+0,28% -0,33% -1,17% +1,93% -0,09% BOVESPA 44,87 [email protected] DÓLAR R$ 3,87 EURO R$ 4,24 OURO R$ 132,00 NASDAQ 4.929 PTS São Luís, 16 de dezembro de 2015. Quarta-feira O Estado do Maranhão Aneel propõe mudanças em bandeiras tarifárias na conta de energia Identificadas 730 empresas com contrato irregular Proposta a ser avaliada em janeiro prevê que a bandeira vermelha passe a ter dois patamares, um mais oneroso para quando houver usina muito cara ligada BRASÍLIA Arquivo RIO A s bandeiras tarifárias, que elevam o custo da energia para o consumidor quando há usinas de geração muito caras em funcionamento, passarão por revisão, com mudanças nas regras e valores da cobrança extra a partir de fevereiro de 2016, segundo proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocada em audiência pública ontem. A Aneel propôs que o sistema de bandeiras tarifárias tenha um patamar intermediário para cobrir os custos de geração das usinas termelétricas. A ideia do relator do processo, diretor André Pepitone, é de que, em 2016, a conta de luz tenha as bandeiras verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2 a partir de fevereiro. A proposta deve ser discutida até 17 de janeiro. A proposta é que com essa mudança no sistema seja possível que o custo da energia para o consumidor seja o mais próximo possível da realidade. Uso da energia elétrica pode ser tarifado em vários patamares em 2016 A sugestão da agência é de que a bandeira passe de verde (tarifa normal) para amarela – quando passa a haver cobrança extra – se houver térmicas em operação com custo acima de R$ 211,00 por megawatt-hora, contra R$ 200,00 atualmente. Já o custo de térmicas que leva ao acionamento da bandeira vermelha, com adicional maior, passaria para R$ 422,00 por megawatt-hora, ante R$ 388,00 hoje. Além disso, seria criado um novo patamar de bandeira vermelha, acionado apenas quando houvesse usinas consideradas muito caras ligadas – a Aneel não espefi- ciou um valor. Atualmente, a bandeira vermelha representa um acréscimo de R$ 45,00 por megawatt-hora consumido (ou R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora), enquanto a amarela significa um custo extra de R$ 25,00 por megawatt-hora. Na bandeira verde, é praticada a tarifa comum. Segundo a Aneel, o custo extra acionado por cada bandeira será revisto na audiência pública, bem como as faixas de acionamento de cada uma, que serão reavaliadas a partir das sugestões apresentadas. Além disso, a partir de 2016 a arrecadação das bandeiras tarifárias também poderá ser utilizada para compensar financeiramente hidrelétricas que tenham perdas pela falta de água nos reservatórios. Atualmente, o sistema opera com bandeira vermelha, ainda que as térmicas mais caras, com Custo Variável Unitário (CVU) médio de mais de R$ 600,00 por megawatt hora, tenham sido desligadas em agosto. São empresas que têm contratos com a União, mas não possuem certidão de regularidade A Receita Federal identificou 730 empresas que têm contratos com a União, mas não possuem certidão de regularidade fiscal. Diante dos números, o órgão cobrou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de três agências reguladoras que cumpram a lei que impede que essas empresas obtenham empréstimos ou atuem como concessionárias ou permissionárias. Além do BNDES, houve encontro com representantes das agências ANTT (transportes terrestres), Aneel (energia elétrica) e Anatel (telecomunicações). "A Receita Federal deu início a uma série de encontros com representantes de agências reguladoras para exigir o cumprimento da lei das concessões e permissões no que diz respeito à regularidade fiscal", diz o órgão em nota. "Todos afirmaram já ter esse controle, mas que medidas podem ser adotadas para aprimorá-lo." O Fisco afirma ter enfatizado que a exigência de regularidade fiscal deve ser mantida durante todo o período de vínculo com a União e não apenas no momento da contratação. Se a qualquer momento a empresa não comprovar a regularidade fiscal, deve ter o contrato extinto. O órgão também afirma que a regularidade é importante para combater concorrência desleal, pois a empresa "que lança mão de práticas de sonegação e evasão fiscal" pode oferecer preços mais baixos e ampliar sua participação no mercado de forma ilícita. RÁPIDA Meta fiscal BRASÍLIA - A presidente Dilma enviou ao Congresso uma proposta de redução da meta fiscal de 0,7% para 0,5% do PIB em 2016, com a possibilidade de abater gastos com investimentos desse percentual. Na prática, isso permitirá que o superavit primário (receitas menos despesas) seja equivalente a zero.