FUNCIONÁRIOS DA OAB SP EM GREVE
POR FALTA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
Os trabalhadores da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo vêm a público denunciar o descaso com
que esta entidade, que tanto se vangloria de lutar pelos direitos dos cidadãos, vem tratando o grave
problema da assistência médica a seus funcionários desde que a Unimed Paulistana, por determinação da ANS,
foi obrigada a transferir toda sua carteira de clientes para outras empresas.
O consenso entre os funcionários é de que a OAB SP não está preocupada com os inúmeros casos graves que vêm
acometendo seus trabalhadores. São mulheres grávidas sem acompanhamento pré-natal, pessoas com
deficiência que carecem de receituário para a compra de remédios de uso controlado ou com cirurgias
antes agendadas e agora canceladas, outras com exames emergenciais os quais a Unimed e seus
conveniados não estão realizando.
O Sinsexpro, sindicato que representa os trabalhadores da OAB, vem acompanhando o caso desde que recebeu a
primeira reclamação sobre não atendimento por parte da Unimed. As duas únicas respostas da Ordem para o problema
foram o reembolso de consultas conforme tabela da Associação Médica Brasileira, devendo o funcionário arcar com
restante do custo, e liminar na Justiça para casos emergenciais, exames e internações. A entidade entrará com liminar
para que a Unimed cumpra o atendimento. Mas se a urgência do trabalhador ocorrer num final de semana ou fora do
expediente da Ordem, este terá de esperar pela OAB, como se quem está em situação de risco possa aguardar
as burocracias e judicializações para ser atendido.
O Sinsexpro e os funcionários têm ciência de que a OAB não é responsável pelo colapso que acometeu a UNIMED
Paulistana, mas como entidade contratante e conhecedora do que estava acontecendo, demorou demais para tomar
algum procedimento, sabendo que os funcionários seriam prejudicados. Isso demonstra, mais uma vez, que quando se
trata de orçamento e questões emergenciais, os funcionários ficam sempre para segundo plano.
Demonstração clara desse descaso para com os funcionários é que a OAB garantiu, em negociação com a Qualicorp
(administradora de convênios nacionalmente conhecida) assistência médica de qualidade e oportuna aos
ADVOGADOS. Porque não dar o mesmo tratamento aos FUNCIONÁRIOS? A OAB sempre se rejubilou de não
ter de fazer processo licitatório para suas contratações e nem ter de prestar contas ao Tribunal de Contas da União,
como as demais autarquias da nossa categoria. Agora é a hora de usar essa autonomia em favor de seus trabalhadores,
na defesa daqueles que estão desesperados pela insegurança que a falta de assistência médica proporciona.
Por isso, o Sindicato está tomando as medidas cabíveis para que a Ordem cumpra o Acordo Coletivo de Trabalho, que
prevê assistência médica aos funcionários, gratuitamente. Ou seja, se a Unimed Paulistana não está cumprindo com os
atendimentos e descumprindo seu contrato com a OAB, o problema deverá ser resolvido pela Ordem como
melhor lhe aprouver, mas a assistência médica aos seus funcionários deve ser garantida, seja como for.
Os trabalhadores da OAB e o Sinsexpro dão conhecimento à sociedade do que está ocorrendo nesta entidade, que
tem como bandeira a cidadania e o respeito aos direitos humanos, mas que não assegura, sequer, os direitos dos seus
próprios funcionários.
PELO DESCASO E PELA FALTA DE RESPOSTA DA OAB A ESTE GRAVE PROBLEMA, OS TRABALHADORES DA
OAB SP, JÁ EM ESTADO DE GREVE, DEFLAGRARÃO GREVE A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA, 16/11.
UNIÃO É VITÓRIA!
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