e no dia 28 de setembro o hospital depositou o percentual que totalizou o pagamento de 45% da folha de agosto. Por isto, os trabalhadores continuam mobilizados, mantendo o hospital funcionando com 30% dos funcionários. 4 Trabalhadores mudam carga horária PÁGINA 5 Destituída direção do Hospital Fátima PÁGINA 6 MP 316 Trabalhador não precisa provar doença ocupacional PÁGINA 7 Seminário sobre trabalhadora da Saúde Jornal Emergência - nº 56 - Outubro/06 AGENDA Acompanhe: Acompanhe as atividades que a diretoria do Sindicato e fique sabendo onde o Sindisaúde-RS está atuando Ações do Sindisaúde-RS em agosto Dia 1: Inauguração da Unidade de Gripe Aviária no GHC – Campanha de Sindicalização no Hospital Ernesto Dorneles – Fórum do Grito dos Excluídos – Reunião com Sindihospa – Reunião com direção GHC – Reunião com delegados Sindicais do Instituto de Cardiologia. Sindicalização Hospital Fêmina – Assembléia hospital Alvorada – Reunião Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador – Assinatura convênio Hospital Cristo Redentor com Ufrgs – Reunião com Hospital Espírita – Panfleteação Hospital Mãe de Deus - Reunião ajuizamento dissídio Santiago Dia 2: Campanha de Sindicalização no Hospital Ernesto Dorneles – Reunião coletivo de Saúde da CUT – Panfleteação no Hospital Mãe de Deus – Organização da Comissão de Saúde do Trabalhador do Conselho Municipal de Saúde. Dia 9: Eleições do Sindicato de Vigilantes de Caxias do Sul - Reunião Comissão Eleitoral de Lajeado – Campanha de Sindicalização no hospital Fêmina – Audiência Canoas - Audiências pública sobre hospital de Viamão - Reunião com a Comisão de avaliação e Desembpenho do GHC – Assembléia em Cachoeirinha – Reunião do Núcleo do Conselho Municipal de Saúde Dia 3: Reunião do Conselho hgestor do GHC - Campanha de Sindicalização Hospital Ernesto Dorneles – Seminário na DRT sobre as Informações Estatísticas da RAIS e do Caged no mundo do Trabalho – Reunião com Fehosul – Reunião com Coordenação de Enfermagem HCPA – Plenária Ordinária Conselho Municipal de Saúde. Dia 4: Atividade nos hospitais de Taquara e Bom Princípio – Palestra “A saúde dos trabalhadores em educação” em São Luiz Gonzaga Dia 7: Eleições do Sindicato dos Vigilantes Caxias do Sul – Reunião de Planejamento da Diretoria – Reunião Ministério Público do Trabalho – Panfleteação Hospital Mãe de Deus – Reunião Conselho Municipal de Saúde de Alvorada – Palestra no Senac - Planejamento de ações da direção do Sindisaúde/Pelotas Dia 8: Eleições do Sindicato dos Vigilantes de Caxias do Sul – Campanha de Dia 10: Posse Cipa Beneficência Portuguesa – Campanha de Sindicalização Hospital Fêmina – Audiência Sindisaúde X PUC – Reunião com Banrisul – Assembléia Instituto Cardiologia – Reunião com Procuradora da República – Assembléia Geral Cruz Alta Dia 11: Curso de Formação delegados e dirigentes sindicais – Assembléia Hospital Montenegro Dia 14: Seminário Dia Municipal de Conscientização sobre Anemia Falciforme – Audiência Justiça do Trabalho – Visita ao GHC – Reunião Conselhos Municipais de Saúde de Canoas e Porto Alegre Dia 15: Assembléia Geral Instituto de Cardiologia, hospitais Alvorada e Padre Jeremias – Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador – Seminário Grito dos Excluídos – Campanha sindi- ATENÇÃO SÓCIO Gestão 2004/2007 2 calização do Hospital Cristo Redentor Dia 16: Seminário Dia Municipal de Conscientização sobre Anemia Falciforme – Seminário Estadual de Conselho de Previdência Social – Panfleteação Hospital Mãe de Deus – Mesa Estadual de Negociação do SUS – Palestra Escola Lafaiete – Reunião Conselho Gestor GHC Dia 17: Palestra sobre saúde do trabalhador, Cruz Alta – Reunião Coordenação Movimentos Sociais – Plenária Conselho Estadual de Saúde – Reunião com Hospital Moinhos de Vento – Plenária Conselho Municipal de Saúde Dia 18: Reunião Conselho Representantes Feessers – Audiência Pública Medida Provisória 316 Dia 21: Reunião Planejamento – Conselho Municipal de Saúde Alvorada – Plenária Regional Marcha dos Sem Dia 22: Audiência Justiça do Trabalho Pelotas – Reunião do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador – Reunião com Hospital de Feliz – Reunião com direção do Hospital Montenegro – Eleições Sindicato dos Aeroviários Dia 23: Audiência Fórum de Cruz Alta – Reunião da Comissão Eleitoral do Sindisaúde de Lajeado – Reunião equipe organizadora VIII Encontro dos Trabalhadores da Saúde – Reunião Conselho gestor GHC – Mesa estadual de negociação do SUS – Panfleteação HCPA e HMD – Eleição do Sindicato dos Aeroviários Dia 24: Reunião com CUT/GHC – Reu- nião com Instituto de Cardiologia – Reunião com Jurídico – Reuião com Sindberf – Seminário Igualdade de Oportunidades no Mundo do Trabalho – Curso de capacitação de conselheiro da CMS – Panfleteação Hospital Moinhos de Vento – Eleição do Sindicato dos Aeroviários Dia 25: XI Marcha dos Sem - Seminário Igualdade de Oportunidades no Mundo do Trabalho – Reunião com Associação dos Funcionários Municipais (AFM) Dia 26: Curso de formação do Fórum Estadual Sul, Passo Fundo Dia 28: Curso de formação do Fórum Estadual Sul, Passo Fundo - Reunião de Planejamento diretoria Sindisaúde-RS Conselho Municipal de Saúde, Alvorada - Reunião do Conselho Fiscal CMS /POA Dia 29: Curso de formação do Fórum Estadual Sul, Passo Fundo - Curso de formação do Fórum Estadual Sul, Passo Fundo - Vistoria nas obras da Colônia de Férias – Reunião com Instituto de Cardiologia – Audiência Justiça do Trabalho Pelotas – Reunião Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador – Conselho Municipal de Saúde/Alvorada Dia 30: Reunião Conselho Gestor Saúde do Trabalhador – Panfleteação Hospital Mãe de Deus – Reunião do Conselho Gestor do GHC – Reunião da Comissão de Saúde do Trabalhador Dia 31: Curso de formação para delegados sindicais e dirigentes – Plenária ordinária do Conselho Estadual de Saúde (CES) – Reunião com a PUC – Assembléia em Cruz Alta. Atualize seu endereço pelo fone: 3330-5511 (secretaria) ou pelo e-mail [email protected] Presidente: João Roberto Menezes - Vice-Presidente: Maria Geneci Macedo da Silveira - Secretário-Geral: Danilo Toio Farias Tesoureiro: Marco Antonio Plá - Diretor Jurídico e de Formação Sindical: Gilnei Rachinhas Borges - Diretora de Imprensa e Divulgação: Heliege Wivianne de Azeredo Missel De Nardi Diretor de Cultura, Esporte, Lazer e Saúde do Trabalhador: Joselito Adriano Ferreira - Diretor de Patrimônio e Assuntos do Interior: Albino Ferreira da Silva - Suplentes da Diretoria: Alair Rosinete da Silva, Julio Cesar Duarte, Carlos Eduardo Silveira Gomes, Vander Luis Nascimento Charmes, Maria Lúcia Schäffer, Genilda Gomes de Souza - Conselho Fiscal: Ricardo Souza Martins (1º Conselheiro), Edson Clatino de Souza (2º Conselheiro), José Ricardo Paz Neves (3º Conselheiro) - Suplentes: José Antonio Luiz de Mello (1º Conselheiro), Julio Cesar Jesien (2º Conselheiro), Maristela Bernadete de Moura (3º Conselheiro) - Delegados junto à Federação: Rosa Anacleta Soares Vaz Carvalho (1ª), Gilmar França (2º) - Suplente: Emerson Cordeiro Pacheco Esta publicação é de responsabilidade do Sindisaúde-RS - Rua João Guimarães 37 e 41 – Santa Cecília – Porto Alegre/RS – CEP 90630-170 – (51)3330.5511 – 3330.5503 – Clínica: Rua Vicente da Fontoura, 2222 - (51) 3333.1916 – www.sindisaude.org.br - [email protected] - CNPJ: 92962745/0001-50 Edição, redação e fotos: Luis Henrique Silveira DRT/RS 7998 – [email protected] - Projeto gráfico e diagramação: Marcelo Souza - Engenho Comunicação e Arte Ltda (51)3217.2493 – Impressão: VT Propaganda e Mídia – Tiragem: 10 mil exemplares POR DENTRO Mãe de Deus: Sindicato questiona problemas no setor de medicina no trabalho Sindisaúde-RS reverte demissões após retorno do INSS A diretoria do SindisaúdeRS em reunião com a direção do hospital Mãe de Deus conseguiu modificar alguns procedimentos que estavam sendo adotados pelo hospital. Os problemas estavam ocorrendo na área de Medicina do Trabalho. Duas situações chegaram até o Sindicato e com as mesmas características: Os funcionários quando retornavam ao trabalho, devido a afastamento por benefícios, o médi- Foto: Ique Silveira co do trabalho atestava que a pessoa estava apta e quando esta voltava ao seu posto de trabalho, num prazo de dois a cinco dias eram demitidas. Só que este procedimento não é correto, pois o trabalhador ao retornar da alta do INSS tem um prazo de 30 dias para entrar com recurso, caso ainda não esteja apto para exercer a sua função. O Sindicato não homologou as demissões e solicitou uma reunião com o hospital. A partir de agora, nestes casos, o hospital não vai mais demitir dentro do prazo de recurso do INSS que são 30 dias. Os atestados médicos que também estavam sendo questionados em algumas situações, serão aceitos e ficou combinado uma visita conjunta entre o Sindicato e a Coordenação de Serviços Médicos ao Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho, para ver como funciona este setor. Hospital São Vicente de Paulo (Osório) Negociações chegaram a um impasse O Sindisaúde-RS estava prestes a fechar Acordo Coletivo com o hospital São Vicente de Paulo, de Osório, quando as negociações chegaram a um impasse. Os trabalhadores que não têm acordo coletivo desde 2001 em assembléia geral realizada dia 15 de setembro, no auditório do hospital aprovaram a contra-proposta patronal. No entanto, das 47 cláusulas do Acordo Coletivo, cinco estavam em discussão para ser aprovadas ou não, três foram aprovadas e duas rejeitadas. Uma tratava da multa pelo descumprimento do acordo e a outra sobre a redução da hora extra de 100 pra 75%. Na reunião de negociação com a direção do Hospital, no dia 3 de outubro, a direção concordou em garantir 100% das horas extras, mas não aceitou a cláusula de multa por descumprimento, gerando impasse. Ulbra Orienta para demitir por justa causa O jurídico da ULBRA orientou chefias, coordenadores e supervisores sobre quais os procedimentos que devem cumprir para caracterizar demissões por justa causa. Esta orientação, feita via correio eletrônico, busca garantir que sejam efetuados os procedimentos contidos no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Cuidado com as advertências Em caso de você sofrer uma advertência por escrito e não concordar faça o seguinte: assine em duas vias e escreva abaixo da assinatura o motivo da discordância e exija a segunda via. É seu direito ficar com uma cópia. Jornal Emergência - nº 56 - Outubro/06 FIQUE Sindicato estabelece diálogo com a direção do hospital Faltas às consultas Odontológicas prejudicam outros sócios O Sindisaúde-RS está contatando os sócios que utilizam o consultório dentário para sensibilizá-los da importância de desmarcarem seu horário com antecedência de 48 horas, caso por algum motivo não puderem comparecer à consulta. Num levantamento recente cerca de 300 consultas deixaram de ser realizadas por falta de comparecimento. Desde que iniciou esta gestão, em 2004, a diretoria se empenhou para aumentar o número de atendimentos. De um total de 900 consultas realizadas por mês, anteriormente, passaram para 1200 atendimentos/mês, com seis dentistas atendendo em dois consultórios, no horário das 8h às 20h, de segunda a sexta. Mesmo assim, a procura ainda é maior que a demanda. Quando um sócio falta o outro deixa de ser atendido. O Sindicato quer continuar oferecendo um bom serviço aos sindicalizados, no entanto é importante que os trabalhadores também façam a sua parte desmarcando com antecedência caso não possa comparecer. 3 Jornal Emergência - nº 56 - Outubro/06 CATEGORIA Hospital Padre Jeremias: Depois de muitas mobilizações, trabalhadores conseguem mudança da carga horária Instituto de Cardiologia (IC-FUC) Trabalhadores mostram que é possível mudar Advertências vão parar Os trabalhadores da higienização do hospital Padre Jeremias de Cachoeirinha que trabalhavam 8 horas por dia propuseram para a direção da instituição uma mudança de carga horária, que beneficiou a todos. O s trabalhadores conseguiram reduzir a carga horária de 8 para 6 horas por dia, com plantão no final de semana de 12 horas e, durante a semana, dividiram a jornada de trabalho em dois turnos e em duas turmas. Uma turma trabalha pela manhã e a outra no turno da tarde/noite. Assim eles passaram a aproveitar melhor o tempo e garantiram o funcionamento da instituição. Todos ganharam neste processo. Conhecimento dos direitos reverte suspensão Outro caso interessante foi a participação dos trabalhadores na Assembléia Geral da categoria, realizada no dia 15 de agosto. A orientação dada pelo sindicato foi dos trabalhadores se organizarem nos locais de trabalho para comparecerem. O SindisaúdeRS, colocou ônibus a disposição para levar e trazer a categoria. No entanto ocorreu de um trabalhador receber uma suspensão de um dia, mesmo tendo se organizado junto aos demais colegas e comunicado sua chefia. O trabalhador não abriu mão de seu direito e solicitou a interveniência Foto: Ique Silveira Assembléia do dia 15 de agosto no pátio do IC do Sindicato que em reunião com a direção do Pa- dre Jeremias conseguiu reverter a suspensão. Hospital Moinhos de Vento Sindisaúde vai acompanhar a realização de novo laudo A direção do hospital Moi- retirada a insalubridade dos clusão desse trabalho não ha- tirar o adicional que vinha innhos de Vento comunicou que iria retirar os adicionais de insalubridade de todos os administrativos. Diante desta situação o Sindisaúde-RS reuniu-se com a gerência de Recursos Humanos para buscar esclarecimentos. Na reunião que ocorreu dia 17 de agosto ficou encaminhado que seria trabalhadores lotados no Centro Administrativo do hospital, tipo RH, Financeiro. Para os demais trabalhadores do administrativo será contratada uma empresa para realizar laudos técnicos e estabelecer a necessidade, ou não, e o percentual de insalubridade. Portanto até a con- verá alteração neste item. O setor de RH ficou de informar o sindicato qual empresa realizará o trabalho bem como a relação atual dos trabalhadores que percebem o adicional para acompanhamento e avaliação. Lamentamos que após tantos anos a direção decide re- tegrando o orçamento familiar de cada trabalhador. No entanto, a legislação vigente, Portaria 3.214, NR 15 permite que isto ocorra. O Sindicato está acompanhando o processo e solicitou aos trabalhadores que comuniquem qualquer atitude diferente do que foi acordado. Hospital Nossa Senhora do Livramento (Guaíba) O Hospital administrado pelo Grupo Vida está em decadência S egundo relato dos médicos, que já ameaçaram entrar em greve, falta material e os equipamentos necessários para o atendimento dos pacientes, os trabalhadores estão sendo 4 demitidos sem pagamento da rescisão. A população da cidade corre o risco de não ter resolutividade nas situações de emergência e urgência e com isto o hospital perdeu O Sindicato recebeu uma série de denúncias sobre os problemas de relações de trabalho do Instituto de Cardiologia. Em contato com a gerência de Recursos Humanos, a diretoria do Sindisaúde-RS tem buscado estabelecer um diálogo para melhorar as condições de trabalho. Desta forma, está revertendo a lógica que existia dos trabalhadores receberem advertência por qualquer motivo. uma verba de R$ 60 mil mensais do programa Samu Salvar. Este recurso encaminhado pelo Governo Federal, gerido pelo Estado e Prefeitura, que já fez a destinação para o hospital. No entanto, a instituição não oferece condições para atender o projeto e nem para efetuar o pagamento dos salários dos trabalhadores em dia. Até quando esta situação irá permanecer? . Hospital de Clínicas de Porto Alegre Assédio Sexual: a pizza foi servida A Sindicância interna e posteriormente um processo administrativo que colheu vários e fartos depoimentos, concluiu o seu trabalho. Os membros da instância chegaram a conclusão que existe algo suspeito no ar, que tem pulga atrás da orelha, tem pedra no sapato e com grande exatidão concluiu que o processo deveria ser remetido para a Reitoria da UFRGS. Enfim, a pizza ficou tão grande que deveria ser compartilhada com a Reitoria. Atenção trabalhadores do Hospital de Alvorada: estamos coletando denúncias sobre atos da Chefia de Enfermagem A Justiça tarda, mas não falha: diretor administrativo da Sociedade Médica, Ricardo de Albuquerque Guedes da Luz é afastado Ministério Público intervém no Hospital Fátima O Hospital Nossa Senhora de Fátima (Sociedade Médica Ltda.) não paga os salários há seis meses, não cumpre as decisões judiciais e está com problemas de movimentação financeira. No dia 16 de agosto em audiência na Vara do Trabalho de Cruz Alta, o Juiz Paulo Cezar Herbst, decidiu pelo afastamento do diretor administrativo da Sociedade Médica, Ricardo de Albuquerque Guedes da Luz e sua Vice-Diretora Carmem Isabel Mossi Oliveira. O Juiz também determinou a expedição de mandado de indisponibilidade de valores constantes de aplicações financeiras de Ricardo de Albuquerque Guedes da Luz e Carmem Isabel Mossi Oliveira; relativamente à conta de poupança, deverão ser tornados indisponíveis os valores existentes acima de R$ 5.000,00, de cada um dos titulares, considerando-se todas as contas. De outro lado, expediu o mandado de arrolamento e avaliação de bens dos três requeridos (bens imóveis, veículos, móveis e ativos depositados junto a instituições financeiras), também em caráter de urgência. Novo administrador Na audiência da Justiça do Trabalho, dia 26 de setembro de 2006, ficou determinado que José Inácio Ferreira Pires será o administrador judicial, auxiliado por um Conselho formado por: Márcio Teixeira Barbosa, indicado pelo Sindiesca; José Martins, indicado pelo Município de Cruz Alta; João Sergio Rosa, indicado pela 9ª CRS; e Oracélia Cândida Freitas Cunha, indicada pelos demandados. Ficou facultada, ainda, a indicação de um membro pelo Conselho Municipal de Saúde de Cruz Alta. O administrador judicial ficou investido de todos os poderes necessários para administrar e gerir o Hospital. O Conselho terá atribuições consultivas e Foto: Ique Silveira Jornal Emergência - nº 56 - Outubro/06 CATEGORIA O diretor administrativo, Ricardo de Albuquerque da Luz foi afastado do cargo fiscais. O administrador judicial e os conselheiros firmaram termo de compromisso assumindo o car- Hospital Beneficência Portuguesa go pelo prazo de um ano, com a possibilidade de prorrogação, mediante a anuência das partes. Foto: Ique Silveira Salários voltam a atrasar e situação fica difícil para hospital O s salários dos trabalhadores do hospital Beneficência voltaram a atrasar. Apesar de terem conseguido êxito com a greve de 32 dias no início do ano, a situação do hospital não foi solucionada e até o próximo ano a tendência é continuar difícil. Os recursos de R$ 1 milhão obtidos junto ao Banrisul já foram todo utilizado para colocar os salários atrasados em dia e pagar os fornecedores. O serviço aumentou, porém o hospital só recebe depois de 60 dias. No último mês a instituição pagou somente 50% dos salários. Na assembléia geral realizada no dia 26 de setembro, onde participou também a direção do hospital, foi esclarecida a situação para os trabalhadores que já estavam inconformados pensando em fazer alguma mobilização. Depois dos esclarecimentos fo- ram encaminhadas algumas propostas para tentar solucionar o problema. Para evitar que o banco fique com o dinheiro dos trabalhadores a direção irá providenciar contasalário. Será buscada uma medida jurídica para impedir que o recurso que entra do Ipê vá todo para o pagamento de credores e dívidas trabalhistas. Outra solução será tentar junto ao Governo Federal um empréstimo a fundo perdido. A Assembléia reuniu os trabalhadores e a direção do Hospital administração também se comprometeu em buscar outras formas como elaborar projetos para buscar recursos. Os traba- lhadores não gostaram muito da idéia, mas compreenderam a situação, apesar das dificuldades que estão passando. 5 Jornal Emergência - nº 56 - Outubro/06 SINDICAL Saúde do Trabalhador: Medida Provisória 316 atende reivindicação histórica dos trabalhadores. Trabalhador não precisa mais provar que tem doença ocupacional O trabalhador, com carteira assinada, não precisa mais provar que tem doença ocupacional, segundo o texto da Medida Provisória (MP) 316, anunciada no dia 11 de agosto. Antes, se o empregador não registrasse uma Comunicação de Acidente de trabalho (CAT), o funcionário afastado receberia benefícios comuns da Previdência e não teria vantagens adicionais, como uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e estabilidade por 12 meses após o retorno ao trabalho. A s novas regras sobre acidentes de trabalho e prevenção da saúde do trabalhador esta junto com a mesma MP que fixou em 5,01% o reajuste para aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo. Agora, essa medida terá que ser votada pelo Congresso Nacional em até 120 dias, para que não perca a validade. Antes da MP, as regras estabeleciam que caberia ao trabalhador provar que adquiriu a doença em função de sua atividade, e a empresa deveria confirmar que a doença estava relacionada à atividade desenvolvida pelo trabalhador. A MP inverte o ônus da prova. A medida é uma conquista dos trabalhadores, que desde 2003 discutiam com o governo a alteração da forma de concessão do seguro de acidente de trabalho. O próprio governo havia anunciado, em novembro de 2005, durante a 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, que a medida estaria em fase final e seria publicada naquele mesmo ano. Para Gabas, a MP vem atender uma das reivindicações históricas dos trabalhadores, que é o reconhecimento do ônus da prova na caracterização dos acidentes de trabalho. A medida é positiva também para os empresários Foto: Ique Silveira que investem em segurança e para o INSS, pois a partir do registro real, que distingui o acidente de trabalho, como doença ocupacional, a previdência será capaz de cruzar dados. Movimento Sindical terá que se mobilizar para garantir a aprovação da MP316 Para garantir que a Medida Provisória seja votada sem alterações a CUTRS, em parceria com o Fórum Sindical Saúde do Trabalhador, realizou na quinta-feira (14) de setembro, um seminário sobre A MP 316. O encontro lotou as dependências do salão da igreja Pompéia, em Porto Alegre, e decidiu como encaminhamento que o Movimento Sindical irá organizar uma grande caravana à Brasília para pressionar o Congresso a votar na proposta como ela está elaborada. Seminário reuniu sindicalistas de todo o Estado O que é Nexo Epidemiológico? Consiste na obrigatoriedade do registro automático como doença do trabalho, de determinada patologia, em razão de sua alta incidência em um ambiente de trabalho específico. A proposta, segundo Gabas, trará solução para o problema da subnotificação, além de garantir aos trabalhadores os direitos que a lei prevê em caso de ocorrência de acidente de trabalho. O que é Fator Acidentário Previdenciário? É um mecanismo, baseado no mesmo princípio que, em razão da maior ou menor incidência de doenças e acidentes de trabalho, irá penalizar as empresas com o aumento em até 100% da alíquota do Seguro Acidente de Trabalho. Ou reduzi-la em até 50%, caso os números do INSS indiquem que determinada empresa apresentou redução significativa em suas ocorrências, e que, portanto, investiu na eliminação dos fatores de risco. (Fontes Agência Brasil e CUT) Sindisaúde-RS exige respeito à vida de todos os cidadãos O Sindisaúde-rs repudia atos de violência contra médicos peritos, taxistas, bancários, mendigos, policiais, trabalhadores da saúde, em fim contra qualquer cidadão. Q ueremos registrar também que o respeito à vida deve ser mútuo entre os cidadãos, pois a violência vem de todas as formas e é fruto de uma sociedade capitalista que promove desigualdades extremas. Assim como ocorreu 6 uma agressão física contra um médico perito, o mesmo ocorre de forma imoral e indigna nos atendimentos dispensados aos segurados do INSS levando-os ao desespero e a revolta pelas humilhações a que são submetidos. Cotidiana- mente, ficam em intermináveis filas, muitos mutilados ou afetados por doenças graves, peregrinando em busca de um atendimento, de uma solução. O movimento sindical criou um Fórum de debate exclusivamente para tratar da precariedade no atendimento das perícias médicas e das injustiças sofridas pelo trabalhador. São centenas de denúncias indican- do um atendimento com desrespeito e desprezo por parte de uma parcela de peritos do INSS. Para avaliar esta situação foi elaborada uma ficha de denúncia sobre a Perícia do INSS e encaminhada para todos os sindicatos a fim de registrarem as ocorrências. A partir desta ficha, passamos a conhecer casos em que peritos não examinam o paciente e já dão alta, não relacionam a doença com o trabalho do segurado, debocham da segurada que apresenta-se maquiada para a consulta, tratam com estupidez e ofensivamente duvidam do relato de dor do segurado. O sindicato convoca a população usuária do INSS para denunciar as situações de mal atendimento e a procurar o seu Sindicato. Esta matéria foi veiculada no jornal Zero Hora, no dia 22 de setembro, página 40 Seminário de Gênero: Encontro de trabalhadores discute Igualdade de Oportunidades no Mundo do Trabalho Trabalhadores da Saúde discutem a situação das mulheres Nos dias 24 e 25 de agosto a Federação do Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do RS (Feessers) promoveu em parceria com o Internacional do Serviço Público (ISP) e a Fundação Friedrich Ebert (FES) o Seminário Igualdade de Oportunidades no Mundo do Trabalho. O evento ocorreu em Porto Alegre e contou com a participação de mais de 80 pessoas representantes dos 26 sindicatos filiados à Feessers. No final foi formado um coletivo composto por duas pessoas, entre suplentes e titulares, de cada uma das seguintes regiões do Estado: Nordeste, Fronteira-oeste, Grande Porto Alegre, Planalto Alto Uruguai, Sul e Serra. Este coletivo irá fomentar a discussão e o debate sobre gênero nestas regiões. O Seminário foi importante porque elaborou uma política de gênero para ser implementada pelos Sindicatos dos Trabalhadores da Saúde de todo o Estado. Entre os pontos a serem encaminhados por este coletivo está a formação, através da realização de seminários regionais sobre gênero e negociação coletiva. Também foram discutidas as cláusulas que deverão constar nos próximos dissídios coletivos de todos os Sindicatos da Saúde. Entre elas destaca-se a questão da licença-maternidade, auxílio creche, assédio moral que são as principais bandeiras de lutas dos sindicatos. O presidente da federação, Milton Kempfer, lembrou que 80% dos trabalhadores em saúde são mulheres. Elas respondem por 51% da mão de obra brasileira, mas ainda têm rendimentos até 30% menores do que os dos homens. Na programação constaram oficinas de sensibilização e pai- néis sobre “Gênero um projeto de transformação social e político”, “Mulheres e homens: diferenciais de remuneração nos serviços públicos”, “As mulheres no mercado de trabalho” e uma plenária final que elaborou e aprovou as propostas políticas sobre gênero. É fundamental discutir as diferenças para buscar igualdades Em dois dias de reflexão, debates e painéis sobre gênero, as mulheres e homens presentes chegaram a uma única conclusão: todos já saíram diferentes, com uma nova orientação e postura em relação às rotinas. Este é um processo lento que transforma, assegura a painelista Cleoci Machado, terapeuta e facilitadora em formação sindical e que também atua como consultora em saúde, gênero e trabalho. É fundamental discutir as diferenças para buscar igualdades, principalmente lutar pela dignidade no trabalho, Encontro reuniu os dirigentes sindicais do interior e da capital disse o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do RS, Milton Kempfer, organizador do evento através da Secretaria de Formação Sindical. A maioria da população brasileira é formada por mulheres, num percentual de 50,78%, totalizando em média 86 milhões e 223 mil pessoas. No entanto, pelos cálculos atuais, as mulheres recebem 77,2% do salário dos homens, segundo o Dieese. A cada ano, cresce a presença da mulher, que somente levaram a Internacional de Serviços Públicos - ISP Brasil a adotar a campanha mundial pela Equidade de Remuneração Já, que busca garantir que a igualdade de oportunidades e de tratamento sejam atividades centrais dos sindicatos. Nenhum país alcançou a equidade de remuneração, atesta Waldeli Melleiro, coordenadora do programa sindical da Fundação Friedrich Ebert (FES/Brasil). A campanha é uma parceria entre a Organização Internacional do Trabalho – OIT e a ISP e conta com a adesão da CUT no Brasil que desde 2002 também está empenhada no debate sobre gênero e remuneração. Alguns estados brasileiros já iniciaram esta discussão e no Rio Grande do Sul o destaque ficou para a Federação da Saúde, pioneira em levantar este tema, já que a categoria dos trabalhadores em saúde no estado está em torno de 80% de mulheres. No momento, a campanha está tomando forma através de comitês regionais que estão se formando e que deverão compor em 2007, um Comitê Nacional, composto por 25 pessoas escolhidas nas regiões. A pauta da campanha é: salário igual para trabalho de igual valor; equidade de remuneração (equidade salarial); diferença salarial baseada no gênero. Apesar de ser uma experiência nova, segundo Milton Kempfer, a decisão final do seminário foi excepcional, porque apontou para a criação de um Comitê Paritário envolvendo representantes dos sindicatos e prefeituras, visando discutir os locais de trabalho e promover uma avaliação sobre os postos de trabalho sob o olhar de gênero. Desta forma, com apoio da ISP Brasil, que já disponibilizou uma cartilha de orientação sobre Avaliação de Postos de Trabalho, será possível mexer na no âmbito familiar, em uma década, assumiu o comando dos lares em 32,1%. Além disso, as pesquisas mostram que independente de atuarem fora de casa ou não, ainda se dedicam aos trabalhos domésticos em torno de 40 horas e os homens 6 horas semanais (dados da Fundação Perseu Abramo). A responsabilidade na orientação ou execução das tarefas, do cuidado com filhos, idosos e doentes está “na conta” da mulher, enquanto ao homem, cabem algumas horas do seu dia para este tipo de envolvimento. Foto: Ique Silveira Equidade de Remuneração Já Estes entre outros fatores Foto: Ique Silveira Jornal Emergência - nº 56 - Outubro/06 MULHERES Feessers foi pioneira na discussão da igualdade de salário estrutura do mundo do trabalho hoje vigente, observa Milton. A avaliação se propõe a aferir a realidade, sem desqualificar o trabalho, apenas com o intui- to inicial de diagnosticar a forma como mulheres e homens estão atuando em seus campos profissionais. (Reportagem Inara Claro) 7