Semana de 03 de agosto a 07 de agosto de 2015 • Edição 110 • Ano 3
Valor ATR: Devido a nova forma de trabalho do Consecana, o valor do ATR só será divulgado para aqueles que contribuem com a taxa da Associação. Procurem sua
entidade de classe para saberem do valor. (19) 3401-2251
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Com uma linguagem simples e objetiva, o
Informativo DTA é mais uma ferramenta de Comunicação
da AFOCAPI, que traz informações sobre o setor
sucroalcooleiro.
Com o objetivo de informar, integrar e fortalecer a
classe canavieira, os associados terão acesso às
informações e dados atualizados do agronegócio.
AFOCAPI trabalhando para deixar os agricultores
bem informados.
• Especial Herbishow 2015 - Matéria 10 de 17 “MANEJO
INTELIGENTE:SINERGIA ENTRE AS FASES DO PROCESSO
PRODUTIVO”, com o palestrante Weber Geraldo Valério da
Agroanalitica;
• Clique aqui e acesse o 7º Boletim Técnico CTC que fala sobre o
Florescimento da Cana;
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MENSAGEM DIA DOS PAIS
MATERIA ESPECIAL
UNS DIAS PAR DE ÁS, OUTROS DIAS PAR DE DOIS
03/08/15 - O mercado futuro de açúcar em NY se comporta como uma interminável reprise de um filme
de terror. A cada enxadada, uma minhoca. Desta vez, a semana encerrou a sexta-feira com o vencimento outubro
de 2015 cravando 11.14 centavos de dólar por libra-peso, acumulando uma desvalorização de dois a dez dólares
por tonelada na semana, pior para os vencimentos mais futuros que devem ter sido pressionados pela
desvalorização do real que, combinada com uma taxa de juros brasileira de 14.25%, deixa as operações em reais
de longo prazo mais atraentes para aqueles que podem fazer o hedge. Dependendo do vencimento, os valores
em reais por tonelada para a safra 2016/2017 estão em torno de R$ 1.100.
Comparando com o fechamento do último dia útil de 2014, o açúcar já acumula este ano uma queda de 75 dólares por tonelada
no primeiro mês de vencimento (R$ 12.74 por saca de 50 quilos). Outras commodities também amargam um prejuízo dessa magnitude,
entre elas o café (28% de queda), o petróleo (17%) e o trigo (16%);
Os preços em reais por tonelada, no entanto, ainda continuam acima do valor mais baixo observado em setembro do ano passado.
Para quebrar esse recorde negativo, considerando o do dólar a 3,4000 reais, por exemplo, podemos dizer que o mínimo que NY poderia
negociar é 9.50 centavos de dólar por libra-peso, o mais baixo de sete anos. Os próprios fundos - apesar do cenário macroeconômico mundial
desfavorável às commodities - devem ter um nível consensual que os empurre a cobrir as posições vendidas na bolsa e tomar lucro.
A correlação entre a cotação do açúcar NY em centavos de dólar por libra-peso e o câmbio mostra que nos últimos 20 pregões a
desvalorização do real explica 69% da queda da commodity na bolsa. Nos últimos 50 pregões, a importância do câmbio cai para 44% e nos
últimos 100 dias ela foi de 57%. Por outro lado, se fizermos a correlação da liquidação diária do açúcar em reais por tonelada com a cotação
do açúcar NY em centavos de dólar por libra-peso, notamos que ela é de 81% ou seja o valor em reais por tonelada é menos volátil e sofre
influência de apenas 10% da variação cambial, ou seja um aumento do câmbio em um ponto percentual significa uma queda de apenas 0.1
ponto percentual no preço em reais.
E a operação da trading asiática recebendo uma quantidade enorme de açúcar na bolsa, hein? Será que vai vingar? Essa é a
pergunta que todos se fazem. Penso que se der errado eles entregam o saldo não vendido de volta no outubro. Mas não acredito que isso
vai acontecer. Estou mais propenso a pensar numa aposta dobrada. O mercado de commodities tem dessas peculiaridades. Assim como na
mesa de pôquer às vezes recebemos um par de ás ou de figuras, mas em outras só dois e três. O "flop" pode não ter sido favorável até o
momento, mas ainda há chance do "turn" e do "river" virarem o jogo. Vai que sai outro par de dois para virar uma quadra! Fichas, por favor.
O modelo desenvolvido pela Archer Consulting indica que em 30/junho passado as usinas estavam fixadas no total de 64.21% de
suas vendas para a exportação da safra 2015/2016. O valor médio de fixação obtido pelas usinas, de acordo com o modelo, é de 15.14
centavos de dólar por libra-peso. Esse valor é equivalente R$ 948.76 FOB Santos. O dólar médio conseguido pelas usinas ao longo desse
período de fixação foi de 2.7323. Talvez tenhamos menos pressão do que esperávamos visto que o volume fixado até agora é bastante
robusto para a época (veja gráfico).
Até a primeira quinzena de julho, a produção de cana no Centro-Sul atingiu 230 milhões de toneladas com uma ATR média de
122.48 kg por tonelada de cana. Talvez o mercado ainda não tenha se dado conta, mas para produzir a mesma quantidade de ATR que
produzimos o ano passado (78,2 milhões de toneladas ATR), o Centro-Sul terá que ter um rendimento a partir de agora de pelo menos
142.27 kg por ATR para atingir a mesma produção do ano passado (assumindo que vamos moer 581 milhões de toneladas de cana, segundo
previsão da Archer). Rendimento como esse só vimos em 2013/2014 durante duas quinzenas em setembro e outubro. Vamos ajustar nossa
previsão de safra para baixo.
Sêneca, um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano escreveu um texto, "A Apocoloquintose do
Divino Cláudio" atacando o imperador romano, destacando seus vícios, sua inabilidade de governar e suas posições políticas mais
controversas além do seu defeito de caráter. Sêneca teria escrito o mordaz texto, após a morte de Cláudio, provavelmente em resposta ao
desterro imposto pelo imperador pelo envolvimento do escritor com a sobrinha dele. No texto, Sêneca descreve Cláudio ascendendo ao
Olimpo após a morte na esperança de se tornar uma divindade, mas o Senado dos Deuses decide não o deificar por sua conduta na Terra
e, depois de passar de mão em mão, Cláudio acaba no Hades (inferno) numa função menor. Essa é a frustração de Cláudio, que esperava a
apoteose (transformar-se em Deus) mas acaba encarando a apocoloquintose (transformação em abóbora). O sentido aqui seria o de se
transformar em um "banana". Interessante como a história se repete. Dois mil anos depois, estamos assistindo a Apocoloquintose de Dilma.
*Artigo originalmente publicado no dia 03/08/15 no site da Archer Consulting.
Arnaldo Luiz Corrêa
Diretor da Arc
MATERIA TÉCNICA
PODRIDÃO ABACAXI
Silvio G. Bertoloti
Nos últimos tempos intensificou as perdas por Podridão Abacaxi em nossos canaviais. Isso basicamente se deve a dois fatores:
Ocorrência de Broca e Plantio Mecanizado.
O fungo esta sempre presente no solo, esperando para entrar por algum orifícios presente no tolete, seja pelas aberturas
provocadas pela broca, seja pelas aberturas e ferimentos provocadas nos tolete pela Colheitas Mecânica, sem contar que o temos muitos
mais toletes na colheita mecânica. Os prejuízos são enormes, pois as falhas nos canaviais vão ficar por todo ciclo da cana.
O fungo tem por característica atacar o tolete que ainda não emitiu brotação, o broto que “sai” mais rápido não sofre esse ataque.
Então é imprescindível dar condição de germinação rápida para esse tolete, sendo que uma saída seria usar produtos no sulco que
tenham estimulantes e enraizantes como os Acido Fúlvicos, presentes no FH Tolete.
Outra medida importantíssima seria controlar intensamente a broca nos viveiros, principalmente em anos secos; quando aumenta
o ataque da broca, devido à falta de umidade. Não acontece o controle feito por bactérias nas lagartinhas que ainda não entraram pela
gema. Em anos de muito ataque de broca, vale a pena entrar com controle químico, mas lembrando que podemos provocar desequilíbrio
biológicos. Logo após a perda do efeito do produto químico, temos que intensificar a liberação de inimigos naturais.
Outra atitude seria aumentar o volume de calda dos fungicidas usados no fechamento de sulco. Para quem faz corte mecânicos,
pulverizar o fungicida quando o tolete “sobe” a esteira de corte, pois o tolete precisa ser banhado com a calda.
Os produtores têm que entender que o controle biológico não pode ser negligenciado, as Usinas têm que voltar a ter seus
laboratórios e as Associações de Fornecedores tem que por obrigação, ajudar nessa missão. Hoje, vemos Usinas e Associações interessadas
em comprar Drones, fazer agricultora de precisão, mas nem calcário em dose certa, sabem usar. Só usam a formula de fertilizante, o 5-2525 conhecida como “batidão”, para qualquer tipo de solo, o que é um absurdo. Sendo que arrogância de certos técnicos, que não Tiram a
Bunda da Cadeira, são a nossa principal praga dos canaviais. É muito comum o departamento financeiro escolher o que usar nas lavouras.
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E por fim, parar de reclamar, e produzir cana, pois açúcar e álcool se faz no campo. A maioria das usinas que estão
quebrando não produzem cana por pura incompetência técnica.
Produto caro é o que não funciona.
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110ª Semana 03/08/2015 à 07/08/2015