Agressão solar da pele » Rev Medic Desp in forma, 1 (3), pp.14-16, 2010 Professor Doutor Osvaldo Correia Dermatologista | Secretário Geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo | Professor Afiliado da Faculdade de Medicina do Porto | Director Clínico do Centro de Dermatologia Epidermis (CUF), Porto 2 abstract tema A incidência dos vários tipos de cancro da pele tem vindo a aumentar devido, essencialmente, à mudança de comportamentos a favor de uma exposição aos ultravioleta exagerada ou inadequada. A exposição solar lenta, progressiva e com protecção adequada poderá ter vantagens clínicas mas a exposição repetida ou a abrupta e intensa além do fotoenvelhecimento precoce favorece os cancros da pele. Os praticantes de desporto ao ar livre constituem um grupo de risco e a sua sensibilização constitui o objectivo principal do presente artigo onde se desenvolvem as boas regras de convívio com o sol. The incidence of various types of skin cancer has been increasing because of the changing of attitudes in favor of an excessive or inappropriate exposure to ultraviolet. The sunlight slowly, progressive, with adequate protection may have clinical advantages but repeated or intense and abrupt exposure, besides early photoaging, favors skin cancers. Practitioners of outdoor sports are a risk group and their awareness is the main objective of this article where they develop the good rules for living together with the sun. Palavras-chave Keywords 14 Maio 2010 * www.revdesportiva.pt Sol, Desporto, Cancro da Pele (Sun, Sports, Skin Cancer) SOL E DESPORTO... compatibilida- sa e a horários inadequados, ou em países de ... se a horas correctas e devida- tropicais, favorece eritema ou queimaduras mente protegidos ... solares que são frequentemente indutores Um dia luminoso, mais até do que a expo- ou de nevos atípicos ou de lentigos solares sição solar, traduz-se em comportamentos (tipo sarda) em áreas como o decote ou om- mais optimistas e exerce um efeito anti- bros quando não correctamente protegidos. depressivo. A exposição solar se lenta e Este tipo de exposição está mais associada ao progressiva e a horas adequadas pode ter carcinoma basocelular e ao melanoma. Esti- efeitos benéficos em algumas dermatoses, ma-se que por cada queimadura solar o ris- como são exemplo os eczemas, sobretudo co de melanoma é duplicado. A incidência a psoríase, pelo seu efeito imunomodulador dos diversos tipos de cancro da pele é cres- e imunosupressor. Mas uma exposição pro- cente na maioria dos países. A necessidade longada ou inadequada tem efeitos nefastos, de adoptar medidas de prevenção primária cumulativos ao longo da vida, que se tradu- e secundária, de maneira persistente im- zem pelo fotoenvelhecimento, caracterizado põe-se. Os cancros da pele mais frequentes pelo acentuar de rugas, manchas pigmenta- (carcinoma basocelular, carcinoma espino- das ou hipopigmentadas, fragilidade cutâ- celular e melanoma, por ordem decrescente nea e risco acrescido de cancros da pele. A de frequência), têm origem, em mais de 90% exposição prolongada e crónica, própria de dos casos, na exposição exagerada e inade- actividades profissionais ao ar livre ou a prá- quada aos ultravioleta, não só ao Sol, mas tica repetida ou duradoura, eventualmente ultimamente também à exposição a solários. profissional, de desporto ao ar livre sem A exposição exagerada aos ultravioleta origi- protecção adequada, favorece as querato- na o envelhecimento precoce da pele através ses actínicas (escamas recorrentes em áreas de diferentes agressões no DNA de dife- fotoexpostas) que são os precursores mais rentes estruturas da pele, em particular nos frequentes do carcinoma espinocelular. A melanócitos e queratinócitos que culminam exposição súbita e/ou esporádica mas inten- frequentemente, anos mais tarde, no desen- com passado de risco solar. Há que lembrar sicas e de cancro da pele. A pele memoriza horas à espera sem protecção adequada. A contudo que apenas 1/3 dos melanomas os choques térmicos inapropriados a que foi pratica salutar de “caminhadas” ou despor- surgem a partir de nevos atípicos e os res- submetida e, mais tarde, frequentemente 5, to ao ar livre hoje, felizmente, enraizada na tantes surgem como lesão “de novo” em pele 10, 15 anos depois, seja por predisposição nossa população por razões de prevenção aparentemente sã, mas geralmente em áre- genética ou por situações de imunodepres- cardiovascular e endócrina, sobretudo, na as de antecedentes de queimaduras solares, são emergem as referidas lesões neoplási- obesidade, incorre nos mesmos riscos se a lentigos solares ou acentuada exposição aos cas. Está demonstrado que os praticantes população não for devidamente alertada. A ultravioleta. Temos que ter atenção à lesão de desportos ao ar livre (atletismo, ciclismo, existência hoje cada vez mais frequente, no pigmentada de novo, atípica, frequentemen- triatlo, ténis, golf, desportos de praia, rio ou nosso país, de mini maratonas constitui um te escura e necessariamente pequena quan- montanha) têm frequentemente um foto- local predilecto de sensibilização ou preven- do surge, mas com comportamento activo e envelhecimento mais precoce, um passado ção primária do cancro da pele. Os pratican- diferente dos outras frequentemente desig- frequente de queimaduras solares e um ris- tes de desporto ao ar livre com vários anos nada como “patinho feio” (ver figuras). co acrescido, significativo, dos vários tipos e/ou com antecedentes de comportamentos O cancro da pele mais frequente é o carci- de cancro da pele (carcinoma espinocelular, de risco e queimaduras solares deveriam ser noma basocelular (mancha ou nódulo vas- basocelular e melanoma). Os horários sujeitos a despistes ou rastreios periódicos a cularizado, de crescimento frequentemente inadequados na prática de desporto, seja nos fim de se diagnosticar precocemente cancros lento), seguido do carcinoma espinocelular treinos ou competições, constituem um dos da pele ou monitorizar pessoas com pele de (escama recorrente, ou nódulo que frequen- motivos mais importantes para o elevado risco, sinais de risco (nevos atípicos) ou com- temente ganha ferida que não cicatriza, número de queimaduras solares relatadas portamentos de risco (número elevado de que tem a sua origem frequentemente em nestes desportistas . As razões parecem tra- antecedentes de queimaduras solares). queratoses actínicas) e depois o melanoma tar-se de motivos comerciais, de marketing, Há que lembrar que a maioria das pessoas (sinal recente, geralmente muito escuro ou sobretudo televisivo que há que denunciar e têm vários sinais, cujo número é crescente eventualmente róseo, com crescimento acti- modificar para horários em que a sombra é com a idade e que, na sua maioria, são benig- vo, diferente dos outros ou nevo atípico que predominante, ou seja antes das 11 h e de- nos. Há que reconhecer os fibropapilomas, sofreu alteração significativa da cor, contor- pois das 17 horas, em particular no Verão. A angiomas, queratoses seborreicas, histioci- no e dimensão). protecção inadequada seja pelo tipo (muito tomas, quistos e lipomas como estruturas, Actualmente estima-se que, em Portugal, poroso) ou design de roupa (ombros, braços, habitualmente, sem risco oncológico. No a incidência do Melanoma (o cancro de decote e até parte do dorso expostos), seja entanto há que distinguir os nevos típicos pele mais temível) seja 10 novos casos por pela falta de uso de chapéu ou pela não uti- (simétricos, de bordo regular, cor uniforme 100.000 habitantes, por ano, o que significa lização ou uso incorrecto de protector solar clara e estáveis) habitualmente sem risco de cerca de 1000 novos casos, por ano. Quan- são responsáveis por um número elevado de melanoma, dos nevos atípicos, pela regra to aos carcinomas (basocelular e espinoce- queimaduras relatadas pelos atletas de des- do ABCDE (assimetricos, de bordo irre- lular) mais de 100 novos casos por 100.000 portos ao ar livre . O ciclismo, pelo horário gular, cor heterogénea ou muito escura, de habitantes o que representa mais de 10.000 e duração das competições e provas, época diâmetro maior que 5 mm e sobretudo de novos casos por ano. Assim, os cancros de do ano, por vezes altitude, constitui dos des- evolução ou alteração recente). Estes nevos pele, em geral, representam o cancro huma- portos com maior risco. Não é de ignorar o têm risco acrescido de evolução para mela- no mais frequente. Nos EUA dados recentes risco das populações que aguardam a pas- noma, sobretudo em indivíduos com múlti- estimam que a probabilidade de uma pes- sagem de grandes eventos, como a “Volta plos nevos atípicos, por razões genéticas ou soa, de raça caucasóide, vir a desenvolver 1, 2, 3, 4 1, 5 1, 5 Revista de Medicina Desportiva in forma * Maio 2010 2 a Portugal em bicicleta”5 frequentemente tema volvimento de diferentes lesões pré-neoplá- 15 2 tema um cancro de pele, ao longo da vida, seja de quando faz desporto ao ar livre ou nas usados com pouca frequência). 1 em cada 5 pessoas!... A probabilidade de “caminhadas”. • Faça o auto-exame da pele com regularida- vir a desenvolver um melanoma, de 1 em • Use chapéu (de preferência de abas largas), de (em média de dois em dois meses). cada 50 pessoas !!... O melanoma atinge fre- óculos escuros, camisola (que proteja o deco- • Se tiver qualquer dúvida em relação a um quentemente o adulto jovem, o que poderá te e braços e de tecido não poroso). Na pele sinal que surgiu ou modificou, não hesite tornar-se um importante problema de saúde exposta utilize um protector solar, de textura em consultar o seu DERMATOLOGISTA. pública se não se implementarem medidas adequada ao seu tipo de pele, de índice de Esteja atento à sua Pele, não ignore um sinal eficazes de prevenção. Os cancros de pele protecção solar ≥ 30 e antes de sair de casa. que se modificou ... podem, na sua maioria, ser curados. A exci- Renove se molhou ou transpirou bastante. são, habitualmente cirúrgica, do carcinoma Não use o protector solar para prolongar DESPORTO NO VERÃO COM basocelular e espinocelular é geralmente exageradamente a exposição solar. Procure BOA PROTECÇÃO ... curativa. A não excisão, particularmente do uma sombra e/ou vista uma camisola ao fim Treinos, competição e lazer... o que saber? carcinoma espinocelular, sobretudo das mu- de 2 horas. Beba bastante água. Horas adequadas cosas, por exemplo do lábio, mas também da • É proibida a exposição solar de bebés com • no início ou final de dia “sombra aumenta- pele, poderá predispor ao desenvolvimento menos de 6 meses e evite a exposição directa da, hora apropriada...” de metástases. Se o melanoma for extraído de crianças com menos de 3 anos. Vestuário numa fase muito precoce (pouco tempo de • Lembre-se que os de pele clara, olho claro, • pouco poroso, largo (as cores escuras de- evolução, baixa espessura microscópica) a sardentos, que queimam facilmente e têm vem ser opção quando tecidos mais poro- excisão alargada é frequentemente curativa. dificuldade em ficar morenos, necessitam sos) e de design adequado (protecção do Para aqueles detectados já mais tarde pode- de cuidados redobrados. No entanto, o ser decote, ombro, braços e coxas). rá ser necessário pesquisar os designados moreno e não ficar vermelho não é sinóni- Chapéu gânglios satélites (gânglio(s) sentinela (s)) e, mo de estar seguro. • de grande pala ou, de preferência, de se positivos, propor várias terapêuticas adi- • Proteja-se mais e melhor se tem ante- abas largas ou de tipo “legionário” que cionais, nomeadamente imunoterapia. Se o cedentes pessoais ou familiares de can- cubra o mais possível a face, as orelhas e melanoma não é excisado, ou for detectado cro da pele. o pescoço. Em desportos com capacete, numa fase muito avançada levará à morte. • Nos dias de vento e nevoeiro o sol é matrei- idealmente com protecção complemen- A mortalidade global, por melanoma, aos 5 ro, queima sem darmos conta ... tar frontal, parietal e occipital. anos, na Europa Ocidental, ronda os 15%. • Proteja-se adequadamente do Sol se Óculos escuros possui manchas (melasma ou pano), se • com protecção UVB /UVA 100%, gran- tem alergias ao sol ou se toma medica- des e largos. mentos fotossensibilizantes (pergunte ao Protector solar seu médico ou farmacêutico). • Índice de protecção solar ≥ 30; cerca de • A exposição moderada e progressiva, em 30 minutos antes do início da exposição; horas de sombra aumentada, pode estar Quanto mais fluído maior o número de aconselhada para melhorar várias derma- camadas ou de reaplicações. Renovar de 2 toses, sobretudo eczemas, pelos seus efeitos em 2 horas ou antes, se molhou ou trans- SOL E PELE, SABER CONVIVER... imunomoduladores, no entanto, consulte o pirou bastante; reforce particularmente Eis as regras para desportistas e não seu dermatologista para orientação correcta nas zonas mais delicadas da face (regiões só ... Recomende ao seu paciente ... • A melhoria osteoarticular pode ser ob- malares, nariz e labios) e pescoço. •Aexposiçãosolardeveserlentaeprogressiva. tida pela hidroginástica ou fisioterapia Medicamentos • Horas “seguras” são aquelas em que a nossa adequada e nunca pelo aconselhar a ex- • muitos medicamentos são fotossensibili- sombra é maior do que nós próprios (“regra posição aos ultravioleta. zantes (aumentam a sensibilidade da pele ao da sombra”). • Basta uma exposição solar diária de alguns Sol e favorecem a queimadura solar), o que • Evite a exposição solar em horas de “risco” minutos, em áreas limitadas do corpo, para justifica cuidados redobrados com o Sol. São (entre as 12 e 16 horas e, idealmente, entre as uma normal produção de vitamina D, pela pele exemplos a maioria dos anti-inflamatórios 11 e 17 horas). • A exposição aos solários está perfeitamente não esteróides, alguns antibióticos, antide- • Nos trópicos o “horário solar” é diferente, desaconselhada (envelhecem precocemente pressivos, medicamentos cardiovasculares, regule-se pela “regra da sombra”. a pele, favorecem aparecimento precoce de entre muitos outros. • Proteja-se na praia, piscina, montanha, cancro da pele, não são seguros mesmo que Bibliografia 1. Moehrle Matthias. Outdoor sports and skin cancer. Clinics in Dermatology 2008, 26: 12-15. 2. Moehrle Matthias, Heinrich L, Schmid A, Garbe C. Extreme UV exposure of Professional Cyclists. Dermatology 2000; 201: 44-45. 3. Moehrle Matthias. Ultraviolet exposure in the Ironman triathlon. Medicine & Science in sports & Exercise , 2001: 1385-6. 4. Rigel EG, Lebwohl MG, Rigel AC, Rigel DS. Ultraviolet Radiation in Alpine Skiing. 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Importância da altitude e das superf ícies reflectoras ... • A intensidade dos ultravioleta (UV) aumenta com a altitude . • A neve pode reflectir até 85% dos UV. • 80% dos UV passam através das nuvens. • 20% dos UV podem ser reflectidos na relva ou cimento. • A areia seca reflecte 20% dos UV mas a areia molhada pode reflectir 40%. • A água reflecte até 50% dos UV e mais de 50% dos UV atingem 50 cm de profundidade. • Os vidros filtram bem os UVB mas permitem a penetração de parte dos UVA As diferenças entre envelhecimento e fotoenvelhecimento ... • olhe e compare: uma parte íntima da pele com uma pele exposta frequentemente. • a face interna do braço ou antebraço com a superf ície exterior, veja as diferenças: mais manchas, mais rugas, mais “sinais/nevos”, na pele exposta do que na não exposta ... Conclusão Não esqueça músculo-ligamentares, hérnias pós- traumáticas, hematomas intracanalares olhar e ver ca e prognóstico do doente. Diagnóstico de patologia infecciosa e inflamatória • Diagnóstico de processos de espondilo-discite e a sua repercussão intracanalar e paravertebral (alterações detectadas de forma mais precoce que na TAC e com maior acuidade diagnóstica para a patologia intra-canalar). • Artrite séptica. • Patologia inflamatória e desmielinizante medular (apenas visível em RM). Avaliação pós-cirúrgica É o método ideal para avaliação da recidiva herniária após a cirurgia, (distinguindo de tecido fibrocicatricial) e de complicações cirúrgicas (meningocelo, Embora, pela maior acessibilidade, a TAC continue a ser o método de estudo inicial da coluna vertebral, a RM do ráquis é actualmente considerada, para a maioria das patologias do ráquis, o método de estudo de eleição, pela elevada acuidade diagnóstica e pela ausência de radiação ionizantes. A TAC está reservada para avaliação de detalhe ósseo. As contraindicações formais incluem o uso de pacemaker e a maior parte dos implantes cocleares. Não deve ser realizada durante o primeiro trimestre da gravidez. Bibliografia 1. Magnetic Ressonance Imaging of Brain and Spine Third Edition, Scott Atlas, 1527-1969. 2. Clinical Guidelines CT/MRI of the Spine (cervical, lumbar, thoracic) American Medical Association. 3. Diagnostic Imaging Spine Ross, BrandtZawadski-Moore. 30 Maio 2010 * www.revdesportiva.pt Dia 26 de Maio de 2010 decorrerá, em Portugal, o DIA DO EUROMELANOMA, que será um dia dedicado ao despiste/rastreio de cancro da pele. Numerosos Serviços de Dermatologia, dispersos por todo o país, disponibilizarão um rastreio gratuito, sobretudo às populações com pele, sinais ou antecedentes de comportamentos de risco, por motivo profissional, de desporto ou lazer. Informe-se, a partir de 19 de Maio, no site da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) (www. apcc.online.pt) dos locais onde decorrerão os referidos despistes. No mesmo dia será também feita a promoção, a nível nacional, da prevenção primária do cancro da pele pelo estímulo das boas práticas de convívio com o sol. Para as crianças o livro educativo “Brinca e aprende com o Zé Pintas” , da nossa autoria, em 2003, e dedicado à APCC, vai já na 8ª edição e este ano traz novidades que são educativas não só para crianças, como para adolescentes e adultos. Está disponível no site e sede da APCC. BIBLIOGRAFIA 1. Mannerkorpi K, Iversen MD. Physical exercise in fibromyalgia and related syndromes. Best Practice and Clinical Rheumatology. 2003; 4:629-647. 2. Mannerkorpi K. Exercise in fibromyalgia. Current Opinion in Rheumatology. 2005; 17:190-194. 3. Bircan C, Karasel SA, Akgun B, El O, Alper S. Effects of muscle strengthening versus aerobic exercise program in fibromyalgia. Rheumatol International. 2008; 28:527-532. 4. Goldenberg DL, Burckhardt C, Crofford L. Management of fibromyalgia syndrome. 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