FIM DA NIDAÇÃO (IMPLANTAÇÃO) E FORMAÇÃO DOS ANEXOS EMBRIONÁRIOS 2ª SEMANA Valeska Silva Lucena [email protected] EMBRIOGÊNESE Zigoto Mórula Blástula Gástrula Nêurula NIDAÇÃO A implantação do blastocisto começa na 1ª semana e termina no fim da 2ª; Por volta do 6º dia tem início o período de implantação. O blastocisto implanta-se pelo seu pólo embrionário (embrioblasto); Os trofoblastos por sua vez são estimulados e começam a proliferar, invadindo o endométrio; Nessa fase distinguem-se o CITOTROFOBLASTO que constitui a parede do blastocisto e o SINCICIOTROFOBLASTO, cujas células estão em contato direto com o endométrio e possui grande capacidade de proliferação e invasão; NIDAÇÃO O sinsiciotrofoblasto, erosivo, invade o tecido conjuntivo endometrial e o blastocisto vagarosamente se aprofunda no endométrio As células endometriais da parte central do sítio de implantação sofrem apoptose NIDAÇÃO As células do sinciciotrofoblasto liberam enzimas proteolíticas que facilitam a invasão ao endométrio; O sinciciotrofoblasto produz o hormônio (hCG) gonadotrofina coriônica humana que mantém a atividade do corpo lúteo do ovário e forma a base dos testes de gravidez_fim da 2ª semana pode detectar positivo; NIDAÇÃO Enquanto o trofoblasto passa por modificações o embrioblasto também sofre mudanças onde é possível diferenciar duas camadas celulares (disco bilaminar): EPIBLASTO: formado por células colunares, forma o “chão” da cavidade aminiótica e ficará contínuo com o âmnio HIPOBLASTO ou ENDODERMA PRIMITIVO: formado por células cubóides que formará o teto da cavidade exocelômica Formado por células cubóides, voltada para a cavidade exocelômica Camada mais espessa, formada por células colunares, voltada para a cavidade aminiótica FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA Durante a implantação do blastocisto, surge uma pequena massa celular interna (início da cavidade amniótica) Logo as células amniogênicas, os amnioblastos, se separam do epiblasto formando uma membrana delgada: o âmnio, que envolve esta cavidade Durante a implantação, surge uma massa celular interna: cavidade amniótica FORMAÇÃO DO SACO VITELÍNICO PRIMITIVO Do hipoblasto origina-se uma camada de células denominadas Membrana de Heuser que revestirá a cavidade interna do blastocisto (blastocele) que então passará a se chamar Cavidade Vitelínica Primitiva; Neste momento o disco embrionário fica entre a cavidade amniótica e o saco vitelínico primitivo Ao fim de nove dias após a fertilização, o blastocisto já se encontra no endométrio e entre as células do epiblasto surge a cavidade amniótica. FORMAÇÃO DO CÓRION Entre a cavidade vitelínica e o citotrofoblasto surge uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o retículo extra-embrionário. FORMAÇÃO DO CÓRION Por volta do 12º dia surgem células que revestem o retículo extra-embrionário (mesoderma extraembrionário) O mesoderma extra embrionário cresce e aparecem espaços isolados dentro dele esses espaços fundem-se originando o celoma extra embrionário. FORMAÇÃO DO CÓRION Com a formação do celoma extra embrionário, o saco vitelínico primitivo diminui de tamanho e forma-se o segundo saco vitelínico secundário (definitivo) O celoma extra embrionário se divide em duas camadas: Mesoderma somático: que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio Mesoderma esplâncnico: envolve o saco vitelínico. FORMAÇÃO DO CÓRION O mesoderma somático e as duas camadas do trofoblasto formam o córion. O córion forma a parede do saco coriônico dentro do qual o embrião com os sacos aminiótico e vitelínico estão suspensos pelo pedículo. FORMAÇÃO DO CÓRION O celoma extra-somático é agora chamado de cavidade coriônica A ultrasom transvaginal é utilizada para medir o diâmetro do saco coriônicoanalisando assim a progressão da gravidez. CIRCULAÇÃO UTEROPLACENTÁRIA Durante a formação da cavidade aminiótica, disco embrionário e saco vitelínico aparecem cavidades (lacunas) no sinciciotrofoblasto A comunicação dos capilares do endométrio com estas lacunas representa o início da circulação uteroplacentária primitiva CIRCULAÇÃO UTEROPLACENTÁRIA PRIMITIVA Quando o sangue materno flui para as lacunas o oxigênio e as substâncias nutritivas tornam-se disponíveis para o embrião. O sangue oxigenado das artérias espiraladas do endométrio passa para as lacunas e o sangue pobre em oxigênio é removido pelas veias endometriais FIM DA IMPLANTAÇÃO No 10º dia o concepto (embrião + membranas extra embrionárias) está completamente implantado no endométrio Por aproximadamente 2 dias há uma falha no epitélio endometrial que é preenchido por um tampão, formando um coágulo que por volta do 12º dia é regenerado e serve de proteção ao embrião. CIRCULAÇÃO UTEROPLACENTÁRIA O crescimento do disco embrionário bilaminar é lento em comparação com o crescimento do trofoblasto Aos 12 dias o blastocisto implantado produz uma pequena elevação na superfície do endométrio que faz uma protrusão no útero SUPERFÍCIE DO ÚTERO MOSTRANDO LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO COM 12 DIAS FORMAÇÃO DA PLACA PRECORDAL A ultrasonografia transvaginal é utilizada para medir o diâmetro do saco coriônico, portanto para avaliar o início do desenvolvimento do embrião; O embrião com 14 dias ainda tem a forma de um disco bilaminar, mas em uma área do hipoblasto as células que eram cubóides tornam-se colunares (placa precordal). FORMAÇÃO DA PLACA PRECORDAL Esta placa indica o futuro local da boca e da região organizadora da cabeça. FORMAÇÃO DA PLACA PRECORDAL Fim da 2ª Semana