RITA DE CASSIA A ESCOLA PEREIRA E 0 INDIViDUO COSTA PINTO COM CONDUTAS Monografia do titulo apresentada de Especialista P6s~Graduayao CURITIBA 2002 TiPICAS para obtenC2o do Curso em Psicopedagogia Universidade Tuiuti Orientadora: Rosilda do Parana. Dallagassa de da SUMARIO RESUMO... ...... iv INTRODUCAo ... 3 2 PRINCiPIOS BAslCOS DA EDUCACAo ESPECIAL .. 3 CONCEITUACAo E CARACTERIZACAo DE CONDUTAS TiPICAS .. 10 3.1 Perlurbagao por Deficit de Aten9ao .. 3.2 Perlurba9ao por Deficit de Atengao com Hiperatividade .. 3.3 Autismo e Transtornos Globais do Desenvolvimento .. ......... 10 ...... 13 .. 14 3.3.1 Transtorno Autista . 15 4 17 CONDUTAS TiPICAS E A FAMILIA .. .22 5 PRINCiPIOS DA INCLUSAo . 5.1 Base Legal. 5.2 Objetivos da Secretaria Municipal de Educagao para Educa9ao Inclusiva ...23 .. ... 28 5.2.1 Plano de A980 da Secretaria Municipal de Educagao para Educagao Inclusiva 5.3 ... .. 29 Objetivos da Secretaria Estadual de Educa980 para Educagao Inclusiva. ...30 ... 31 5.3.1 Linhas de A9ilo .. 6 A ESCOLA 6.1 A F ormayao 6.2 o Papel 6.2.1 Projeto e adequayao 6.2.2 E 0 INDIViDUO do Professor da Escola Procedimento Condutas ... .... 33 .... 33 .. ...... 35 Curricu lares Necessarias para Atendimento .... ........ 37 dos Educandos com ...... 41 ... CONSIDERACC>ES TiPICAS .. e Programas Tipicas REFERE:NCIAS COM CONDUTAS FINAlS ...... 44 .. BIBLIOGRAFICAS .... iii ..... 47 RESUMO A visao da crian9B que apresenta dificuldades em sua aprendizagem e serios problemas de comportamento, tem oscilado entre dois extremos: ou e vista como ma, doente, perigosa ou inadaptada, e deve entao ser julgada p~r seus atos, considerada como sendo ela pr6pria a causa das dificuldades, ou e vista no sentido oposto, como vitima, em situagao de risco, exposta e indefesa face a um ambiente ameagador (socio - familiar) do qual precisa ser protegida. Em ambas as situa¢es, seja causa percebida como extema au interna, 0 feito ou a solugao e identico: ela deve ser exclulda (como culpada ou como vitima). Com esta pesquisa pretende-se indicar possiveis solugoes de carater preventivo, evitando 0 encaminhamento inadequado au exclusao, de criang8s com dificuldade de aprendizagem e de comportamento, do ensino regular, oferecendo subsidios tecnicos para a compreensao de dificuldades de aprendizagem e comportamento que a crian9B apresenta compreensao da realidade social da crian9B. Iv e para a INTRODUCAO Sabemos que a crianga com Condutas Tipicas, e uma crianga que apresenta, alem de atrasos em sua aprendizagem, serios problemas de comportamento que se nao forem bem trabalhados, iran se transformar em barreiras para seu aprendizado e desenvolvimento social. Um dos problemas que mais preocupa profissionais na pratica clinica e educacional hoje em dia, e 0 Deticit de Atengao. 0 estabelecimento de criterios bem definidos para identifica9l\o e classificagao, vem sendo estudados e constituem-se em urn dos temas mais preocupantes per aquetes envolvidos no processo educativo. No inicio do seculo XX, esse disturbio foi chamado de disfungao cerebral minima, passando posteriormente a ser chamado de hipercinesia, ou hipercinese, logo a seguir, hiperatividade, nome que ficou conhecido e perdurou por mais tempo. Em 1987 passou a ser chamado de deficit de atengao, ou ainda disturbio de deficit de atengao com hiperatividade, sendo que muitas vezes utiliza-se somente a sigla DDA (em portugues) ou ADD (em ingles "Attencion Deficit Disorder"). E tambem eventualmente chamado de Sindrome de Deficit de Atengao, ou ainda Transtorno de Deficit de Atengao com Hiperatividade. No processo de atendimento de avaliag80 a criangas de condutas tipicas, encaminhadas pelo Nucleo Regional de Educagao de Curitiba - NREC - que freqOentam estabelecimentos de ensino regular, tem-se constatados que em alguns cases, nao e a crianga, e sim seu entorno social tern contribufdo para ctesatengao e indisciplina na sala de aula, havendo urna necessidade de urna abordagem multifocal, que envolva a familia, a escola e a comunidade. Os pais emocionalmente, sao considerados intrometidos ou como mal informados, irresponsaveis, para muitos poderem envolvidos emitir a mais simples informagao objetiva ou contribuirem com qualquer agao eficaz. A escola cabe ensinar, isto e, garantir a aprendizagem de certas habilidades e conteudos que sao necessarios para a vida em sociedade, e para atingir seus fins e preciso que a escola traga para dentro de seus espagos 0 mundo real, do qual essas criangas e seus professores fazem parte. 2 Compreender e assumir necessidades, €I Nesta perspectiva, s identificar tempo presente, com seus problemas e 0 urna forma de gerar alternativas humanizadoras para como seus 0 0 mundo. mais importante do que procurar a causa do problema, efeitos sao vividos no contexte socia - familiar e educacional, ou seja, qual a fun91io do significado que 0 sintoma adquire no contexte das interagoes anda ele se produz e se mantem. Todo sintoma traz em si uma fungao e uma demanda na medida que revela algo que nao possui outra possibilidade de ser expresso no contexto atual do sujeito e de sua integrar;ao com 0 ambiente. Importante e reconhecer a crianga como objeto e sujeito de seu processo de socializa91io, assim como perceber 0 direito dos pais de compreender claramente sua fungao pessoal no atendimento das necessidades especificas do seus filhos. Uma das maiores dificuldades que encontram na area do atendimento a criangas e adolescentes com disturbio de aprendizagem e de comportamento e notadamente a desarticulagao entre os diferentes segmentos da sociedade que propoem interveng6es de ajuda. Uma abordagem multifocal permite realizar urn diagnostico dentro de uma visao preventiva, reordenando assim, as relag6es escola- familia - comunidade, em suas respectivas funcaes, com issa, evitando a exclusao ou encaminhamento inadequado do aluno, que e onde aparece 0 foco sintomatico da problematica dessas relag6es. Essa pesquisa desenvolver-se-a atraves de uma abordagem qualitativa e de fonte secundaria da constru91io do conhecimento do individuo com Condutas Tipicas e 0 papel da escola frente ao processo ensino aprendizagem. Neste trabalho sera apresentado de forma descritiva, quais as caracteristicas do individuo portador de Condutas Tipicas, como a escola pode contribuir para que este educando possa vir a participar da comunidade escolar e como podemos contribuir para a Inciusao deste individuo, nao somente na escola como tambem na sociedade em gera!. 2 PRINCiPIOS BAslCOS DA EDUCACAo ESPECIAL o grande objetivo da Educayao Especial e possibilitar 0 desenvolvimento global e harmonioso dos alunos com necessidades educativas especiais, facilitando seu processo de integrayao na familia, na escola, na comunidade e na sociedade, para issa dave-se contar com auxflio de recursos instrucionais e metodologias especificas, pautando-se sempre nos principios Polftico-filos6ficos da Educayao. Implica em mudanyas de comportamento para mudanyas posteriores. Os trabalhos de Binet e Simon por urn lado, e de Freud por outro, deram uma nova visao il problematica. De urn lado, a criayao de idade mental, do outr~, 0 nascimento da pSicanalise como terapia, aspectos importantes pela contribuiyao que trouxeram a compreensao e il educayao da crianya com deficiencia. (Fonseca, 1995) . Faz-se Educa980 necessaria contemplem que as diretrizes alunos com que norteiam necessidades a Politica especiais, Nacional propiciando de urna reflexao sobre a pratica pedag6gica junto a esses alunos e conseqaentemente sobre sua integrayao na sociedade. Corroborando CARVALHO (1993), afirma que a Educayao Geral, a Regular e a Especial devem atuar solidariamente, compartilhando responsabilidades em relac;ao a "todos" as seus alunos. Seguindo esta linha de pensamento, devemos pensar que a Educayao Especial deve ser parte integrante do Sistema Geral de Educayao e nao de urn sistema isolado e paralelo. Ela deve fluir nos diferentes niveis e graus de ensino. Devemos assinalar que a diferenya entre a Educayao Especial e a Comum nao se encontram nos principlos Polftico-filosoficos da Educayao, mas sim em suas estrategias de ayao que sao variadas devido a diversidade de caracteristicas da populayao que a se destinam. Podemos chegar a conclusao que os fins da Educayao Especial sao os mesmos fins da Educayao: a auto-realizayao, a qualificayao para 0 trabalho e 0 exercfcio da cidadania. Hoje, concebe-se atendimento a passoa 0 trabalho da Educayao Especial nao apenas classificada tradicionalmente como excepcional, 0 mas 4 tamoom aquele que atinge todo aluno que neeessita, em qualquer periodo de sua vida, de meios especiais para 0 seu pleno desenvolvimento. Atualmente 0 atendimento educacional realizado pela Educagiio Especial precisa permear grau. Com isto, 0 ensina brasileiro, iniciando-se na pre-escola e precise individuo, dando-Ihe 0 atendimento adequado pOis a Escola veZ6S, se e atingindo 0 3° que as institui¢es se preparem para reeeber qualquer mudarmos apenas e de todos. Muitas algumas estrategias, sera passlvel termos assas pessoas atendidas. A manuten9ilo de servi90s cada vez mais diversificados facilitara sua adaptagiio, desde que sejam colocados em ambientes 0 menos restritos possiveis. Se olharmos a educa91l0brasileira, podemos notar que isto ainda niio ocorre em nosso pais. sem E preciso portanto, reverter este quadro. Falar-se em cidadania, vivencia-Ia, sem oferecer as pessoas com necessidades atendimento as neeessidades basicas e pessoas especiais. mudanc;as radicais, Devemos pensar em especiais, escola e desacreditar nas potencialidades das e preciso pensar em uma educagiio que trabalhe junto com a crian98, pensando junto com ela, deixando-a construir seu pr6prio conhecimento e permitindo-Ihe questionar e refletir criticamente. A Educagiio Especial, bem como os principios que regem sua politica, deve considerar: (MEC/SPEESP,1994) - Pnncipio da Normalizagflo: Pode ser considerada a base filos6ficaideol6gica da integra9Ao. 0 termo trns muitas controversias em seu significado, porque deriva da palavra "normar, e tambem faz pensar em "normas soCiais que consideram H , ·desviantes~ aqueles que fogem dos padr6es medios de comportamento socialmente estabelecidos. NormalizayAo poderia sugerir erroneamente a busca de conformidade as normas socials. Tambem nAo significa tomar ~normal" a pessoa com defici~ncia. Prevalece sempre 0 seu direito de ser diferente e ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela sociedade. A ideia de normalizaQAo tras na sua essencia dupla mensagem: uma referente As condi¢es de vida (meios) e outra a forma de viver (resultados). No aspecto meios significa oferecer As pessoas com necessidades especiais as mesmas condil;Oes e oportunidades socials, educacionais e profissionais a que outras pessoas t@m acesso. No aspecto resultado, respeitando-se as caracterfsticas pessoais, norma/iza(}ao significa aCeitar a maneira desses individuos viverem, com direitos e deveres. - Principia de /ntegragao: a integrayao justifica-se como principio na medida que se refere aos seguintes valores democraticos: Igualdade - viver em sociedade tendo iguais direitos, privilegios e deveres, como lodos os individuos; Participa~o aliva - requisito indispens8vel a verdadeira intera~o social; Respeito a direitos e deveres socialmente estabelecidos. A ideia de integrac;ao necessariamente em reciprocidade. Isto significa que vai muito alam da inserc;aoda pessoa com necessidades especiais em qualquer grupo. A inseryao limita-se a simples introduyao fisica ao passo que a integrac;ao envolve a aceitac.;:Aodaquele que insere. Do ponto de vista operacional, 0 ideal da integrac.;:Aoe ocorrer em niveis progressiv~s, desde a aproximacAo fisica, incluindo a funcional, ata a instrucional (freqOencia a classe do ensino comum). - Principio da Individualiza~o: Nenhum outro principio valoriza tanto as diferenc;as individuals, seja as existentes entre os portadores de necessidades especiais e as pessoas ditas normais, seja comparando entre si, os pr6prios individuos com necessidades espeCiais. A individualizayao pressupOe a adequayao do entendimento educacional a cada pessoa com necessidades educativas especiais, respeitando seu ritmo e caracteristicas pessoais. - Princfpio Sociol6gico da Interdepend6ncia : As pr6prias caracteristicas da pessoa com necessidades especiais, particularrnente quando deficientes ou com condutas tipicas, exigem, alam do atendimento educacional, outras praticas nas areas s6cio-meciicopsicol6gicas. Sempre visando 0 pleno desenvolvimento das potencialidades, deve-se valorizar parcerias envolvendo educayao, saude, ac.;:80 social e trabalho. A sociedade civil organizada deve, tambam se articular com 6rgaos govemamentais em a¢es conjuntas e interdependentes. - Principia Episiemal6gico da Construglla do Real: Refere-se a conciliac.;:Aoentre 0 que a necessario fazer para atender as aspira¢es e interesses das pessoas com necessidades especiais e a aplicayao dos meios disponiveis. Nem sempre as condi¢es conjunturais perrnitem desenvolver a¢es que atendam a todas as necessidades do alunado. portanto, em respaito lis diferent;:as individuais e as circunstancias s6cio-politicas e econ6micas, e preciso "construir 0 real", sempre visando as necessidades do alunado de educayao espeCial. Principia da EfetMdade dos Mode/os de Atendimento Educaciona/: Embas8 8 qualidade das 8{:oes educativas. Envolve tr@selementos: Infra-estrutura (administrativa, recursos humanos e materiais); hierarquia do poder (interno e externo as institui¢es envolvidas), e consenso politico em torno das fun{:aes sociais e educativas (ideologias educacionais). PrIncipia do Ajuste Econ6mico com DimensSo Humana: Refere-se ao valor que se deve atribuir a dignidade das pessoas especlais como seres integrals. Nesse sentido, as rela¢es custo-beneficio na educa~o especial nao devem prevalecer sabre a dimensaa do homem com necessidades especiais, que faz jus a todos os direitos como cidadao. Cumpre alertar que a falta de atendimento educacional adequado a essas pessoas representa, em longo prazo, urn alto custo a n8{:80. PrIncipia de Legitimidade: Visa a participayao das pessoas especiais, de condutas tipicas e de altas habilidades, ou de seus representantes legals, na elabora{:8o e forma{:ao de politicas publicas, pianos e programas. Em nosso pais ainda e preciso rever varios t6picos quando se fala em cidadania e educa9iio para todos. A Educa9iio dave apontar para as criangas e caminhar junto com elas deixando-a construir seus pr6prios conhecimentos, permitindo-Ihes questionar e refletir criticamente. Igualdade de oportunidade para as individuos, com a visao de que todos possuem as mesmos direitos de compartilhar a vida em sociedade, de acordo com as diferengas individuais, e urn ponto preponderante ao se falar em cidadania. A liberdade para agir e escolher e a respeito a dignidade da pessoa humana sao questoes indiscutiveis em Educa9iio Especial. Sem a superprotegao au mesmo agOesde paternalismo, precisamos garantir a direito a educa9iio dessas criangas de acordo com suas potencialidades. A Politica Nacional de Educagao Especial evidencia as modalidades de atendimento educacional como alternativas de procedimentos didaticos especiais e adequados as necessidades educativas do aluno da educa9iio especial e que implicam em esfon;os fisicos, recursos humanos e materiais diferenciados. As modalidades de atendimento em Educa9iio Especial no Brasil sao: • Classe Especial Sao salas de aulas em escolas de ensino regular. Sao organizadas de forma a se constituir em urn ambiente proprio e adequado ao processo de ensino- aprendizagem daqueles alunos da Educayao Especial. Nesses ambientes os professores recursos sao selecionados, bern como capacitados, utilizando metodos e pedag6gicos especiaJizados e quando necessaria, equipamentos e materiais especfficos. • Classe Comum Dentro do ensino regular, encontram-se matriculados, em processo de integrayao, os individuos com necessidades especiais que possuem condi90es de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensina comum, no mesma ritmo que as educandos ditos normais. • Sala de Recursos Ambiente com equipamentos e recursos pedag6gicos especificos a natureza das necessidades especiais do educando, onde sao trabalhados conteudos que completam 0 atendimento educacional realizados em classes de ensino comum. Neste local 0 educando deve ser atendido individual mente preferencialmente ou em pequenos grupos, por professores especializados em horarios diferentes do que frequenta no ensina regular. • Oficina Pedag6gica Espa90 destinado a propiciar 0 desenvolvimento das aptidoes e habilidades dos individuos com necessidades especiais atraves de atividades laborativas orientadas por professores capacitados, onde estao disponiveis diferentes tipos de equipamentos e materiais para 0 ensino-aprendizagem nas diversas areas do desempenho protissional. • Sala de Estimulayao Essencial Local destinado ao atendimento de individuos com deficiencias, de 0 a 3 anos de idade e de crianyas consideradas atividades terapeuticas e de alto risco, ande sao desenvolvidas educacionais voltadas desenvolvimento global. Nestas atividades de estimula~o, a participa~o da familia e fundamental. • Atendimento Domiciliar Este e 0 tipo de serviyo prestado ao portador de necessidades especiais em sua pr6pria casa, frente a impossibilidade de sua freqOencia a escola. • Classe Hospitalar Ambientes dentro de hospitais, e que sao equipados para possibilitarem 0 atendimento de crianyas e jovens internados que necessitam de educa~o especial e que estejam internados. • Escola Especial Sao instituiy6es especializadas destinadas a prestarem atendimento pedag6gico a educandos com deficiencias e de condutas tipicas, onde sao desenvolvidos e utilizados, por profissionais qualificados, curriculos adaptados, programas e procedimentos diferenciados, apoiados em equipamentos e materiais didaticos especificos. • Centro Integrado de Educa~o Especial Organizayllo que disp6e de serviyos de avaliayllo diagn6stica, de estimula~o essencial, de escolarizayao propriamente dita e de prepara~o para 0 trabalho, contando com 0 apoio de equipe interdisciplinar que utiliza equipamentos, materiais e recursos didaticos especificos para atender educandos com necessidades especiais. Ensino com Professor Itinerante Trata-se de um trabalho educativo desenvolvido em varias escolas por docente especializado, que periodicamente trabalha com necessidades especiais e com 0 0 educando com professor de classe comum, proporcionando-Ihes, ensinamentos e supervisao adequados. Em quaisquer dessas imprescindlvel desenvolver 80 modalidades de atendimento educacional, e maximo as potencialidades dos alunos, com vistas a uma melhor integra~o pessoal-social. A Educa9ilo Especial e tao necessaria quanto a Educagao Formal, pOis atraves de suas normas no sistema de ensina favorece para que estes indivfduos possam se desenvolver com mais dignidade, auxiliando professores, pais e a comunidade para melhor atendimento e valoriza9ilo da pessoa com necessidades educacionais especiais. 10 3 CONCEITUACAo E CARACTERIZACAo DE CONDUTAS TiPICAS Salientamos que 0 enfoque desta conceituagao n;;o tem 0 objetivo nem pode oferecer um enfoque diagn6stico, ate porque nao serao descritos os aspectos normais do desenvolvimento para referencia conceitual, mas somente de situar grupos de crianyas com sua manifesta90es psiquicas. Entende-se por Gondutas Tipicas as "manifestar;6es e quadros psicol6gicos, portadores de sindromes ocasionam atrasos no desenvolvimento grau que requeira Devida atendimento as dificuldades e prejuizos educacional emocionais comportamentais neurol6gicos no relacionamento especia/izado". que apresentam, tipicas ou psiquiatricos de que social, em (MEG SEE, 1994.p. 7-8) nao se estes individuos adaptam ao ensino regular, demandando programas de carater especial. As dificuldades apresentadas por estes individuos, sejam de ordem racional ou estrutural, avaliadas a partir de sua conduta, sozinhos au interayao com 0 seu meio, nos permite uma avalia<;iio dinamica de sua condiyao de matura<;iio, ficando tal conduta contextualizada e inserida num processo evolutivo. Neste estudo, nao he a inten<;iio de uma exposiyao te6ricas acerca de psicopatologias, no entanto, precisamos uniformizar as conceitos, inclusive as de ordem clinica e principalmente os de ordem escolar, sobre a clientela a ser atendida, por este programa. E preciso salientar, ainda, que 0 uso desta conceitua<;iio nao tem 0 objetivo nem pode oferecer um enquadre diagn6stico, ate porque nao abordaremos os aspectos do desenvolvimento para refer€mciaconceitual, mas somente de situar 0 grupo de individuos com suas manifestayoes psiquicas a serem atendidas por serviyos especializados. 3.1 Perturba~lIo por Deficit de Atengllo Um dos problemas que mais preocupa profissionais na pretica clinica e educacional hoje em dia, e 0 Deficit de Atenyao. 0 estabelecimento de criterios bern definidos para identificayao e classificayao, vem sendo estudados e 11 constituem-se em urn dos tamas mais preocupantes par aqueles envolvidos no processo educativQ, o DSM (1996) manter-se define desatenyao naquelas crian9as com dificuldade em atenta a detalhes e com issa tandem a cometer erras descuidados nas tarefas escolares< Sao crian9as com dificuldade em fixar atenyao em tarefas propostas ou jogos educativos< Sua inabilidade em ouvir com aten9Bo uma conversa; em seguir instruQ6es au terminar taretas tambem sao comportamentos presentes< Estes comportamentos nao podem ser analisados como atitudes de oposiyao ou falta de entendimento< Sao crian98s descritas tambem como desorganizadas em sues atividades; sao as que possuem rejeiQ80 au resistencia em realizar tarefas que necessitam maior esfor90 mental, isto no que diz respeito a taretas escolares ou deveres de casa Distraem-se com facilidade, perdem coisas necessarias a realizac;ao de sues atividades, esquecem diariamente de seus afazeres. Deficit de atenyao e considerado um sinal cardeal de hiperatividade, uma condiyao caracterizada em parte por distrabilidade, dificuldade de seguis instrw;oes, dificuldade de manter aten9Bo em uma tareta imposta, impulsividade e inquietayao< Se observarmos, atenyao insuficiente e impulsividade podem impedir a aquisiyao de conceitos, 0 aprendizado de estrategias e a efetivayao da motivayao para 0 aprendizado< (GOLDSTEIN, 1998) Contudo, a despeito da confian9a com que a sindrome do deficit de atenyao e costumeiramente diagnosticada, ha muitas questoes relativas a homogeneidade e diferenciayao categorial desta patologia< Devemos observar que 0 diagnostico em crian9as com idade cronol6gica abaixo de 4 anos, deve ser cauteloso, pois este comportamento deve ser muito bem diferenciado, pois a atenyao seletiva, nesta fase, ainda este em tase de desenvolvimento. Embora problemas de atenyao estejam muitas vezes associados com impulsividade, ma modulayao da vigilia e inclinayao a procurar refor90 imediato, nBo esta claramente estabelecido que atenyao defeituosa seja a disfunyao Msica no transtorno do deficit de aten9Bo< 12 Muitos problemas de atengao sao erroneamente muito valorizados e diagnosticados como deficits cognitivos primarios, em vista de produzirem as mesmos sintomas e as mesmos efeitos sabre Quanta as causas 0 comportamento e a aprendizagem. de seu aparecimento, cerebrais, durante a gravidez e 0 existem varios estudos. parto; idade precoce da maternidade; 0 Lesoes fumo; 0 alcool; fatores hereditarios; alteragoes nos lobos frontais do cerebro; deficiencia na produ~o de neurotransmissores; epilepsia; infecy6es cronicas de ouvido; alergias; toxinas ambientais como 0 chumbo e pesticidas qufmicos ou mesmo conservantes nos alimentos; dietas ricas em 8gUcares foram investigadas como causas dos distllrbios de atengao. Como mostra essa diversidade de estudos, a etiologia dos deticits de atengao constitui ainda hoje um dos temas mais polemicos na literatura associada. Com 0 exposto aeima, podemos concluir que nao existe causa unica, mas sim, provavelmente, uma interagao de fatores biol6gicos e psicossociais que leva ao quadro clinico do disturbio. Sabemos que a ansiedade pode acompanhar a perturbagao por deficit de atengao com uma reagao secundaria e, por si pr6pria, a ansiedade pode manifestar hiperatividade e distragao. A multiplicidade de causas e de fatores associados aos deficits de atengao tem aberto espago a um grande numero de propostas para 0 seu tratamento. Amplamente utilizados, pSicoestimulantes e antidepressivos tem sido tratamentos tradicionalmente usados para reduzir a desatengao, a impulsividade e a hiperatividade que acompanham os deficits de atengao. As controversias a respeito das terapias a base de medicagao voltam os esforgos e atengOes dos especialistas para a busca de intervengOes psicol6gicas e psicopedag6gicas direcionadas para 0 tratamento dos sintomas comportamentais deste deficit. Dentro desta vertente, surge 0 enfoque no trabalho multidisciplinar, com a atuagao da familia no processo. A ajuda a crianga e a familia, p~r meio de profissionais qualificados, que atendem os aspectos medicos, emocionais, comportamentais e educacionais deste indiv[duo, prece, de momento, uma intervengao eficaz no tratamento. Tais servigos e programas incluem 0 acompanhamento medicamentoso para aumentar a concentra980, e 0 exercicio educacional, mediante 0 atendimento individualizado a crianya, com a devida orientayao aos pais e professores. 13 Estudos sabre a inabilidade cognitiva e sociais desses indivfduos vern contribuindo para a identificagao de suas necessidades educacionais, bem como, na elaboragao de programas de intervengao pSicol6gica e psicopedag6gica, voltados para construgao de novas praticas educacionais voltadas para as necessidades especiais das criangas, adolescentes e adultos, portadores de distilrbios de atengao. 3.2 Perturba~iio por Deficit de Aten~iio com Hiperatividade Essa perturbagao apresenta certos aspectos classicos que, segundo KAPLAN e SADOCH (1984), sao fundamentais ou associados. Os aspectos fundamentais sao: atividade motora excessiva; dificuldade na atengao; agitagao; inquietagao; interrupgao das brincadeiras e trabalho dos outros; incapacidade de sentar-se quieto; atividade deficientemente organizada e nao dirigida ao objetivo; comportamento variavel e funcionamento inconsistente; falha em seguir instrugaes dos paiS. Os aspectos associados seriam: dificuldades nos seus relacionamentos interpessoais; obstinagao; negativismo; comando e tirania; instabilidade afetiva; baixa tolerancia a frustragao; explosao temperamental; baixa auto-estima; comportamento anti-social, especialmente na adolescencia. "Sob a 6tica da psicoJogia, sabemos que tireas nao organizadas, que, 0 desenvolvimento do psiquismo atra~s de urn conjunto se faz de experi6ncias a partir das mediadas fundamentafmente pelo relacionamento materno, se tomam significativas. Estas dreas organizam-se progressivamenre, juntamente com 0 apare/ho neuro/6gico. Portanto, no inlciD da vida a organizac;lJo mental coexistente com ttreas de desorganizac;lJo e/ou nlJo organizac;ao. Numa Criam;a hiperativa, observamos que as ttreas de desorganizac;lJo e/ou nlJo organizac;ao tomam-se mais exiensas. A vivimcia correspondente a zona de cJesorganizac;lJo~ a confuslJo, f§ a maneira de experimenUJ-la e a ansiedade confusional. Quando uma criall9a se v6 dianfe de uma realidade sabre reconhecer, decifrar e Jidar, frustra-se, e e invadida per a qual nlJo sabe ansiedade confusional. Este estado confusional se 'resolve' atravfJs de urna impu/slJo (descarregado par via motora) que e caracterfstica fundamental cia hiperatividade. Podemos portanto, inferir que na conduta impulsiva destas criall9as ha um ata motor, aD invfJs de urn pensamento, por ser a forma disponfvel de 'drenar' ansiedades. 14 Este principia dfoomico pode nortear a estrat~giapedag6gica a ser apresentada a se pretende, ~ chegar aD plena desenvoMmento da e amp/jar a cond~ao de observagl1o e interpretat;iJo da realidade pela crianr;a. estas crianqas, au seja, capacidade de pensar, A outras composigao evitanda 0 0 que que signifiea valorizar dos grupos de (raba/ha, interveng{Jes, (OUVEIRA, 0 deve levar em ronta 0 as calendMo, horMos caracterfsticas de atividades, de funcionamento agrupamento de criangas que iteragem. desestabiliz8ndo 0 entre sacial, proprio trabalho." 1994) Se analisarmos urn grupo de criangas em sala, em atividades recreativas, em grupos espontEmeos, iremos denotar que comportamentos de agitayiio, impulsividade, excesso de atos motores, dentre outras caraderisticas transtorno, estarao presentes. A maioria dos sintomas da slndrome deste e manifestado ocasionalmente por todas as crian~as. Uma importante diferenga e que nas criangas com deficit de atenyiio por hiperatividade (TDAH) os sintomas sao mais graves e abrangentes, agrupando-se em urna sindrome e presentes par muitos anos; naD sao urna reagao temporaria a urn evento estressante. As crian~as com transtorno de deficit de aten~ao por hiperatividade (TDAH), chamam a atenyiio, tanto por causa de seu comportamento perturbador e inc6modo quanto por seu baixo rendimento escolar. Contudo, diferencialmente de transtornos mais serios, como as transtornos globais do desenvolvimento, as criany8s parecem normais e as vezes se comportam normalmente, desafiando-nos a compreends-Ias melhor e trata-Ias mais eficientemente. 3.3 Autismo e Transtornos Globais do Desenvolvimento Atualmente os chamados disturbios globais do desenvolvimento nao correspondem a uma descri980 da doenQa, mas sim, a urn complexo de sindromes das mais variadas etiologias e que possuem urn repert6rio comportamental caracterfstico, manifesto par urn prejufzo severo e invasivo em diversas areas do desenvolvimento, dentre as quais, habilidades de interayiio social reciproca, habilidades de comunicayiio ou presenga de comportamento, interesses e atividades estereotipadas. Esse prejuizos qualitativos representam urn desvio acentuado em relayiio ao nivel de desenvolvimento ou idade mental do individuo. 15 A se9iio da CID -10 (1993) sobre transtornos globais do desenvolvimento organizada de acordo com e seguinte enfoque: autismo infantil, autismo atipico, 0 sindrome de Rett, transtorno desintegrador da infancia, sindrome de Asperger e transtorno de hiperatividade associada com retardo mental e movimentos estereotipados. De acordo com 0 DSM-IV (1996), a utilidade da incorpora9iio dos subtipos dos transtornos globais do desenvolvimento, no caso a sindrome de Rett e Arperger e pSicose desintegradora, esteo sob considera9iio. As vantagens, que incluem facilitar as pesquisas sobre a validade dos subgrupos e os relacionamento basicos entre ales, estao sendo pesadas contra as riscas de concretizar distin¢es diagn6sticas para as quais processos patol6gicos neo forma identificados e que, na verdade podem nilo existir. 3.3.1 Transtorno Autista Este transtorno diz respeito a deficits sociais difusos, amplos deficits no desenvolvimento da linguagem, padroes incomuns da fala (quando esta presente), respostas bizarras ao ambiente e ausencia de delirios ou alucinay1ies tipicos da esquizofrenia. Por defini9ilo, transtorno no Autismo e 0 autismo manifesta-se ate os 30 meses de idade. 0 chamado, ocasionalmente, de autismo infantil precoce, autismo da infaneia au autismo de Kanner. Neste transtorno, observamos que 0 prejuizo na intera9ilo social reciproca e amplo e persistente. Perdas nos comportamentos nilo-verbais tambem silo manifestos, como contato visual direto, suas expressoes faciais, posturas e gestos corporais, que tambem estariam atuando dentro da comunica9iio e intera9iio com 0 meio. Silo individuos que quando crianyas, nilo demonstram nenhum interesse em formar amizades e em idade mais avanyada, podem ate se interessar, mas neo compreendem as convent;:oes da interagao social, Existe um comprometimento em "brincadeiras de faz-de-conta e jogos sociais de imita9iio; falta de sincronia e falta de reciprocidade no intercambio de conversa9iio; pouca f1exibilidade na expressao da linguagem e uma relativa auseneia de criatividade e fantasia nos processos de pensamento; falta de resposta emocional as iniciativas verba is e nao verbais de Qutras pessoas; usa 16 compromelido de variagiies na cadancia ou anfase para reflelir modulayao comunicativa e uma falta similar de gestos concomitantes para dar enfase au ajuda na significa9ao na comunicayao falada" (Classificayao de Translornos Menlais e de Comportamenlo da CID-10, 1993). A crian98 com esle Iranslorno, pode realizar rolinas particulares e riluais de carater nao-funcional; freqOentemente podem aparecem interessar-se as estereotipias par datas, motoras. itinerarios Interessam-se au horarios; pelas coisas nao-funcionais dos objelos; nao apreciam a mudan9a na rolina ou em delalhes do seu meio ambienle pessoal (mudan98s no mobiliario da casa, lugar de sua escova de denies, posiyao do pralo na mesa, denlre oulros). Sao individuos que podem apresenlar medos ou fobias, perturba90es de sono e na alimenlayao, freqOenles alaques de birra e agressao a oulros. Aulo lesao e baslanle comum especialmenle quando esla sindrome esla associada a relardo meniaL Nao sao individuos esponlaneos, carecem de crialividade na organizayao de seu tempo de lazer e tem dificuldade em aplicar conceitualizagiies em decisoes no trabalho, isto mesmo quando a tarefa a ser executada, esta a altura de sua capacidade. Quanto ao tratamenlo, dada a gravidade dessas condigiies e 0 progn6stico relativamente fraco, nao nos surpreende que, essencialmente, todos os tratamentos possiveis tenham side utilizados, incluindo farmacol6gicos, somaticos, modificayao do comportamento, intervenyao educacional, psicoterapia, alterayao da dieta alimentar e similares. Conludo, alteragiies a curto prazo podem retletir efeitos inespecificos e nac ser nem duradouras, nem clinicamente significativas. 17 4 CONDUTAS TiPICAS E A FAMiliA Teoricamente, as profissionais que atuam com indivlduos com necessidades especiais, estao habilitados para trabalharem com este individuo e seus pais ao longo do cicio de vida individual delas e do cicio vital compartilhado da familia< A famma, a escola sao os responsaveis diretos pala e a comunidade forma9ilo das crian<;as e adolescentes que num futuro pr6ximo, serao os responsaveis pela condu9ilo do destina da sociedade a que pertencem<Atualmente com toda esta globaliza9ilo terrestre, se analisarmos 0 destin~ de nosso planeta esta. nas mao destes jovens atuais nassos filhos, que serao pais e responsaveis pela educa9ilo das futuras gera<;iies< A educa9ilo e fator que acompanha 0 ser humane desde sua vida intra- uterina, e se desenvolve e evolui dentro do convfvio familiar, tendo sua continuidade na escola e na comunidade, tendo Na medlda que 0 cerea, val tomando consci~nciade das coisas que nele 0 Estado como responsaveL ser humane val aprendendo e conhecendo astao 8i, 0 meio que de sua singularidade, do meio que inseridas. Com issa, vai aos poueos canceltos, sempre mediado pelo Qutro, e assim vai formando 0 0 0 cerca e formando seus seu simbolismo, e atraves deste inicia seu processo de comunica9ilo atraves da linguagem< Ao se comparar, se sentir inserido no meio, 0 indivfduo tenta explicar os fenomenos que 0 cercam, e com isto, comec;a a organizar seus pensamentos e formar seus jUIZOS, dando condi<;iies assim, para que comece suas reflexoes, decisoes e op<;iies de vida< Estas, segundo FICHTNER (1997), seriam as caracteristicas basicas das func;oes do ego madura, ou seja: discriminar a realidade que cerca ° indivlduo, pensar sobre esta realidade, e assim poder antecipar as situa<;iies, rever, analisar os possiveis caminhos e metas a serem trilhados, ate ter condigoes de por oP9ilo pr6pria, e com responsabilidade, executar sua a9ilo, mas que anteriormente foi analisada, refletida, planejada e executada, por este individuo< Estes fatos, sao as diferenc;as de ser humane e das outras especies animais. Este, resumidamente, possui a consciencia de sua propria existencia, singularidade e autonomia; possui a capacidade de refletir sobre a realidade e a liberdade para modificar partir de suas pr6prias vontades e necessidades< 0 seu meio, a 18 Este processo se desenvolve atraves de crises de crescimento e estruturayiio, pela educagBo que recebe da familia e da comunidade. Atualmente, 0 questionamento que se faz esta transmitindo as novas geragoes. 0 e sabre as valores que a famflia consumismo, a necessidade de sobrevivencia, a luta do mais forte, sao dentfe as buscas, a que a familia luta, para viver dentro do princfpio do prazer absoluto. A mfdia estimula 0 consumismo e a polftica do descartavel, em todos as niveis socials emaranham estas famllias. Pelo fato de estarem sempre ausentes, buscando 0 bern estar dos seus, as pais sentemse muitas vezes culpados por nBOpoderem dar a atenyiio e 0 tempo que gostariam aos filhos. Por esta razao, muitas vezes, procuram compensar esta falha, com bens materials. 0 carre-corre diario, leva muitas vezes as pais a acreditarem que seus filhos desenvolvem-se sozinhos, bastando para isto, estarem bern alimentados, com saude e assistidos, muitas vezes pela escola. Muitos pais, ainda nao perceberam que a crian~ necessita aprender com sles como viver, como cuidar do carpa, das relay6es familiares e sociais, das atividades produtivas e recreativas, da atividade laboral dentre Qutrosparametros necessarios aD seu crescimento sadia. Hoje em dia, observamos que muitos dos modelos de identidade, oferecidos por muitos pais, nem de longe, satisfazem as necessidades de desenvolvimento e maturagBo de seus filhos. Enfim, 0 que observamos, sao muitos pais repetindo os modelos de educayiio recebidos de seus pais, sem levar em conta as mudanyas ocorridas na sociedade, ou adotam reativamente modelos diametralmente opostos com a pretexto de serem modernos. o que ata agora foi descrito se refere a familia de modo geral, sem levar em conta as situa¢es especificas de "crises familiares". o importante a que as famnias possuam f1exibilidade suficiente para tolerar bem as mudam;as, sem abrir nao da transmissao dos valores basicos humanos as novas geragoes. o Ministerio da Educagao e as escolas nao devem ser os unicos a perseguir os objetivos dispensar 0 ensino e a educagBo, as crianyas com de necessidades educativas especiais. Este trabalho, deve contar com a valiosa colaborayiio da familia, bem como da mobilizayiio da comunidade, organizay6es voluntarias, enfim, o apoio de todos os cidedaos. 19 o envolvimento nos projetos de educa\;iio destas criangas, pelos seus pais, a algo de extrema necessidade para seu desenvolvimento. Por outr~ lado, os pais de uma crianga com necessidades educativas especiais, precisam de apoio para poder assumir suas responsabilidades. No caso mais especifico, os pais das criangas com Condutas Tipicas, devem ser informados acerca das necessidades e comportamentos de seu filho. Negar a deficiencia do filho a uma forma de niio querer "enxergar' 0 problema ou, ainda, uma manifesta\;iio do medo de que a crianga seja reflexo de suas inadequayoes. Nesta fase, a importante que se estimule a autopercep\;iio dos pais perante seu filho deficiente, desenvolvendo, junto a essa familia, estratagias com 0 objetivo de auxiliar no reconhecimento das dificuldades do Who, tornando-os, assim, pais atuantes e participativos. (BARNARD e ERICKSON, 1982). Durante 0 processo de nega\;iio da deficiencia do filho, a dificil observar resultados na interven\;iio, uma vez que a negaylio bloqueia e dificulta com a crianga. A medida que os pais comeyam a perceber que processo de desenvolvimento diferente, passa-se da negayao No inicio, a a 0 0 trabalho filho exibe um conscientizayao. comum que haja inseguranga e duvidas sobre 0 que fazer e como fazer. Dai a busca de informayoes e auxilio. Nesse sentido, 0 envolvimento familiar parece depender da conscientiza\;iio de cada familia. Essa conscientiza\;iio ou da natureza e da gravidade da deficiencia do filho, por sua vez, nao a simples de ser compreendida. No trabalho com pais de criangas, com Condutas Tipicas, podem ser desenvolvidas intervent;6es junto a estas famllias, que mais tipicamente se relacionam ao atendimento clfnica, sendo 0 aconselhamento parental a forma mais comum, seja em nivel individual ou grupal. Estudos a respeito dos efeitos da deficiencia, sobre os membras da familia, em rela9Bo a integra980 marital, como Qutros sabre as diversas formas de rejeiyao ao problema, e em rela9iio a apoca e ao modo de se dar vez, forneceram subsidios para uma melhor atua\;iio o 0 diagnostico, por sua a familia. apoio, psicoterapico ata, as maes destas criangas, visa atenuar ou modificar seus sentimentos de culpa ou rejei9ao ao fato de terem tido uma crianga deficiente, a 0 ponto central desse tipo de atua\;iio. Convam ressaltar, poram, que, na pratica institucional e mesmo em situa\;iio clinica, poucas s;;o as criangas 20 atendidas cujos pais sao tambam tratados como sujeitos de uma interven<;ilo. Somente aqueles que se percebem necessitando de auxilio pSicologico, e que podem assumir financeiramente tal servi<;:o,a que se beneficiam desse tipo de atendimento. Se analisarmos, outro aspecto importante de intervenyao decorre de que a maior parte dos padroes de comportamento a adquirida na rela<;ilo do individuo com 0 seu meio, sendo, portanto, mais fecil altere-los tamMm nesta situa<;ilo. Como prevenyao, deve haver uma divisao de responsabilidades pela educayao e desenvolvimento do individuo com Condutas Tipicas, podendo a interven<;ilo iniciar-se muito mais cedo do que aquela em geral oferecia pelas instituiyoes ou clinicas. A orienta<;ilo preventiva, faz com que os pais, atuem no meio familiar, podendo facilitar e garantir a generaliza<;ilo e manutenyBo das aprendizagem pelo fato de ser 0 ambiente familiar aquele em que a crianya esta efetivamente inserida, passando ai mais tempo do que em qualquer outra situa<;ilo. Devemos tambam analisar 0 tipo de atendimento a familia, ou seja, aquele em nivel conceitual, que deriva de uma teoria de aprendizagem aplicada a situa<;ilo natural, que propoe os pais como mediadores do processo de ensinoaprendizagem, justamente par serem as principais fontes de reforyamento para este individuo. (CARVALHO, 1993). Par fim, dado 0 grande numero de pessoas com necessidades especiais, necessitando de atendimento, 0 preparo de pais e de profissionais, se apresenta como urna maneira eficiente de S8 multiplicar 0 atendimento, sendo, assim, emocionalmente vantajoso. Como se ve, incluir as membros familiares como agentes ativos nos programas de atendimento a crianyas especiais, analisando sua relevancia, tem side alva de muitos profissionais e estudos na area. Considera-se, envolver a familia no atendimento psicol6gico, com 0 assim que objetivo de promover 0 desenvolvimento e a educa<;ilo do individuo com Condutas Tipicas, pode ser uma oportunidade muito rica e proveitosa. Nesse sentido, a familia deve ser orientada, preparada e supervisionada por profissionais especializados sendo importante tamMm que outras membras da familia (irmao, avos e ata mesmo babes) sejam preparados e envolvidos no processo de intervenyBo. 21 Muitas vezes, as irmaos gostariam de ajudar, mas nao sabem como faze-Io; limitam-se muitas vezes a brincar com a crianya, haja urn planejamento; e mesma quando esta permite, assim se observarmos, sem que 0 aprendizado ocorre. Respeitando-se a interesse, a idade dos irmaos, a intera980 e a harmonia entre eles, com a observa980 e a fiscalizagao constante dos pais, as programas de atendimento que incluem a participag80 e 0 envolvimento dos irmaos podem ser muito produtivos. Ir ate a casa da crianya, torna-se tambem um fator importante que possibilita "vee" como a crianga se comporta no seu ambiente natural, a usa adequado de material, os brinquedos disponiveis e par quais se interess8. Devemos salientar, que este trabalho deve realizado com uma postura cuidadosa, uma discri980, um profissionalismo, pais, estaremos "invadindo" a privacidade do individuo e de seus familiares. E importante tambem a fato de que a atendimento seja especifico para cada criang8, sua familia e 0 meio em que esta necessidades e caracteristicas especfficas. inserida, considerando suas 22 5 PRINCiPIOS DA INCLUSAO Conceitua-se a inclusao social como adapta para necessidades poder incluir, em seus especiais e, simultaneamente, papeis na sociedade. A 0 processo pelo qual a sociedade se sistemas sociais gerais, estas se preparam pessoas com para assumir seus inclusao social constitui, entaD, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda exclufdas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre solugoes e efetivar a equiparagao de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1997, p. 3). Pelo modelo social da deficiencia, os problemas da pessoa com necessidades especiais nao estao nela tanto quanto estao na sociedade. Assim , a sociedade e chamada a ver que ela cria problemas para as pessoas portadoras de necessidade especiais, causando-Ihes incapacidade sociais em virlude de seus ambientes suas atitudes preconceituosas no desempenho de papeis restritivos; suas polWcas discriminat6rias e que rejeitam a minoria e todas as suas formas de diferengas; seus discutiveis padroes de normalidade; seus objetos e outros bens inacessiveis do ponto de vista ffsico; seus pre-requisitos atingiveis apenas pela maioria aparentemente; sua quase total desinformagao sobre necessidades especiais e sobre os direitos das pessoas que tem necessidades; e suas praticas discriminat6rias em muitos setores da atividade humana. Cabe, programaticas portanto, a e atitudinais sociedade para e1iminar todas que as pessoas possam ter acesso aos serviyos, lugares, informa¢es as barreiras com necessidades fisicas, especiais e bens necessarios ao seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional. Para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada a partir do entendimento de que ela e que precisa ser capaz de atender as necessidades de seus membros. 0 desenvolvimento, por meio da educagao, reabilitagao, qualificagao profissional, etc., das pessoas com deficiencia devem ocorrer dentro do processo de inclusao e nao como urn pre-requisito para estas pessoas poderern fazer parte da sociedade, como se elas "precisassem pagar' ingressos "para integrar a comunidade". (Clemente Filho, 1996,p.4), citado por Sassaki (1997). 23 A pratica da inclusilo social repousa em principios ate entilo considerados incomuns, tais como: as aceitagiies das diferengas individuais, a valorizagilo de cada pessoa, a convivencia dentro da diversidade humana, a aprendizagem atraves da cooperagilo. A inclusilo social, portanto, e um processo que contribui para a construgilo de um novo tipo de sociedade atraves de transformagiies, pequenas e grandes, equipamentos, aparelhos nos ambientes e utensflios, flsicos, espac;:os internos e externos, mobiliario e meiDs de transporte, nos procedimentos tecnicos e na mentalidade de todas as pessoas, portanto tambem da propria pessoa com necessidades especiais. Assim, existe a inclusilo no mercado de lrabalho, na educagilo, no lazer e recreac;ao, nos esportes, nos transportes, etc. Quando isso acontece, podemos falar em empresa inclusiva, no lazer e recreac;8.o inclusivDS, no esporte inclusivD, no transporte inclusivo e assim par diante. Uma outra forma de referencia consiste em dizermos, por exemplo, mercado de trabalho para todos, educagilo para todos, lazer e recrea9ilo para todos, esportes para lodos, transporte para todos. 5.1 Base Legal Os dispositivos legais de um Pais, de um Estado, de um Municipio, de uma Escola refletem a preocupagilo de homens e mulheres compromissados com a construg8o de urna sociedade justa, democratica, constituindo-se em fundamentos que asseguram a efetiva9ilo dos direitos humanos debatidos, almejados, bem como recursos para a efetivagilo dessa proposigilo. Dentro dessa inlencionalidade, a perspectiva da inclusao social vem gradativamente sendo constituida, sinalizadas por determinagoes legais e por recomenday6es de organismos intemacionais. Considerando-se a Educagilo como um dos falores de promogilo humana, a DECLARACAO UNIVERSAL DOS DIREllOS HUMANOS, aprovada pela III Assembleia Geral Ordinaria da Organizagilo das Nagoes Unidas - ONU, em 10 de dezembro de 1948, garante em seu Artigo 26 que "lodo 0 homem tem direito a instrugao. A instrugilo sera gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais". 24 A GONSTITUICAO BRASILEIRA de 1988 em seu Artigo 3° inciso IVafirma, que um dos objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil e promover a bem de todos, sem preconceitos de origem, raga, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminagao. Em seu Artigo 6°, defende a Educagao como um dos direitos sociais, tambem assegurada pela LEI DE OIRETRIZES E BASES OA EOUGACAO - LOB, Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996, em seu Artigo 2° e pelo ESTATUTO OA GRIANCA E AOOLESGENTE - EGA, Lei n.o 8.069, de 13 de julho de 1990, em seu Artigo 53. o ensino ministrado com base no principio de "igualdade de condiglies para o acesso e permanencia na escola" e defendido pela GONSTITUICAO em seu Artigo 206, inciso I, na LOB em seu Artigo 3° , inciso I e, no EGA, em seu Artigo 53. "0 atendimento ao educando, no ensina fundamental, atraves de programas suplementares de material didatico-escolar, transporte, alimentagao e assistencia a salide", esta mencionado na GONSTITUICAo, artigo 208, inciso VIII, na LOB em seu Artigo 4°, inciso VIII e, no EGA, Artigo 54, inciso VII. A lei assegura publicas, podendo filantr6picas", que "as recursos ser dirigidos publicos as escolas conforme especificado serao destinados comunitarias, as escolas confessionais na LOB, Titulo VII - au dos Recursos Financeiros. A GONSTITUICAo, na perspectiva de efetivar a integra980 social da pessoa com necessidades especiais, assegura em seu Artigo 208, inciso III, 0 "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiencia, preferencialmente na rede regular de ensino", na LOB no seu Artigo 4°, inciso III e no EGA em seu Artigo 54, inciso III. A inten980 de assegurar a "habilitagao e reabilitagao das pessoas portadoras de deficiencia e a promo98o se sua integra980 a vida comunitaria" e um dos objetivos da assistencia social da GONSTITUICAo, em seu Artigo 203, inciso IV, na LOB em seu Artigo 3°, inciso VI e, no EGA, em seu Artigo 54, inciso VII, § 1°. o grande saito para a construgao de um sistema educacional inclusivo se da a partir da Conferencia Mundial sabre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade ocorrido em Salamanca (Espanha, 1994) que ratifica a OEGLARACAO MUNOIAL DE EOUGACAO PARA TOOOS, firmado em Jomtien, na Tailandia em 1990. Oa Oeciaragao de Salamanca ressalta-se alguns trechos que 25 criam as justificativas para as linhas de propostas, para assegurar a democratizayao da educayao independentemente das diferen98s particulares dos alunos: • "todas as deva • de ambos as sex~s, crianyas, ser dada a oportunidade tern direito de abter e manter "cada crlanC8 tern caracterfsticas, interesses, fundamental nivel capacidades e que a ela a educayao de conhecimentoD; aceitavel e necessidades de aprendizagem que Ihes sao pr6priosH; ~os sistemas tenham "as devem ser educativos em vista loda gama com pessoas comuns dessas necessidades que deverao a essas necessidades "adotar como integra-las e as programas aplicados de modo que projetados diferentes caracteristicas educacionais especiais numa pedagogia e necessidades H devem Ter centralizada ; as acesso na crianC8, capaz escolas de atender D matricula ; fOf98 de lei au como de lodas para 0 contrerio as crianyas politica, 0 principio em escolas comuns, da educaC;6o a menos integrada que permita que haja raz6es a convincentes D ... 'Ioda com educayao, na medida de serem consultados circunstancias • ; pessoa uAs sinais meio ao ensino comunicacao Ihes deverao ser levada da lingua nas manifestar certa de educac;ao levar escolas desejos quanto Os pais tern direito que melhor em conta para de sinais seus disso. se ajuste a sua inerente as necessidades, ; em considerac;ao, de comunicaCao ministrada ... Ddesenvolver escolas crianyas; uma pedagogia e meninas, as diferenc;as por exemplo, os sUrdos, de seu pais. seria especiais e ser individuais e as diversas a importancia assegurado Face mais ou em independentemente educacionais as classes da lingua a todos as necessidades convincente de os surdos especificas que de a educayao que especiais nas ou unidades de suas especiais devem ate ampliandowos, a aplicayao quando receber ser dispensado de programas necessaria, pessOal Qe apoio extemO"; sempre dificuldades capaz educacao importante com sucesso grave. 0 mMto de qualidade para tentar mudar lodos dessas a todas as atitudes de a todos ... D; que possivel, ou diferencas todo de educar de deficiencia de dispensar que acolham crianc;a&, eficaz ... devera na crianya, sofrem dawse um passo multo criar comunidades lodas os que na capacidade com a sua criacao, que centralizada inclusive nao esta somente discriminaCao, comuns a forma de de estar comuns"; as meninos educayao direito de SUrdos e de surdos-.cegos, fosse escolas tem de seus filhos educacionais Devem como acosso sobre e aspirac;3es politicas situac;3es. deficiencia de sua capacidade apoio apoio adicional continuo, suplementares para receber possam ... as criancas ajuda necessario desde de ajuda apaio aprender com juntas, necessidades para garantir uma minima nas classes pedag6gico na escola, de professores especializados e de 26 ~... A escolarizayao regular nos de crianc;as - devena quais se demonstre necessidades que educativas ~deverao ser lamadas educayao a especiais nas da crian98, excepcionais, naD e especiais, escolas au classes naqueles classes seja necessarias naD pade para escolarizar a mesma como nos programas "assegurar que, professorado, tanto educacionais uma conseguir as criancas polltica maior numero inicial de permitir ou varias geral sua isto do as necessidades devera e, da educayAo 0 que e apUdoes de de estudos, pedag6gicos atender a prepara9ilo afim de atender sao avaliar as de recorrer para suas se pode requeridos a capacidade e apliquem a a um de todos competencias na as necessidades dos e com os pais~; devera e 0 ser reexaminada desempenho educacionais os tipos atender ser dispensada e da pedagogia, contexte todos os professores permita do programa autonomia especiallzados particulares que os procedimentos especial diferente em todos pedagogia, com os especialistas que abranja especiais. de com um Seu nucleo de deficiencias, vista a Ihes papel-chave nos com urn deve antes de se especializar ser numa de deficiencias"; pelas escolas, intelectuais, de forma~o para atender Os conhecimentos 0 conteudo as necessidades categorias "0 acolhimento, fisicas, em relativos urn metodo boa de estudos de professores 0 trabalho programas uma exeryam e para que colaborem incutir de apoio. ... Aten9ilo que dos programas a capacita9ilo os programas voltados a deficiencia de individuallzar para u sistemcUica, estejam deverao sobre de adaptar de aptidoes professores continua, com seNiyo especiais, da tecnologia, adapta9ilo como mesmos ajuda integradora e superior, assim profissional~; de mudanya positiva nas escolas os em nas escolas ... ~; orientaga.o necessidades alunos inicial de formac;ao basicamente os contexte especiais "os programas basica de formayao nurn as satisfazer isolada; de jovens e adultos com necessidades especiais, no ensina secundario • freqOentes, bern estar da 0 seja completamente para conseguir na escola poucos necessaria necessaria que sua educay!io especiais casas, comuns au quando em que necessaria as medidas - s6 recomendilvel au sociais crianca ... " ... nos casas escolas em ser urna exceyao, de todas as crianyas, sociais, emocionais, centralizada na crianya, independentemente IinglHsticas au outras de suas condic;6es (necessidades educativas especiaisr; • ~uma pedagogia de todos uuma aten9ilo especial que se assumem virem • sendo eles mesmos que desfrutem ser orientada &os programas contrario, as necessidades terem a ser adultos devera respeitando tanto a dignidade como as diferenyas as alunos~; nesse sentido, de estudos que devem as que dos alunos direitos, de urn maximo na medida graves membros de independencia. ou multiplas, da comunidade, Sua eclucagao, ja de assim, de suas capacidades"; ser adaptados apresentarem com deficiencias que os demais as necessidades necessidades das educativas criam;as e nao a especiais devem 27 receber apaio adicional no programa regular de estudos, ao lnves de seguir urn programa de estudos diferente~; "05 administradores locais e as diretores de estabelecimento convidados a criar procedimentos flexiveis mais de gestAo, escolares devem a remanejar ser recursos pedag6gicos,diversificar as op¢es educativas, estabelecer rel8¢es com os pais e a comunidade H ~o corpo ; docente, e nae cada professor devera partilhar a responsabilidade do ensina ministrado a criancas com necessidades especiais~; "as escolas comuns, com essa orientayao integradora, representam 0 meio mais eficaz de combater atitudes discriminat6rias, de criar comunidades acolhedoras, construir uma comunidade integradora e dar educayao para lodos; alem disso, proporcionam uma educacao efetiva a maioria das criam;as e melhoram a eficiencia e , certamente, a relacao custo-beneficio de todo sistema educativo~; "a inclusao de alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns, exige que a escota regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem, a tOOosos alunos, especialmente aqueles portadores de deficiencias". uEsses dispositivos legais e politico - filos6ficos possibilitam estabelecer 0 horizonte das politicas educacionais, de modo que se assegure a igualdade de oportunidades e a valorizayao da diversidade no processo educativo». No que se refere ainda a Politica Nacional para a Integrag80 da Pessoa Portadora de Deficiencia, 0 DECRETO 3.289/99, 7.853/89, que regulamenta a LEI n? disp6e sobre 0 apoio as pessoas portadoras de deficiencia e sua integrag;;o social. A LEI n?13.117, de 21 de margo de 2001 disp6e sobre a Politica Estadual de Integrag80 da Pessoa Portadora de Deficiencia, proposta essa elaborada, coordenada e executada pela Coordenadoria Estadual para Integrag80 da Pessoa Portadora de Deficiencia CORDE, autorizada pela LEI n° 13.049, de janeiro de 2001. A LEI ESTADUAL n? 13120, de 21 de margo de 2001, assegura conforme especifica, transporte intermunicipal aos portadores de deficiencia, quando estiverem se submetendo a processo de reabilitag;;o e/ou capacitag;;o profissional e a LEI ESTADUAL nO 13.126, de 21 de margo de 2001, cria 0 Programa de Barreiras Arquitet6nicas ao Portador de Deficiencia "Cidade para Todos". 28 5.2 Objetivos da Secretaria Municipal de Educal;ao para Educal;ao Inclusiva A Rede Municipal de Ensino de Curitiba vern desde 1997 implementando a«Oes em relayao aos pressupostos da Educayao Inclusiva evidenciadas em, palestras, encontros, grupos de estudo e eventos promovidos tambem por outras institui90es. Nesse momento, busca construir e sustentar 0 processo de impianta9Bo de uma educa9Bo inclusiva entendendo que as pessoas com ou sem deficiencias sao cidadas as quais se deve proporcionar as condit;5es necessarias para a participayao de todas as atividades e institui90es sociais, oferecendo sempre igualdade de oportunidades sem no entanto, jamais desconsiderar as diferen98s. A Rede Municipal de Ensino de Curitiba tern como objetivo geral a construyao da Politica da Educayao Inclusiva condizente com os principios da igualdade de direitos e oportunidades, 0 respeito a dignidade humana, estabelecimento de rela90es pessoais e sociais de solidariedade com 0 0 reconhecimento politico das diferen98s. Como objetivos especificos: Garantir matricula e permanencia a todo e qualquer aluno em classes comuns nas Unidades Escolares da RME de CuriUba. Promover 896es de sensibiliz8gAo e conscientizagAo objetivando a constrw;ao de urna sociedade democratica e igualitaria, repudiando-se qualquer forma de exclusao. • Construfr politicas, praticas institucionais e pedag6gicas que viabilizem uma educa~o de qualidade para todos as alun05, respeitando-se as especificidades de cada comunidade escolar. • EstabeJecer mecanismos de identificay§o da demanda real das crianyas com neceSSidades educacionais especiais, par meio de interface entre as politicas b8sicas, a tim de se planejar a¢es que visem atendimento adequado. Estabelecer uma politica de formacAo continuada e sistematizada, protissionais da educacao, voltada ao atendimento para todos os dos alunos com necessidades educacionais especiais para a efetivacAo da inclusao. Orientar as EPAs para constar no Projeto Pedag6gico a¢es que possibilitem a f1exibilizacAo do curriculo e as adapta¢es curriculares atendendo as necessidades educacionais especiais dos alunos garantindo sua permanencia com sucesso. Assegurar acessibilidade aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, mediante eliminac§o de barreiras arquitetOnicas e urbanfsticas, nas edificacoes, nos transportes, nas formas de comunicacAo e instrumentais. 29 • Preyer as condi¢es Govemo Federal, Garantir oferta e complementem necessMo, a Prornovef Buscar da de de servi9Qs 0 desenvolvimento publicos Especial do necessidades especiais, ou quando enfase ao papel dos com 0 paradigma e privados afins proflssionais ea da Inclusiio. para assegurar 0 atendimento que do alune. Municipal Linhas de a9iio para sensibiliza9iio recursos comuns. em vista integral provendo On;:amenUuias. e atendimentos que suplementem e com educacionais tendo 5.2.1 Plano de A9iio da Secretaria ns Lei de Diretrizes apoios alunos EducaQAo prestados da EduC8C;;Ao Inclusiva, previstos serviens, as servic;os ressignific8t;8o parcerias de escolariz8c;;i3:o dos servi90s possiblllte a efetivayao e Municipal, ampliayao a substituam dinAmica • necessarias Estadual de Educayao e capacita9iio para Educa9iio Inclusiva : A curto prazo: 1- Projeto de sensibiliza9iio • Palestra interna • Curso de LIBRAS Organizar as gerfmcias e Braile textoteca Palestras a todas as gerencias para todas sobre da SME: sobre 0 programa de educayao inclusiva. para rede de apoio. e bibliografias temas para rede de apoio. especfficos, com profissionais especializados nas areas das deficiencias. Montagem Buscar de esquema parceria de assessoramento com a Universidade 2 - Projeto de sensibiliza9iio funcionarios, pais e alunos). • Buscar espayo programa cursos, de educa{:Ao Palestra educayao do programa do conselho curso de LIBRAS Celebrar parcerias comunidade encontros as escolas para cursos escolar e programa¢es e CMAEs. e palestras. (profissionais de educa9iio, da apresenta{:8o SME, para escolar e Braile intersecretarias de educa{:ao e CMAEs, e estender e outros inclusiva, para as EPAs das escolas, por NRE. a toda comunidade 6rgaos, para escolar. implementayao do programa inclusiva. A medio prazo: 1 - Sensibilizar do inclusiva. para apresentayao representantes Manter nos a das gerencias EletrOnica a comunidade em geral atraves de palestras atravM da midia intema e eldema. soore eduC9QaOinclusiva. e distribuiyao de publica¢es de 30 2 - Exibir documentarios 3 - Relata 4 - a Incentivar especlficos sabre atraves de formacao da educagao S - Sensibilizar sabre em video de experiencias, educagao da midia, inclusiva. sabre educac;ao inclusiva RME na de estudos nas escolas e CMAEs, grupos e fora dela. temas sabre inclusiva. com palestras e atraves da midia, as profissionais da PMC, intersecretarias, a educac;:ao inclusiva. • Manter cursos Manter esquema de atualizacAo aos Ver documentarios e videos trabalho com pessoas as das gerencias sabre educac;:ao com necessidades escolas inclusiva, e CMAEs. com de relata experiencias no especiais. trabalhos com a midia, intema e Manter grupos estudos sabre Manter a textoteca Manter da rede de apaio. profissionais de assessoramento externa, dados atualizando a sabre educacAo inclusiva. • Publicar de e biblioteca cartHhas, educacao folhetos, educat;;:Ao inclusiva. atualizada outdoor, sobre eduCa9ao etc., sobre inclusiva. as pessoas com necessidades especiais e a inclusiva. A longo prazo 1 - Sensibilizar mercado todos de trabalho 2 - Sensibilizar, pessoas os segmentos os alunos atraves Celebrar para parcerias implementacao com necessidades da midia, com necessidades da sociedade a sociedade especiais, com ONGs, do em geral, quebrando empresas programa de para possiveis parcerias, para inserir no especiais. para dar igualdade de oportunidade as preconceitos. e outros educacao 6rgaos (vinculados inclusiva com ou nao com a PMC), vistas a uma sociedade de pesquisas sobre inclusiva. • • Celebrar parcerias educacao inclusiva. Incentivar como: e buscar transporte, teraplmtica, com Universidades interfaces nas tres instancias acessibilidade, profissionalizante para projetos e assistenciat 0 desenvolvimento govemamentais, pedag6gicos, as pessoas para solucionar atendimento com necessidades questoes de natureza especiais. 5.3 Objetivos da Secretaria Estadual de Educa~ao para Educa~ao Inclusiva 1 - Proporcionar a Educa9Ao Inclusiva, com responsabilidade, no Estado do Parantl. a 31 2 - Promover das urn processo escolas, educativa, a construyao em toma - Articular pennanente de e continuo alternativas do projeto do paradigma de discussao a vifiveis e refieX8Q efetivayAo de sua dos problemas intencionalidade Pedag6gico - Ressignificar 6 - 0 atendimento Desencadear inclusao e estudos na aprendizagem Fortalecer parcerias com ofertado organiz8yaes deficiencia do Estado do Parana. e particular de Especial. pela Educay80 as praticas Especial. que favorecam pedag6gicas de lodos govemamentais e Geray80 de lodas necessidades Maior participayao da rede publica a e na vida em sociedade. Profissional progressiva e a Educacao referentes pesquisas EduC8y80 Eliminayao Regular especializado assegurar que apresenlam das escolas da lnclusBo. as 8yaes entre 0 Ensino 5 - busea para todas. - Subsidiar ensina, na as formas Emprego de exc/us.§o educacionais os alunos, de e naQ govemamentais para e Renda com a qua/quer para aluno, pessoas em especial aos especiais. com enfase para 0 desenvolvimento da solidariedade entre eles. Provisao de todas de alunos Equiparayao precisam desde Cooperayao educativa Maior • entre todos infantil professores e na integrayao escolar. gerantindo-Ihes educacionais, ate 0 ensino e equipe na aprendizagem no contexto os alunos necessidades entre a rede govemamental participagao em ambas os apoios ao longo de todo de que 0 fluxo da superior. tecnico-pedag6gica para melhoria da resposta aos movimentos de toda a comunidade de inclusao para que a comunidade considerando de ensino e as ONGs, em busca da raciona/izac;ao as redes. da famHia. continuada Colaborar mais a educaC80 educativa Formayao Ades80 entre de suas ao sucesso especlais, escolar. Cooperay.a.o • necessarias educacionais de oportunidades para satisfaciio escolarizayao da oferta as condiy5es com necessidades seus usuanos independencia para como social academica. e de vida independente. (empresa, cidadaos, tomarem escola, etc.) tome-se com direito decis5es e acolhedora a ter mais autonomia mais espaco para para todos, ffsica e social, praticarem empoderamento. 5.3.1 Linhas de • Assegurar necessarias Agiio a execuyao entre de mecanismos os diferentes niveis estadual e municipal, entre organizac6es legais e funcionais de planejamento governamentais que garantam educacional nas as articulay5es esferas e nao govemamentais. federal, 0 32 • Promover articula90es acompanhamento com a educayAo referente 0 Canselha Estadual da eXeCUyBO dos artigos progressivamente, a educacionais especiais as municfpios educacional Expandir para a LOB, a regulamentagao especialmente e 0 cap. V, especial. Generalizar, sistema de Educacao que integram em todos educacao escolar de alunos do Parana com e em todo necessidades 0 f1uxo eSCOlar do brasileiro. e melhorar a oferta de Educayao Infantil para crianlf8s com defici~ncia e as de alto risco. Desenvolver trabalho preventivo, com apaio da SeeD e segmentos professores do ensino regular, evitando-se mecanisrnos de dificuldades • Implantar da sociedade. exclusao junto aos de alunos com de aprendizagem. e implementar programas de educayao para 0 trabalho para pessoas com deficiencia. • Garantir uma rede de apoio indispensaveis ao sucesso com equipamentos, na aprendizagem instalac;oes, de pessoas materiais com e recursos necessidades humanos educacionais especiais. Capacitar alunos Avaliar e apoiar recursos com necessidades 0 desempenho quantitativos humanos educacionais da educayao e qualitativos. da educayao regular para 0 sucesso na inclusao de especiais. especial na rede educativa do Parana, sob os aspectos 33 6 A ESCOLA E 0 INOIViouo 6.1 A formagao o COM CONOUTAS TiPICAS do Professor professor constitui um dos pilares fundamentais da Educac;ao Especial devido as condic;5es disponiveis para 0 seu exercfcio profissional, da posi<;ao no contexto sociocultural onde atua e, principalmente, a sua pr6pria competElncia profissional. Isto nos leva a reflexao sabre tais condic;:oes terem gerado questoes relacionadas ao tipo de formac;ao proporcionada pelas diversas instancias academicas e, consequentemente, aos principias e necessidades que regem tal formac;ao. No entanto, para que as escolas que atuam com crian<;:as com necessidades especiais, faz-se necessaria que estas tenham em seu corpo docente, professores e especialistas competentes, e para que isto aconte<;:a, precisamos reformular os fundamentos dessa formac;ao, para que seja mediatizada p~r uma redefinic;ao de suas fun<;:iies.Contrariamente, 0 modelo que ainda persiste em nossos centres de formac;ao, com freqOencia, exige que as alunos passem par experiencias desprovidas de qualquer significado, perante suas necessidades individuais, ista sem levar muitas vezes em conta, as condi96es da eseela, para oferecer este tipo de trabalho. Entendemos que a formac;ao do professor deva ser orientada para uma permanente interac;ao e reciprocidade entre a formac;ao inicial e a formac;ao em exercfcio. A forma9ao permanente, de fundamental importancia nos pianos cientffico e pedagogica, naD poderia estar circunscrita a urn determinado perfodo de tempo. Sendo assim, devemos considerar que entre a formagao inicial e a formac;ao permanente (em servi90) havemos de considerar a possibilidade do estabelecimento de sistemas e formas, que nos possibilitem, 0 levantamento de necessidades e de disseminayao de recursos e conhecimentos, sobre os quais, a propria escola daria respostas e produziria os seus respectivos mecanismos de suporte. Oesta maneira, os professores poderiam atingir uma maior capacidade de trabalhar com os problemas do cotidiano, comuns a pratica pedag6gica, antevendose e/ou prevenindo-os. 34 Dentro desta perspectiva, teriamos que 0 estabelecimento de urn elo de forma~o inicial, poderia de certa maneira, ser mediatizado pela vida profissional. Com isto, teriamos a possibilidade dos professores, assim formados, de remeter suas indagar,;aes e reflex6es aos centr~s de forma~o, somente a constanta garantindo entao, nao inova~o, como tambem urna intrinseca ligagao com a realidade favorecendo, pela experiencia, a oportunidade de eritiea, indispensavel ao progresso do ensino em geral. Desse modo, teriamos professores que passariam a desempenhar urn papel de agentes de forma~o e nao meros recipientes alterando, alem do processo de forma98o, 0 envolvimento profissional. Estarfamos garantindo, urn "continuum" no fortalecimento dos atributos do professor, atraves da opgao por processos de aprendizagem de forma~o, mais independentes e cooperativ~s. (COOL, 1995). Outra caracteristica gerada a partir dessa perspectiva refere-se ao papel do professor como sendo urn profissional, com competencias a serern investidas e desenvolvidas, visando com isto, a sua realiza~o d urn trabalho realmente eficaz, decorrendo dai urn conflito entre: 0 saber escolar - progressiv~, categorial, fatual, privilegiado e definido a partir de instandas superiores (as teorias no caso); e a reflexao na agilo - onde 0 conhecimento seria adquirido de uma forma espontanea, intuitiva, dentro do cotidiano e, principalmente, articulado como a a~o - pratica. Dentro dessa pratica pedag6gica, 0 professor estaria investindo nas caracteristicas de urn profissional reflexivo, que busca construir a realidade com base no intercambio psicossodal da sala de aula; atuaria retletindo sobre as suas ar,;aes,aprenderia a elaborar e comparar novas estrategias de a~o, definig80 dos problemas, novas pesquisar e teorias. Terfamos portanto, como rasu/tado, novas perspectivas a saber: a compreensao da realidade do aluno; a geragilo da confusilo versus incerteza, em contrapartida a resposta como verdade (lnica; 0 respaito ao ritmo individual de aquisi~o de conhecimentos. Portanto, aprender fazendo. Como estrategia geral da reforma, busca-se aumentar a capacidade reflexiva dos professores, que atendem estes individuos, com Condutas Tipicas, muito al6m de sua capacidade particular para enfrentar as complexidades, incertezas, injustigas, da escola e da sociedade. 35 Do exposto aeima, esta inoV8r;80, dependeria, em suma, da eficacia com que professores (formadores) enfrentariam as condi9iies contextuais presentes em seu labor, esse fortalecimento, seria urn fator decisivD para a reforma educativa. A diversidade de conhecimentos gerados pela evolu9iio da ciencia neste final de seculo e muito grande. Varios campos do conhecimento produzem inumeras informaQ6es que, muitas vezes, ficam isoladas e reduzidas em si mesma. A qualidade de ensine envolve inumeras variaveis que comp5em a dimensao politica do projeto educacional. Com enfase nas diferenc;as individuais, e necessario amplo trabalho de esclarecimento com os professores sobre seu papel s6cio-polftico-pedag6gico, pois eles tem consciencia de que existem alunos com dificuldades em quase todas as classes escolares e sao eles que convivem diariamente com problemas. Para 0 governo, os altos indices de fracassos escolares significam investimentos sem retorno. Para 0 aluno e sua familia, estes resultados negativos na aprendizagem levam a falta de motivayao e auto-estima. o professor humano, alam necessita ter, antes de tudo, urn grande interesse pelo ser de conhecer-Ihe as caracteristicas biopsicossociais. Esse conhecimento penmite-Ihe interagir adequadamente e avaliar, continuamente, progresso de seus alunos, relacionando-o 0 com sua pr6pria ayao de ensino (auto- avalia9iio). E necessario que 0 professor seja capaz de conceber-se como participe das mudanc;asno contexto social, agente de formayao e nao apenas repassador de conhecimentos, cabendo-Ihe, tambem, aprimorar-se pessoal e profissionalmente para que no ambito de educa9iio escolar, ao considerar a diversidede da clientela, possa atender as necessidades singulares de determinados alunos, anaiisar as possibilidades de aprendizagem de cada um e avaliar a eficacia das medidas adotadas. 0 professor ira intervir como mediador utilizando recursos e estrategias que atendam as necessidades de cada educando, com vista a favorecer -Ihe desenvolvimento global, 0 0 que e indispensavel ao exito nas atividades academicas. 6,2 0 Papel da Escola A educa9iio em si, designa um conjunto de praticas, as quais 0 grupo social promove a crescimenta sujeita assimile a de seus membras, au melhar farnece experiencia historicamente subsldios para que a acumulada e culturalmente 36 organizada, a fim de que este, possa converter-se em membro ativo do grupo em que se insere e agente de suas pr6prias mUdany8S e cria90es culturais. Temos como finalidade da educa~o escolar a promo~o de certos aspectos do crescimento pessoal, considerados importantes no marco da cultura do grupo, que nao acontecem, ao menos satisfatoriamente, a nao ser por meio de uma ajuda especifica mediante a participa~o em atividade especialmente pensadas com este fim. Essas atividades caracterizam-se par serem intencionais, responderem a urn planejamento, serem sistematicas e realizadas especificamente em institui¢es educativas. A evolu~o e 0 crescimento pessoal do individuo, resulta da participa~o da crian", em uma ampla gama de atividades educativas de diferentes naturezas, que nao se reduzem somente a aspectos da educa~o propriamente dita. No que se refere a Projeto Curricular, este, preside e guia as atividades educativas escolares, explicitando as inten90es que estao em sua origem e proporcionando um plano para poder concretiza-Io. Este, tome-se um instrumento para a pratica pedagogica que oferece guias de a980 aos educadores responsaveis diretos pela educa~o escolar, no caso 0 quadro de professores. Para tanto, inclui informa90es sobre que, quando e como ensinar, bem como quando e para que avaliar. Sua utilidade depende em grande medida do fato de levar em conta as condiy5es reals nas quais desenvolvido (Call, 0 projeto educacional sera 1999). a Projeto Curricular encontra-se em aberto para quaisquer modificay5es e correy5es que surgem com sua aplica~o e desenvolvimento. Sua estrutura deve ser suficientemente flex/vel para integrar 0 mesma potencializar essas contribuity6es, em urn processo de enriquecimento progressivo. a Projeto Curricular alimenta-se de quatro fontes basicas de informagoes: as formas culturais, cuja assimila~o e necessaria para 0 crescimento pessoal (analise psicologica); natureza e estrutura dos conteudos de aprendizagem (analise epistemologica) e pratica pedagogica (analise pedagogical. Um Projeto Curricular adota uma estrutura essencialmente aberta e flexivel, permitindo ampla margem de atua~o do educador, que deve adapta-Io a cada situa~o particular encontrada, conforme as caracteristicas concretas dos educandos, bem como, a outros fatores presentes no processo educativ~. Nao e 37 uma proposta de programayao, mas instrumento que facilita e serve de base para a programa~ao. 0 carater aberto do projeto curricular Ii complementado pela preocupayao de torna-Io acessivel a maioria dos educadores, facilitando seu usa como urn instrumento de programayao a favor da educac;:ao. o Projeto Curricular pode refletir uma concepyao aprendizagem eseelar, construtivista em euja ideia diretriz e que as processos da de crescimento pessoal, implicam uma atividade mental construtivista do educando. Assim, mediante a reaHz8C;:8o de aprendizagens significativas, 0 educando ira, obtendo possibilidades de construir significados, que enriquecerao seu crescimento ffsico e pessoal. Este, deve permitir a criayao de condi~5es favoraveis para que os significados que constr6i sejam os mais ricos e ajustados possiveis. Dentro desta perspectiva construtivista a finalidade ultima da intervenyao pedag6gica, seria a de desenvolver no educando a capacidade por si mesmo de aprendizagens significativas, portanto, aprender a aprender. As inten¢es educativas se concretizam no Projeto Curricular, definido a tipo e 0 grau de aprendizagem que 0 educando devera atingir a prop6sito de determinados conteudos. No que se refere ao Plano de Ayao, para educativas, este e traduzido concretizayao criterios para considerado, 0 0 cumprimento das inten~5es no Projeto Curricular, no infcio dos princfpios segundo gerais, em 0 urna nivel de serie de projeto de atividades de ensino/aprendizagem que respeitam tais principios e em propostas de atividades que seguem esses criterios. Sendo assim, podemos afirrrar que 0 Projeto Curricular preve urn conjunto de a¢es de avaliayao para promover uma ajuda pedag6gica junto as necessidades e caracteristicas dos educandos. Contempla a avaliayao inicial, forrrativa e somativa como elementos das intenc;:6es educativas e como instrumento de ajuste pedag6gico. 6.2.1 Projeto e Adequayao Curriculares Necessarias Se analisarmos a pratica pedag6gica atual, veremos que e proporcionar condi¢es para que 0 educando torna-se 0 0 seu projeto final, sujeito de seu processo 38 de ensino/aprendizagem. Como tal, suas caracterfsticas e necessidades pessoais devem ser conhecidas e respeitadas para a organiz8C;8o do ensine, com vistas a qualidade de sua aprendizagem. Assim, para que todos os educandos, desfrutem da igualdade de oportunidades de apropriagiio do saber (do saber fazer e do saber ser, COOL, 1995) ha que se considerar-Ihes as diferenyas individuais e as necessidades educativas especiais, delas decorrentes. Em decorrencia do exposto neste estudo, os educandos com Condutas Tipicas, se diferenciam de seus pares, ditos normais por apresentarem dificuldades de aprendizagem decorrentes das limitagoes impostas por suas condigoes fisicas, sensoriais, intelectuais, mentais, de socializa96es, comportamentais dentre Qutras. Tais limitar;aes nao nos autorizam portanto, a estabelecermos limites em suas capacidades de aprendizagens. A literatura consultada, considera esse numero e heterogeneo grupo de educandos como sendo educandos que apresentam necessidades educativas especiais e que requerem respostas educativas eseelares, a eles adequadas. Sendo assim, tais ajustes ou adaptagoes devem se organizar num contexto que ira desde pequenas modificag6es na programag80 das aulas, ate mudangas significativas e que portanto, se distanciam consideravelmente do Projeto Curricular estabelecido. Ora, estas adaptag6es devem-se as necessidades especificas, pois este tipo de educando, muitas vezes necessita de intervengoes imediatas, devido a seus comportamentos manifestos em termos de acessos de birra, agressoes ao outro e ao ambiente em que se encontra, distanciamento do contexto dentre outros, e que portanto, na maioria dos casos, necessita de seu afastamento temporario do convlvio, para urn atendimento educacional individual e especial a seu caso, para que novamente, em outro momento, possa a vir freqOentar novamente 0 ambiente de convivio e aprendizagem grupal. Para os que defendem a escola inclusiva, a utilizag80 de adaptag6es curriculares para 0 processo ensinoJaprendizagem escolar de crianc;as com necessidades educacionais especiais, tern gerado muita polemica. Estes alegam que estas atitudes podem vir a se tornar fontes de discriminagiio, cabendo ressaltar que no cotidiano das salas de aula, muitas vezes constata-se que em nome das adaptagoes curriculares e sob a ideia de atender as necessidades especiais destas 39 crianc;as, deixam-nas fora de atividades desenvolvidas pelos demais colegas, 0 que nao seria esse, 0 prop6sito dessas adaptagoes. o que deve ser analisado, a 0 fato de que, a necessidade de uma proposta de individualizac;ao, nestes se faz necessaria, casas, do processo e urna de ensine, necessidade para evitar muitas vezes a dana ffsico a este educando que e aos demais implicados no processo, para que tambam evitem-se os indices de fracassos escolares, palo fato deste tipo de educando, nem ao menos, em algumas vezes, estar atento ao que se passa aD seu redoL Embora saibamos que na pratica, convivio deste aluno, a extremamente delicado, devido ao numero de 0 educandos por turma, a falta de um atendimento qualificado, frente a este tipo de dificuldade, pOis 0 fato dos comportamentos manifestos, estarem muito presentes, associados a Qutras necessidades educacionais especiais, faz com que disp6e e suas metodologias se tornem inadequadas a sua pratica de trabalho no dia a dia. Esses fatores, preocupam estes educadores, e tornam mais complexas a atengao dispensadas a estes individuos, pelo fato de que "nao aprendem" apesar de seus esforyos para ansinar. Com isto, 0 que observamos no processo de ensino destes individuos, a que estes educandos, que demoram muito para aprender e que no cotidiano de sala de aula, nao Ihes sao ensinados ou trabalhados os mecanismos de aprendizagem necessarios, mais sim, 0 conteudo curricular determinado pela administrat;8o educativa central, van aos poucos "ficando", ganhando idade, se atrasando ata momento de serem Um plano explicitamente, avaliados e considerados curricular, uma visao neste deficientes caso, de educagao deve 0 circunstanciais. supor e de como implicitamente a escola, enquanto ou uma instituigao social, responsavel pela educagao, realize a sua parte. COll, (1999), em seus estudos, possui uma visao de proposta de trabalho, com projeto em educagao especial (em uma perspectiva construtivista), que antecipa ainda que de uma forma geral e aberla, 0 que, como, quando ensinar/avaliar, porque se compromete com coordenadas espago-temporais de trabalho, porque fixa concretizagao, intengaes, porque delineia nos quais essa intervengao sera realizada; os diferentes niveis porque compreende de com a ajuda pedag6gica a ser prestada pelo professor e outros membros da equipe pedag6gica; porque se posiciona com a consideragao individual e grupal dos 40 educandos. Sua abordagem esta aberta as inevitaveis e importantes surpresas do dia a dia em sala de aula, porque nao fixa uma unica e melhor forma (seja quanta aos metodos, seja quanta aos materiais, seja quanta aos exemplos au ilustragoes, a exemplo) de realizar a inteng80 pedag6gica. E projeto, porque se compromete com um desejo, aquele que da sentido, par exemplo, promover 0 a vida de um pai au educador: desenvolvimento de seu filho au educando, e argumentar concretamente em favor dele. Realizar um projeto supoe em programa de pesquisas (estudar as conteudos, planejar as formas de avaliar as alunos em diferentes momentos, de sua vida escolar). Supoe, alem disso, estar aberto as muitas possibilidades de sua realizagao. Supoe ver a "pequeno" (a realidade au a dia a dia da sala de aula) no "grande" (0 projeto curricular) e inversamente a "grande" no "pequeno". Portanto, quando elaboramos um curricula, para atuagao junto ao individuo, com Condutas Tipicas, devemos levar em conta as condig6es reais nas quais 0 projeto vai ser realizado, situando-se entre as inten<;095, principies e orientay6es gerais, a pratica pedag6gica, evitando-se separagOes entre as dais extremos. 0 curricula entretanto, naD dave suplantar a iniciativa e a responsabilidade dos professores, convertendo-os em meres instrumentos de execuyao de urn plano. Dave-se levar em considerac;8.o, que as componentes de urn curricula, as elementos que ele contemplo para cumprir com exito suas fungoes, podem agrupar-se em quatro etapas (COll, 1999; p. 44-45): proporcionar informayaes sobre 0 que ensinar - conteudos e objetivos; proporcionar informayijes sabre quando ensinar - ordenar e dar seqMncia aos conteudos e objetivos; proporcionar informa¢es sabre como ensinar - sobre a maneira de estruturar as atividades de ensino aprendizagem; proporcionar informa¢es sobre 0 que, como e quando avafiar - avaliayAo que assegura as mesmas e introduz as corre¢es oportunas em caso contraMo. As quatro quest6es relacionadas entre 5i, condicionam-se mutuamente, pais tratam de diferentes aspectos de um mesmo projeto; enquanto a primeiro (que ensinar?) explica as inteng6es, as tres restantes (quando ensinar?, como ensinar?, 41 que, como e quando avaliar?) referem-se mais ao plano de a,.ao a ser seguido de acordo com alas. 6.2.2 Procedimentos e Programas para atendimento dos educandos com Condutas Tipicas o atendimento educacional para educandos com dificuldades de adapta,.ao escolar por problemas condutuais neo difere do que e adotado para aqueles considerados "normais". No entanto par apresentarem necessidades especiais, fazse necessarios recorrer a varias modalidades de atendimento caracterfsticas desses essas classes especiais, itinerante educandos. sala e as classes Dentre de recursos, escolas compativeis modalidades especiais, ensina com as encontram-se: com professor comuns. Segundo a natureza e intensidade da manifesta,.ao condutual, uma dessas modalidades pode ser a mais indicada, sempre considerando-se a imporlancia da integra,.ao pessoal - social desses educandos. Os programas de atendimento ao individuo de Condutas Tipicas, segundo 0 documento Fundamen/os Te6ricos Me/odol6gicos para Educa,ao Especial SEED.DEE. (1994), tem como objetivo maior promover, de forma adequada processo ensina aprendizagem tendo em vista desenvolvimento 0 0 das potencialidades, as caracteristicas peculiares da crianqa, viabilizando alternativas de atendimento que visem a superagao das dificuldades individuais e a inclusao no contexte social em que vivem. Para a realizagao dessa meta, e necessaria garantir 0 acesso e permanencia do educando com transtornos de conduta (Perturba91!o por D9ficit de Aten,.ao, Perturba,.ao por Deficit de Aten,.ao com Hiperatividade, Autismo Infantil, Autismo Atipico, Sindrome da Hiperatividade associada ao Retardo Mental com movimentos estereotipados, Sindrome desintegradoras) a de Rett, Sindrome de Asperger e Psicoses escolaridade: das condi90es ao aluno com Deficit de Aten,.ao com ou sem Hiperatividade, de permanencia em sala comum; promovendo a educa,.ao integral de forma individual respeitando a nivel de desenvolvimento 42 cognitiv~ e afetivo; adequar procedimentos especificos e estrategias de atendimento educacional. Ao educando com condutas tip/cas Para esses, os programas ofertados - devem sar as de apoio a pre - escolaridade em sala de recurSQs. Para educandos com transtornos globais do desenvo/vimento - as programas ofertados podem ser os de pre - escolaridade; escolaridade em classe especial; educa\;iio precoce; inicia\;iio par 0 trabalho e programa basico. Depois de esgotadas essas alternativas de atendimento e devido a complexidade de atendimento, quando for 0 caso 0 educando tem a possibilidade de ser atendido na Escola Especial, com desenvolvimento de programas especificos. o programa de educagilo apresentam necessidades e destinado a criangas de 0 a 3 anos, que precoce decorrentes especiais de disturbios emocionais, objetivando seu desenvolvimento integral. o programa de pre apresentam condutas - esco/aridade destina-se a criangas de 4 a 6 anos, que - tfpicas e visa dar continuidade ao processo educacional, iniciado na educayao precoce e prepara\;iio para a escolaridade. o programa de esco/aridade e destinado de 7 a 18 anos de idade, objetivando 0 a crianyas com Condutas Tipicas dasenvolvimento do aluno nos varios aspectos, incluindo atividades academicas referentes as quatro primeiras series do primeiro grau. o programa de atend/mento bas/co e destinado a educandos maiores de 4 anos com comprometimento emocional, impossibilitado de acompanhar de escolaridade e tern como objetivo 0 desenvolvimento 0 programa da auto-suficiencia do individuo. o programa de /n/c/agilo para 0 traba/ho destina-se a educandos maiores de 14 anos ou em conjunto com os programas acima citados; desenvolver habilidades e atitudes para 0 0 qual tem como objetivo trabalho. Para viabilizar esses tipos de atendimentos, e necessario que se cumpram as criterios de: espago ffsico adequado, aluno avaliado, professor especializado na area de atua\;iio, acompanhamento ofertado aos professores. 43 A funcionalidade destes programas dependera da formagao de uma equipe tecnica no sentido de favorecer a experiencia, a formulagao e reformulagao de estrategias. E importante salientar que para os educando ingressarem em programas nesta area, e necessaria serem avaliados para caraterizayao da necessidade au nao de atendimento educacional. A avalia980 Psicoeducacional - e realizada da seguinte forma: Avaliagao clinica: realizada por medico da area (pediatra, neurologista e psiquiatra) alem de outros profissionais quando for 0 caso. Avaliagao educacional: realizada por professores especializados, que objetiva ter 0 maior numero de informa90es sobre 0 educando e para que possa assim, encaminha-Io ao programa educacional mais adequado. Reavaliagao: quando superadas suas dificuldades - idade acima do limite do programa ou impossibilidade de progresso, h8 uma situagao onde este educando e avaliado (reavaliado) e encaminhado a outros programas que atendam sua especificidade. 44 CONSIDERA<;OES FINAlS AD falarmos de problemas de aprendizagem e evitarmos muitas vezes a terminologia da deficiemcia, colocamos geralmente a enfase na escola, na reposta educacional de nossos educandos. Nao se pode negar com esta concep<;iio que realmente alguns educandos tenham problemas especificamente vinculados a seu pr6prio ser e a seu pr6prio desenvolvimento. No entanto, a anfase considerada consiste agora na capacidade do setor educacional em oferecer uma resposta a suas demandas. Nao devemos deixar de levar em conta, muitas vezes, que existe uma certa influencia de diferentes situa<;6es familiares, sociais, culturais dentre Qutras, que, sem duvida, podem esta aumentando as dificuldades de aprendizagem nas escolas. Se analisarmos, 0 conceito de dificuldades de aprendizagem, tambam sao relativos. Estes dependem, de uma maneira geral, dos objetivos educacionais visados, do curriculo estabelecido, dos niveis exigidos e dos sistemas de avalia9ao empregados. Ao abordarmos 0 tema necessidades educacionais especiais, estaremos sempre nos referindo, num primeiro momento, as dificuldades de aprendizagem, encontradas pelos individuos, inseridos neste contexto. Mas, nao devemos deixar por desmerecer, os recursos educacionais necessarios e a forma<;iio do corpo docente, envolvidos nesta processo, para que assim, possamos Btender essas necessidades e evitar estas dificuldades. Observamos muitas vezes que 0 sistema pode criar condi96es para 0 pleno desenvolvimento destes individuos que necessitam deste atendimento, como tamb9m podem nao propiciar nenhum instrumento valido que ajude a solucionar estes problemas. Individuos com transtomos de conduta, sao descritos como apresentando uma variedade de comportamentos inapropriados e uma sarie de vulnerabilidade biopsicossociais subjacentes. As dificuldades se situam no nivel de inadequa<;iio da 45 conctuta e as exigencias sociais, legals, de convfvio mutua e seguranga para pr6prio 0 individuo, Quando nos referirmos em educaQllo escolar, pensamos em todo 0 processo formativ~, mas devemos pensar tambem, fundamental mente na sala de aula onde acontece de forma mais imediata 0 processo educativ~. Por sala de aula estamos compreendendo qualquer espa90 lisico onde hE! interaQllo direta entre professor educandos. Entendemos que nossa atenyao deve estar em torno da sala de aula, onde todo 0 dia 0 professor tem sua pratica, onde seleciona conteildos, passa posiyoes politicas, ideol6gicas, transmite e recebe afetos e valores. A sala de aula e 0 centro da educayao escolar, pois a formayao basica do educando de da neste espa90 de interayao entre os sujeitos, mediados pela realidade. No ate de educar, e que 0 professor sente, por um lado, 0 volume de problemas concretos, sem soluyao, a anti - pedagogia do dia a dia e, por outro, a desvinculayao da formayao academica, que par assim dizer, naD oferecem condi¢es para 0 desenvolvimento de seu educando. Para tanto, quanto a formayao do profissional, que ira atuar com individuos com Condutas Tipicas, devemos, privilegiar sua formayao baseada na estreita articulayao entre a pratica e a reflexao sobre a pratica. No trabalho com educandos com Condutas Tipicas, devemos analisar, que sao educandos de um grupo, que sempre apresentaram diferentes atitudes e limita90es - formas particulares de aprender; fazem escolares usa de materiais com diferentes rendimentos; poderao a vir aprender mais facilmente, se 0 educador 0 professor viabilizar estrategias que atendam suas necessidades. E por esta razao, que par evitar dificuldades de aprendizagem, dave diversificar suas intervenyOes, preparando e incluindo em seu programa, diferentes formas que poderao ajustar-se as diferentes formas de aprender dos seus alunos. Seu trabalho em um primeiro momento, deveria ser 0 de preparar materiais diferentes para este tipo de educando, organizar a classe de forma que seja possivel aprender com diferentes ritmos e de diferentes maneiras, predispor-se a ftexibilizar seu tratamento com os educandos e ter condiy6es de captar a melhor maneira de comunicar-se com cada urn deles, para ajustar e modificar intervenyao facilitadora da aprendizagem e do crescimento pessoal. sua 46 Eo fundamental que 0 profissional da educa9iio que atuara neste contexte de deficiencias, tenha conhecimento dos estudos sabre 0 desenvolvimento e aprendizagens destes educandos, saiba elaborar e desenvolver um curriculo apropriado as necessidades pessoais e sociais, tenha competencia para selecionar equipamentos apropriados, saiba compreender 0 educando em seu desenvolvimento individual e em suas relagoes familiares e sociais, tenha competencia para trabalhar em equipe multidisciplinar. E claro que, enquanto as institui¢es educacionais naD examinarem honestamentetsis situa¢es existentes nas escolas e estas, par si s6, nao se empenharem em efetivar as modificac;oes essenciais na sua filosofia e na estrutura de seus cursos, 0 quadro tendera a perpetua9iio. E importante tambem salientar que sozinho a professor nao consegue fazer a sua parte, necessita trabalhar em conjunto com outros profissionais (psic6Iogos, pSiquiatras, assistentes sociais, pedagogos, fonoaudi61ogos e outros que se fizerem necessarios), que juntamente a ele, desenvolverilo trabalhos relacionados a intervengoes junto a este educando e a suporte considerada a uma triplice alianya, sua familia. Esses procedimentos darilo de suma importancia - escolalterapias/familia. Cabendo a escola 0 adequado engajamento deste individuo dentro de programas de atendimento especificos, 0 apaio de profissionais adequados as suas necessidades e 0 devido atendimento familiar, estas tres interven90es conduzidas adequadamente, surtirao resultados positivos para desse individuo com Condutas Tipicas. 0 desenvolvimento e forma9iio 47 REFERENCIAS AJURIAGUERRA,J. BIBLIOGRAFICAS Manual de Psiquiatria Infantil. Rio de Janeiro: Massom de. do Brasil, 1980. AlSOP,P & McCAFFRY, T. Transtomos Emocionais - Altemativas Te6ricas Prflticas. Sao Paulo: Summus Editorial, 1999. AMERICAN, Manual Diagn6stico dos Transtomos Psychiatric Association. Mentais ( DSM IV). 4" ed. Porto Alegre: Artes Medicas, BARNARD, K.E. e ERICKSON, M.L. 1996. Educagao de Excepcionais: Como Educar Criangas com Problemas de Desenvolvimento. 3" ed. Porto Alegre: Ed. Globo, 1982. BRASIL. Constituic;ao Brasflia: Senado CARVALHO, (1998). Federal, M. A. Constituigao da Republica Federativa do Brasil. Centro Grafico, 1998 Educagilo Especial- Tendencia de Hoje. In: Proleto Crescer. Fundac;ao Brasileira de Educac;ao/Centro Educacional de Niter6i. Niter6i, 1993. COll, C; PALACIOS, J; MARCHESI, A. Desenvolvimento PSicol6gico e Educac;ilo - Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. Porto Alegre. COll, Artes Medicas, 1995. PSicologia e Curriculos. 4" ed. Traduc;ao C. Paulo. Atica, Claudia Schilling. Sao 1999. Conferl!ncia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso Qualidade (1994: Necessidades Salamanca). Educativas Declarac;ao Especiais. de Salamenca 2" ed. Brasilia: e Linha CORDE, 1997. e de Ac;ao sobre 48 Estaluto da Crian~a e do Adolescenle: lei nO8069 de 13/07/1990. FALARDEAU, G. As Crian~as Hiperalivas. 1" ed. Portugal: Edi96es Cetop, 1999. FICHTNER, N. Preven~ao Diagn6stico e Tralamenlo dos Translomos Mentais da Infancia e da Adolescilncia - Um Enfoque Desenvolvimenlal. Porto Alegre. Artes Medicas, 1997. FONSECA, V. Educa~iio Especial. Porto Alegre. Artes Medicas, 1995. GENEBRA, Organiza~o Mundial de Saude. Classifica~iio de Translomos Mentais e de Comportamento da CID - 10. Descri96es clinicas e diretrizes diagnosticas. Porto Alegre: Artes Medicas, 1993. GOLDSTEIN, S; GOLDSTEIN, M. Hiperalividade Capacidade de Alen~o Como Desenvolver a da Crian~a. Sao Paulo: Papirus,1998. KAPLAN, H; SADOCK, B. Compi!ndio de Psiquialria Dinamica. 3" ed. Porto Alegre: Artes Medicas, 1984. MINISTERIO DA EDUCAc;:Ao. Lei de Diretrizes e Bases da Educa!;iio Nacional 9394/96. Brasilia: MEC, 1996. MINISTERIO DA EDUCAc;:AO E DO DESPORTO ( Brasil ). Secretaria de Educa!;iio Especial. Politica Nacional de Educa!;iio Especial. Brasilia: MEC SEE,1994. OMS, Organiza~o Mundial de Saude de Genebra. Classifica!;ao de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID -10. Porto Alegre: Artes Medicas, 1993. SASSAKI, R. K. Inclusiio. Construindo uma Sociedade para Todos. 2" ed. Rio de Janeiro: WVA, 1997. 49 SAVANI, N. Saber Escolar. Curriculos e Didatica. 2" ed. Sao Paulo: Autores Associados, 1998. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAc;:AO - Fundamento Teorico Metodologico para Educa~i!o Especial. 1994. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAc;:AO- Politica de Educa~i!o Inclusiva para 0 Estado do Parana. Documento preliminar. 2000. SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAc;:Ao - Proposta de Inclusao na Rede Municipal de Ensino. Versao preliminar. 2001. TOPCZEWSKI, A. Hiperatividade Psic6logo, 1999. Como Lidar? Sao Paulo, Casa do