TÍTULO: CONSUMO DE FRUTAS E HORTALIÇAS POR ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICA E PRIVADA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE MARÍLIA AUTOR(ES): VANESSA MORAES ROSSETTE, TAMARA FUSCO KAWAMOTO ORIENTADOR(ES): CLÁUDIA RUCCO PENTEADO DETREGIACHI 1 CONSUMO DE FRUTAS E HORTALIÇAS POR ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICA E PRIVADA RESUMO Este estudo teve como objetivo analisar o consumo de frutas e hortaliças por escolares do primeiro ano do ensino fundamental de uma escola privada e de uma pública da cidade Marília/SP, bem como realizar um estudo de comparação entre ambas. Tal investigação foi realizada por meio de um instrumento adaptado do Questionário de Frequência Alimentar para Adolescentes (SLATER et al., 2010) o qual avalia a frequência de consumo habitual de 94 alimentos. Entretanto, considerando que neste estudo objetivamos investigar apenas o consumo de frutas e hortaliças, optamos por utilizar somente as questões referentes a estes dois grupos de alimentos. Sendo assim, o instrumento utilizado nesta pesquisa foi denominado Questionário de Frequência de Consumo de Frutas e Hortaliças (QFCFH), constando de 21 alimentos. O presente estudo teve início somente após a apreciação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Marília – Unimar. Até o presente momento, foram coletados dados na escola privada, na qual participaram 52 alunos, cuja idade média foi de 6,78 ± 0,27 anos, distribuídos igualmente entre os sexos. Ao serem questionados sobre a freqüência de consumo dos 21 alimentos constates no questionário, entre frutas e hortaliças, a freqüência prevalente foi nunca (33%), seguida da semanal (31%) e da mensal (18%). Em média, apenas 18% dos participantes indicaram consumo diário de tais alimentos. Palavras-chave: Consumo de frutas e hortaliças. Escola pública. Escola particular. INTRODUÇÃO Dados recentes obtidos pela POF 2008-2009 confirmam que o consumo de frutas e hortaliças está muito abaixo das recomendações nutricionais (IBGE, 2011). Há mais de uma década Mcneal (2000) já observou que crianças de todas as classes sociais vinham se tornando consumidoras assíduas de alimentos calóricos e com crescente independência delas na aquisição de alimentos. Isso ocorre devido à palatabilidade desses alimentos, os quais são ricos em gordura e açúcar e fornecem mais calorias a baixo custo (DREWNOWSKI, 2003). Neste cenário vários autores indicam a avaliação nutricional realizada no espaço escolar como uma importante ferramenta para a dinâmica nutricional de crianças e adolescentes e, consequentemente, para a formulação de políticas e ações mais efetivas visando maior qualidade de vida desse coletivo (ASSIS et al., 2006; BARUKI et al., 2006, SUÑÉ et al., 2007). 2 OBJETIVO Este estudo teve como objetivo analisar o consumo de frutas e hortaliças por escolares do primeiro ano do ensino fundamental de uma escola privada e de uma pública da cidade Marília/SP, bem como realizar um estudo de comparação entre ambas. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO Trata-se de uma pesquisa descritiva e transversal realizada com escolares do primeiro ano de uma escola privada e de uma pública da cidade Marília/SP. A partir da lista de matriculados fornecida pelas escolas, as crianças foram identificadas e seus dados pessoais como nome completo, data de nascimento, sexo, série e turma foram registrados no impresso de coleta dos dados. A investigação do consumo de frutas e hortaliças foi realizada por meio de um instrumento adaptado do Questionário de Frequência Alimentar para Adolescentes (SLATER et al., 2010) o qual avalia a frequência de consumo habitual de 94 alimentos. Entretanto, considerando que neste estudo objetivamos investigar apenas o consumo de frutas e hortaliças, optamos por utilizar somente as questões referentes a estes dois grupos de alimentos. Sendo assim, o instrumento utilizado nesta pesquisa foi denominado Questionário de Frequência de Consumo de Frutas e Hortaliças (QFCFH), constando de 21 alimentos. O presente estudo teve início somente após a apreciação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Marília – Unimar. RESULTADOS PRELIMINARES A população do estudo é comporta por 60 alunos da escola privada e 25 da pública. Até o presente momento, foram coletados dados na escola privada, na qual participaram 52 alunos, cuja idade média foi de 6,78 ± 0,27 anos, distribuídos igualmente entre os sexos. Ao serem questionados sobre a freqüência de consumo dos 21 alimentos constates no questionário, entre frutas e hortaliças, a freqüência prevalente foi nunca (33%), seguida da semanal (31%) e da mensal (18%). Em média, apenas 18% dos participantes indicaram consumo diário de tais alimentos (Figura 1). 3 Figura 1- Consumo de frutas e hortaliças entre os escolares de uma escola privada (n=52), Marília-SP, 2014. Estes dados corroboram os achados nacionais da POF 2008-2009 que aponta que o consumo de frutas e hortaliças está abaixo das recomendações nutricionais (IBGE, 2011), e o estudo de Costa et al. (2012) que ao estudaram 4964 crianças de 6 a 10 anos do estado de Santa Catarina, de escolas públicas e privadas, encontraram que 26,6% não consomem frutas ou verduras diariamente. REFERÊNCIAS ASSIS, M.A.A.; ROLLAND-CACHERA, M.F.; VASCONCELOS, F.A.G.; et al. Overweight and thinness in 7-9 year old children from Florianópolis, Southern Brazil: a comparison with a French study using a similar protocol. Rev. Nutr., Campinas, v.19, n.3, p.299-308, maio/jun. 2006. BARUKI, S.B.S.; ROSADO, L.E.F.P.L.; ROSADO, G.P.; RIBEIRO, R.C.L. Associação entre estado nutricional e atividade física em escolares da Rede Municipal de Ensino em Corumbá – MS. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 12, n. 2, p. 9094, Mar/Abr., 2006. COSTA, L.C.F.; VASCONCELOS, F.A.G.; CORSO, A.C.T. Cad. Saúde pública., v.28, n.6, Rio de Janeiro, jun. 2012. DREWNOWSKI, A.The role of energy density. Lipids, v.38, n.2, p.109-15, 2003. IBGE- INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Rio de Janeiro : IBGE, 150p., 2011. MCNEAL, J.U. Children as consumers of commercial and social products. Washington (DC): PAHO, 2000. SUÑÉ, F.R.; DIAS-DA-COSTA, J.S.; OLINTO, M.T.A.; PATTUSSI, M.P. Prevalência e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma cidade no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1361-1371, jun, 2007.