23 de maio de 2011 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira ELDORADOGOLD INVESTE US$ 470 MILHÕES EM PRODUÇÃO NO PARÁ O entorno do Rio Tapajós, oeste do Pará, é apontado como nova fronteira do ouro no país. Não à toa, a região recebeu 2 mil autorizações para a instalação de lavras de garimpo em 2010 O número alto, contudo, não significa possibilidade de ganhos rápidos aos garimpeiros como ocorria em Serra Pelada nos anos 1980. "No Tapajós, a mineração é mais complexa por causa da geologia. Isso exige ajuste tecnológico", diz o geólogo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), Mathias Heider. Segundo ele, tecnologia não é o forte do garimpo e essa deficiência abre espaço para a indústria mineral. A canadense EldoradoGold é a primeira a chegar em Tapajós. A mineradora vai explorar Tocantinzinho - mina localizada no município de Itaituba -, comprada por US$ 120 milhões da Brazauro Resources no ano passado. "O investimento na implantação da mina será de US$ 383,5 milhões", afirma Lincoln Silva, presidente da Unamgen Mineração e Metalurgia, subsidiária da EldoradoGold no Brasil. O valor da negociação poderá chegar a US$ 468,7 milhões, adicionando o capital de giro inicial (US$ 20,55 milhões) e o investimento na compensação ambiental do projeto (US$ 64,6 milhões). "Estamos com o licenciamento ambiental bastante adiantado. Esperamos iniciar a implantação no terceiro trimestre de 2012", diz Silva. Tocantinzinho é uma mina aberta e isso facilita a meta da EldoradoGold de produzir anualmente 159 mil onças troy de 31,1 gramas. A empresa vai processar 4,4 milhões de toneladas de minério por ano para extrair 1,25 gramas a cada mil quilos de rocha triturada. A recuperação estimada no processo é de 90,1% do ouro contido por tonelada. Para esse processo de retirada do ouro, US$ 81 milhões serão destinados à infraestrutura, incluindo pavimentação de 100 quilômetros de estrada para escoar a produção. Operação em mina subterrânea da AngloGold, que O abastecimento de energia será feito por comprou reserva da EldoradoGold e investe US$ 290 meio de rede própria de transmissão com 200 milhões neste ano quilômetros, pela qual passarão 25 megawatts necessários para operar a mina nos 11 anos de duração do projeto. A estimativa é produzir 1,78 milhão de onças entre 2014 e 2025, com custo operacional de US$ 559 a cada 31,1 gramas. A expectativa é vender a onça por US$ 1,25 mil. "Até US$ 1 mil, há viabilidade. Mas US$ 1,5 mil seria ótimo", diz Silva. Para Alexandre Rangel, analista da Ernest & Young Terco, o ouro deve sofrer leve queda junto com outras commodities. "Mas acho difícil voltar a um patamar muito abaixo do atual." A EldoradoGold operou a mina São Bento em Santa Bárbara (MG), de 1996 a 2008, quando repassou a reserva para a sulafricana AngloGold Ashanti por US$ 70 milhões. A venda se deveu à profundidade atingida em São Bento. A AngloGold é especialista em minas subterrâneas e pretende destinar à reserva parte de US$ 1,14 bilhão de aportes previstos entre 20122016. Fonte: Brasil Econômico Data: 09/05/2011 Autor: Nivaldo Souza DILMA QUER ENVIAR PROJETOS DE MINERAÇÃO JUNTOS AO CONGRESSO, DIZ LOBÃO O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que os três projetos de lei do novo marco regulatório do setor mineral serão enviados juntos ao Congresso Nacional. Segundo o ministro, esta foi uma solicitação da presidente da República, Dilma Rousseff. "A presidenta entendeu que deveríamos encaminhar o projeto em um só tempo e não separadamente como eu havia proposto inicialmente", disse o ministro ao se referir decisão tomada pelo ministério no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lobão explicou que somente havia proposto o envio dos projetos em separado porque nem todos estavam prontos. A estratégia do governo seguirá a mesma adotada com o marco regulatório da exploração de petróleo na camada pré-sal, que foram apresentados juntos para tramitação no Legislativo. Os três projetos de lei, aos quais o ministro se refere, tratam da reformulação do atual Código Mineral, das novas regras de cobrança do royalties e da criação na nova agência reguladora. Ele disse que o trabalho de conclusão das minutas envolve Casa Civil e ministérios de Minas e Energia, Fazenda, Justiça e Planejamento. "Acreditamos que dentro de 30 dias, nós possamos ter este trabalho concluído", afirmou Lobão ao participar do lançamento da Frente Parlamente Mista de Defesa da Infraestrutura Nacional, no Senado. O ministro aproveitou a ida ao Congresso para pedir apoio dos senadores. Fonte: Valor Online Data: 11/05/2011 Autor: Rafael Bitencourt ROYALTIES DO MINÉRIO SERÃO 'CARIMBADOS' CONTRA DESVIO O governo vai "carimbar" o destino dos royalties da mineração para evitar que os recursos obtidos pelos municípios mineradores sejam usados de forma indevida, como, por exemplo, na promoção de shows com elevados cachês para artistas. Essa é uma das alterações que serão feitas no texto do novo marco regulatório da mineração, que está em análise na Casa Civil, segundo revelou uma fonte do Palácio do Planalto ao jornal O Estado de S. Paulo. O que a presidente Dilma Rousseff quer é ter o controle sobre o dinheiro recebido por municípios e Estados mineradores, para garantir que os recursos sejam aplicados na finalidade para a qual foram criados, ou seja, infraestrutura, saúde e educação. O novo código mineral será o "instrumento legal" para controlar o uso da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), que são os royalties da mineração. Atualmente, a alíquota aplicada sobre o faturamento líquido das mineradoras varia de 0,2% a 3%, conforme o tipo de mineral. A distribuição dos recursos é feita da seguinte forma: 12% para a União, 23% para o Estado onde for extraída a substância mineral e a maior parte (65%) para o município produtor. Depois de formalizado esse "carimbo" sobre a exploração de minérios, o governo quer aplicar o mesmo modelo para os royalties do pré-sal. Nos municípios em que houve aumento de arrecadação por causa do salto de exploração do petróleo, já foram constatados desvios de função emblemáticos das compensações recebidas, como o pagamento de um cachê para a cantora baiana Ivete Sangalo em um show em Rio das Ostras (RJ). Fonte: Estadão.com.br Data: 07/05/2011 BAHIA EXPORTA US$ 30 MILHÕES DE CONCENTRADO DE NÍQUEL PARA A FINLÂNDIA As primeiras 8.000 toneladas produzidas pela Mirabela Mineração do Brasil no município de Itagibá, região sudoeste da Bahia foram embarcadas no Porto de Ilhéus para uma unidade da multinacional russa Norilsk, a maior produtora de níquel do mundo. Os fundos de investimentos que controlam a matriz, entre eles o Perpetual e um fundo do JPMorgan, já investiram US$ 800 milhões no empreendimento. Fonte: Bahia Negócios Data: 13/05/2011 MUNICÍPIOS QUEREM REAJUSTE DE ROYALTIES Representantes de 27 municípios mineradores do Pará estiveram reunidos em um evento ontem, em Marabá, para discutir a possível mudança na lei para aumentar de 2% para 4% a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). O evento, intitulado "Diálogos sobre Minérios e Desenvolvimento", foi realizado em conjunto pela Famep (Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará) e Amat (Associação dos Municípios do Araguaia Tocantins). Estiveram presentes ao evento Cláudio Scliar, secretário de Geologia do Ministério de Minas e Energia, representando o ministro Edson Lobão, que não pode estar presente, o diretor-geral do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), Sérgio Damaso e prefeitos dos 27 municípios mineradores do Pará. Luciano Guedes, presidente da Amat, disse que a defesa dos municípios é para reajustar o valor da CFEM (royalties que as mineradoras pagam ao Estado) de 2% para 4%. Além disso, os municípios vizinhos aos mineradores, que têm dificuldades financeiras, também seriam beneficiados, chegando ao número de 90 cidades. Josenir Nascimento, secretário geral da Famep e Amat, observa que três projetos de Lei tramitam nos ministérios, em Brasília, para modificar o Novo Marco Regulatório da Mineração. O primeiro trata do modelo der outorga, prazos, regras e procedimentos para empresas que requeiram áreas para atividade mineral, e prevê a criação do Conselho Nacional de Política Mineral; o segundo dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Mineração, que será criada para fiscalizar o setor; enquanto o terceiro trata exclusivamente a revisão na cobrança dos royalties na mineração, o grande desejo dos municípios e seus administradores. Nascimento observa que a proposta dos municípios mineradores de todo o País com relação à CFEM defende o aumento do rapasse das empresas mineradoras aos municípios, estados e União dos atuais 2% da receita líquida para 4% da receita bruta. "Essa mudança beneficiaria muito esses nosso estado, que ocupa o segundo lugar na produção mineral do Brasil, em especial os demais municípios não mineradores, com a criação do Fundo Especial da Mineração", observa Josenir. Após as discussões, foi elaborado um documento contendo os interesses dos 27 municípios mineradores do Pará, o qual foi levado por Cláudio Scliar ao Ministério de Minas e Energias. Ele disse reconhecer os impactos sociais dos municípios mineradores e considerou que não é justo que os recursos minerais sejam daqui tirados e não haja a devida compensação. "O marco regulatório da mineração é uma das promessas de campanha de Dilma e ele será aprovado em breve", garantiu. Fonte: O Liberal Data: 14/05/2011 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA IMPEDE QUE PROJETO SOBRE MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS SEJA IMPLEMENTADO Congresso Nacional ainda não colocou em pauta para discussão de projetos de lei que regularizam mineração em terras indígenas Um projeto elaborado e apresentado há dois anos ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que propõe a capacitação de indígenas na lapidação de pedras semipreciosas não pode ser implementado por um entrave legislativo: a inexistência de regularização da exploração de minérios em terras indígenas. Os recursos, no valor de pouco mais de R$ 1,5 milhão, já foram confirmados pelo MCT, mas sua liberação ainda aguarda ajustes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A articulação do projeto está sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sect), mas o titular do órgão, Odenildo Sena, encontra-se em um impasse: como implementar um projeto se a execução depende da conclusão dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional a respeito da mineração em terras indígenas? “Acabaram direcionando o projeto para algo que não é permitido. O projeto está em standby. Mas precisamos conversar com o MCT para resolver a situação. Talvez direcionar o projeto para outro conjunto de ações”, disse Sena. Artesanato Surgido de uma demanda de povos indígenas de São Gabriel da Cachoeira (AM), na região do Alto Rio Negro, o projeto foi batizado de Liceu Lapidart. Ele pretende trabalhar na “adoção de uma central de inovação de serviços e design para o aproveitamento de sementes não germinadas no fabrico de biojoias, inspirada na arte indígena", segundo trecho de um documento apresentado em 2009, em evento realizado em Manaus. O projeto foi apresentado pela Secretaria Estadual de Povos Indígenas (Seind). Nele, havia a indicação de que a atividade ser desenvolvida em parceria com o Instituto Federal do Amazonas (Ifam). O titular da Seind, Bonifácio Baniwa, discorda de que haja impedimento do projeto ser implementado. Segundo ele, a proposta do Liceu Lapidart abrange apenas “gemas”, conhecidas como pedras semi-preciosas. Segundo Baniwa, estas "gemas" não estão na categoria de minério. “O Estatuto do Índio diz que os indígenas não podem garimpar, mas podem usar gemas em forma de artesanato, como extrativismo. Talvez o Odenildo Sena não esteja acompanhando o assunto. Na época em que a gente apresentou o projeto, ele ainda não estava na Sect”, disse Baniwa, que pretende voltar a conversar sobre o assunto. Daniel Nava, titular da recém-criada Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (Semgrh), tem outra interpretação da legislação. Segundo ele, “minério é minério de qualquer jeito” e sua atividade em terras indígenas precisa ter autorização do Congresso Nacional e do Ministério de Minas e Energia. Conforme Nava, em São Gabriel da Cachoeira, área rica em fontes de minério, as chamadas “gemas” mais comuns naquela região do Alto Rio Negro são ametista, água marinha e topázio. Daniel Nava defende a necessidade do Congresso Nacional destravar os debates sobre mineração em terras indígenas para evitar um caso em São Gabriel da Cachoeira: a saída de pedras preciosas para a Colômbia. “Um grande comerciante de ouro é a Colômbia, mas as áreas produtoras estão do lado do Brasil, em São Gabriel da Cachoeira, nas áreas próximas às margens que fazem fronteira entre os dois países”, disse Nava. Para o secretário, o governo brasileiro precisa “olhar” para essa situação e regulamentar a mineração em terras indígenas. Como gestor estadual, Daniel Nava disse que pode atuar como “articulador dos interesses comuns”. “Vamos nos esforçar para conseguir isso”, observou. Atualmente, tramitam alguns projetos de lei no Congresso Nacional que regulariza a lavra em terras indígenas, mas o assunto não é colocado em pauta. Fonte: A Crítica Data: 12/05/2011 MINING FOR INVESTMENTS Diamond mining companies are once again starting to invest in their portfolios. This should be taken as a clear sign of confidence as diamond markets continue to recover and the outlook for rough demand becomes increasingly attractive. There is little arguing that in the last year producers emerged from the recession in a position of strength, even if they had been hit hard during the downturn. Perhaps the only thing more optimistic than the recent financials of the major mining companies was their forecasts for the next statements. Simply put, with limited resources for supply and growing demand, the near- and longterm outlook for rough diamonds is strong. In such a market, mergers and acquisitions may be inevitable. On a larger scale, however, companies also appear to be ready to commit the necessary capital to maximize their existing portfolios. Not that there is an abundance of opportunities out there. The diamond market is small with a limited number of diamond-bearing assets and even fewer companies nurturing them. Perhaps that is why there is currently such rising interest in them. The scarcity of available opportunities appears apparent especially now since De Beers has basically completed its sell-off of its so-called “nonprofitable” mines. The De Beers divestments have helped Petra Diamonds emerge as a strong mid-tier producer as it ramps up to a forecasted 4 million carat annual production by 2014. Similarly, this week’s agreement by Trans Hex to acquire De Beers Namaqualand Mines is expected to strengthen the South African company’s position. Other mid-tier companies have made known their intention to grow their asset base. Gem Diamonds noted in a recent report that it is seeking “value adding opportunities outside of its current asset portfolio.” The company also recently ended talks regarding a possible acquisition of Lucara Diamond Corp. Lucara appears to be one of the few attractive takeover targets out there simply because it holds assets that are starting to produce diamonds, or will in the near future. It also doesn’t appear afraid of making acquisitions itself following its deal with African Diamonds last year. The company recently launched trial mining at its Mothae mine in Lesotho and held its first tender of production in March. Lucara is also developing the AK6 mine that is scheduled to come on-stream towards the end of the year and eventually boost its annual output to above 400,000 carats. Another small scale, or emerging, producer in a similar position might be Firestone Diamonds with two early-stage mines in the works. Most producers, however, appear intent on investing the necessary funds to bring their respective development projects to fruition. Rockwell Diamonds, for example, which this week appointed James Campbell as its new chief executive officer (CEO), effective June 1, is aiming to quadruple its output to about 10,000 carats per month within six years. Given Campbell’s current job as Lucara’s vice president for new business, a position he held for just four months, a possible deal between Rockwell and Lucara might not be a far-fetched idea. Admittedly, that’s pure speculation. For now, a spokesperson for Rockwell explained that the company’s strategy is to focus on enhancing existing projects, including reviving the dormant Wouterspan and Tirisano diamond mines. Rockwell is reportedly planning a fundraising round to cover the development costs of approximately $22 million. Rockwell is not alone in the investment sphere. Gem Diamonds is focused on developing its Gope mine at an initial cost of $85 million and has embarked on a $250 million expansion of Letseng. Namakwa Diamonds is concentrating its resources on developing its Lesotho and Democratic Republic of the Congo (DRC) projects. The list goes on and is not limited to the junior and mid-tier players either. BHP Billiton this week approved a $323 million development to extend the life of the Misery open-pit at its Ekati mine. Rio Tinto has invested heavily in transferring from open-pit to underground mining at its flagship Argyle operation and its Diavik joint venture with Harry Winston. De Beers too has launched the Cut 8 project at Jwaneng, requiring a long-term capital investment of $3 billion, and is reportedly planning to resume operations at the Damtshaa mine, which it suspended during the recession, in early next year. These developments mark another stark contrast to the downturn of just two years ago when the same mining companies were collectively moth-balling projects until conditions improve. It appears they have for this segment of the market as rough prices have well surpassed pre-recession levels, and easily outpaced the recovery experienced in other sectors of the diamond industry. Mining companies are clearly confident that the trend will continue. While others may still worry about a double-dip in the markets, or a prolonged recession, diamond producer appear to have pursued aggressive expansion strategies. Their shareholders will be pleased by the optimism - and quite content at their position in the pipeline. Fonte: Diamonds.net Data: 12/05/2011 OURO DEVE PROMOVER NOVO CICLO DE INVERSÕES NO PAÍS Entre 2011 e 2015, previsão de US$ 2,4 bilhões em aporte no país. A crescente valorização do ouro no mercado internacional e o potencial produtivo do Brasil e de Minas Gerais vão promover no país um novo ciclo de investimentos de exploração do mineral. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), apenas entre 2011 e 2015 a previsão é de aportes de US$ 2,4 bilhões. Minas Gerais deverá receber ao menos 50% desses investimentos - cerca de US$ 1,2 bilhão. O valor apurado pelo Ibram considera apenas investimentos já confirmados pelas mineradoras para exploração do ouro. Recursos destinados à pesquisa e mapeamento geológico não entram nessa conta. O peso do ouro na economia mundial ganha força em situações de instabilidade. Por ser considerado o investimento mais seguro, ele acaba sendo o refúgio de investidores que fogem da incerteza de investimentos tradicionais, como a Bolsa de Valores. A crise no mercado imobiliário norte-americano em 2008 e os reflexos ainda sentidos na zona do euro aguçaram a busca internacional pelo ouro, fato que explica a valorização internacional do metal. No mês de abril, a cotação internacional da commodity mineral atingiu o valor histórico de US$ 1.500,00 a onça (aproximadamente 31 gramas). Conforme especialistas, existe a expectativa de que até o final do ano a mesma quantidade de ouro seja comprada por até US$ 2.000,00. Há dez anos, essa cotação era de US$ 272,00 a onça e em 2008, ano da crise, o valor atingiu US$ 850,00. O enfraquecimento da cotação do dólar no mundo é outro fator que contribuiu para o aumento do ouro, já que os investidores trocaram a moeda norte-americana pelo mineral. Valorização Essa valorização internacional foi responsável por fazer com o que o ouro superasse o ferronióbio como segundo mineral mais representativo na balança comercial brasileira - o primeiro lugar absoluto segue sendo o minério de ferro. O gerente de Dados Econômicos do Ibram, Antônio Lannes, disse que o Brasil e, em especial, Minas Gerais têm condições de saciar a fome mundial pelo metal nobre. Segundo ele, apenas 30% do território nacional são geologicamente mapeados e as reservas internas ainda são altas. Pelos dados de 2010, o Brasil exportou 61 toneladas de ouro em 2010. Desse total, 64% sairam de Minas Gerais (cerca de 39 toneladas). Os dados geológicos atuais apontam que as reservas de ouro no Brasil alcançam 1.590 toneladas, ou 3,3% das reservas mundiais. Pará e Minas Gerais são os Estados com maior concentração dessas reservas (41,5% e 37% respectivamente). A estimativa é que até 2014 a produção anual brasileira de ouro deva atingir 80 toneladas. Em 2010, as exportações brasileiras de ouro trouxeram para o país quase US$ 2 bilhões em divisas. O volume exportado correspondeu a 5,1% da balança comercial brasileira do setor mineral, enquanto o minério de ferro representou 81,8% desse total. Além de se valorizar em períodos de instabilidade econômica, o ouro também se destaca em ciclos positivos da economia. "O ouro é o único ativo financeiro que tem essa característica de ser procurado tanto nos períodos de incerteza quanto nos períodos de prosperidade. Em épocas de bonança, por exemplo, ele incrementa o mercado de luxo e de joias", resumiu Antônio Lannes. O analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, lembra, no entanto, que o investimento em ouro, embora tenha suas vantagens, também tem seus riscos. " um investimento que tem cotação diária e que também está sujeito às variações do mercado. Como em qualquer ação no mercado, há o risco do investidor perder dinheiro", alertou. Inversões Algumas das principais mineradoras que atuam no Brasil e em Minas Gerais já anunciaram investimentos para os próximos anos. A canadense Kinross Gold Corporation, que tem uma planta na cidade de Paracatu, na região Noroeste, deverá investir US$ 400 milhões na expansão da produção, que passará de 15 para 17 toneladas. Somente em 2010, os aportes deverão totalizar US$ 200 milhões. Os principais investimentos serão realizados na implantação do terceiro e do quarto moinho de bolas para o processamento do minério. No município de Riacho dos Machados, na região Norte de Minas, a mineradora de mesmo nome, controlada pela canadense Carpathian Gold Inc., prevê investimentos de US$ 150 milhões. A sul-alfricana AngloGold Ashanti também estima investimentos da ordem de US$ 220 milhões, divididos nas unidades de Nova Lima e Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Antônio Lannes lembrou que a maior parte dos investimentos previstos para Minas Gerais é externo e que há pouco capital nacional envolvido. "Embora exista participação nacional em algumas dessas companhias que atuam no Brasil, o investimento é primordialmente estrangeiro", afirmou. Fonte: Diário do Comércio Data: 14/05/2011 TRABALHOS DE PERFURAÇÃO DA ÁREA FOSFÁTICA COMEÇAM NA SEGUNDAFEIRA Os primeiros 2 mil metros de sondagens da área fosfática de Mirassol D'Oeste começam ser perfurados na próxima segunda-feira, dia 16. As primeiras coletas de amostras serão utilizadas para análise, uma vez que a empresa GM4 (Grupo Oportunit) quer encontrar as áreas de maior concentração do minério para viabilidade da exploração econômica. O anúncio foi feito pelo diretor Washington Rydz, Rebouças Santana, da empresa Bemisa Brasil Exploração Mineral S.A, que integra o Grupo GM4, ao secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf, ontem. “Sabemos que esse projeto de exploração é viável, só queremos encontrar na área mineralizada o bloco de maior concentração”, afirmou Rydz, durante a visita. Depois da análise e levantamento da concentração, prazo estimado em um ou dois anos, será desenvolvida a ação de exploração. “O Brasil importa 50% de fosfato e o Centro-Oeste é o maior consumidor. Temos consciência da importância que o fosfato representa para Mato Grosso e o para o Brasil. Nosso objetivo é contribuir para que o Brasil segure divisas, importando menos e fazendo a agricultura de Mato Grosso mais competitiva”, revelou Washington. Para o secretário Pedro Nadaf, “Mato Grosso encerra uma fase importante, que foi a descoberta do fósforo, e em médio prazo iniciará uma verdadeira revolução nos custos da produção agrícola, o que o tornará mais competitivo nos mercados nacional e internacional”. O Projeto Jauru Fosfato, assim denominado pela empresa, está entre os prioritários para execução do Grupo no país. Segundo Rydz, o orçamento já está aprovado. “São US$ 35 milhões para desenvolver os cinco projetos que representam 42 mil metros de sondagens em execução”. A sondagem de 2 mil metros de profundidade corresponde a aproximadamente 25 furos. Encontradas as reservas, começará a etapa de viabilidade do processo tecnológico para aproveitamento da rocha fosfática. No total serão 5 mil metros de perfuração (já estão aprovados), sendo que os outros 3 mil metros deverão ser perfurados no segundo semestre deste ano. Matéria-Prima Na agricultura, fosfato se refere a um dos três nutrientes primários das plantas, e é um componente dos fertilizantes. O fosfato é extraído de depósitos de rocha sedimentária e tratado quimicamente para aumentar a sua concentração e torná-lo mais solúvel, o que facilita sua absorção pelas plantas. O fosfato sem tratamento, apenas pulverizado, é normalmente utilizado em cultivo orgânico. Fonte: Diário de Cuiabá Data: 16/05/2011 O QUE ESPERAMOS DA NOVA VALE No próximo dia 21 de maio o Brasil viverá um dia histórico, com a troca de comando da Vale, maior empresa do País. Depois de dez anos no comando da companhia, o executivo Roger Agnelli será substituído pelo mineiro Murilo Ferreira. Nós, prefeitos de 2.000 cidades mineradoras abrigados na Associação de Municípios Mineradores do Brasil (Amib), esperamos que o novo presidente e o grupo que colocará à frente da empresa tenham postura diferente de seu antecessor. Antes de listarmos o que esperamos de Murilo Ferreira, vamos recapitular os motivos que levaram à queda de Agnelli. Para isso, devemos voltar àquele período de grande aflição que começou em 2007 e se agravou em 2008 com a chamada “crise do subprime”. No dia 2 de dezembro, no auge da crise global, a Vale confirmava a demissão de 1.300 trabalhadores, a colocação de 5.500 em férias coletivas e cortes na produção. As medidas incomodaram o então presidente Lula e azedaram definitivamente as relações do governo com o executivo Roger Agnelli. Com a crise batendo às portas, Lula pedira aos dirigentes de grandes empresas que mantivessem empregos e investimentos. O que se viu nos meses seguintes foi o acerto das medidas de fortalecimento do mercado interno que fizeram com que o País fosse um dos primeiros a sair daquele cenário de incertezas. Desde então, notícias sobre a saída de Agnelli voltam em ciclos. O episódio final começou em fevereiro, após a divulgação de lucro estratosférico de 2010, da ordem de R$ 30 bilhões. Simultaneamente, o Ministério de Minas e Energia (MME) revelava que a Vale acumulava (e acumula) dívida de R$ 4 bilhões em royalties minerais. Reuniões de encontro de contas com o MME mostraram-se infrutíferas. Em março, em evento do Governo de Minas Gerais, Agnelli voltou a negar a dívida. Ao fazê-lo, confirmou o que todos já sabiam, ou seja, não basta ser bom gestor, é preciso visão social. A verdade, porém, não tem duas versões. No Estado do Pará, a empresa já foi condenada pela Justiça a pagar cerca de R$ 800 milhões, depois de atuação exemplar do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). Em Minas, o mesmo DNPM aponta dívida de R$ 2,6 bilhões da Vale e de companhias a ela ligadas, como Samarco e MBR. No dia 31/3, uma nota ao mercado assinada por Guilherme Cavalcanti, diretor de Relações Institucionais da Vale, confirmava que o ciclo Agnelli havia chegado ao fim. O ritual foi sumário, com a escolha de Murilo Ferreira já na segunda-feira seguinte. Nós, prefeitos de cidades mineradoras, manifestamos em diversas ocasiões o desejo de mudanças na empresa. O fizemos, inclusive, em carta ao ministro Edison Lobão. Não entramos no debate em torno de nomes, mas, como representantes daqueles que sentem os impactos da exploração mineral, temos legitimidade para proclamar que o Brasil espera muito mais dessa grande companhia. A antiga Vale do Rio Doce foi campeã em danos ambientais, fato testemunhado e brilhantemente transformado em poesia pelo itabirano Carlos Drummond de Andrade. Exerce atualmente atividades de mineração a partir de concessões federais em mais de 20 milhões de km quadrados, com presença em mais de cem municípios. Empresa dessa magnitude deve ter novo conceito de responsabilidade social. Deve dialogar com os municípios e tratar como protagonistas a sociedade e suas instituições. Deve devolver às cidades parte da riqueza que delas retira e investir em siderurgia e empregos de qualidade, e não apenas exportar minério bruto em regime tributário extremamente favorável. Deve, finalmente, comprometer-se com a nova lei da CFEM, o royalty do minério, que propõe alíquota de 4% sobre o faturamento bruto. É um pouco do que esperamos de Murilo Ferreira. Fonte: Correio do Brasil Data: 13/05/2011 SUCESSÃO NA VALE Ferreira buscará gestão mais descentralizada A era Roger Agnelli na Vale, que durou uma década, termina hoje, quando o executivo passar o cargo de presidente da segunda maior mineradora do mundo para o mineiro Murilo Ferreira. Com a cadeira, o executivo herda a delicada tarefa de satisfazer os interesses dos investidores e do governo, que teve influência direta no afastamento do seu antecessor. A pessoas próximas, Ferreira tem dito que pretende buscar uma gestão mais descentralizada da empresa, mudando o estilo de comando a que a empresa havia se acostumado com Agnelli, tido como um executivo mais centralizador. Quem já trabalhou com Ferreira diz que sua postura é a de delegar poderes, sem deixar de acompanhar de perto todas as etapas dos principais projetos. Apesar de assumir uma empresa altamente lucrativa (foram R$ 11,2 bilhões só no primeiro trimestre), e com um ambicioso plano de investimentos, que chega a US$ 24 bilhões para este ano, Ferreira sabe dos desafios que o esperam. "O principal desafio do Murilo Ferreira será reconquistar os investidores. Provar que não vai se curvar ao governo", afirmou o chefe da área de análise da gestora de recursos Modal, Eduardo Roche. O processo de saída de Agnelli, com forte interferência política, provocou a queda nas ações da mineradora este ano. Até agora, a longa experiência do executivo no setor - ele trabalhava na própria Vale até 2009 - não aplacou o temor de uma maior ingerência política nas decisões da mineradora, priorizando o desenvolvimento social acima dos lucros. A União está no bloco de controle da Vale diretamente, por meio do BNDESPar, braço de participações do BNDES, e indiretamente, pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. "A relação entre o governo e as mineradoras sempre foi muito grande. O problema agora é que qualquer movimento pode ser interpretado como ingerência política", disse Pedro Galdi, chefe do departamento de análise da corretora SLW. Para ele, Ferreira vai pegar uma empresa bem financeiramente e com projetos que vão permiti-la dobrar de tamanho em cinco anos. Para Galdi, a maior dificuldade será a Vale provar aos investidores que seus planos têm como foco principal seu crescimento. Relações. Além de reconquistar acionistas, Murilo também terá de reconstruir as relações entre a Vale e o governo, que ficaram estremecidas nos últimos dois anos, principalmente após a demissão de quase 2 mil empregados, em 2008, em meio à crise financeira global. O desafio de Ferreira passa por dois temas: os investimentos no setor siderúrgico e os royalties da mineração. Os investimentos em siderurgia, no entanto, não são vistos com bons olhos pelo mercado. Para ganhar respaldo entre os investidores, portanto, o novo comandante da mineradora terá de conter a pressão governamental para envolver a Vale em projetos siderúrgicos. Popular entre políticos, por criar muitos empregos e ser um produto com maior valor agregado em relação ao minério, o segmento oferece um retorno baixo para a Vale, que consegue margens muito melhores na comercialização do minério de ferro, insumo que teve seu preço reajustado em mais de 100% no ano passado. Roger Agnelli chegou a dizer que não gostaria de se tornar um concorrente dos seus próprios clientes. Outro desafio de Murilo Ferreira será buscar uma saída rápida - e que agrade ao governo e aos acionistas - para a disputa relacionada a uma dívida de royalties de mineração. O processo se arrasta desde 1991, mas, veio à tona este ano, durante as especulações em torno do interesse do governo na saída de Agnelli da presidência da Vale. O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) cobra uma dívida de R$ 4 bilhões relativa aos royalties sobre o minério extraído das minas da companhia no Complexo Carajás, no Pará. A empresa alega que a cobrança é irregular. Além desse imbróglio, Ferreira terá de se posicionar ainda sobre outro ponto polêmico: o pleito de vários municípios mineradores, que exigem um aumento na alíquota dos royalties da mineração, que, hoje, está em 2% sobre as vendas do minério. Fonte: O Estado de São Paulo Autora: Mônica Ciarelli Data: 10/05/2011 ALTO CUSTO DA ENERGIA PREJUDICA INVESTIMENTOS NO BRASIL O fato de o Brasil possuir a terceira tarifa mais cara do mundo tem levado algumas empresas, principalmente as de alumínio, a encerrar suas atividades, a exemplo da Novelis, da indiana Hindalco Industries, situada no Centro Industrial de Aratu, na Bahia. O custo de energia no Brasil cresceu mais rápido do que no resto do mundo, trazendo graves consequencias à balança comercial do País. A desoneração das tarifas melhora a competitividade da indústria e aumenta o ritmo de crescimento da economia Espremidas pelos elevados custos da energia elétrica no Brasil, as indústrias de alumínio reduziram em 10% a capacidade produtiva no país nos últimos seis anos. No caso da Novelis do Brasil, o presidente Alexandre Almeida explica que o preço do insumo em 2011 custaria US$ 60 o MWhora para atender a fundição de Aratu, que é o dobro da média mundial do custo para indústria do alumínio. Eduardo Spalding coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira da Indústria de Alumínio, alerta que fábricas de outros setores de uso intensivo de energia também estão fechando as portas, porque os custos da energia praticamente dobraram nos últimos seis anos. Isso inibe investimentos e, se nada for feito, nos próximos dez anos haverá um aumento de mais de 20% no custo da energia industrial. O custo de produção de uma tonelada de alumínio alcançava US$ 1.069 em 2003 e a conta de energia representava 33% desse total. Em 2008, o custo de produção saltou para US$ 1.991 a tonelada, em que 44% representavam os gastos com energia. O preço da energia condena de forma inexorável a indústria, observa Spalding, que também integra o Conselho Temático de Infraestrutura da CNI. O encerramento das atividades da fábrica baiana que dava prejuízo desde 2009 levou à demissão de 300 empregados diretos e mais 600 indiretos. Fonte: Bahia Negócios Data: maio de 2011 BRASIL PRECISA MAPEAR MELHOR O SOLO E SUAS RESERVAS O Brasil é um país conhecido pela abundância de seus recursos naturais. Entretanto, está longe de entendê-los totalmente. O país é hoje o maior produtor de minério do mundo, e mesmo assim ainda existem jazidas de metais intocadas e mal utilizadas. Essa falta de informações sobre a sua formação geológica também está relacionada à incidência de enchentes e deslizamentos, que nos últimos anos vitimaram centenas de pessoas. "Há pouca integração entre universidade, empresas e governo para melhorar o entendimento de nosso país", afirma Onildo Marini, secretário-executivo da Agência para o Desenvolvimento da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB). Questões como essas inquietaram a comunidade de geocientistas no seminário "Geociências: Principais tecnologias, a fronteira do conhecimento, projetos na área da indústria mineral, Pré-sal e outras demandas da sociedade", que aconteceu no dia 6 de maio na UnB. Cerca de 70 pesquisadores, estudantes e representantes do governo, discutiram os rumos de um setor altamente aquecido no Brasil. "Essa multiplicidade de conhecimentos dá novos estímulos para nosso trabalho", disse Detlef Walde, diretor do Instituto de Geociências da UnB. Um dos problemas apresentados no seminário foi a falta de estímulos e dinheiro para a mineração, que acaba sendo deixado de lado em detrimento do setor petrolífero. Onido Marini afirmou que, apesar do tamanho e possibilidades de descobertas, o País investe pouco, se comparado a vizinhos como Chile, Peru e a países com grande território como Canadá e Austrália. "Não conhecemos nosso minérios e nem nossos rejeitos", disse Marini. Onildo explicou que a academia brasileira evoluiu, e é uma das que mais publicam estudos em revistas científicas importantes, mas falta integração com outros setores. Para o professor Detlef Walde, há muitas barreiras. "Faltam universidades técnicas e estímulos para essas parcerias". O aluno do 4º semestre de Geologia, Gustavo Rosa, quer estudar minérios no futuro e concordou. "Acho importante que haja uma parceria maior entre esses entes", acredita. Outra área deficiente em pesquisas é a de estudos sobre prevenção de tragédias naturais. Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, disse que é o Brasil ainda engatinha quando se fala em prevenção de tragédias como o deslizamento da região serrana do Rio de Janeiro no começo do ano, que matou quase 900 pessoas. "Estudos do Ministério do Meio Ambiente mostraram que 90% dos deslizamentos que aconteceram no Rio foram em áreas que deveriam estar protegidas, não habitadas". Previsto para ser lançado em novembro desse ano, o Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais já está sendo usado provisoriamente no Nordeste, onde há uma concentração maior de chuvas no inverno. Segundo Nobre, o MCT irá fazer parcerias com universidades e criar editais de pesquisa e projetos para estimular o mapeamento geológico necessário ao Sistema. "Queremos transformar o Brasil em uma liderança tecnológica do setor até 2030", diz Cláudio Scliar, representante do Ministério das Minas e Energia. Nos Estados Unidos, o Serviço Geológico Americano (USGS) faz o mapeamento do solo com imagens tridimensionais. O pesquisador David Smith trabalha no USGS e veio à UnB mostrar o uso integrado de diversos equipamentos de medição para, por exemplo, entender doenças causadas por minérios, ajudar na reconstrução do Afeganistão e procurar água em Marte. A apresentação das possibilidades do aparelho AVIRIS (Airborne Visible/Infrared Imaging Spectrometer, ou Espectrômetro Aéreo de Imagem Infravermelha) causou inveja nos pesquisadores. "É uma tecnologia fantástica", disse Célia Ghedini Ralha, diretora de Desenvolvimento Institucional e Inovação da UnB. Ela espera uma parceria maior entre a universidade e o USGS. Fonte: UnB Agência Data: 09/05/2011 UMA NOVA CORRIDA PELA MINERAÇÃO Siderúrgicas investem alto para lucrar com a extração de ferro. Em 5 anos, elas podem atingir um terço da produção da Vale Os lucros proporcionados pelos bons preços do minério de ferro no mercado internacional levam as indústrias siderúrgicas a disputar clientes no mesmo quintal explorado pelas mineradoras. Até então os fabricantes de aço investiram na produção da matéria-prima para consumo próprio, empenhados em reduzir as despesas nas fábricas. Agora, o mesmo custo alto que elas pagam pelo minério vai se transformar em receita no longo prazo, com uma produção capaz de garantir autossuficiência e voltada também para abastecer de minério, e não de produtos siderúrgicos, o mercado nacional e o exterior. A investida surpreende em Minas Gerais, onde estão localizadas as reservas de minério de cinco grandes siderúrgicas: Usiminas, ArcelorMittal, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), grupo Gerdau e a V&M do Brasil (antiga Mannesmann). Juntas, elas têm planos de produzir cerca de 100 milhões de toneladas de ferro por ano dentro dos próximos quatro a cinco anos. O volume, que foi estimado pelo Estado de Minas com base nos números divulgados pelas empresas e nas estimativas do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), equivale a quase um terço do desempenho da Vale, a segunda maior mineradora do mundo, no segmento da produção de ferro durante o ano passado. A Vale bateu recorde em 2010, ao produzir 307,8 milhões de toneladas da commodity. A produção conjunta projetada para 2014/2015 pelas cinco maiores siderúrgicas somaria, portanto, 32,3% do resultado da Vale. Elas sairão, este ano, de um volume também projetado de 50,5 milhões de toneladas, ou seja, em cinco anos terão, na prática, dobrado a produção de minério. A corrida das siderúrgicas atrás das reservas de ferro põe mais lenha na fogueira da recente polêmica aberta pelos governos federal e mineiro, que tentam forçar as mineradoras a agregar valor à matéria-prima, com a transformação do ferro em aço no país. Foi um dos motivos das desavenças entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Vale, Roger Agnelli, que deixa a companhia dia 20. Os planos das siderúrgicas na área de mineração até 2015 são baseados em preço. O minério de ferro é negociado no mercado internacional a US$ 180 por tonelada, sem contar o custo do frete, quando nos anos 90 valia a bagatela de US$ 13 por tonelada. Os projetos de mineração ganharam tanta importância na indústria siderúrgica que a Gerdau, de Porto Alegre, anunciou já para 2012 a conquista da autossuficiência em minério da Gerdau Açominas, de Ouro Branco, na Região Central do estado. Ao mesmo tempo, o grupo estuda o rumo que dará à produção excedente de suas jazidas localizadas na região de Ouro Preto. “Canto de musa” Por trás da estratégia, as siderúrgicas buscam a rentabilidade que as mineradoras têm alcançado. Para o presidente do Ibram, Paulo Camillo Vargas Penna, o movimento é mostra de que o Brasil é um “país às avessas”. “É um canto de musa, já que os investimentos na mineração de ferro têm dado maior retorno aos acionistas. A produção de minério das siderúrgicas até 2015 representa o porte de uma bela empresa de mineração e com qualidade, tendo em vista que as reservas da Usiminas e da Gerdau têm altos teores de ferro”, afirma o executivo. Os bons preços do minério de ferro seguem a lei da oferta e da procura, que é forte no mundo inteiro, observa o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (antigo IBS), Marco Polo Mello Lopes. “A siderurgia busca ativos em minas de minério e carvão primeiro por uma questão estratégica, mas os volumes de ferro também viraram uma alternativa de negócios, já que as margens obtidas pelas mineradoras são maiores que o retorno sobre o produto siderúrgico”, diz. A Mineração Usiminas anunciou o desembolso de R$ 4,1 bilhões para aumentar quatro vezes a sua produção atual de 7 milhões de toneladas de minério de ferro por ano (serão 29 milhões de toneladas em 2015). O diretor-executivo da empresa, Wilfred Buijn, já visitou prováveis clientes da siderurgia chinesa e da Ásia, em geral, e diz ter constatado o “apetite” pela matéria-prima que a Usiminas explora na Serra Azul de Minas, Região Central do estado. “Só faríamos um investimento tão expressivo na produção de minério ao perceber um mercado de futuro”, afirma. Paulo Camilo Penna, do Ibram, diz que, com o aquecimento da demanda pelo ferro no mundo, há mercado para as siderúrgicas entrarem num negócio antes próprio das mineradoras. A dúvida é sobre o comportamento dos preços, que deverão começar a cair, pressionados pelo aumento da oferta. Fonte: Página do Ministério das Relações Exteriores Data: 09/05/2011 Autora: Marta Vieira SEBRAE E VALE CRIAM PROGRAMA PARA CAPACITAR MPES DO SETOR DE MINERAÇÃO O Sebrae e a Vale começaram a colocar em prática um programa para aumentar a inserção das micro e pequenas empresas (MPE) na cadeia produtiva da mineração. O objetivo é qualificar as MPE que atuam nesse segmento nas localidades onde a Vale está presente no Brasil. O programa abrangerá desde o diagnóstico das demandas da Vale em cada localidade até a implementação de capacitações necessárias para que as micro e pequenas empresas possam atender a essas necessidades. Também estão previstas orientações e articulações para possibilitar maior inserção desses negócios no mercado da mineração. A previsão é que as ações comecem ainda no primeiro semestre de 2011. Elas serão realizadas em sete estados: Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e Sergipe. Entre os dias 25 e 29 de abril, representantes do Sebrae e da Vale se reuniram na sede da instituição de apoio às micro e pequenas empresas em Brasília para definir as estratégias conjuntas e as práticas que serão implantadas. Mais competitivas O programa é fruto de convênio de cooperação técnica assinado entre o Sebrae e a Vale em dezembro de 2010. "Queremos preparar as pequenas empresas para se inserirem na cadeia de valor da Vale, ampliando sua participação no mercado, aumentando suas vendas e tornando-as mais competitivas", reforça a gerente de Atendimento Coletivo Indústria do Sebrae, Kelly Sanches. A ação conjunta com o Sebrae é desenvolvida pela Gerência de Gestão de Fornecedores, por meio do programa Inove, da Vale, que busca o fomento de fornecedores locais. Para o gerente da área, Leonardo Couto, essa iniciativa é benéfica a todos os envolvidos. "A Vale tem por objetivo ser a maior e melhor mineradora do mundo. Para isso, é estratégico o fortalecimento de seus negócios e de seus fornecedores, impulsionando o crescimento conjunto e contribuindo para o desenvolvimento de suas áreas de atuação", diz. Fonte: Agência SEBRAE Data: 09/05/2011 Autora: Dilma Tavares OURO AINDA É MOEDA FORTE Dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) mostram que os investimentos de setores privados na extração de ouro, nos próximos cinco anos, deverão chegar a US$ 2,5 bilhões. Esse montante é superior em 40%, ou seja, US$ 1,7 bilhão da última pesquisa do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para o quadriênio de 2010-2014. Esse comportamento foi adotado por investidores durante a crise econômica mundial (2008/2009), por ser considerado um negócio seguro. O IBRAM considera também a possibilidade de um aumento no volume de investimentos por parte das mineradoras. Os grandes projetos no Brasil, envolvendo negócios com ouro, estão nas mineradoras estrangeiras, entre elas a Jaguar Mining/Msol, canadense, que pretende aplicar US$ 550 milhões nas operações em Minas Gerais e Maranhão. Outra canadense que está de olho no ouro brasileiro é a EldoradoGold, que vai aplicar US$ 468,7 milhões na região do Tapajós, região Oeste do Pará. Por lá, segundo levantamento do Ibram, a reserva de ouro está estimada em 1,8 milhão de onças troy – barra equivalente a 31,1 gramas – no projeto Tocantizinho. Atualmente, o mercado nacional é liderado pela AngloGold Ashanti, empresa sul-africana que detém 27% das 58 toneladas de ouro produzidas no Brasil em 2010. Para não perder mercado, a empresa prevê investimentos de US$ 290 milhões este ano. Na escala mundial dos maiores produtores de ouro, o Brasil ocupa a 12ª posição. Neste quesito, a China também é líder com a produção em 2010 de 300 toneladas. O ouro também é o segundo mineral mais exportado do País, ficando atrás apenas do minério de ferro. Fonte: Executivos Financeiros - São Paulo/SP Data: 10/05/2011 HORIZONTE MINERALS ATUALIZA RESULTADOS DE PROJETO DE NÍQUEL NO PARÁ A junior Horizonte Minerals revelou nesta terça-feira alguns resultados positivos de seu programa de perfuração do projeto de níquel Araguaia, no Pará. A zona Pequizeiro teve 28 furos efetuados e apresentou uma zona de mineralização consistente, com todos os furos retornando acima de 1% do metal. A melhor intersecção chegou a 2,42% do metal ao longo de 18,6 metros. Os resultados compõem um programa de perfurações de 8 mil metros, iniciado em outubro e destinado a conhecer melhor os recursos presentes nos alvos Pequizeiro Oeste, Pequizeiro e Baião; até agora, 154 furos foram conduzidos, num total de 4.380 metros. As perfurações feitas pela junior britânica esse ano serão ampliadas para 20 mil metros, para melhor avaliar os alvos Lontra, nas imediações de Araguaia. Fonte: Geólogo.com.br Data: 11/05/2011 MMX REGISTRA LUCRO DE R$ 63,8 MI NO 1º TRIMESTRE A MMX Mineração e Metálicos, do grupo do empresário Eike Batista, registrou um lucro líquido de R$ 63,8 milhões no primeiro trimestre de 2011, revertendo o prejuízo de R$ 76,1 milhões apurado no mesmo período de 2010. A mineradora apresentou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 39,7 milhões no trimestre passado, ante Ebitda negativo de R$ 23,4 milhões em igual intervalo do ano passado. Segundo a empresa, os resultados "evidenciam que a companhia continua entregando resultados de forma consistente, como já apresentado nos últimos trimestres". A receita bruta da MMX totalizou R$ 195,6 milhões entre janeiro e março deste ano, o que indica um crescimento de 86% ante os três primeiros meses de 2010. As vendas de minério de ferro somaram 1,607 milhão de toneladas no trimestre, com alta de 7% ante o período de janeiro a março do ano passado. Fonte: Agência Estado Data: 11/05/2011 MMX PREVÊ MINÉRIO DE FERRO A US$ 100 NO LONGO PRAZO A MMX –mineradora do grupo de Eike Batista—informou nesta quarta-feira que tem a expectativa que os preços do minério de ferro fiquem em torno de US$ 100 por tonelada no longo prazo. O presidente da MMX, Roger Downey, no entanto afirmou que acredita que no curto e no médio prazos será mantida uma demanda muito forte sobre o minério e os preços na China devem circular em torno de US$ 170. “No longo prazo, acho que os acréscimos de oferta virão, mas serão mais caros do que o previsto, então precisaremos ter mais preço. Haverá dificuldade de oferta. Então, teremos altos custos na próxima década”, estimou ele, em teleconferência de resultados com analistas. Downey acredita que vai continuar havendo pressão de demanda sobre os estoques. Além disso, o fornecimento deverá ficar cada vez mais crítico. A crise financeira mundial acabou afastando muitos investimentos no setor. “Vários projetos ainda não engrenaram depois da crise. Nós da MMX também tivemos problemas. Agora estamos evoluindo, mas vários parceiros ainda não o fizeram”, disse. A expectativa do presidente da MMX é que, com preços mais altos, serão pagos mais royalties, porque são calculados com base nas cotações, e não no volume de produção. O volume produzido pela companhia no primeiro trimestre foi bastante afetado pelas chuvas do início do ano. “Foi um começo de ano muito difícil. Janeiro foi um mês fraco de produção, mas conseguimos nos recuperar durante o trimestre, com resultados que demonstram que a MMX, mesmo com os desafios e adversidades das chuvas, no trimestre conseguiu resultados positivos”, disse o presidente. A mineradora iniciou o ano com produção de 50 mil toneladas de minério de ferro em janeiro, elevando o nível para próximo à capacidade apenas em março, quando foram produzidas 80 mil toneladas de minério de ferro. Fonte: Valor Econômico Data: 12/05/2011 RUSSA SEVERSTAL ENTRA NO BRASIL COM COMPRA DE 25% DA SPG MINERAÇÃO SPG possui licenças de exploração de minério de ferro no Amapá A Severstal informou que adquiriu uma fatia de 25% na SPG Mineração por US$ 49 milhões, marcando a primeira investida da siderúrgica russa no Brasil. O valor total do acordo pode ser pago em parcelas relacionadas ao desempenho, com parte do dinheiro sendo destinado a financiar o primeiro estágio da exploração geológica. A SPG possui licenças de exploração de minério de ferro no Amapá. A fase de exploração pretende reconfirmar o potencial geológico das propriedades da SPG, segundo comunicado da Severstal. A companhia russa também entrou em um acordo de opção de compra por mais 50% de participação na SPG, sujeito ao cumprimento de certas condições. A Severstal afirmou que a produção anual potencial da base de recursos estimada da SPG é de entre 10 milhões de toneladas e 20 milhões de toneladas de minério de ferro concentrado. As informações são da Dow Jones. Fonte: Agência Estado Data: 12/05/2011 Autora: Danielle Chaves PRÉ-CONCENTRAÇÃO DE MINÉRIOS COM A TECNOLOGIA DE SENSORES Com a evolução constante dos diversos tipos de sensores disponíveis para as aplicações industriais, a mineração tem encontrado uma forma inteligente para a pré-concentração de minérios. O objetivo principal é o aumento de eficiência que pode ser alcançado toda vez que um minério mais rico e previamente selecionado é enviado para as operações de moagem, flotação, meio denso e assim por diante. Em contra partida, evita-se o tratamento de um grande volume de contaminantes, rejeitos e minérios de baixo teor. O que a tecnologia de sensores pode oferecer com a pré-concentração é, principalmente, a redução dos custos de energia, uma vez que menos rejeitos serão moídos ou flotados, além de um sensível aumento das concentrações finais, tudo isto sem perda de recuperação em massa. Quanto mais próxima da mina for realizada a pré-concentração, menor quantidade de rejeitos será transportada. Por isto, muitas vezes a utilização desta tecnologia deve ser feita ainda junto ao “pit”, em geral logo após a britagem primária. Anteriormente com maior presença em unidades de concentração de pedras preciosas, a préconcentração por sensores tem se mostrado viável para diversos tipos de minérios. A escolha dos sensores, geralmente realizada após testes em laboratório e também em escala semi-industrial, é feita em função da propriedade física que melhor distingue o minério do seu contaminante. A Steinert dispõe de uma grande gama de sensores, que vai desde os sensores óticos, passando pelos sensores de raios-X, NIR- “near infra red”, 3D, fluorescência, indutivos, magnéticos, etc. Para cada aplicação industrial procura-se a melhor solução entre as tecnologias disponíveis e, algumas vezes, a combinação delas. Para que resultados significativos sejam alcançados e principalmente para atender taxas de alimentação compatíveis, as granulometrias devem estar preferencialmente na faixa compreendida entre 6 mm e 150 mm. Com unidades instaladas nos Estados Unidos, Alemanha, Australia, África do Sul e Brasil, a Steinert oferece o estado da arte na seleção e aplicação de sensores para a mineração. A partir do segundo semestre deste ano, entrará em operação na cidade de Colônia, na Alemanha, o novo laboratório da Steinert, completamente equipado para analise e testes de minérios e outros materiais, uma vez que a Steinert também fornece soluções para o tratamento de sucatas industriais e lixo urbano. Presente no Brasil desde 2008, e atuando em toda a America Latina, a Steinert oferece a linha completa da matriz alemã, bem como de sua coligada australiana. Entre os produtos já comercializados no Brasil destacam-se extratores de sucata, detectores de metais e tambores de separação via úmida de média e baixa intensidade. Fonte: Infomine Data: 12/05/2011 CAETITÉ NÃO QUER O URÂNIO DA MARINHA Moradores de cidade baiana barram a entrada de material radioativo que seria enviado à Europa para ser enriquecido Pela primeira vez na história do programa nuclear brasileiro, uma carga com 92t de urânio percorreu por terra um percurso de 1,5 mil quilômetros entre Iperó (SP) e Caetité (BA). O material radioativo, transportado em nove carretas, foi emprestado pelo Centro Experimental de Aramar, da Marinha, para as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal responsável pela extração do urânio e pela fabricação do combustível usado nas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis (RJ). A carga, no entanto, chegou sem qualquer aviso à cidade baiana na noite de domingo, o que gerou um protesto dos moradores. Cerca de 3 mil pessoas formaram um cordão humano e impediram a entrada do material radioativo na cidade. Diante do bloqueio, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar conduziram o comboio de carretas para o Batalhão da PM em Guanambi, a 40 quilômetros de Caetité. A carga de urânio está parada no local e, até o início da noite de ontem, não se sabia o que fazer com o minério. “A cidade está em pânico. Aqui não se produz urânio e não queremos isso”, afirma o prefeito de Guanambi, Charles Fernandes. O empréstimo foi a saída improvisada pelo governo para contornar a necessidade de importação de 220t de urânio em razão de licenças travadas na Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), como o Correio revelou em março. A INB decidiu transportar o urânio até Caetité para colocá-lo em tambores e, então, encaminhá-lo à Europa, onde seria convertido, enriquecido e retornaria ao Brasil. O urânio é usualmente extraído da mina em Caetité e levado diretamente para o porto em Salvador, de onde segue para a Europa. A necessidade de o Brasil importar urânio, a um custo de R$ 25 milhões, chegou à mesa da presidente Dilma Rousseff logo no início de seu mandato. O atraso do licenciamento levou à necessidade de importação, o que gerou uma crise no programa nuclear brasileiro. Comboio acompanhado Para evitar a compra de todo o urânio, a Marinha e a INB assinaram um contrato de empréstimo. As 92 toneladas devem retornar ao Centro de Aramar entre 2011 e 2016. O objetivo do programa nuclear em Aramar é construir um reator nuclear para propulsão de submarinos. “Não há recursos financeiros envolvidos nesse acordo”, informa o diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha, o contra-almirante Paulo Mauricio Farias Alves. O presidente da INB, Alfredo Tranjan Filho, afirma que o transporte do urânio foi licenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Cnen. “O que houve foi um mal-entendido em Caetité. A população achou que era lixo atômico”. O Ibama não confirmou a emissão da licença à INB. Já a Cnen diz, por meio de nota, que a transferência do urânio foi “devidamente aprovada”. “A Cnen aprovou o plano de proteção física da operação de transporte e também emitiu a autorização para transferência de material nuclear.” Ainda segundo o órgão, a PRF e “equipes de proteção radiológica” acompanharam o comboio de caminhões. Fonte: Correio Brasiliense Data: 17/05/2011 SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO SUDESTE E SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO MOVIMENTARÃO NOVA FRIBURGO Estão disponíveis em www.simposiogeologiadosudeste2011.com as primeiras informações sobre a realização do 12o. Simpósio de Geologia do Sudeste – SGS 2011 e do V Simpósio Nacional de Ensino e História de Ciências da Terra – ENSINOGEO 2011, que acontecerão em conjunto, entre 8 e 12 de novembro de 2011, em Nova Friburgo, cidade serrana fluminense. O SGS 2011 e o ENSINOGEO 2011 já disponibilizaram as primeiras circulares dos eventos, que podem ser consultadas em www.simposiogeologiadosudeste2011.com. Normas gerais e para apresentação de resumos, além dos temários dos eventos também podem ser consultados no site. Os últimos detalhes estão em fase final de definição e em breve estarão disponíveis para consulta da comunidade geocientífica. A secretaria dos eventos é responsabilidade da Meta Marketing e Eventos, que pode ser contatada em [email protected]. 4º CONGRESSO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO E EXPOSIBRAM 2011 26 a 29 de setembro Belo Horizonte – MG SUGESTÃO DE LEITURA: