VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal 30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013 Florianópolis - Santa Catarina - Brasil ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS DIFICULDADES VIVENCIADAS POR PRIMIGESTAS NO PROCESSO INICIAL DE AMAMENTAÇÃO Lucila Cristina E.T.Santana Kelly Priscila Santos Azevedo Marques Introdução: Evidências científicas revelam que todas as mulheres têm possibilidades fisiológicas de amamentar, porém, não assegura a ocorrência da amamentação. Constitui processo influenciado por condições culturais, sociais, psíquicas e biológicas, que se configura um comportamento humano complexo, que requer aprendizado e um período de adaptação. A efetiva organização dos serviços de saúde, com melhor atendimento pós-natal, treinamento pessoal, conhecimento e divulgação de técnicas adequadas, pode resgatar essa prática, tornando-a uma experiência consciente e prazerosa. Objetivos: Descrever as dificuldades vivenciadas pela puérpera primigesta no processo de aleitamento materno, enfatizando as intervenções da equipe de Enfermagem no pós-parto para a superação das mesmas. Método: Pesquisa bibliográfica, do tipo exploratória e descritiva. Foi realizada uma busca on-line de artigos científicos indexados nas bases de dados BIREME. Para a análise dos dados, operou-se a leitura exploratória, seguida da seletiva para identificar e determinar o material que, interessa ao estudo, orientadas pela identificação das informações e dados constantes do material impresso, estabelecimento de relações entre as informações e os dados obtidos com o problema proposto, e análise da consistência das informações e dados apresentados pelos autores. Resultados: Muitos são fatores que afetam o modo e o como às mulheres alimentam seus filhos, incluindo o meio em que vivem; situação econômica, acesso à educação e à inserção no mercado de trabalho, propaganda das fórmulas infantis e a atuação dos serviços de saúde. Atuação dos profissionais da área da saúde, especificamente, de Enfermagem, proporciona a mãe todas às condições favoráveis através de orientações e procedimentos recomendados no processo inicial de aleitamento materno. A equipe de Enfermagem, quando assiste à mulher que amamenta no puerpério, em ambiente hospitalar deve estar atenta aos critérios que as mulheres utilizam para decidir se continuam ou interrompem a amamentação exclusiva. Informar as mulheres sobre os parâmetros adequados de produção láctea e o que se espera do comportamento de recém-nascidos, como intervalo entre as mamadas e a presença do choro por inúmeras razões além da fome, pode contribuir para o adiamento da introdução de alimentos diferentes do sexto mês de vida e, consequentemente, aumentar o período de amamentação exclusiva. Conclusão: Ao revisar a literatura foi possível constatar necessidade de expansão das atividades de apoio ao aleitamento materno, visando auxiliar as mulheres a superarem as dificuldades no início do processo, e os efeitos nocivos da administração de quaisquer outros líquidos nos primeiros meses de vida. Reconhece-se que as nutrizes necessitam de um sistema de apoio, é preciso implantar abordagens que contemplem as particularidades de cada sujeito. Há necessidade de olhar para cada mãe como uma mulher que está envolvida numa trama de sentimentos, emoções e contradições decorrentes da situação de ter um filho e das dificuldades amamentá-lo. Adotar novos instrumentos significa rever alguns aspectos da prática diária. É preciso admitir e discutir que a amamentação pode ser prazerosa e menos complicada para algumas mulheres; para outras, difícil e desgastante. Incentivar o aleitamento materno, especialmente para mães que vivenciam a iminência do fracasso, requer que se tenham posições e abordagens que considerem os aspectos multifatoriais da amamentação materna. Descritores: aleitamento, amamentação, dificuldades, enfermagem. -Trabalho de revisão de literatura realizado como pré-requisito para obtenção do título de Enfermeira Obstetra. -Lucila Cristina E.T. Santana. Pós- graduada em Enfermagem Obstétrica pela Faculdade Santa Marcelina FASM. Enfermeira Obstetra do Hospital Santa Marcelina da Cidade Tiradentes São Paulo. Email: [email protected] -Kelly Priscila Santos Azevedo Marques Pós- graduada em Enfermagem Obstétrica. Enfermeira Obstetra do Hospital Santa Marcelina da Cidade Tiradentes São Paulo.