EDUCAÇÃO DO CAMPO E ENSINO DE GEOGRAFIA NAS ESCOLAS DOS
ASSENTAMENTOS RURAIS DA ZONA NORTE DO ESTADO DO CEARÁ
Josecléa Sampaio Paulino Ferreira /Bolsista do Laboratório de Geografia Agrária da Universidade
Estadual Vale do Acaraú/UVA-Sobral/CE
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Sandra Maria Fontenele Magalhães/Coordenadora do Laboratório de Geografia Agrária da
Universidade Estadual Vale do Acaraú/UVA-Sobral/CE
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A proposta de educação do campo é fruto das lutas travadas pelos movimentos sociais rurais e, em
especial pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), contra as injustiças sociais
que, historicamente, têm marcado o espaço agrário brasileiro. A exclusão da população rural
fomentou a discussão em prol da construção de um projeto de educação do campo, que tivesse
como fundamento a cultura e a história desses sujeitos sociais. Nesse contexto ganha destaque o
ensino de Geografia nas escolas dos assentamentos rurais e sua contribuição na formação política
do trabalhador rural. A Geografia como uma ciência social que estuda o espaço geográfico e as
relações sociais que nele se estabelecem pode contribuir bastante para a educação do campo. A
Geografia se trabalhada na perspectiva da educação do campo, ou seja, voltada aos interesses do
trabalhador rural pode resgatar e cultivar a identidade do assentado, contribuindo, assim, para uma
melhor compreensão das relações sociais e espaciais que ocorrem no seu cotidiano. Ademais, pode
promover a formação política e crítica do assentado e, por conseguinte a conquista de seus direitos.
O sonho de uma estrutura agrária mais justa e igualitária, portanto de uma vida digna no campo, só
será possível com a reforma agrária e o fundamento dessa luta é a educação.
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