energia eólica Clipping 19 de maio de 2010 – Quarta‐Feira – N# 360 Plano Decenal Plano quer manter renovação energética no País Agência Brasil – 18/05/2010 O Plano Decenal de Expansão da Energia 2010/2019, que traz as metas de expansão da demanda e da oferta de recursos energéticos nos próximos 10 anos, vai buscar a continuidade da implantação de fontes de energias renováveis no país. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, a intenção do governo é realizar apenas leilões de energias renováveis entre 2014 e 2019, ou seja, hidrelétricas, eólicas, solar e termelétricas movidas a biomassa. - Essa é a nossa meta. Achamos que é possível fazer isso sem encarecer o preço da energia para o consumidor, porque as hidrelétricas estão saindo a um preço bastante atrativo e a energia eólica, que era algo muito caro, já está em um patamar mais competitivo - avalia Tolmasquim. Mas, segundo ele, se os empreendimentos de geração de energia renovável sofrerem atrasos por falta de licenciamentos ambientais, será preciso recorrer à geração de térmicas, para que não falte energia no país. Tolmasquim diz que é possível garantir a segurança energética do país só com energias renováveis. "A nossa preocupação é de manter o alto grau de renovabilidade da nossa matriz, uma das mais renováveis do mundo." Enquanto no Brasil cerca de 48% da matriz energética é composta de fontes renováveis, a média mundial é de menos de 13% e em países desenvolvidos é menos de 7%, compara o presidente da EPE. O PDE afirma que os investimentos no setor energético brasileiro serão de R$ 951 bilhões até 2019, entre projetos nas áreas de energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis. Na próxima quinta-feira, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, apresentará o PDE aos agentes do setor energético e às entidades da sociedade. O plano ainda segue em consulta pública e está disponível na página do ministério. Leilão Aneel adia decisão sobre edital do leilão de fontes renováveis Valor Online – 18/05/2010 A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou decisão sobre edital do leilão de fontes renováveis para que o Ministério de Minas e Energia, junto com a Empresa de Pesquisa (Energética), possa concluir o processo de habilitação técnica dos empreendedores interessados. O leilão prevê a contratação de empreendimentos de geração a partir de centrais eólicas, termelétricas movidas à biomassa (bagaço de cana-de-açúcar, resíduos de madeira e capim elefante) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). O relator do processo, o diretor Edvaldo Santana, afirmou que a necessidade de ampliação do prazo de habilitação dos agentes partiu da Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia. Página ‐ 1/5 ‐ A previsão da Aneel, divulgada na consulta pública sobre a minuta do edital, é de realizar o leilão no dia 18 de junho. O diretor garantiu que até o final do próximo mês a licitação será realizada. Durante a reunião da diretoria, Santana reiterou o número de usinas e centrais eólicas cadastrados na fase preliminar, que totalizam 478 agentes de geração com capacidade de 14.529 megawatts (MW). Este será o primeiro leilão em que a energia eólica competirá com outras fontes. O sucesso do leilão, realizado no fim do ano passado, mostrou ao governo que o preço da energia eólica no país está suficientemente competitivo para concorrer com outras fontes renováveis. Os contratos negociados totalizaram R$ 19,6 bilhões ao longo de 20 anos ao preço médio de venda de R$ 148,39 por megawatt/hora (MWh), resultando em um deságio de 21,49%. De acordo com a EPE, a fonte de energia com maior número de projetos cadastrados para o próximo leilão é a eólica, com 399 parques de geração e um total de 10.569 MW de potência instalada. As térmicas à biomassa respondem por 61 empreendimentos cadastrados, com 3.706 MW de capacidade instalada - a maior parte utiliza o bagaço da cana-de-açúcar. As pequenas centrais hidrelétricas, que se caracterizem por terem a potência limitada a 30MW, representaram 18 usinas no cadastramento para o leilão de reserva, equivalentes a 255 MW. Visita Presidente da 3ª maior fornecedora de aerogeradores visita o Ceará Governo do Estado do Ceará – 18/05/2010 O governador Cid Gomes recebe nesta quarta-feira (19), às 11 horas, no Palácio Iracema, a visita do indiano Tulsi Tanti, presidente e fundador da multinacional indiana Suzlon. Essa será a primeira visita do empresário ao Brasil. No encontro com o Governador, Tulsi discutirá oportunidades no mercado de energia eólica no Ceará. A visita também incluiu encontros com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Vieira, e o ministro interino de Minas e Energia, José Coimbra. No mercado há 15 anos, a Suzlon é a terceira maior fabricante mundial de aerogeradores e está presente em 21 países, com 14 mil funcionários e operações nas Américas, Ásia, Austrália e Europa. Na área social e ambiental, a Suzlon possui iniciativas como a Fundação Suzlon, que desde 2008 desenvolve projetos de sustentabilidade envolvendo comunidades e organizações de base. No Brasil a Suzlon vem investindo desde 2007, com sede em Fortaleza e projetos implantados ao longo da costa cearense. O país é líder no mercado de energia eólica na América Latina, com um potencial de geração de energia da ordem de 143 GW, sendo a região Nordeste a mais propícia para a atividade no país, com potencial de 75 GW. A empresa já instalou 182 turbinas eólicas no Ceará, todas em operação, resultando em uma capacidade de geração de energia de cerca de 380 MW, o que corresponde a 51% da capacidade nacional em operação, segundo dados da ANEEL. Atualmente os três maiores parques em operação no Brasil estão instalados no Ceará e utilizam aerogeradores da Suzlon: Praia Formosa, em Camocim (CE), com 105 MW; Canoa Quebrada, em Aracati (CE), com 57 MW; e Eólica Icaraizinho, em Amontada (CE), com 54.6 MW. A Suzlon emprega diretamente cerca de 160 funcionários no estado, sendo a quase totalidade de brasileiros que foram treinados pela empresa no exterior ou que receberam treinamento local com técnicos provenientes de outras unidades da Suzlon, como Dinamarca, Índia, Portugal, EUA e Austrália. A multinacional emprega diretamente cerca de 160 funcionários no Ceará e mantém contínuo investimento em recursos humanos, com previsão de aumento do quadro de funcionários para 250 pessoas até março de 2011. A Suzlon vê o Brasil como um mercado promissor e estável, com um crescimento projetado de 1.500 a 2.000 MW/ano. A empresa trabalha para a aquisição de 30% a 40% de market share nos próximos leilões de energia eólica realizados no país, a fim de manter sua liderança na implantação de projetos eólicos no país. Perfil Tulsi Tanti – fundador e presidente Suzlon Tulsi Tanti iniciou sua jornada na costa ocidental da Índia, na área têxtil. Como muitos empresários da década de 90, enfrentou na pele os custos crescentes de energia. Mas diferentemente dos outros, apostou em uma solução inovadora: encomendou duas turbinas eólicas para o fornecimento de eletricidade para a sua unidade têxtil. Página ‐ 2/5 ‐ O empreendedor percebeu rapidamente as vantagens desta fonte de energia renovável que tinha custo competitivo, era sustentável, abundante e principalmente congelou os custos de energia em longo prazo. Seu próximo passo foi disponibilizá-la para o mercado, trazendo benefícios não só para as indústrias, mas permitindo o desenvolvimento sustentável das próximas gerações. Nasceu assim a Suzlon Energy Limited, em 1995. Nestes 15 anos a Suzlon alcançou patamares cada vez mais altos, sendo hoje a terceira maior fornecedora de turbinas eólicas no mundo, com 12.3% de market share global. Tanti tem sido reconhecido mundialmente por seus esforços de sustentabilidade e foi nomeado "Herói do Meio Ambiente" pela Revista Time e "Empreendedor do Ano 2006" pela Ernst & Young. Em abril de 2009, o Programa Ambiental das Nações Unidas o nomeou Campeão da Terra 2009 pela sua visão ambiental no combate às alterações climáticas. Potencial Potencial para energia eólica pode dobrar no País Leonardo Goy – Agência Estado – 18/05/2010 O potencial para a geração de energia eólica no Brasil, hoje estimado em 143 mil megawatts (cerca de dez hidrelétricas de Itaipu), poderá dobrar com o advento de torres mais altas que as atualmente usadas. "Essa é a estimativa que vem sendo feita no mercado de energia eólica", comentou hoje o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, após participar de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, que debateu a situação da energia eólica no País. Segundo ele, o cálculo dos 143 mil MW foi feito levando-se em conta aerogeradores de 50 metros de altura. Porém, já estão sendo desenvolvidas torres mais altas, de 80 a 100 metros de altura. Tolmasquim explicou que, com a altura maior, é possível captar ventos mais fortes e que sopram com mais frequência. No ano passado, o governo realizou o primeiro leilão de energia voltado exclusivamente para as centrais eólicas. No fim de agosto deste ano, será realizado um leilão de energia dedicado a três fontes renováveis (biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas), no qual as centrais eólicas deverão predominar. Tolmasquim afirmou que, dos 14 mil megawatts já inscritos para a disputa, 10 mil MW correspondem a projetos eólicos. "A energia eólica está se solidificando no País", afirmou, lembrando que hoje já há, no Brasil, seis empresas fabricando equipamentos para o setor. Preços O presidente da EPE disse ainda que o governo pode vir a definir três preços-teto diferentes para o leilão de energia de fontes alternativas, que deve ser realizado no fim de agosto. Cada um dos tetos seria aplicado para cada uma das três fontes de geração que participarão da disputa: energia eólica, pequenas centrais hidrelétricas e usinas de biomassa. Tolmasquim, no entanto, deixou claro que isso não significa que o governo não pode vir a fixar um preçoteto único para as três matrizes. "São três produtos diferentes. Nada impede que façamos três preços-teto ou um mesmo para todas as fontes", disse. O presidente da EPE não quis antecipar quais seriam os preços máximos e informou que o governo só definirá essas tarifas na véspera do leilão. Pelos critérios usuais do governo, vencem os leilões de energia os empreendedores que se dispuserem a entregar os megawatts cobrando a menor tarifa para as empresas distribuidoras. Estratégias Comissão debate vantagens ambientais da energia eólica Ciência Hoje– 18/05/2010 No âmbito do apoio à integração de energias renováveis, nomeadamente energia eólica, a União Europeia (UE) lançou o projeto Twenties, uma iniciativa pioneira cujo objetivo é fazer avançar significativamente o desenvolvimento, teste e implementação de novas tecnologias que permitem aumentar a produção de energia eólica no sistema elétrico europeu. Reunindo 26 parceiros (Operadores de Sistemas de Transporte, empresas de eletricidade, institutos) de dez Estados-Membros diferentes, o projeto Twenties tem uma duração prevista de três anos e um orçamento total de 60 milhões de euros, 32 milhões dos quais serão financiados pela UE. Página ‐ 3/5 ‐ Este torna-se, assim, o projeto mais ambicioso apresentado à DG-ENER da Comissão Europeia, no âmbito do Programa-Quadro para a Investigação, Desenvolvimento e Demonstração. Isto irá contribuir de forma definitiva para o objetivo que a UE pretende atingir até 2020 relativamente a recursos energéticos – reduzir em 20 por cento as emissões de dióxido de carbono; melhorar em 20 por cento a eficiência energética e garantir que 20 por cento do consumo seja proveniente de fontes renováveis. Esta proposta irá impulsionar a implementação destas tecnologias de integração no sistema elétrico, apesar de, em alguns casos, estas terem já passado praticamente a fase de I&D. A «Rede Elétrica de Espanha», operador da rede de transporte do sistema elétrico espanhol, é líder do consórcio desta iniciativa que junta 26 empresas e institutos de referência mundial do sector. O objetivo deste grupo é identificar e demonstrar soluções que contribuam para permitir um aumento da incorporação de energia eólica (on-shore e off-shore) nos sistemas elétricos, que hoje está fortemente limitada por questões relacionadas com aspectos de gestão técnica. As demonstrações pretendem comprovar os benefícios de novas tecnologias, a maior parte delas associadas a abordagens inovadoras de gestão de sistemas. A Espanha decidiu pôr em marcha uma ambiciosa demonstração liderada pela Iberdrola Renovables. Mais de 200 turbinas eólicas com uma potência total de 500 MegaWatt irão ajudar a suportar a operação da rede, aumentando a segurança, mediante a demonstração de conceitos relacionados com fornecimento de serviços de sistemas como o controlo de potência reativa/tensão e o de frequência. Estas ações serão coordenadas em conjunto pela Iberdrola (CORE) e a Rede Elétrica de Espanha (CECRE), pioneiras nesta área em todo o mundo. Projeto Twenties até 2020 Também alinhada com o objetivo de verificar a contribuição deste tipo de geração intermitente no sistema, a empresa dinamarquesa de serviços públicos DONG Energy vai demonstrar como a combinação de estratégias de gestão da procura num ambiente de elevada penetração de energia eólica e no âmbito de um quadro regulador favorável contribuirá para o aumento da segurança e da eficiência do sistema elétrico. Entre Dinamarca e Espanha Os trabalhos com os quais se pretende atingir uma maior flexibilidade nas redes de transmissão de energia eléctrica serão levados a cabo pelo operador belga, ELIA, através de sensores e aparelhos de controlo que permitem evitar possíveis instabilidades à larga escala, induzidas pelos parques eólicos instalados numa determinada região e pela Rede Elétrica de Espanha, com a aplicação de parâmetros de operação alternativos que melhoram a segurança, e novos aparelhos de controlo de fluxos de energia que otimizam a capacidade da rede no sentido de permitir integrar a maior quantidade possível de produção de energia eólica. As dificuldades associadas à integração de grandes parques eólicos offshore serão abordadas do ponto de vista da segurança. O operador francês, RTE, irá demonstrar, em larga escala, as componentes críticas de proteção e controlo necessárias para desenvolver as redes HVDC enquanto que o operador dinamarquês, Energinet.dk, irá verificar se através de uma coordenação adequada entre parques eólicos offshore e geração hidroelétrica, localizados neste caso na Noruega, é possível fazer o balanço das perdas de capacidade de produção off-shore que poderão advir de fenômenos meteorológicos extremos, mantendo a segurança do sistema. ELIA fará controlo para evitar possíveis instabilidades dos parques eólicos INESC Porto Os resultados experimentais irão avaliar, a um nível europeu, o impacto potencial de aplicação progressiva das soluções testadas, identificadas como sendo necessárias para a rede de transmissão do sistema elétrico europeu no horizonte de 2020, conjugadas com os objetivos do Plano Estratégico Europeu para as Tecnologias Energéticas. Página ‐ 4/5 ‐ O papel do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC), em colaboração direta com o operador da rede de transporte francês, RTE,será desenvolver conceitos inovadores relativamente à operação de redes off-shore multi-terminal em corrente contínua (HVDC – High Voltage Direct Current) que facilitarão a integração desses parques eólicos na rede on-shore. Página ‐ 5/5 ‐