SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
IRACI DE OLIVEIRA CARVALHO BREVILHERI
Uma didática inclusiva: alternativas
diversificadas de apoio à aprendizagem do
aluno da Sala de Recursos
CORNÉLIO PROCÓPIO, PARANÁ
2008
IRACI DE OLIVEIRA CARVALHO BREVILHERI
ORIENTADORA: PROFª MS. MARLIZETE CRISTINA
BONAFINI STEINLE
Uma didática inclusiva: alternativas
diversificadas de apoio à aprendizagem do
aluno da Sala de Recursos
CORNÉLIO PROCÓPIO, PARANÁ
2008
Uma didática inclusiva: alternativas diversificadas de apoio à
aprendizagem do aluno da Sala de Recursos
Iraci de Oliveira Carvalho Brevilheri1
Marlizete Cristina Bonafini Steinle2
Resumo
Dar respostas adequadas à diversidade na escola pressupõe criar vários caminhos
possíveis para efetivar com sucesso o processo ensino-aprendizagem, portanto, fazse necessário instituir uma nova forma de trabalho pedagógico que, dê conta destes
desafios posto para a escola contemporânea. Desse modo, o presente texto tem por
objetivo contribuir com o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos
voltados à noção de tempo que são propostos aos alunos que freqüentam a sala de
recurso, e que normalmente tem sido palco de dificuldades dos docentes
responsáveis por este espaço educativo. Assim, ao mediar o processo de ensino e
aprendizagem de um conteúdo educacional com alunos que apresentam Deficiência
Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos, o professor antes de
apresentar os conceitos científicos do conteúdo em questão, deve inicialmente
levantar os conhecimentos prévios e a compreensão que os alunos possuem no seu
dia-a-dia sobre o tema em estudo. Instituir uma didática inclusiva na organização do
trabalho pedagógico do docente pressupõe, inicialmente, a consciência de que o
levantamento prévio dos conhecimentos adquiridos fora da escola pelo aluno é
fundamental e necessário para embasar a transposição do conhecimento real para o
ideal, uma vez que colabora com a apropriação de conhecimentos significativos para
a vida do aluno.
Palavras-chave: educação inclusiva, prática pedagógica, alunos com Deficiência
Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos.
1
Docente da Sala de Recursos e Centro de Atendimento Especializado – Área da Surdez (CAE) do
Colégio Estadual Nóbrega da Cunha, Bandeirantes – Paraná.
2 Docente do curso de Pedagogia da universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP - Campus
FAFICOP, mestre em Educação pela Universidade Estadual de Londrina. E-mail:
[email protected].
3
1 INTRODUÇÃO
Ao analisarmos a instituição escolar, é possível verificar que cada momento
histórico constitui-se de uma expressão e uma resposta a sociedade na qual está
inserida. Dar respostas adequadas à diversidade na escola pressupõe criar vários
caminhos possíveis para efetivar o processo ensino-aprendizagem, deste modo, fazse necessário instituir uma nova forma de trabalho pedagógico que, dê conta destes
desafios posto para a escola contemporânea.
Instituir uma didática inclusiva na organização do trabalho pedagógico do
docente pressupõe, inicialmente, a consciência de que o levantamento prévio dos
conhecimentos adquiridos fora da escola pelo aluno é fundamental e necessário
para embasar a transposição do conhecimento real para o ideal, uma vez que
colabora com a apropriação de conhecimentos significativos para a vida do aluno.
Vasconcellos apud Gasparin (1993, p. 42), reconhece à importância de o
educador conhecer o que os alunos pensam, sabem e sentem sobre o objeto do
conhecimento, assim esclarece: “[...] o trabalho inicial do educador é tornar o objeto
em questão, objeto do conhecimento para aquele sujeito”, isto é, para o aluno.
Assim, ao mediar o processo de ensino e aprendizagem de um conteúdo
educacional com alunos que apresentam Deficiência Mental/Intelectual e/ou
Transtornos Funcionais Específicos, o professor antes de apresentar os conceitos
científicos do conteúdo em questão, deve inicialmente levantar os conhecimentos
prévios e a compreensão que os alunos possuem no seu dia-a-dia sobre o tema em
estudo.
Nesse sentido Cortella (2006) afirma que,
Não há conhecimento que possa ser apreendido e recriado se não mexer,
inicialmente, nas preocupações que as pessoas detêm; é um contra-senso
supor que possa ensinar crianças e jovens, principalmente, sem partir das
preocupações que eles têm, pois, do contrário, só se conseguirá que
decorem (constrangido e sem interesse) os conhecimentos que deveriam
ser apropriados (tornados próprios). (CORTELLA, 2006, p.115-116).
É fundamental que o professor acompanhe e reconheça o processo de
construção de conceitos desenvolvido por seu aluno, identificando em que ponto ou
nível ele se encontra ao elaborar determinado conceito e, a partir destas
4
observações, oferecer ou criar condições para que ele possa agir com êxito, refletir,
criar novas hipóteses e finalmente consolidar a aprendizagem.
As práticas escolares que permitem o aluno aprender e ter reconhecidos e
valorizados os seus conhecimentos, segundo suas possibilidades, são próprias de
um ensino escolar que se destaca pela diversidade de atividades.
O professor, na perspectiva da educação inclusiva, não é aquele que ministra
um "ensino diversificado", para alguns, mas aquele que prepara atividades diversas
para seus alunos (com e sem Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos
Funcionais Específicos) ao trabalhar um mesmo conteúdo curricular.
Construir a práxis de uma didática inclusiva na organização do trabalho
pedagógico exige o constante exercício da reflexão da ação, na tentativa de sempre
buscar respostas para as seguintes indagações: Onde os meus alunos devem
chegar? O recurso que estou propondo é adequado aos objetivos de aprendizagem
estabelecidos? O conteúdo a ser trabalhado é significativo? Essa análise é
fundamental para a formulação e implementação do planejamento docente, na
tentativa de buscar respostas não apenas inovadoras, mas, sobretudo, bemsucedidas para as questões que envolvem o processo de ensino e de aprendizagem
que surgem no cotidiano da sala de aula.
A fim de colaborar com a implantação de uma didática que colabore com a
educação de todos independentes das suas condições e necessidades, o presente
artigo tem por objetivo contribuir com o processo de ensino e aprendizagem dos
conteúdos voltados à noção de tempo dos alunos que freqüentam a sala de recurso,
e que normalmente tem sido palco de dificuldades dos docentes responsáveis por
este espaço educativo.
Tal preocupação se justifica uma vez que nas séries iniciais do ensino
fundamental, o ensino da unidade medida tempo, é na maioria das vezes, relegado
a poucas aulas no final do ano. Um exemplo típico é o conteúdo hora, em que o
aluno é levado a aprender mecanicamente sem situar-se no tempo e espaço. Ao
adotar esta metodologia, o professor apenas passa e repassa o conteúdo aos
alunos, de modo que estes apenas sejam capazes de repetir o conteúdo sem a
preocupação de que os alunos compreendam os conceitos.
É comum encontrarmos em alguns livros didáticos, o conteúdo tempo, que faz
parte do cotidiano do aluno ser apresentado pela figura de um relógio que tem dois
5
ponteiros, o ponteiro grande marca os minutos e o pequeno marca as horas. São
exemplos de atividades encontradas nestes livros:
a) O que marca o ponteiro pequeno?
b) O que marca o ponteiro grande?
Às vezes o termo grande não condiz com o tamanho do relógio. Um exemplo
desta observação ocorreu na Sala de Recursos, onde um aluno fez o seguinte
questionamento:
― Professora não fica melhor falar o ponteiro maior e o menor? O ponteiro
não é grande, ele é um pouco maior que o outro. Eu não sei por que as professoras
quando eu estudava lá no 1º ano fala ponteiro grande e ponteiro pequeno, mais na
hora que ela desenha no quadro quase nem parece o tamanho é tudo igual. (Fala do
aluno referindo-se ao conteúdo trabalhado com horas 1ª a 4ª série).
As noções de tempo e espaço estão presentes em todas as áreas do
conhecimento, porém para o aluno que apenas decorou alguns termos torna-se
quase impossível relacionar termos como: semestre, década, século, etc.,
apresentados nas demais disciplinas.
Por todas estas justificativas elencadas anteriormente é que se acredita que a
aprendizagem da noção de tempo seja fundamental para a o desenvolvimento de
todos os alunos.
2 CONSTRUINDO NOÇÕES DE TEMPO NA SALA DE RECURSOS
Historicamente sabe-se que a noção de tempo e espaço vem se modificando
de acordo com as descobertas feitas pela humanidade. É sabido a todos que a
transformação da noção de tempo marcado pela humanidade nos primórdios da
história, ocorreu com o surgimento relógio, quando o tempo deixa de ser percebido
ou controlado pelo ritmo da natureza, (cíclico), e passa a ser controlado na forma
linear do relógio.
Neste contexto, a nova concepção de tempo é aquela que considera que o
tempo tem começo e fim. Com esta nova visão de tempo a humanidade começa a
organizar seu tempo coletivamente deixando de ser um tempo individual para ser um
tempo social, planejado por todos, um vez que sua forma de marcar se torna única.
6
Corroborando com a homogeneidade do tempo, fato que o torna social,
Giddens (1991, apud Barbosa, 2006, p. 139), diz,
Ninguém pode negar o lugar de privilégio a esse objeto, que faz parte da
vida cotidiana marcando o ritmo da ação, medindo os rituais e ordenado os
ciclos de existência. Ele é um símbolo cultural, e também, um mecanismo
de controle social da duração do tempo.
É impossível negar que o relógio é um organizador da vida humana em
sociedade. Ele marca a hora da entrada e de saída no trabalho, na escola, e em
todos os espaços da vida cotidiana. Desta forma, tanto o tempo como o espaço
podem ser concebidos como fontes de poder social (BARBOSA, 2006).
Desde o inicio da educação escolar as instituições já se preocupam com o
tempo vivido pela criança, isso tudo poder ser visualizado na forma como organizam
o trabalho pedagógico, na preocupação com a organização dos tempos voltados
para suprir as necessidades básicas de sobrevivência das crianças e até mesmo, na
divisão temporal das necessidades psicológicas das crianças segundo algumas
teorias do desenvolvimento.
No entanto, é de suma importância que o professor compreenda que da
mesma forma que é essencial organizar o tempo da criança é mais essencial mediar
adequadamente à aprendizagem da criança com relação da noção de tempo,
principalmente quando reconhece que a noção de tempo pressupõe um conceito
muito abstrato para a criança, devendo ser sua construção, gradual e contínua.
7
Para discutir esta questão tão importante Soares, (1991, apud Barbosa, 2006,
p. 135), afirma,
A temporalidade é uma propriedade intrínseca da consciência. O
tempo já existe antes do meu nascimento e continuará a existir
depois que eu morrer; logo o tempo é coercitivo. Dentro das
coordenadas estabelecidas pela estrutura temporal apreendo tanto a
agenda quanto a minha biografia.
Compreender estas duas características temporais compostas pelo tempo
vivido e pelo tempo construído requer do professor o conhecimento e a
diferenciação do que venha a ser tempo subjetivo e tempo objetivo. Desta forma,
entende-se por tempo subjetivo o tempo construído pelas impressões de cada
pessoa ou de cada comunidade (tempo cultural), ou seja, o momento vivido por cada
pessoa, comunidade, grupos, povos, etc. Já o tempo objetivo é o tempo cronológico,
é o tempo compreendido por todos, é o tempo globalizado, compreendido por horas,
minutos, segundos, e conseqüentemente, geram o passado, o presente e o futuro.
Vale destacar que, quanto ao domínio da noção de tempo, a criança
desenvolve inicialmente o conceito de tempo subjetivo, uma vez que usam como
base para este conhecimento as suas próprias experiências vividas, o que torna o
tempo subjetivo mais significativo para a criança, assim, em seguida, construirá o
conceito de tempo subjetivo, uma vez que é mais abstrato para sua compreensão.
É nesse momento que a escola, na figura do professor cumpre com o seu
papel de mediar conhecimentos quando leva o aluno a galgar a sua autonomia
intelectual e conseqüentemente social, oferecendo para isso, momentos de
aprendizagem que o levem o aluno a aprender conteúdos tais como: a medição e a
contagem do tempo em horas, dias, semanas, meses e ano, como também os
8
diferentes períodos que compõe o dia (manhã, tarde, noite), as noções temporais
(passado, presente, futuro, ontem, hoje e amanhã).
Vale destacar que a criança compreenderá a noção de tempo objetivo quando
for capaz de formar esquemas cognitivos abstratos, sendo necessária para isso a
aquisição da noção de permanência de objetos, o que lhe garante a imagem mental
do mesmo na ausência do seu estado concreto.
O primeiro encaminhamento a ser feito pela escola para mediar a aquisição
da noção de tempo objetivo é levar o aluno a compreender que existe um tempo
passado, e que o mesmo está ligado diretamente a acontecimentos da vida da
criança. Um exemplo válido para a aquisição deste conceito é levar a criança refletir
durante a roda de conversa o que o grupo fez no dia anterior, o que discutiram o que
construíram, bem como, levá-lo a visualizar suas fotos de bebe.
Um segundo momento é fazer a relação do tempo passado com o tempo
presente, enfocando as noções de mudança, permanência e transformação,
juntamente a noção de ordenação, sucessão, duração e simultaneidade, o que
favorecerá a compreensão do aluno quanto aos conceitos temporais de: antes,
depois, mais velho, mais novo, durante, ao mesmo tempo, fazendo com que esta
gama de conceitos favoreça o entendimento da localização cronológica no tempo.
Infelizmente, ainda hoje é muito comum vermos professores trabalhando o
calendário escolar de forma mecânico, cabendo ao aluno apenas responder a
simples indagação: Hoje é segun... , ou ainda apenas pintar o quadradinho que
contem o número correspondente ao dia do mês, como se isso levasse o aluno a
adquirir todos os conceitos referentes à noção de tempo descrita anteriormente.
Nesse caso, a informação é armazenada de maneira arbitrária, não havendo
contextualização entre a nova informação e aquela já existente. Sem perceber o
significado do que está sendo ensinado, o aluno tenta simplesmente decorar a
informação. Muito do que se dá e cobra do aluno fica no nível de estímulo e
resposta. Para aprender um conceito é necessária, além das informações recebidas
pelo exterior uma extensa atividade mental por parte do aluno. Portanto, um conceito
não é apreendido por meio de um treinamento mecânico.
Vygotsky afirma que,
um professor que tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer resultado,
exceto o verbalismo vazio, uma repetição de palavras pelo aluno,
semelhante a de um papagaio, que simula um conhecimento dos conceitos
correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo”. (Vygotsky, 1987,
apud Rego, 2006 , p. 72).
9
No contexto da educação do século XXI e de acordo com a forma de mediar
aprendizagem na escola contemporânea, não se permite mais mecanizar pela
repetição o ensino, atualmente nem a escola e a comunidade escola concebe esta
forma de promover a aprendizagem, pois, o aluno é que constrói suas
aprendizagens.
2.1 CONTEXTUALIZANDO A SALA DE RECURSOS
Com a nova LDB 9394/96, a educação oferecida aos alunos com
necessidades educacionais especiais passa pelo Ministério da Educação e Cultura
(MEC) ser indicada para que aconteça preferencialmente no ensino regular, o que
exigiu desta modalidade educativas adaptações necessárias para atender esta nova
demanda de alunos.
A fim de assegurar respostas educativas adequadas às necessidades
educacionais especiais dos alunos que adentram a escola, o MEC criou os serviços
de apoio pedagógico especializado, oferecidos pela escola comum, podendo ser
desenvolvido tanto nas classes comuns, como nas Salas de Recursos.
O presente texto irá apresentar apenas a Sala de Recursos, uma vez que
constitui o espaço educacional foco desta discussão. Desta forma, entende-se por
Sala de Recursos o serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor
especializado que suplementa (superdotado) e complementa (para os demais
alunos) o atendimento educacional realizados em classes comuns do Ensino
Fundamental.
Seu atendimento deve ser organizado tanto em pequenos grupos com em
atendimentos individuais, dependendo da necessidade educativa do aluno, devendo
o atendimento das ambas as formas de organização, atender os alunos em horário
10
diferente daquele que ele freqüenta, assim, se o aluno ou o grupo estuda no período
matutino a sua freqüência na sala de recurso deverá ser no período vespertino e
vice-versa.
Vale destacar que para indicar o aluno para a sala de recurso ele deve
inicialmente passar por uma avaliação pedagógica. Deste modo, a Sala de Recursos
não deve ser confundida como sala de reforço, uma vez que a sua programação
pedagógica é definida como Áreas do desenvolvimento, pois, trabalha com as
necessidades e dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo
subsídios pedagógicos necessários para a aquisição de conteúdos trabalhados na
sala comum.
De posse deste esclarecimento podemos inferir que na Sala de Recursos o
professor não recupera conteúdos, mas, deve constituir um conjunto de
procedimentos
específicos
necessários
para
apropriação
e
produção
de
conhecimentos necessários para o seu desenvolvimento global, uma vez que possui
caráter preventivo, não segregativo e visa à boa qualidade de ensino. Quanto ao
caráter preventivo, a Sala de Recursos identifica a necessidade do aluno e intervém
a fim de evitar o agravamento de suas necessidades. O caráter não segregativo, é
destacado quando não retira o aluno do convívio de seus colegas para ser atendido,
uma vez que ocorre em contra turno. Já, em relação à qualidade de ensino, a Sala
de Recursos, instrumentaliza seus professores para enfrentarem novos desafios, na
busca do sucesso de seus alunos.
Para melhor compreender a dinâmica de trabalho utilizada durante o
atendimento na Sala de Recursos é necessário compreender que o planejamento do
professor deste espaço educativo deve permear as áreas do desenvolvimento
caracterizadas pela área motora, área cognitiva e a áreas afetivo-emocional.
A criança ao nascer vai progressivamente compreendendo que possui um
corpo que lhe dá mobilidade, no entanto, é fundamental que ela além de conhecer e
nomear as partes do seu corpo adquira consciência corporal, o que envolve saber
quais as funções de cada parte, bem como utilizá-la e cuidá-la de forma que o ajude
a explorar e interagir com o mundo a sua volta.
Para promover esta aprendizagem o lúdico é o parceiro ideal, pois ajuda a
criança a desenvolver a sua consciência corporal, bem como a área intelectual e
afetiva, principalmente quando as atividades lúdicas envolvem o jogo simbólico,
como nas brincadeiras de faz-de-conta.
11
Mediar aprendizagens que favoreçam o desenvolvimento motor, faz com que
o aluno da Sala de Recursos adquira imagem e esquema corporal, lateralidade,
estrutura e organização espacial, estrutura e organização temporal, equilíbrio, tônus
e postura e coordenação dinâmica manual.
Com relação do desenvolvimento da área cognitiva, o professor precisa saber
que as atividades propostas devem levar o aluno a interpretar, organizar o seu
pensamento e utilizar os conhecimentos adquiridos quando necessários. Para isso,
é necessário que o aluno desenvolva a sua capacidade voltada para as sensações,
percepções, a atenção, a memória, o raciocínio e a linguagem receptiva e
expressiva.
Vale destacar que para esta aprendizagem, é fundamental que o professor
conheça e domine as fases do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget, a qual é
classificada em:
sensório-motor (0 – 2 anos);
pré-operatória (2 -7 anos);
operatório-concreta (7 – 11 anos);
operatório – formal (11 – adulto).
Compreender as fases do desenvolvimento cognitivo ajuda o professor
entender as respostas dadas pelo aluno, quais operações mentais ele está utilizando
para adquirir o conhecimento proposto, como também planejar as atividades que o
desafiem e ao mesmo tempo seja adequada e significativa para a sua faixa etária.
Um dos princípios básicos a serem desenvolvidos e vivenciados na Sala de
Recursos é o de que o professor deve sempre acreditar na potencialidade do seu
aluno, independente do seu ritmo de aprendizagem. Infelizmente, na maioria das
vezes o aluno encaminhado para a Sala de Recursos, possui um histórico de
fracasso e frustrações. Este fato acaba interferindo na sua consciência afetiva,
traduzido muitas vezes por uma auto-estima baixa, levando o aluno a desacreditar
nas suas capacidades.
Vale destacar que trabalhar com o fracasso ou com o sucesso , pressupõe
redimensioná-los para os avanços realizados pelo próprio aluno em relação aos
seus progressos no processo de ensino-aprendizagem, e não a uma expectativa de
desempenho fixada anteriormente pelo professor.
Desta forma, ao trabalhar atividades que envolvam o desenvolvimento da
área afetivo-emocional o professor deve almejar a conquista da autonomia moral e
12
intelectual de seus alunos, a fim de que possam caminhar celebrando a vida com
confiança, segurança e entusiasmo. Pra que isso aconteça o trabalho desenvolvido
na sala de recurso deve ter como princípios, o diálogo, os limites, o respeito, a
conquista da maturidade e o afeto.
Ao refletir sobre os encaminhamentos necessários a organização do trabalho
pedagógico do professor da Sala de Recursos, é possível visualizar que a Sala de
Recursos não tem por objetivo resgatar os conteúdos trabalhados pelo professor da
sala de aula, mas sim, capacitar o aluno nas competências ainda não conquistadas,
e que são necessárias a sua aprendizagem.
Compreender o objetivo da Sala de Recursos é primordial para o bom
andamento do trabalho, assim, evita interpretações inadequadas da comunidade
escolar bem como da família, as quais devem ser parceiras do professor da Sala de
Recursos.
É importante que o professor e toda a comunidade escolar (diretor,
funcionários, alunos) se lembrem de que todo aluno pode, a seu modo e respeitando
seu
tempo,
beneficiar-se
das
propostas
educacionais,
desde
que
tenha
oportunidades adequadas para desenvolver sua potencialidade.
Reconhecendo a importância e a proposta da Sala de Recursos como uma
aliada ao processo de inclusão é que o presente texto irá apresentar algumas
sugestões de como o professor poderá promover atividades que levem o seu aluno
a construir a noção de tempo, desenvolvendo desta forma as áreas motora e
cognitiva, capacitando-o cada vez mais para novas aprendizagens.
13
3 SUGESTÃO DE ATIVIDADES VOLTADAS PARA A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO
DE TEMPO
CONTANDO O TEMPO
O tempo perguntou ao tempo
Quanto tempo o tempo tem.
E o tempo respondeu ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto o tempo o tempo tem.
Folclore
3.1 INDAGAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO POEMA
Quantos anos você tem?
Que horas são?
Já é hora de ir para escola?
Que dia é hoje?
Quando se iniciam as férias?
Em que ano você nasceu?
Você percebeu como medir o tempo é importante para as pessoas?
O que vocês já conhecem sobre o tempo?
No seu dia-a-dia o tempo é importante?
O tempo sempre existiu?
Como é medido o tempo?
Que instrumento usado no dia-a-dia marca o tempo?
Quanto tempo o tempo tem?
14
ATIVIDADES
O tempo no seu dia-a-dia.
1) Como costuma dividir o seu tempo? Marque nos relógios.
a) Acordo às
.
b) As aulas iniciam às
e terminam às
c) Costumo assistir televisão das
d) Vou dormir
.
às
.
.
15
e) Durante o dia você realiza outras atividades? Quais? Marque no
relógio o horário.
O que faz?
O que faz?
...................................................
...................................................
...................................................
...................................................
Será que sem o relógio você e as pessoas da sua família
conseguiriam levantar da cama no horário habitual?
16
Quanto tempo o tempo tem?
Temos hora para tudo: levantar, dormir, brincar, trabalhar, estudar, comer, ir
ao médico e até para as diversões.
Não é de hoje que o ser humano procura marcar o tempo. Há 5000 anos, os
egípcios já se orientavam por meio das sombras projetadas pelo Sol. O primeiro
tique-taque de um relógio, porém, só foi ouvido em 1285, com a invenção do
mecanismo capaz de mover as engrenagens em intervalos regulares. Nessa época,
os relógios possuíam apenas o ponteiro das horas e eram bastante imprecisos. O
ponteiro dos minutos só apareceu em 1680 e o dos segundos, anos depois. A partir
da década de 1930, surgem os relógios de quartzo, digitais, os mais utilizados hoje
em dia.
Disponível em:: http://cienciahoje.uol.com.br.
Acesso em 23 out. 2008
Adaptação: Iraci de Oliveira Carvalho Brevilheri
Atividades
1) O primeiro tique-taque de um relógio só foi ouvido em 1285. Nessa
época, os relógios possuíam apenas o ponteiro das horas e eram
bastante imprecisos. O ponteiro dos minutos só apareceu em 1680.
17
Considerando o ano em que estamos e de acordo com as informações
do texto:
a) Quantos anos que se passaram após o primeiro tique-taque do
relógio?
b) Quantos anos faz que apareceu o ponteiro dos minutos?
2) Em 1285 o relógio só tinha o ponteiro das horas. O ponteiro dos
minutos só apareceu em 1680. Depois de quantos anos apareceu o
ponteiro dos minutos?
3) Escreva como se lê os numerais que aparecem no texto.
4) Os alunos estão organizando uma festa para as mães em dois
períodos: manhã e tarde.
Que horas será realizada a festa?
.......................................................
e
.......................................................
18
Minutos, horas e o dia
Uma hora tem 60 minutos. Os minutos são contados de 0 a 60.
O relógio analógico tem 12 números. Mas, o dia não tem somente 12 horas.
Um dia têm 24 horas. No relógio analógico após as 12 horas, ou seja, meio dia falase 13 horas, 14 horas, 15 horas, etc.
19
Atividades
1) Que horas são?
.......................
Panela no fogo,
barriga vazia.
Macaco torrado,
que vem da Bahia.
Fazendo careta,
pra dona Sofia.
Folclor
2) Depois do meio dia, que horas o relógio está marcando?
O relógio está marcando....................
20
A luta cotidiana contra o tempo
O relógio toca insistentemente às 6h e 15min. São exatamente 40 minutos
para sair de casa e levar os filhos para a escola. Nenhum momento pode ser
perdido, pois há sempre os problemas praticamente inevitáveis de todas as manhãs,
como o trânsito. As crianças, ainda sonolentas, tomam o café da manhã e quase
não há tempo para conversas. O tempo urge.
Ao sair de casa atrasado, encontra congestionamentos maiores que os de
costume. Quando faltam apenas cinco minutos para começar a aula das crianças, a
distância a ser percorrida é de três quilômetros. Olha incessantemente para o
relógio, na esperança de que os ponteiros se movam mais devagar.
Depois de deixar as crianças em cima da hora na escola, outra corrida contra
o relógio se inicia. Para chegar ao local de trabalho, uma nova batalha será travada.
O tempo parece andar mais rapidamente justamente quando estamos atrasados. No
trabalho, o ritmo continua acelerado. O tempo não é suficiente para as inúmeras
tarefas que precisam ser executadas. O relógio [...] por mais acelerado que seja o
ritmo da rotina, indica que já está na hora do almoço.
Ao final do dia, quando retorna para casa, o trânsito faz com que a viagem de
volta seja mais longa e lenta. De nada adianta ter pressa. O relógio marca 20h
quando estaciona o carro na garagem, completando mais um ciclo que durou cerca
de 14 horas. A sensação, que se repete todos os dias, é a de que o relógio andou
muito rapidamente e que poucas coisas foram realizadas.
A situação descrita acima é semelhante à que a maioria das pessoas enfrenta
nas grandes cidades...
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br.
Acesso em 25 out. 2008
21
Atividades
Conforme as informações do texto, complete os relógios.
a) O relógio toca insistentemente às 6h e 15min.
b) São exatamente 40 minutos para sair de casa e levar os filhos para a
escola. Teriam que sair às..........................................................................
c) Ao sair de casa atrasado, encontra congestionamentos maiores que
os de costume. Que horas você considera que eles saíram de casa?
22
d) Faltam apenas cinco minutos para começar a aula das crianças.
Considerando o início da aula 8h. Que horário estaria marcando o
relógio?
e) Ao final do dia, quando retorna para casa, o trânsito faz com que a
viagem de volta seja mais longa e lenta. De nada adianta ter pressa. O
relógio marca 20h quando estaciona o carro na garagem.
Acordaram.....................................................
Saíram de casa.............................................
23
Chegaram em casa........................................
1) Os salgadinhos que Dona Fátima faz são uma delícia. Veja no gráfico
as encomendas que ela fez de segunda a sexta-feira.
Quantidades
24
Para descobrir a quantidade de salgados leia as informações.
a) Na segunda-feira ela fez: 2 centenas.....................................................
b) Na terça-feira a metade de 500..............................................................
c) Na quarta-feira produziu (1050 : 3).........................................................
d) O dobro de 1250 menos 2000 ela fez na quinta-feira............................
e) Sexta-feira foi o triplo de 150 mais 100..................................................
2) Complete a tabela com os dados do gráfico.
Dias da
semana
Domingo Segunda- Terça- Quarta- Quinta- Sexta- Sábado
feira
feira
feira
feira
feira
Salgados
3) Vamos calcular a quantidade de salgados juntando os dias.
a) Segunda, quarta, e sexta-feira
Lê-se...........................................................................................................
b) Terça, quinta e sexta-feira
Lê-se...........................................................................................................
25
c) Segunda e sexta feira
Lê-se...........................................................................................................
d) Quarta e sexta feira
Lê-se...........................................................................................................
e) De segunda a sexta feira ela fez............................................................
Lê-se...........................................................................................................
Você sabia?
Na Idade Média, quando inventaram os livros manuscritos, pouca
gente sabia ler mesmo entre os nobres e reis. Acredite ou não, o grande
Carlos Magno rei da França e imperador de Roma entre os séculos 8 e
9, cuja grande marca foi o interesse pela cultura e pela sua divulgação
não sabia ler. Mas, adorava que lessem para ele histórias de heróis das
Cruzadas. Esses livros [...] eram muito caros e exigiam, em média,
quatro meses de trabalho - tempo que, em alguns casos, podia se
estender a um ou dois anos, se fosse um livro ricamente ilustrado...
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br
Acesso em: 25 de out. 2008
26
O mês e o ano
Veja o calendário do ano 2008:
JANEIRO
FEVEREIRO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31
D S T Q Q S
1
3 4 5 6 7 8
10 11 12 13 14 15
17 18 19 20 21 22
24 25 26 27 28 29
MAIO
D S T Q Q
1
4 5 6 7 8
11 12 13 14 15
18 19 20 21 22
25 26 27 28 29
JUNHO
D S T Q Q
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12
15 16 17 18 19
22 23 24 25 26
29 30
S
2
9
16
23
30
SETEMBRO
D S T Q Q S
1 2 3 4 5
7 8 9 10 11 12
14 15 16 17 18 19
21 22 23 24 25 26
28 29 30
S
3
10
17
24
31
S
6
13
20
27
MARCO
S
2
9
16
23
S
7
14
21
28
D S T Q Q
2 3 4 5
9 10 11 12
16 17 18 19
23 24 25 26
30 31
S
3
10
17
24
31
S
6 7
13 14
20 21
27 28
S
1
8
15
22
29
D S T
1
6 7 8
13 14 15
20 21 22
27 28 29
Q Q
2 3
9 10
16 17
23 24
30
S S
4 5
11 12
18 19
25 26
JULHO
AGOSTO
D S T Q Q S S D S T Q Q S
1 2 3 4 5
1
6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8
13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15
20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22
27 28 29 30 31
24 25 26 27 28 29
31
OUTUBRO
S D S T Q Q
1 2
6 5 6 7 8 9
13 12 13 14 15 16
20 19 20 21 22 23
27 26 27 28 29 30
ABRIL
NOVEMBRO
DEZEMBRO
S D S T Q Q S S D S T
4
1
11 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3
18 9 10 11 12 13 14 15 8 9 10
25 16 17 18 19 20 21 22 15 16 17
23 24 25 26 27 28 29 22 23 24
30
29 30 31
Quantos meses formam um ano?
S
2
9
16
23
30
Q Q S
S
4 5 6 7
11 12 13 14
18 19 20 21
25 26 27 28
27
1) Responda às questões, consultando este calendário.
a) Quais os meses que têm 31 dias?
b) Quais são os meses que têm 30 dias?
c) Qual é o mês que tem menos dias? Quantos?
d) Quantas semanas há aproximadamente em 1 mês?
e) Quais são o primeiro e o último dia da semana?
2) Pesquise e responda. De acordo com o calendário 2008, quando se
comemora:
a) O dia de seu aniversário
Dia.........................................................
Mês.......................................................
Dia da semana.....................................
b) Dia da Criança
Dia.........................................................
Mês.......................................................
Dia da semana.....................................
Você sabia?
Um século é formado por 100 anos. Os anos de 1901 a 2000 fez
parte do século XX e o século XXI começou em 2001.
28
3) Complete a cruzadinha com os meses do ano seguindo as dicas.
N
V
Ç
R
J
T
Z
L
V
T
G
29
Atividades
1) Observe o mês de outubro de 2008.
OUTUBRO 2008
D OM
SEG
T ER
QUA
QUI
SEX
SAB
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
2) De acordo com esse calendário, responda:
a) Em que dia da semana começa o mês de outubro?
b) Quantos dias têm uma semana?
c) Eu marquei uma consulta com o médico no dia 20. Que dia da
semana será a minha consulta?
d) Copie apenas os números ímpares que aparecem no calendário.
e) No dia que vem depois de 21 é o meu aniversário. A idade que
vou completar está entre 29 e 31. Descubra a data do meu
aniversário e a minha idade.
30
Você sabia que suas mãos podem ajudá-lo a descobrir se o mês
tem 31 dias ou menos?
Veja como é fácil?
Feche a mão e comece a falar os meses do ano partindo do
primeiro ossinho. Quando tiver ossinho o mês é de 31 dias. Os espaços
entre os ossinhos representam os meses que não tem 31 dias.
Complete:
1) Um dia têm...............horas, por isso as horas são contadas de
............... até .........horas.
Até o meio-dia, as horas vão de .......................a .................................... .
Do meio dia até a meia noite as horas vão de.......................... a ............ .
31
2) Um ano tem 12 meses. Você vai dividir:
a) de dois em dois meses;
1º bimestre
2º bimestre
3º bimestre
4º bimestre
5º bimestre
6º bimestre
b) de três em três meses;
1º trimestre
2º trimestre
3º trimestre
4º trimestre
c) de seis em seis meses.
1º semestre
2º semestre
32
Dia da Consciência Negra
Os negros foram trazidos da África por volta de 1530. Durante
mais de 350 anos, a maior parte do trabalho no Brasil foi realizada por
essa mão-de-obra escrava. Além de sustentar a economia, eles
ajudaram a enriquecer a nossa cultura. Hoje os afro-brasileiros
representam quase metade da população e sua influência está presente
na música, na dança, na língua, na culinária, no folclore...
Com tantas contribuições para a cultura do país [...] para
preservar essa história tão importante, há cerca de 30 anos se
comemora no dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência
Negra. Nessa data, em 1695, ocorreu a morte de Zumbi, o maior líder
dos quilombos de Palmares, que representou a mais forte comunidade
de escravos fugidos nas Américas, com uma população de mais 30 mil
pessoas. Nessas povoações, eles resistiam ao escravismo e lutavam
pela liberdade. Palmares durou cerca de 140 anos.
Disponível em: http://recreionline.abril.com.br
Acesso em 28 de out. de 2008
1) Faça uma relação de todos os números que aparecem no texto.
Escreva-os por extenso.
2) Agora, coloque-os em ordem crescente (do menor para o maior).
3) Separe os números que indicam idéia de tempo.
33
4) Observe como a data da morte de Zumbi foi registrada.
20 / 11 / 1695
dia
mês
ano
A data foi registrada com números e barras, isto é, o mês aparece
indicado pelo número correspondente a sua ordem no ano.
5) Escreva o dia, o mês e o ano em que você nasceu usando números e
barras.____________________________________________________
6) As datas abaixo correspondem ao século XX, ou seja, o período de
1901 a 2000. Escreva-as por extenso.
a) 25/07/95 ________________________________________________
b) 21/05/88_________________________________________________
c) 15/12/35_________________________________________________
d) 03/08/82_________________________________________________
e) 15/11/25_________________________________________________
f) 31/03/91_________________________________________________
34
A História do Brasil vista das margens de um rio
[...] Os bandeirantes foram homens que, entre os séculos XVI e
XVII, se embrenharam pelo interior do país. Muito corajosos, eles não
temiam desvendar os mistérios de outras matas, diferentes em tudo de
sua terra natal. Apesar de haver inúmeros perigos no caminho, eles
vagavam durante muitos meses em busca de novas descobertas.
Passado algum tempo, entre o final do século XVII e o início do século
XVIII, eles descobriram a existência de muito ouro e pedras preciosas
em lugares como Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
A partir daí, os rios passaram a servir como um importante meio
de transporte de mercadorias, uma vez que era muito difícil construir
estradas naquela época. Eram usadas canoas feitas com enormes
troncos de árvores, exatamente iguais às dos índios. Elas levavam
comida e materiais para serem usados nas minas de ouro, além de
carregar todo o metal precioso para o litoral, para que fosse vendido no
continente europeu. Essas viagens pelos rios ficaram conhecidas como
monções.
A extração de ouro e de pedras preciosas durou muitos anos.
Terminou apenas quando praticamente não existiam mais minérios para
serem retirados da terra. Durante esse período, os rios funcionavam
como grandes estradas, que ligavam as regiões mais remotas às
principais cidades. Ao longo desses rios, foram construídos pequenos
sítios para que os viajantes pudessem descansar e conseguir mais
mantimentos. Esses lugares, com o tempo, se tornariam vilas e depois
cidades. Muitas existem até hoje.
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br
Acesso em 30 de out. 2008
35
Os bandeirantes foram homens que, entre os séculos XVI e XVII,
se embrenharam pelo interior do país.
Um século equivale a um período de 100 anos.
O século I começou no ano 1 e terminou no ano 100.
O século II começou no ano 101 e terminou no ano 200.
O século XIX começou em 1801 e terminou em 1900.
SÉCULO
ANOS
SÉCULO
ANOS
I
1 a 100
XII
1101 a 1200
II
101 a 200
XIII
1201 a 1300
III
201 a 300
XIV
1301 a 1400
IV
301 a 400
XV
1401 a 1500
V
401 a 500
XVI
1501 a 1600
VI
501 a 600
XVII
1601 a 1700
VII
601 a 700
XVIII
1701 a 1800
VIII
701 a 800
XIX
1801 a 1900
IX
801 a 900
XX
1901 a 2000
X
901 a 1000
XXI
2001 a 2100
XI
1001 a 1100
XXII
2101 a 2200
36
Atividades
1) Na Idade Média, quando inventaram os livros manuscritos, pouca
gente sabia ler mesmo entre os nobres e reis. Acredite ou não, o grande
Carlos Magno rei da França e imperador de Roma entre os séculos VIII
e IX, cuja grande marca foi o interesse pela cultura e pela sua
divulgação não sabia ler.
a) Observando as informações, escreva:
SÉCULO
INÍCIO
TÉRMINO
VIII
IX
XVI
XVIII
XVII
XX
XXI
2) Em que século ocorreu:
a) Independência do Brasil (1822).............................................................
b) Descobrimento do Brasil (1500)............................................................
c) A morte de Zumbi (1695)......................................................................
d) Seu nascimento.....................................................................................
37
Você conhece a brincadeira do número mágico?
Descubra seguindo as dicas:
Escolha um
número.
Subtraia o
número que
você escolheu.
Adicione 3
Divida por 2
Aposto que o
resultado é 1.
Multiplique por
2
Subtraia 4.
38
Complete
2) No quadro abaixo você encontra os nomes de unidades de medida de tempo.
MEDIDA
QUANTIDADE DE TEMPO
Minuto
60 segundos
1 hora
60 minutos
1 dia
24 horas
Semana
7 dias
Quinzena
15 dias
Mês
28/29 /30 ou 31 dias
Bimestre
2 meses
Trimestre
3 meses
Semestre
6 meses
Ano
12 meses
Década
10 anos
Século
100 anos
Milênio
1000 anos
Quantos dias são juntando os meses?
1) janeiro, fevereiro e março:................................................................
2) setembro, outubro e novembro:........................................................
3) abril, maio e junho:............................................................................
4) outubro, novembro e dezembro:.......................................................
39
1) Uma professora levou seus alunos ao Supermercado Bom e Barato
para pesquisar o preço de algumas mercadorias. Porém, o gerente fez
uma brincadeira com os alunos e quem acertasse levaria um brinde que
era um pacote de balas. Os alunos aceitaram o desafio. E você?
Para descobrir os preços leia atentamente as dicas.
a) O preço do arroz é o dobro do pó de café mais R$ 3,74.
b) O açúcar é o preço do óleo mais o preço do sabonete.
c) O óleo é o preço do sabão em pó menos R$ 3,00.
d) O sabonete custa R$ 1,42.
e) O pó de café é o triplo do sabonete.
f) O sabão em pó custa a metade do preço do arroz.
2) Complete a tabela com os preços encontrados.
MERCADORIA
ARROZ
AÇÚCAR
ÓLEO
SABONETE
SABÃO EM PÓ
PÓ DE CAFÉ
PREÇO
40
3) Considerando que, para cumprir o desafio os alunos teriam 60
minutos (1 hora), calcule o tempo gasto pelos alunos.
a) 1º aluno gastou 1
2
b) 2º aluno 2
5
c) 3º aluno 1
4
d) 4º aluno 3
5
e) 5º aluno 2
3
4) Organize o tempo em ordem crescente.
5) Marque no relógio:
a) Saída: 8 horas
b) Chegada: 10h e 15 min.
41
6) Vejam algumas promoções da loja Por do Sol.
LOJA POR DO SOL
Não percam! Toda a loja em promoção.
Máquina de lavar roupa: R$ 648,00 em 12 parcelas
Televisão: R$ 490,00 à vista ou 10 x de R$ 54,80
Forno microondas: R$ 265,00 à vista ou 15 x de R$ 28,60
Fogão: R$ 330,00 à vista ou 6 X de R$ 72,00
1) Forno de microondas
a) Quanto pagarei se comprar o forno microondas em 15
pagamentos de R$ 28.60?
b) Quanto vou pagar a mais que o preço a vista?
2) Milton comprou o fogão em 6 pagamentos de R$ 72,00.
a) Qual o valor a prazo?
b) Quanto pagará a mais que o preço a vista?
c) Ele já pagou 3 prestações. Qual o valor que falta para terminar de
pagar?
3) Se comprar a máquina de lavar roupas qual o preço de cada
parcela?
42
Resolva esta
8
C
R
U
Z
A
2 D
I
18
N
10
H
A
4
D
16
O
14
T
E
6 M
P
O
2 x 4 = Período de cem anos.
2 x 7 = A semana tem______________dias.
2 x 1 = O primeiro dia da semana.
2 x 2 = O período de 10 anos chamamos_________________________
2 x 9 = Quinze dias forma uma_________________________________
2 x 5 = Seis meses formam um_________________________________
2 x 8 = Um ano têm 12________________________________________
2 x 3 = Mil anos_____________________________________________
43
1) Encontre no caça-números:
a) Dois mil quinhentos e quatro.
b) Cinco mil cento e vinte e cinco
c) Quatro mil novecentos e vinte e oito
d) Um mil duzentos e trinta e quatro
e) Três mil trezentos e quinze.
4
6
1
2
3
4
9
5
0
3
7
6
2
7
5
2
0
2
8
3
3
3
1
5
9
4
5
8
6
0
5
1
2
5
0
4
2) Quais desse números têm:
O algarismo 5 com o valor de 500?............................................................
O algarismo 5 com o mesmo valor 5?........................................................
O algarismo 3 com o valor de 3000?..........................................................
O algarismo 3 com o valor de 300?............................................................
44
3) Escreva os números que encontrou:
a) Em ordem decrescente:..........................................................................
b) Em ordem crescente:..............................................................................
c) Os números pares..................................................................................
d) O número formado por: 5 unidades de milhares, 1 centena, 2 dezenas
e 4 unidades...............................................................................................
e) O sucessor do maior número.................................................................
f) O antecessor do menor número..............................................................
4)
Dê o triplo do menor número.
5)
Somando (a + b + c) qual o resultado?
6)
Do dobro de (2504) tirei 2539. Quanto sobrou?
7)
Do resultado do triplo de (3315) adicionei 2958. Qual o resultado?
8)
Juliana pensou no número 428. Calculou a metade e adicionou
4928 ao resultado. Que número ela obteve?
9)
Do resultado de (5125 : 5) calculei o triplo. Que número encontrei?
45
Vamos fazer uma
1
C
R
7
9
U
Z
5
A
D
6
I
8
N
H
10
2
A
3
4
1) O dobro de 50 mais 1
2) Nome da moeda brasileira
3) A soma de 16 + 24=
4) O triplo de 120 menos 360
5) 3 centenas menos 213
6) 4 dezenas menos 21
7) O triplo de 300 mais uma centena
8) A metade de 400 mais 9
9) O dobro de 250
10) O triplo de 150 menos 50
46
Fique por dentro da Copa do Mundo!
[...] Até hoje, nenhum esporte despertou tanto interesse popular quanto o
futebol! Sua principal competição, a Copa do Mundo, reúne, desde a fase
eliminatória, cerca de 130 países no mais importante evento do mundo esportivo. A
idéia de organizar um torneio de futebol internacional a cada quatro anos surgiu em
1928, por sugestão do francês Jules Rimet, então presidente da Federação
Internacional de Futebol Association (Fifa). Estava inaugurada uma nova etapa na
história do futebol!
A primeira Copa do Mundo foi disputada no Uruguai em 1930 e terminou
com a vitória dos donos da casa. Depois foi a vez de a Itália conquistar por duas
vezes o título. Em 1950, após 12 anos de interrupção devido à Segunda Guerra
Mundial, o Brasil foi sede da pior Copa para nós, brasileiros. A seleção chegou à
final com a vantagem do empate e confiante na vitória, mas o Uruguai surpreendeu
e calou nossa torcida em pleno Maracanã.
O primeiro título do Brasil só veio na sexta Copa, disputada na Suécia em
1958. Quatro anos depois, o Brasil repetiu a dose e conseguiu seu bicampeonato no
Chile. A terceira vitória brasileira veio oito após o bicampeonato, no México. Com o
tricampeonato, a seleção obteve a posse definitiva da Taça Jules Rimet e Pelé
consagrou-se "rei do futebol".
Após 24 anos sem vencer um mundial, o Brasil conquistou um título inédito
para o futebol: o tetracampeonato! A Copa disputada nos Estados Unidos foi a
primeira da história a ter a final definida por pênaltis. Oito anos depois, a Copa do
Mundo terminou com o Brasil pentacampeão, e Ronaldo o maior artilheiro com oito
gols marcados...
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br
Acesso em 05 de Nov. 2008.
Adaptação: Iraci de Oliveira Carvalho Brevilheri
47
1) A primeira Copa do Mundo foi disputada no Uruguai em 1930. O
primeiro título do Brasil só veio na sexta Copa, disputada na Suécia em
1958. O Brasil é o único país pentacampeão, isto é, campeão cinco
vezes.
De acordo com as informações descubra o ano em que ocorreram os
demais títulos.
a) 1958 o Brasil foi campeão.
b) Quatro anos depois, bicampeão.............................................................
c) A terceira vitória brasileira veio oito anos após o bicampeonato. O
Brasil foi tricampeão em.............................................................................
d) Após 24 anos sem vencer um mundial, o Brasil conquistou um título
inédito para o futebol: o tetracampeonato!
O título de tetracampeão
ocorreu em..................................................................................................
e) Oito anos depois do tetracampeonato, a Copa do Mundo terminou
com o Brasil pentacampeão. A Copa do Mundo de Futebol foi disputada
na Coréia do Sul e Japão em.....................................................................
48
Brasil chega ao pentacampeonato
Com dois gols de Ronaldo no segundo tempo da final contra a
Alemanha, o Brasil venceu por 2 a 0 e conquistou o pentacampeonato
mundial. Com os dois gols, Ronaldo alcançou a marca de Pelé, com 12
gols marcados em Copas do Mundo.
O primeiro tempo do jogo teve o Brasil ligeiramente melhor em
campo, mas só na etapa final o time deslanchou. A vitória, por ironia,
começou com uma falha do goleiro Oliver Kahn, apontado como o
melhor do mundo. Ronaldo não perdoou. Destaque também para
Rivaldo que participou dos dois gols.
Disponível em: http://esporte.uol.com.br
Acesso em 09 nov. 2008.
Um jogo de futebol tem dois tempos de 45 minutos.
Veja o horário que iniciou a partida:
Marque no relógio que horas terminaria o jogo de futebol sem
acréscimos no primeiro tempo.
49
Você sabia que o dinheiro colonial mal cabia na carteira?
Nem sempre o dinheiro foi assim do jeito que conhecemos hoje.
Na época em que o Brasil era colônia de Portugal o que começou no
século XVI e foi até o início do século XIX, produtos agrícolas e metais
valiam como dinheiro. Com o tempo, o dinheiro foi mudando, sendo
padronizado até, digamos, caber na carteira.
Veja só que curioso: para muitos historiadores a primeira moeda
a circular no Brasil era doce, isso porque como o principal item de
exportação do Brasil Colonial era o açúcar, passou a ser ele a principal
moeda de troca nas negociações. Se você está pensando que em vez
de levar notas e moedas na carteira as pessoas carregavam sacos e
mais sacos de açúcar quando queriam comprar algo, acertou em cheio!
Da mesma forma, o tabaco, o ouro e a prata também foram elementos
de troca.
Paralelamente a esses produtos, circulavam algumas moedas
semelhantes às que conhecemos hoje, mas eram artigo raro! Numa
população formada, em sua maioria, por escravos e pessoas muito
pobres, esse tipo de dinheiro se restringia aos mais nobres. Essas
primeiras moedas a circular no Brasil Colônia eram prensadas na
Capitania de São Vicente – região onde hoje fica a cidade de Santos, no
estado de São Paulo. Elas eram feitas de ouro e chamadas de sãovicentes e meio são-vicentes.
Com a chegada da Família Real portuguesa, em 1808, a procura
por moedas aumentou. Isso porque toda a corte veio para colônia,
principalmente para o Rio de Janeiro, que se tornou a sede do governo
português. D. João VI, o rei, autorizou a confecção do dinheiro real –
feito em ouro, prata e cobre, de formato circular e em tamanhos
variados. As moedas mais valiosas eram as de ouro e prata; as de
50
cobre, de menor valor, eram usadas na compra de miudezas.
Mais tarde, o papel-moeda também foi emitido, o que resultou na
fundação do Banco do Brasil, que existe até hoje e é o primeiro banco
do país. O dinheiro de papel era, na verdade, uma espécie de bilhete no
qual se podia escrever a quantia e assinar, como na folha de cheque
atual. E foi assim que o dinheiro começou a caber na carteira...
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br
Acesso em 17 nov. 2008.
Você gosta de desafios?
Então encontre a quantia que cada criança possui.
1) Gislaine tem o triplo da quantia de João.
2) Roseli tem a metade da quantia de Caio mais R$ 0,65.
3) Caio tem R$ 10,00.
4) João tem a quantia de Caio menos R$ 4,00.
5) Ana tem o dobro da quantia de João.
Complete a tabela.
Crianças
Quantia
Caio
Gislaine
João
Roseli
Ana
51
Agora, escreva o que se pede:
a) ordem crescente________________________________________
b) ordem decrescente______________________________________
c) a maior quantia_________________________________________
d) a menor quantia ________________________________________
Resolva:
Gislaine e Caio juntos:________________________________________
Ana e Roseli:_______________________________________________
Gislaine menos a quantia de Ana:_______________________________
João, Caio e Roseli juntos:____________________________________
Caio e Ana menos a quantia de Roseli:___________________________
A quantia de Roseli multiplicado por 5:___________________________
A quantia de Caio dividido por (2) mais R$ 0,35____________________
Você sabia?
Todos os produtos devem trazer a data de fabricação e o prazo
de validade na embalagem. Assim, as pessoas ficam sabendo até
quando os produtos podem ser consumidos.
52
Quando vence estes produtos?
DATA DE
DATA DE
PRAZO DE VALIDADE
PRODUTOS
VENCIMENTO
FABRICAÇÃO
LEITE
3/10/08
15 dias
BOLO
12/7/08
12 dias
DOCE DE LEITE
15/05/08
3 meses
AMACIANTE
4/03/08
2 anos
IOGURTE
7/8/08
25 dias
SUCO
22/1/08
45 dias
53
1) Descubra que horas as crianças chegaram à festa e marque no
relógio.
A festa tem horário previsto para as......................................................
a) Matheus chegou 1 hora após Caio.
b) Luciana chegou 30 minutos antes de Bruna.
c) Caio chegou às 16 horas e 30 minutos.
d) Mariana chegou 30 minutos antes de Matheus.
e) Bruna chegou às 16 horas.
MATHEUS
LUCIANA
CAIO
MARIANA
BRUNA
54
Você sabia?
O Brasil é o maior país da América do Sul. Dividir o Brasil em
regiões facilita a coleta e organização de dados sobre o país. O Brasil
está dividido em 5 regiões.
Para descobrir as regiões brasileiras você deverá:
a) resolver as operações;
b) escrever o resultado por extenso;
c) encontrar o resultado no mapa e pintar de acordo com a cor
que está escrito a região.
a) Região Centro-Oeste: 8972 – 2755 =
_______________________________________________________
b) Região Sul: O triplo de1396 (mais 2824).
______________________________________________________
55
c) Região Nordeste: O dobro de (4564 + 615)
_______________________________________________________
d) Região Norte: O resultado de (7974 : 7)
_______________________________________________________
e) Região Sudeste: O resultado de (3482 x 4)
_______________________________________________________
56
Números
Escreva por extenso os números que aparecem na reportagem.
Vá plantar (e comer batatas)
A ONU está encerrando uma campanha de incentivo ao consumo de batata, o
tubérculo que, transplantado da América do Sul para a Europa no século XVI, salvou
milhões de pessoas da fome e foi fonte de energia para os operários da Revolução
Industrial.
a) O
consumo
de
batatas
começou
no
Peru
há
8000
(..................................................) anos.
b) Existem 3900 (.....................................................................................) tipos
desse tubérculo.
c) É o 4º (........................................) alimento mais reproduzido no mundo; só
perde para o arroz, milho e soja.
d) A
China
é
a
maior
produtora:
72
milhões
(...........................................................) de toneladas por ano.
e) Os
bielo-russos
lideram
o
consumo
per
capita:
470
gramas
(..................................................................................) por dia. Os brasileiros
consomem 40 gramas, (.................................................................) em média.
f) O tubérculo é composto de 80% (.......................................................) de água.
g) A necessidade diária de vitamina C é suprida por 2 (......................) batatas.
Fonte: Veja, edição 2090 – ano 41- nº 49, p.51
57
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando os currículos escolares e as inúmeras informações que eles
contêm, supõe-se que nem sempre os alunos estejam em condições de atribuir um
significado a determinados conteúdos distante de seu saber cotidiano. Descobrir o
que o aluno já sabe e organizar de forma coerente o conteúdo a ser transmitido
auxilia o aluno na construção do conhecimento.
Estudos de Vygotsky (1987), (Bruner (1976) e Ausubel (1990) apud Moysés
(1999) apontam que a tarefa de ser mediador entre o objeto e sujeito do
conhecimento exige do professor o desenvolvimento de certas atitudes. Destacamse , dentre essas, a de descobrir o que o aluno já sabe; a de organizar de forma
coerente e articulada o conteúdo a ser transmitido; a de criar condições para que ele
possa passar do particular para o geral e deste para aquele, de tal forma que ele
próprio reconstrua o conhecimento.
Assim, ao mediar o processo de ensino e aprendizagem de um conteúdo com
alunos que apresentam Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais
Específicos, antes de apresentar os conceitos científicos do conteúdo em questão,
ao levantar os conhecimentos prévios e a compreensão que estes alunos possuem
no seu dia-a-dia sobre o tema, o professor promovendo uma didática inclusiva com
alternativas diversificadas auxiliará no processo-aprendizagem do aluno da Sala de
Recursos.
58
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação
inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000. 174 p.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos is. 5. ed. Porto
Alegre: Mediação, 2007. 176 p.
CORTELLA, M. S. A Escola e o Conhecimento fundamentos epistemológicos e
políticos.10. Ed. São Paulo, Cortez: Instituto Paulo Freire, 2006
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 4. ed.
Campinas: Autores Associados, 2007.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar. O que é? Por quê? Como
fazer? – Cotidiano Escolar. – 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. (Org.). Pensando e fazendo educação de
qualidade. São Paulo: Moderna, 2001.
MOYSÉS, L. O desafio de saber ensinar. 4. Ed. Campinas, SP: Papirus, 1994.
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
construção de Currículos Inclusivos. Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, Superintendência da Educação, Curitiba, 2006.
REGO, T. C. Vygotsky uma perspectiva histórico- cultural da educação. 17. ed.
São Paulo: 2006.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo : uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F.
da F. da Rosa. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SAVIANI, Nereide. Saber escolar, currículo e didática: problemas da unidade
conteúdo/método no processo pedagógico. 3. ed. Campinas: Autores Associados,
2000.
SAVIANI, Nereide. Currículo: um grande desafio para o professor. In: REVISTA DE
EDUCAÇÃO. n. 16. São Paulo, 2003. p. 35-38.
STAINBACK, Susan e Willian. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre:
Artmed, 1999. 456 p. Reimpressão 2007.
59
Download

Uma didática inclusiva: alternativas diversificadas de apoio à