UNIVERSIDADE FED ER A L D O PARÁ CENTRO A G R O PE C U Á R IO N Í JCLEO DE ESTUDOS INTEGRADOS SO BR E A G R IC U L T U R A FA M IL IA R EM PRESA BRASILEIRA DE PESQ U ISA A G R O PE C U Á R IA AM AZÔNIA O R IEN T A L C U R SO DE M ESTRADO EM A G R IC U LTU R A S FA M IL IA R E S E DESENVO LVIM ENTO SU STEN TÁ V EL ANDERSON BORGES SERRA INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO EM SISTEMAS ALTERNATIVOS AO USO DO FOGO, BASEADOS NOS PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA, DESENVOLVIDOS POR AGRICULTORES FAMILIARES NA REGIÃO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA - OESTE DO PARÁ Dissertação apresentada ao Curso de PósGraduação em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Pará e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre. Orientadora: Profa. Dra. Tatiana Deane de Abreu Sá BELÉM 2005 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural / UFPA, BciIctm-PiP*A Serra, Anderson Borges Indicadores de sustentabilidade do solo em sistemas alternativos; ao )> uso do fogo, baseados nos princípios da agroecologia, desenvolvidois por r ■ agricultores familiares na região da Rodovia Transamazônica / Anderrson ^\ Borges Serra; orientadora, Tatiana Deane de Abreu Sá - 2005 Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, C e n tro ) Agropecuário, Programa de Pós-Graduação em Agriculturas A m azônicas, , Belém, 2005 1. Agricultura familiar - Rodovia Transamazônica (Brasil). 2. . Ecologia agrícola - Rodovia Transamazônica (Brasil). 3. Solos - Mamejjo Rodovia Transamazônica (Brasil). I Título. CDD - 22.ed. 338.10 '9 8 1 1 5 í5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO AG RO PECUÁRIO NÚCLEO DE ESTUDOS INTEGRADOS SO BRE A G R IC U LTU R A FA M ILIA R EM PRESA BRASILEIRA DE PESQUISA A G R O PEC U ÁR IA AM AZÔNIA ORIENTAL CURSO DE M ESTRADO EM AG RICULTURAS FA M ILIAR ES E DESENVOLVIM ENTO SUSTEN TÁ VEL ANDERSON BORGES SERRA INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO EM SISTEMAS ALTERNATIVOS AO USO DO FOGO, BASEADOS NOS PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA, DESENVOLVIDOS POR AGRICULTORES FAMILIARES NA REGIÃO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA - OESTE DO PARÁ. Dissertação apresentada ao Curso de PósGraduação em Agriculturas Familiares ^ e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Pará e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre. Data de defesa: 25 de agosto de 2005. Banca Examinadora: Dra. Tatiana Deane de Abreu Sá (orientadora) EM BRAPA A M A ZÔ N IA /O RIEN TA L ____________________________________________ ^v A d lllllld U U I) ( ^ EMBRAPA AM AZÔNIA O RIENTAL Dra. _ ra) EMBRAPA AM AZÔNIA O RIENTAL Homenagem Ademir Alfeu Federicci - "Dena ” Agricultor de M edicilândia - Coordenador do M üTX Denunciou esq u em as de desvios de verbas da SUDAM Liderou p rocesso de discussão sobre U HE-Belo M mte Assassinado em agosto de 2001. Bartolom eu Morais da Silva - "Brasiia ” Agricultor de Castelo dos S o n h o s - Altam ira - D irigente Sincical Denunciou trabalho escravo, grilagerm de terra e assassinato de agricultores A ssassinado julho de 2002 IDorothy Mãe Stang - “Irmã Dorohy " M issionáriía religiosa da Igreja católica no Arapu Liiderou resistência à grilagem de teiras, Idealizou modelo de asisentamento para produtores familiires A ssassinada fevereiro em 2)05 Almas genejrosas que eu tive o prazer de conhccer Lutavam por uma Tranisam azônica para todos e para sempre, Pelo deisenvolvim ento da agricultura familiar Mas tiveram s u a s vidas interrompidas pela barbirie Dedicatória. A Raí, m inha mãe, pelos ensinamentos. Ao Clóvis, meu pai, pelo exemplo de bom homem. A Oziane, m inha irmã, pelo carinho que tem por mim. Ao Raphael, meu irmão, pelo companheirismo enquanto estive morando em Belém. Ao M onteiro, m eu amigo, pelas lições de vida. A Fabiana Nunes, m inha namorada, pelo companheirismto e amizade. Aos agricultores de Medicilândia, pela iniciativa de experim entar os sistemas de Roça Sem Queimar. AGRADECIME1NTOS. A CAPES, pela concessão da Bolsa de Estudos, que perm itiu minha estadia em Belém. Ao m andato do Depu:ado Airton Faleiro, que m e co n ced eu apoio financeiro para com pa de reagentes e pagam ento de assessoria na realização d o s trabalhos de laboratório. A Fundação V iver, Produzir e Preservar, pela ajuda logística e financeira para realizaçãc dos trabalhos de cam po, viagens para M edicilândia e Uruiará. A Professora Tatiana Deane de Abreu Sá, que desde) o início do curso tem me orientado para os trabalhos e m e animado com votos de entusiasmo e perseverança. Ao Dr. Cláudio José Reis de Carvalho, em especial, pelo apoio em todo o processo de anilise dos dados, nas orientações do trabalho. Aos amigos Raimundo Parente, Bruno Serrão e Líviía Vasconcelos, pelas orientações em odo o processo de construção do trabalho, nas an álises estatísticas e nas reflexões sobr: os resultados encontrados. Ao Sr. M onteiro e Sr. Benvindo, de M edicilândia e Uíruará, respectivam ente, por concordaem em ceder suas propriedades para coleta de solos, e: na descrição das práticas adotadas nas áreas. Aos Jovens A risteu e César, pelas contribuições mas coletas de solo, respectivam ente cm M edicilândia e Uruará. Ao pessoal do laboratório da Embrapa, Ivanildo Trindade, Cleo M arcelo orientaçõ<s e contribuições na análise dos dados. A Tereza Primo e Ronaldo Oliveira, em especial, pelai contribuição nas análises laboratoriiis. Ao Gabriel M edina, amigo de longas datas, pelo com panheirism o, enquanto estive em Behm. Aos amigos Allan Messias e Leandro Castro, com pamheiros de residência, pelos momento; de descontração em nossa residência aqui em Belém. 'O tempo está comprovando que a crise ambiental é, efetivamente, uma crise civilizatóra e que o movimento agroecológico se inscreve no que podemos qualificar como uma graide transformação, que talvez leve a reverter o processo e as inércias que desemboracan no holocausto ecológico através da idéia do progresso e do crescimento sem limites. Para i.so, será necessário construir uma racionalidade ambiental que incorpore um novo modeh de produção, fundado nos princípios da produtividade neguentrópica. Isso deverá de conduzr a uma regularização da vida que reverta a s inércias que estão levando para ima hiperurbanização. Para isso, a ciência e as técnicas da Agroecologia devem articular-se a uma nova teoria da produção e a novas técnicas produtivas; à construção de um mundcno /uai predomine o ser das coisas sobre sua utilidade mercantil, onde se revalorize a terras o trabalho e onde o ser humano possa reconhecer-se em seus saberes e no sentido de sias açõe Enrique Leff, 2(D2. RKSUMO A agricultura é uma atividade antrópica essencial para toda e qualquer sociedde, independente do nível de desenvolvimento. A grande questão contemporânea é saber cmo m antê-la produtiva sem afetar drasticamente os diferenttes ecossistemas terrestres. O olo pode ser considerado a base de sustentação dos sistem as agrícolas. Assim, perdas ias propriedades, que reduzam a capacidade de sustentar o crescim ento vegetal ou que im pliqem riscos am bientais, causam impacto negativo de grande significação para as comuniddes rurais, com repercussões no meio urbano. Entre os fatores que tom am o solo insustentáveem term os produtivos e ambientais, está o uso do fogo com o forma de limpeza das áreas paa a im plantação de cultivos agrícolas. O fogo. uma das mais antigas tecnologias incorporadasios sistem as de produção, é utilizado até os dias atuais, por faicilitar a limpeza da área e por toiar os nutrientes da vegetação prontamente disponíveis para a fase de cultivo, através das cinas. A pesar disso, constitui grande problema devido aos seus; efeitos negativos. Foi dentro dsse contexto, que um grupo de agricultores familiares, so>b articulação de uma organizcão regional, a Fundação Viver, Produzir e Preservar, resolveu iniciar uma experiêcia objetivando testar práticas de implantação de sistem a agrícolas sem o uso fogo, pretendedo m anter a fertilidade do solo. Esses sistemas altemativo;s, que se convencionou chamai de "R oça Sem Queim ar”, são caracterizados pela implamtação de Sistemas Agrofloresais baseados nos princípios da agroecologia. O presente es.tudo busca entender de que fona esses “sistem as de roça sem queima", podem influenciar na manutenção da sustentabilicide do solo, perpetuam ente sua capacidade de colheita e renovação da biom assa dos sisteras. Para tanto, foram estudados como indicadores de sustemtabilidade do solo alguns atribios ligados à M atéria Orgânica e a Biomassa M icrobiana do solo, por haver uma crescate percepção de considerá-los indicadores de sustentabilidade. Foram feitas coletas de soloios m unicípios de M edicilândia e Uruará, no final do período seco, janeiro de 2005, ias profundidades 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30. Os sistem as escolhidos para serem acom panhaos tinham como com ponente principal o cacau, por ser uma cultura importante econom icam ate na região Transam azônica e Xingu. Os resultados mostrairam que o estoque de serrapilhira no solo, a biom assa microbiana de carbono, os teores de carbono orgânico e nitrogênio tot;, a respiração basal e os índices derivados (relação carbono orgânico / nitrogênio total, relaão carbono m icrobiano / carbono orgânico e quociente m etabólico dores estudados mostraran se indicadores sensíveis às alterações ocorridas no solo n o s manejos estudados. Os daos permitem dizer que os agroecossistemas de “roça sem queim ar”, são capazes de estear grandes quantidades de material orgânico, com tendência para estoque de carborn e manutenção da fertilidade do solo, tornando-se, portanto, um a prática agrícola prom issra para o desenvolvim ento da agricultura familiar em bases sustentáveis. PALAVRAS CHAVES: Alternativa ao uso do fogo. Indicadores de sustentabilidade do s<o. Matéria orgânica do solo. ABSTRACT Agriculture is a hum an activity essential for society, fo r ali levei of developm ent. 'h e big question today is how to keep it productive w ith o u t dram atically affecting the various terrestrial ecosysfems. Soil can be cons.idered the basis for sustairing agricultural system s. Thus, losses in properties, w hich reduce the ability to susain plant growth o r that involve risks, negative im p a ct o f great significance to riral com m unities, with repercussions on the urban environm ent. Among the factors hat m ake the land productive and unsustainable in envinonmental terms, is the use offire as a w ay o f cleaning the areas for implementation o f agricultural crops. The fire, me o f the oldest technologies incorporated into productiion systems, is used to this cay, for easy cleaning o f the area and make the nutrients readily available to :he vegetation stage o f cultivation, through the ashes. N evertheless, it is m ajor probem due to its negative effects. It was within this context th a t a group o f farm ers under he articulation o f a regional organization, the Foundation Live, Produce and Presen/e, decided to begin an experiment aimed at te stin g practical im plem entation o f agricultural system without using fire, intending to maintain soil fertility . Thtse alternative system s, so-called "Roca W ithout Burning," are characterized by he im plem entation of agroforestry systems based on th e principies o f agroecology. Tiis study seeks to understand how these "systems o f fa rm w ithout burning, can influeice the m aintenance o f sustainability of the soil, its a b ility to perpetually harvest ;nd renewal o f biom ass systems. For both, were studied as indicators of sustainability o f some attributes related to soil organic matter and soil microbial biomass, becaise there is a growing perception considerthem indicators o f sustainability. Soil sampes were m ade in the municipalities of Medicilândia U ruará and at the end of the Iry season, January 2005, at depths 0-5, 5-10, 10-20 and 20-30. The systems w<re chosen to be m onitored as the main com ponent o f cocoa to be an econom icilly im portant crop in the Tran-region. The results show ed that the stock of litter in :oil microbial biom ass carbon, soil organic carbon and total nitrogen, basal respiraton and derived indices (ratio organic carbon / total nitrogen, compared microbial carton / organic carbon and metabolic quotient pain indicators studied are not sensitiveto changes in soil management system. The d a ta support the idea that he agroecosystem s o f "slash without burning," are capable of storing large am ountsof organic m aterial, w ith a tendency for carbon storage and m aintenance of fertility s>il, making it therefore a promising agricultural practice fo r the developm ent of fanily farming on a sustainable basis. KEYW ORDS: Alternative to Slash and burn. Indicators o f soil sustainability. Soil organic matter. LISTA DE FIGURAVS 6 FIGURA 02: Mapa da região Transamazônica e Xiingu, municípios de atuação daF V PP . Broca da área e plantio de leguminosa ((mucuna-preta) no 1°. Ano FIGURA 03: Roço em trilha e plantio da cultura defiinitiva (cacau) no 2o. Ano 7 FIGURA 04 Derrubada e trituração manual da área ((facão, foice e motossera) 7 FIGURA 05 D errubada e trituração m anual d a área (fa c ã o , ffo ic e e m o to sser a ) (b). 7 FIGURA 06 ■9 FIGURA 07 Mapa de localização das áreas onde foram feitas as coletas de campo. Município de Uruará e M edicilíândia Temperatura e umidade nos municípioss de Uruará e M edicilândia FIGURA 08 Área preparada sem fogo - “entrelinha «da cultura” 1 FIGURA 09 Área preparada sem fogo - local sob> a “ projeção da copa” do cacau Área preparada com fogo - “entrelinha da cultura” 3 FIGURA 01: FIGURA 10 FIGURA 11 7 0 ,4 :4 FIGURA 12 Área preparada com fogo - local sob? a “projeção da copa” do cacau Área preparada sem fogo - vista panorâim ica do sistem a (a) :4 FIGURA 13 Área preparada sem fogo - vista panorâim ica do sistem a (b) ;4 FIGURA 14 Coleta de serrapilheira e interface do so>lo (a) .•6 FIGURA 15 Coleta de serrapilheira e interface do so>lo (b) .“6 FIGURA 16 Coleta de solos (a) as FIGURA 17 Coleta de solos (b) FIGURA 18 Croqui da área. 57 LISTA DE S IG L A S BM S - Biom assa Microbiana do Solo C EPLA C - Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira C m ic - Carbono da Biomassa Microbiana C org - Carbono orgâiico do solo C Q -TR - Á rea com queima em solo terra roxa DA - D ensidade Aparente ES - Estoque de serrapilheira F - Fum igado FE - Fum igação Exxição FI - Fum igação Incubação FVPP - Fundação Viver, Produzir e Preservar. ha - Hectares IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma A gçrária Kg - Q uilogram a M-LA - Área de ma:a em solo latossolo amarelo. MOS - M atéria orgânica do solo M PST - M ovimento Pela Sobrevivência da Transam azônicca e X ingu MT - Estado do Mato Grosso M T-DNIT - Ministério dos Transportes - Departamento N aacional de Infra-estrutura M-TR - Área de mata em solo terra roxa PA - Estado do Pará NF - N ão-fum igado Ntotal - Nitrogênio total do solo ONGs - Organizações Não-Govemamentais RESP - Respiração basal RSQ - Roça Sem Queimar SAF - Sistem a Agroflorestal SQ - LA - Á rea sem queima em solo latossolo amarelio SQ -TR - Á rea sem queima em solo terra roxa STR - Sindicato de Trabalhadores Rurais. TR B M - Taxa de respiração específica da biom assa miicrobiana pg - M icro gram a SUM ÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1 2 OBJETIVOS 1 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1 1 3 REVISÃO DE LITERATURA 1 3.1 DESEN VO LV IM ENTO SUSTENTÁVEL, AM A ZÔ N IA E A G R IC U LTU R A 1' FAM ILIAR - UM RETROSPECTO NECESSÁRIO 3.2 A GRICU LTURA FAM ILIAR COMO BASE PARA O D ESEN V O LV IM EN TO 2 SUSTENTÁVEL DA AM AZÔNIA 3.3 0 SURGIM ENTO DO PROJETO ROÇA SEM Q UEIM A R NA 2. TRA N SA M AZÔN ICA E XINGU 3.4 PROJETO ROÇA SEM QUEIMAR: UMA EX PERIÊN CIA À LUZ DOS 3< PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA 3.4.1 Formas e práticas para preparo da área em sistem a de roça sem queim a. 3. 3.5 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO NO C O N T EX TO DO r PROJETO ROÇA SEM QUEIM AR 3.5.1 Estoque de serrapilheira no Solo 3.5.2 M atéria Orgânica do Solo 3.5.3 Carbono da Biom assa Microbiana do Solo 3.5.4 Atividade M icrobiana - Respiração Basal 3.5.5 Carbono O rgânico do Solo 3.5.6 Nitrogênio Total do solo 3.5.7 índices derivados 3.5.7.1 Relação Carbono Microbiano / Carbono orgânico 3.5.7.2 Relação Carbono Orgânico / Nitrogênio total 3.5.7.3 Quociente m etabólico - Taxa de respiração específica M ?í \] 4 M ÉTODOS V, u k k k 4.1 DESCRIÇÃO DA AREA 4.1.1 Localização 4.1.2 Clima 4.1.3 Vegetação e Solo 4.2 C aracterização e histórico das parcelas estudadas 4.2.1 Apresentação visual das áreas estudadas. u Vi 18 iC il 4.3 COLETA E PREPARO DAS AMOSTRAS NO CA M PO i3 4.4 M ETODOLOGIA DE LABORATÓRIO i6 4.4.1 Característi:£s químicas e granulométricas do solho 56 C 4.4.2 Estoque de Serrapilheira c 4.4.3 M atéria orginica c 4.4.4 C arbono orjânico do solo c. 4.4.5 Nitrogênio t*tal do solo c, 4.4.6 Conversão dos dados para estoque / área (M OS, CCorg, Ntotal). ç 4.4.7 C arbono Buraassa Microbiana do solo 4.4.8 Respiração lasal da biomassa microbiana do solo> 5.1 SOLO DE MEDICILANDIA (AREA SEM Q U E IM A I SQ-TR, COM Q U EIM A t CQ-TR E M ATA M-TR). 5.1.1 Estoque de serapilheira (ES) - Matéria Orgânicaa do Solo (MOS). 5.1.2 Carbono orgânico do solo (Corg) - Nitrogênio total do solo (Ntotal) Relação C arbono orgânico e Nitrogênio total (Corg / Ntttotal). 5.1.3 C arbono da biomassa microbiana (Cmic) - Relaçç:ão Carbono m icrobiano e carbono orgâni:o (Cmic / Corg) - Respiração Basssal (Resp ) - Q uociente metabólico (qC02). 5.2 SOLO DE URUARÁ - (ÁREA SEM QUEIMA - SQ ^-LA , E ÁREA DE M ATA t 6 6 7 - M-LA) 5.2.1 Estoque de íerrapilheira (ES) - Matéria orgânica i do solo (MOS). 5.2.2 Carbono or'ãnico do solo (Corg) - Nitrogênio total do solo (Ntotal) Relação Carbono >rgânico e nitrogênio total (Corg/Nto*ttal) 5.2.3 Carbono da biomassa microbiana (Cmic) - Relaçç:ão C arbono m icrobiano e carbono orgâni:c (Cmic / Corg) - Respiração Bass:al (Resp ) - Q uociente metabólico (qC 02). 7 7 7 6. CONCLUSOES 7 REFERENCIAS BELIOGRAFICAS 7 13 1. INTRO DUÇÃO A agriculiua é uma atividade antrópica esseneiical para toda e qualquer socndle, independente do ivel de desenvolvimento. A grande quiaestão contem porânea é saber cao m antê-la produtvi sem afetar drasticamente os (cdiferentes ecossistem as tern^es (G U A LB E R TO e: d , 2003). O desem ovm ento da agricultura nos am bierm tes tropicais evolui à cusaia deteriorização progessiva dos recursos naturais, em fíu m ção da perda da biodiverade associada à remocã) da vegetação original e conseqüentes; degradação do solo, em fur.çída redução da fertilidaie e aumento da erosão. A definição ( de um m anejo sustentável recu o entendim ento do òncionamento do ecossistema em respcoosta às práticas agrícolas utilkais, tanto no que diz res>eito à produção, quanto no que en v o h w e o am biente. O solo poJ< >er considerado a base de sustentaççção dos sistem as agrícolas. Asai, perdas nas propneiices, que reduzam a capacidade de sussfctentar o crescim ento vegetal oi ie im pliquem riscos inibientais, causam impacto negativreo de grande significação paais com unidades ruras com repercussões no meio urbano». Por outro lado, a melhcralo am biente edáfico em efeitos positivos sobre todo o>> am biente, revestindo de gale im portância o conhccimento da qualidade do solo e sua qiuuantificação via indicadores :í:i<s. quím icos e biológicos (REICHERT et al., 1990). São vários <s fatores que contribuem para a depggradação das propriedades :í:i<s. quím icas e biológcas do solo, como por exemplo, i i) retirada da vegetação n;tül (M ARCH IO RI JLMOR; MELO, 2000); ii) cultivo co n n tín u o e intensivo (PAIVA e .. 2001); iii) retirada (os nutrientes do sistema pelas colheiittas sucessivas (A LV IN , 1989;/) sistem as de cultivc com revolvimento do solo (G ON ÇA L7W ES; C ER E T T A , 1999); v) jioia mecanização (ALV/RENGA; DAV1DE. 1999). Entre osfitores que tomam o solo insustentávebll em term os produtivos e ambiet, e stá o uso do fo»( como forma de limpeza das áreas parirra a im plantação de cultivos agríe (FEA RN SID E. ]®3; HOMMA, 1998; NEPSTAD et al.,.„ 1999). O fogo. ma das mais antigas tecnologias incorjrrporadas aos sistem as de produço utilizado até os das atuais, por facilitar a limpeza d a a i área e p o r to m ar os nutrient6 vegetação pronUnente disponíveis para a fase de cultiviwo, através das cinzas. A pesar cs constitui grandepoòlema devido aos seus efeitos negatniw os (CERR1 et al., 1985; EMBR\J A M A ZÔ N IA OF.ENTAL, 2002; KATO; fCATO, 1999).')). Para a agrcultura, os principais efeitos negativoojs da queim a da vegetação durat< fase de preparo d: área para o plantio são as perdas d d le nutrientes retidos na biom asa vegetação, que aiigem valores de 96% do nitrogênio, 4777% do fósfofo, 48% do potássio,>5 do cálcio, 40% cb<r.agnésio e 76% do enxofre, com prom m etendo a sustentabilidade do sissi de produção da apcultura familiar (EMBRAPA AMAZCÍÔNIA O R IEN TA L, 2002). Na regiã) Amazônica, o uso do fogo além do im ediato com prom etim enti fertilidade do sexo ganha maior repercussão pelo impaiaacto am biental causado, pois ccn desm atam ento qu o antecede, contribui para a dim inuiuição da biodiversidade da fios: am azônica (F E A ^S ID E , 2003), e é responsável pela em m issão de gases form adores do ee estufa, quando da tueima do material vegetal restante (NCÍOBRE, 2002). Foi d en tn desse contexto, que na região da BBiR-230, R odovia T ransam azônia Estado do Pará, n> município de Medicilândia, uma grçrrupo de agricultores familiares,s> articulação de un; organização regional, a Fundação Vv^iver, P roduzir e Preservar, rescv iniciar uma experitncia objetivando testar e desenvolverrr práticas de im plantação de sistr agrícolas sem o is< fogo, pretendendo manter a fertilidiaaide do solo e contribuir com o n am biente pelo fin co uso do fogo (Informação verbal)1. Esses siíttnas alternativos, que se convencionoun cham ar de Roça Sem Queimai i caracterizados ptl; implantação de sistemas agrofloim estais baseados nos princípio agroecologia (FIN)AÇÃO VIVER, PRODUZIR E PREE2ISERVAR, 2000). Os sistem;s agroflorestais - SAFs, são formas c cde uso e m anejo da terra nas <u árvores ou arbusto são utilizados em associação com cccmltivos agrícolas e/ou com arim num a m esm a área <e maneira simultânea ou numa seqüêücmcia tem poral (V IA N A et al., 19( Os sistem; agroflorestais além de fornecer produtos úteis para o ag rid t preenchem tambénam papel importante na manutenção c (da fertilidade do solo (VIANA e ; 1996). Os SAFsv;n sendo, em especial nas duas últimasss décadas, apontados como opçõs uso agrícola da era preferenciais, principalmente ptaaira regiões tropicais, pelo elea potencial que ofenisriam para aumentar o nível de suste;em tabilidade no uso da terra, quait( aspectos ag ro n ô n o s, sociais, econômicos, e ecológic:c<os (A LV IM , 1989; FERNANIE SERRà O , 1992 ajul SÁ, 1994; VERGARA, 1987). A agroecob;ia é uma abordagem que fornece umiaía estrutura m etodológica de trahl para a compreen ã) mais profunda tanto na naturezíaai dos agroecossistem as como d princípios segund» os quais eles funcionam. Trata-se ucde um a nova visão que integr princípios agronòncos, ecológicos e socioeconômicos ààài com preensão e avaliação do es das tecnologias SJ»r; os sistemas agrícolas e a sociedade ic co m o um todo (A LTIERI, 200.) Uma abordijem agroecológica incentiva os pesquiiiiisadores a penetrar no conhecim r e nas técnicas « s agricultores e a desenvolver agroecccossistem as com um a depencòt m ínim a de insuim; agroquímicos e energéticos extermmos. O objetivo é trabalhar con In form ação lívaitada através de entrevista sem i-estru tu rad a t tetn n o v e m b r o d e 2 0 0 4 , c o m o senh or F ra n cisc o M o n teiro dt A>sis. T écn ico agrícola, agricultor fam iliar. F aaaiz parte d a d ir e ç ã o d o S in d ic a to d e T rab alh ad ores Rurais (eM edicilândia e foi um d os id e a liz a d o s d o P r c o o j e t o R o ç a S e m Q u eim a r. alim entar sistena igrícolas complexos onde as inteeerações ecológicas e sinergism os enrs com ponentes bo5'icos criem, eles próprios, a ftféértilidade do solo, a produtividad; 1 proteção das culra; (ALTIERI, 1987). As unidaisde Roça Sem queimar articulam 11 fases consecutivas de “preparo de a\ com m anejo de «iências florestais da vegetação originária da área, e “ im plantaçãt i sistem as” com rcremento principalmente de legumim inosas entre outras espécies arbir^ am bos com o otytvo de promover a fertilidade dooo solo, pela m anutenção da cobertua> solo e pela procuêo de biomassa vegetal, que serááá incorporada ao solo (C A M PO S, X SERRA, 2004; V IK E, 2003). Partindo cbssa perspectiva, o presente estuuudo busca entender de que form a 2S “sistem as de rocasim queim a”, que combina sisteeem as agroflorestais e agroecologia,p: influenciar na nantenção da sustentabilidade do solo, perpetuam ente sua capacidate: colheita e renovado da biom assa dos sistemas. Para tanb serão estudados como indicadooores de sustentabilidade do solo ag: atributos ligados àMatéria Orgânica do solo e Biom nnassa M icrobiana do solo, por havei u crescente percep;;o de considerá-los indicadores ddde sustentabilidade (D O R A N ; PARC 1994), m uito enb»n sabendo, que a sustentabilidaddde dos solos tam bém depende de oit fatores (REICHERT 2003). Uma das ;<rccterísticas afetadas no processo ddde degradação do solo é o teor de m;U orgânica do sok MOS), que normalmente decresccce com os cultivos convencionais. E constatação torm rraior importância em solo maisiss intem perizados, nos quais, a m;tc orgânica tem m ao participação nos fenômenos de atititividade superficial dos seus constitur. (BURLE et al., 1)<5). A m atérií irgânica do solo é a chave para suuua fertilidade e produtividade, e el; t uma parte prepailerante em todos os aspectos ddda fertilidade do solo, isto é, quím biclógica e tí;ia já que constitui o principal rrceceptor de nutrientes para as pita particularmente r,P e S (BURLE et al., 1995). Por suav<z a biomassa microbiana é um com njponente crítico de todos os ecossistií. natirais ou maiialados pelo homem, porque é o ag^esnte regulador da taxa de decompo;ã da matéria orginta e da ciclagem dos elementos, ;atuando, portanto, como fonte e cai (“ source” e “;iik’) dos nutrientes necessários adao crescim ento das plantas. Já fai corstatadas rekçics estreitas entre a biomassa microM:b)iana e a produtividade das plantas, x de imonificaçã*,Uxa de decomposição de resíduos wv^egetais e a biom assa dos níveis tróc superiores (R E L íiR T , 2003). A hipótcs: orincipal desta pesquisa é a de q u u ie nos sistem as de “roça sem queirr' existe maior po:sb lidade da manutenção dos níveis cdke fertilidade e sustentabilidade. a) Nos sistemas en solo tipo terra roxa, o sistema sesrrm queim ar contribui para a m anuteã da íustentabilidicedo solo, pois traz menos impacto u m a im plantação do cultivo agrícola, t tendência para dançar os índices encontrados na áreaai de vegetação natural. b) Nos sistemasen solo tipo terra roxa, o uso do foge») traz im pacto negativo para a fertilid e qialidade do sdo, diminuindo suas condições d c sustentabilidade, com parativam enta sistema com vejeacão natural. c) No sistema er solo tipo latossolo amarelo, o sistteesma sem queim ar, mantêm os meso níveis de sustenaii idade que em uma área de mata, | jpois o m anejo adotado contribui p£ maiutenção de heices desejáveis de fertilidade do solde®. 18 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO (RAL Este estuobjetiva entender a partir da análiasse de indicadores de sustentabidJe relacionados à mtria orgânica e a biomassa m icrobiaaana do solo, a influência no S)1 os manejos que forai dotados dentro dos princípios do P rrro jeto Roça Sem Queimar. Os indicdces de sustentabilidade estudados ssserão: a) Estoque de serrapiltaaio solo. b) Matéria ep ic a do solo, c) Carbono orgânico ccÜo solo, d) Nitrogênio total do >cod) Carbono da Bioiasa Microbiana do solo, e) Relação* entre Carbono orgânico e nitxtêio total do solo, f ielação entre Carbono da biom assssa e Carbono orgânico do so),g) Respiração basdnQ uociente metabólico. 2.2 OBJETIVOSÍPECÍFICOS a) Estudar nas árasle maior fertilidade natural, em soMJo tipo terra roxa estruturada eitotca - município de Netcilândia, se existe diferença no sobllo pelo manejo adotado, companio um sistema preprao a partir dos princípios do projetoo) roça sem queimar, com um ii:eia preparado pelo mtdo tradicional de corte e queim a, c o rim uso do fogo. b) Estudar em so) e menor fertilidade natural, em solillo tipo latossolo amarelo d i s t n t i muniwípio de Urur; os efeitos do manejo sem queim a cccomparativam ente ao um sistemcm vegetação natural 19 3. REVISÃO II LITERATURA 3.1 DESENYLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ANvMIAZÔNIA E AGRlCULTÜiA F A M IL IA R -IN NECESSÁRIO RETROSPECTO O Deseiv> vimento em bases sustentáveis, a irrregião am azônica e a agriaitira 2 farnüar enquait' categoria de análise são temas que se rrccelacionam e são “a bola da vj;”na agenda do debítt acadêmico, das organizações da socieccodade e do poder público en|iaito ação política. Obviamine. essa não é a oportunidade mais adequada para se d.scuti cim profindidade tas emas. Não é esse o propósito deste trabíotalho. N o entanto, é necessáropilo meios um esclacim ento e embasamento conceituai, fazeeecndo um a tentativa de relacionros resulados desteetudo, mesmo que específicos tratando u c d a fertilidade do solo, mas ue Je alguna maneira pia análise de índices de sustentabilidadeeee, contribui para avaliar uma mtca que fretende serenais sustentável” e desenvolvida pela agçrçrricultura fam iliar, possnilitaicoie tal ai)do, o “des:ivolvimento sustentável no meio am azômiiiico”. O conceicde desenvolvimento sustentável emerg^giiu recentem ente num esforçi rsa aboxar os prcoemas ambientais causados pelo cresss6cimento econôm ico. Há mias interpretações dfrentes do desenvolvimento sustentáveeeel, m as seu objetivo princpil é descrever um pxcesso de crescimento econôm ico q u e :; não cause destruição amlioial (BAKERJEE, 2 0 ). Vários citnistas, de diversas áreas do conhecimentoooj, buscaram entender e explim lo poni de vista teíico, o que viria a ser o desenvolvimentcoco sustentável. E possível disnris A agriculun fam iliar p o d e ser caracterizad a forma: a direção d o s traballo lo superiooDor ao trabalho c o n tr a ta d o (G U A N Z K X I da seguinnutite e s ta le e c im e m o é e e c id a p e lo produtor; o trabalho fa m ilia r é et al. 1001). 20 coreepções desse rntores em dois segmentos. No prim einrro deles incluem -se os que ên ?or b as;o conceito ol:ial, apresentado pelo Relatório Brundtlttland, e tentam , de váriis mavias, dar-lhe plausibi.iiale teórica, quer seja redefinindo ou annmpliando seus significados. Nlntro segrento, vão s:r encontrados aqueles que edificam sssuas análises sob a base ce una concepção crítio; do conceito. Na verdade, este grupppo não considera o mocbl» de Deseivolvimentasistentável como um novo modelo de ddiesenvolvim ento, como se fizcer. Sua> análises sep o cu p am , principalmente, em entender ooos arranjos ideológicos e poltixs e as r;lações de pote que orientam o discurso do desenvolw vim ento sustentável no contixcda novi ordem ecoiunica mundial (FERNANDES, 2003). Entendend»-jue a discussão acerca do desenvolvinrm ento sustentável não e umdibite supcndo, e nem tí< pouco existe unanimidade para o ternrm o (com preendendo tambén <u; a unaiinidade empdrece o conceito, e por princípio, sendddo alcançada, será a suprem;cade umi nsão em detánento de outras), o conceito de desen^iw olvim ento que tom o para nir, e que for conseguitc, orienta minha prática acadêmica e maoeu ativism o político (numa eatão diahtca), é aquebonde os interesses de homens e m ulhhieres devem ser garaiiidos. sam corroas m ais divtnas fonnas de manifestação cultural. N ^Jesse conceito de deser.volvneito sust:rtável, o sisteia econômico vigente deverá ter como 11 lim ite m ínim o a satisfação cob:m esta- 4e todos os lonens e mulheres e como limite m áxim m o, que os meios de produçàede projredade não sqan apropriados sob poderes absolutistaass, m as sim de form a cemocntci e soli(á‘ia com as gtrtções presentes e futuras. Sobre o meioo) am biente e natureza, acredtc cue as ftm as de proiicão devem garantir a manutenção da nrm esm a base do patrimônio iau'al exiseite (suprimiid) o conceito de recurso natural), para u as gerações futuras. Para taio é precs) que a relaçlo homem-natureza seja fundamentada ( >em novos valores, onde o bncm devt.íer entendid )oomo parte da natureza, aquele que incluuasive desenvolveu consciênca 21 A A m azôu tem sido palco de um amplo debatittie sobre projetos voltadas pari 5eu desíivolvim ento /árias questões relativas à Amazzzcônia têm sido interp-etadas, ;»m freeüincia, a paiti de visões completamente irreais eee: muitas vezes mitológcas quet:m preuiicado esptcilmente as políticas públicas vollltttadas ao desenvolvimento repial (KKAM URA, 159). Entre as céadas de 50 e 90 a integração - focoirçada e m esm o manu >r.ilitari da Amiiônia às ecoioiias externas, nacional e internacionaaíal, seguiu o velho modelo do hoiem agruola: substitui;o de sua floresta por campos de pastaaaigem, culturas comerciais, cultivsde sub:i:tència e quiluer outra forma das já conhecidasss; de abertura de frontara, con sua “faini" acom panlate de estradas de rodagem, cidades, 11hiidrelétricas e outros (PINTO, 203). Essa fantá:t;a incorporação de recursos naturais s; não reaiizou os sonhos de progífso da hnteira, onde etá a maior reserva de recursos biolddcógicos do planeta. Os resultadicas inai; ecentes afciões dessas quatro décadas mostrammi que a A m azônia ficou exataur.te igua 10 Brasil niasintigo, ou pior. O Atlas do Desenvoo^Uvimento hum ano, lançído em 3(3, m osn que a Ama^nia cresce menos do que as outras rexeegiões brasileiras, de onde parei as frene; de expansíono rumo norte, e o produto da ativi'i iídade produtiva é partiliado pj u n númíD cada vez n a o r de pessoas (PINTO, 2003). Ocorre que >s programas oficiais de desenvoblltvim ento regional, orgirizadcs em contcvertidos pregimas de ocupação e colonização, subsidiadores de empiesndinioDs empe;ariais voltade. à exploração dos recursos florestaniiiis, m inerais hídricos e £gro-pa>trs, deninstraram q u ep u co contribuiu à melhoria do padrâããto de vida das populações loca: io contáio, geraran evastação ambiental, desagregaçãcco) de m odos de vida seculamrte orgaikados e c o n lo social. Em outras palavras, se dddeesencadearam progresso econòtioo para una fatia miroitária de grandes e médios empresáánrrios e criaram fontes al emati'a de arreucação estatal p r outro deixaram as massas populaacc;ionais às m argens dos teneficc da 22 "n d em ização ” . i:sas, expropriadas de suas terras.;,;,, expulsas de seu habitat, sjiordimdis a ncvis padrões depedução em relação aos quais, qiuuiando não é excluída, é traisbrm auiem mic-ce-obra de b;i:íssimo custo, vêm sofrendo um jj j progressivo processo de errpibrecininto ac lirgo dos últincs anos, a exemplo dos segmentos-sss majoritários da população basileianas derais regiões dopiis (MELLO, 1994). T odavia, nisultimas décadas, graças a um a ssssistemática atividade científia (Bioojia, S c a b g ia , Econmia, Antropologia e outras ciênccc^ias) sobre o m eio ambierti amazmco v áis dessas visõe; - tais como de sua hom ogeneíi;iidade, de riqueza fácil, de gande /;zio derug-áfico, da cilnra nativa como sinônim a de atrnrraso - vêm sendo derrubadis permtiido unapircepção máí objetiva do seu meio am biente t te também m ostrando as pcsibilidaits e linisí para um de;cnvolvimento sustentável (KITANVW1URA, 1994). A região amzônica tem se caracterizado aixnmda por uma nova configu^ão vdtida paao seu desenvd/im ento em bases sustentáveis; ] políticas descentralizadas, nvalori:a;ão da Gcala local, nlverização de projetos de finaaaanciamentos, cooperação ir.emacoial, inCrmexão de eicilas (do local ao global), m ultifpfplicação dos atores de desiivolvineito (ognzações popdtres, Ongs, igrejas, redes diversaaaas) circuitos com plexos de fiiancianeito (L il A, 2002). Em linhas gerais, as fonnas produtivas da Amazônia, que são o suseitácu-o da eem nia, se caracenzam por uma grande diversidadldie de atividades e estão moit.das a >a1ir da)st do patrim ôiiJ natural existente na região. O s ;} meios de produção vão d e s i a exta:ão dirt ia tloresta t rios (aproveitamento madeireirccoo, coleta de castanha-do-paá, exta:ão aminla, copaíba, ;ascas, fibras e óleos, pesca artessssanal, pesca com ercial etc.) ixtraçíoda b asn n eral (apro\e:tamento das reservas de ouro, tésecrro-gussa, bauxita, cassitert;), passudo peksaividades agropecuárias (criação extensiva dJdle gado, criação de pequtnts animis, culua: perenes, cilturas anuais), chegando até o prcccocessamento desses produt) de org*m 23 vígtá e animal (igroindústrias do leite, filetageeesm de peixes, laminadoras de rruceira, sitcúgicas, etc). Um dos sijeitos importantes que se destt;tíaca nesse processo são os procuores fan ires rurais (agricultores, extrativistas, pescaaatdores anesanais, populações indignas, enr >utros). O papel relevante desse segm ento produtivo está relacionado ao nínero elcvd) de unidades fam iliares que intervém no meiidáo rural e o im pacto que isso pode ;;usar tait 10 equilíbrio com o no desequilíbrio de eccceossistemís, solos, recursos aq u áto s e flerets (FALEIRO. 2001). 3.1 XRICULTURA FAM ILIA R COMO BASE PA\A\RA O DESENVOLVIMENTO RUIAL D a vÍÍAZÔNIA Trabalhos acadêmicos das mais variadas origjgçens demonstram, de forma definitivi, as enrne vantagens da agricultura familiar com paratiitnvam ente às grandes propriedades nrais. Aí-uiades familiares, a par de atenderem m elhor : aos inteiesses sociais do País, sãc nais pndtvas, asseguram m elhor a preservação am lbbbiental e são economicamente viíveis (ttO i/F A O , 2000). iem exceção, todos os países desenvolvidddeos tiveran na agricultura ramilia- um suactculo do seu dinam ism o econômico e de uma saudável distribuição da riqieza naiicu. Todos eles, em algum momento da históÒDDria, pronoveram a refonm agránae a vabeção da agricultura fam iliar (INCRA/FAO, 20C0C00). Jo Brasil, vários estudos foram produzidos 1 buscando dar visibilidade à agricutura faniaj destacando o seu papel central como prodiuuitora de ilim entos, geradora de renla e im m inadora do desenvolvim ento local, p articulanm m ente nos m unicípios com característcas runi u seja, fundam entalm ente aqueles com até 20 >i >mil habiiantes (TORRES, 2001). 24 Um levantinento recente revelou que, entre 1989 ee; 1999, as propriedades com nenos de 0) hectares ajnsentaram taxa de crescimento anuaald médio do rendimento físico da pr*aição na ordem <e 5,80% contra 3,29% n a agriculturraa patronal. A taxa anual meda de crtsim ento da qualidade produzida na agricultura familLliar no m esm o período, por )utro lato b i de 3,79% ai), contra 2,60% na agricultura patronaaal (PÁ D U A , 2003). O domínio disse setor na produção de alimentccos de consum o básico inteno é evdrte, sendo resxnsável, por exemplo, por 84% da maaandioca, 67% do feijão e 49,/o do m ib produzidos. M js mesmo nas lavouras de exportação.),', a produção familiar é expreisiva, rejrstntando 32% di soja, 33% do algodão e 25% do caaafé produzidos. Segundo os cados coeacos em 199f-l°96, a agricultura familiar era responsssável por 37,9% do valor bruo da pndição e empregixa 13,8 milhões de trabalhadores, apooesar de receber apenas 25,3t/o do fínicum ento tota^ ic;rca de 938 milhões de reais) (P Á D IW A , 2003). Na estratéga modemizadora adotada no Brraasil e em outros países em de.evolvimento, as propriedades patronais foram consBiõderadas m ais adequadas paa a irm lnação do pad*ào convencional. A agricultura familli.iar foi relegada à segundo pano, priicpilmente, no qac se refere a incentivos e acesso a crédddito (EH LER S, 1999). M esm o assirr, dados recentes da FAO e do INCRA i mostram que essas propriedaíes qut b e ocupam 25% de área cultivada no Brasil - superannm as propriedades patronais - que ocipn 75% da área - no que se refere à oferta agropecuárivia de quinze importantes proditos; canisaína e de aves. leite, ovos, batata, trigo, cacau, bamnana, café, milho, feijão, algídão, tonai, m andioca e aranja. A agricultura patronal só supeucra a fam iliar no abastecim eno de cam tnvina, cana-de-açúcar, arroz e soja (EH LERS, 1999).).). Ma região anazônica, a agricultura fam iliar mesr.r.mo tendo 85,4% no núm en de estibhcimentos, e estando distribuídos em apenas 37,5% dida área total, respondem por 5Í,3% do ;o' bruto total da produção agropecuária. Em termos f fifundiários, apesar de ter em nédia 25 a jm 57 ha, c o n tn l 008 ha da agricultura patronal, a aggg^iciltura familiar é re>ponsá\e por 82.5 o do pessoal oum do (INCRA/FAO, 2000). Pelos númeioi ípresentados acima, a agricultura fffaam iiar deve ser pauta prioritau de poícis públicas \o tid as para o desenvolvimento rurahhll. Ações que integren um a inpla reord agrária, poltca de crédito e de preços, melHhHiora de estradas e ;ondiçce: de esionento, armazenunento dos produtos, estratégias de ' \ 'valorização cultural, eiucaçãt ural dieíiciada, assistémii técnica e pesquisa agropecuária eee;ficente e gratuita, sã) entre ntros taitG,mecanismos qic irão contribuir para um sustentáveebll desenvolvimento da igricultin na Anzcnia. N esse conjunt) de medidas para uma agricultura 1i Ifam liar sustentável, t fundanintal aiid. orm as de prcdu;ão que mantenham índices d esejáw w en de produtividade io soloedos ectsisemas a ele ie!acionados. E dentro desse conteeeextc que este trabaüo se ii«re, pntoendo de algurra forma verificar se o sistem a “roçaaai sen queim ar” que nío usa < ogo paa) preparo de área, contribui de fato para a m an u tem n çã) da sustentabilidide dossdos agiols. 3.3(SJRG IM EN TO DO PROJETO ROÇA SEM QUEM NVIAt NA T R A N S A M \Z Ô N C \ E XN»l A região aqui denominada Transam azônica <t ie Xingu compreendi 11 Oize) mmiípos ao longo ca rodovia BR-230 e da bacia do rrmmédD e baixo rio Xin;u, na e;ião O e tio Pará. Os municípios do eixo da rodovia são >> originários e ainda nfluenüidos dintainte pela dinâmica da colonização oficial do INC(KCR\. que, no início los ams 70, pronvu um a migração em massa de pequenos agricultt<tcore> do Centro-Sul e N ordeíi do paí e.tro da geopolítica de ocupação territorial da AWvmaíônia (BRASIL. ’004). 5:ses 26 mincpios são: Pacají. Anapu, Brasil Novo, Medicilááândia, Jruará, Placas e Rurópolis. Os mincpios da margen Jo Xingu são - Altamira, VitóSíria do Kingu, Senador José Porfírio e Potice M oz. Estes, possuem ocupação que remonta O) final d) século XIX e início do seculo X ', ocupados na época da colonização do Rio Amazonas, por grupos econônicos intrcsados nos proditos da floresta e dos rios (extraaação da seringa, pesca peixe-boi. :aça ariaiu e gato do matt etc.) (BRASIL, 2003). Figuail Mapa da região Transamazônica e Xingu, municíppoios de atuação da FVPP - Destaque em verrclo- Uruará e Medicilândia (municípios onde foi realizzzada a psquisa), e municípios em azul Senac .osé Porfírio, Anapu e Pacajá (municípios que fazzcem pare do Pólo do ProAmbienle na Tranaiaônica). Fonte: Laboratório de Sensoriamento Remotoo i - FVPl-Altamira. ''te décadas de 80 e 90, na região Transamazôniccca e Xiigu deflagrou-se uma série de maa'etições populares e de organizações de classe ermi tomo da reivindicação de políticas púbb;, para que os governos estadual e federal ippudesson dar suporte a produção agroeairia, atendimento aos serviços básicos de saúúáde e educação, entre outras ações voltdí í amparar o enorme contingente de pessoas que Hnaviarmido deslocadas para a região no iruode ocupá-la, mas estavam desamparadas pelo pcojder pú)lico. 27 sse processo culminou, em 1992, com a cria«,ção do M PST - M ovim ento Pela Soo;\ência da Transamazônica, que aglutinava organi:2zaçies de trabalhadores do campo e da cie, entidades dc classe, pessoas da sociedade civil emgeral (professores, profissionais libiii.intelectuais, estudantes, servidores públicos, etcc;). (oncom itantem ente foi criada a F \P Fundação Viver, Produzir e Preservar, cormio íitid ad e ju ríd ica voltada para admirar projetos que colocassem em prática ações v'coltalos para o desenvolvim ento da Traraizônica e Xingu, e que seriam executados pelo rrmovmento social em parceira com o podi plico. FVPP possui hoje 115 (cento e quinze) entidaderss filadas, de todos os 11 m unicípios da laamazônica e Xingu, que são de sua área de atiuiaço, e desde sua criação vêm se idenfindo como a principal organização articuladora <ddosmovimentos sociais e do poder públcm ações e propostas voltadas para o desenvco)lvinento regional de sua área de atuiic ;sse sentido, a FVPP a partir dc discussões com sstuasentidades filiadas e com setores do pdoúblico, municipal, estadual e federal, tem elabo>rrad< um Plano de D esenvolvim ento R ejh que prevê ações e metas de desenvolviment(o) p ra a região T ransam azônica e X itg !sse plano está montado em 04 (quatro) eixis: Eixo 01 - Políticas de desevíimento social; Eixo 02 - Infra-estrutura de suporrte . produção e a prom oção social, Eixo).- Ordenamento territorial e gestão am biental; IEiixc 04 - Estratégias Produtivas e Desev^imento Econômico. i que se refere o eixo das estratégias produtiv;ais, ; FVPP desde o início de suas intennes e discussões, resolveu enfrentar o problermia <os agricultores fam iliares que tinia i decréscimo no rendimento de suas roças, comi o sicessivo uso do fogo, usado no pro;tsie limpeza da área (Fundação Viver, Produzir e P^resrvar, 2000). 1- conta dessa questão, no ano de 1995, a FVPP ernviiu um a de suas lideranças, o Sr. 28 Fmsx) de Assis Monteiro, para participar de umtai capaciação voltada para técnicos que a ta ia Amazônia. Nesta capacitação foram aborcdhados o. princípios da Agroecologia e reitise experiêncãs desenvolvidas em outras rejgiiôes d( país. Ela foi promovida pela encd: ecumênica \le m ã “ Pão para o M undo”, im;a Chajada do Guimarães, Estado do Mtinsso. V partir dos assuntos vistos na capacitação, no> .ano de 1997, o Sr. M onteiro implantou ensi propriedade, no m unicípio de M edicilândia, uirrma áreapara testar formas de implantar a Dt, em uso do fogo, baseado nos princípios da aiigroecoltgia. Foram constatados alguns reald>s positivos e isso motivou vizinhos e outrco>s agriciltores ligados ao Sindicato de Trbhidores Rurais a im plantarem também áreas de IR oça Sen Q ueim ar. Diante dos resultados considerados “surpreenidlientes eprom issores” de M edicilândia, en 1)*, a FVPP conseguiu apoio financeiro do Go\v/(emo Ftderal do Brasil - M inistério do M ic/m biente - Secretaria de Coordenação dai Amazm ia, e resolveu expandir as exeírcias de “ Roça Sem Q ueim ar” para todos os rmiumicípics de sua base de atuação. Desta fon txecutou-se o que se convencionou chamarr de Prqeto Roça Sem Queimar, que ob:tara expandir as experiências de M edicilândliiia para os dem ais 10 municípios da Trasruzônica e Xingu. O projeto foi desenvolvido jp*ar 03 (tês) anos, de 2000 a 2002, e por 15< eito e cinqüenta) agricultores e agricultoras ffiamilians distribuídos nos respectivos muioDS. Anda no âmbito das "estratégias produtivas e idesenvdvim ento econôm ico”, previsto noPn» de D esenvolvim ento Regional da FVPP.’,, existe um a outra linha de ação, a corcdição do Programa P ROAM BI ENTE. 0 PROAM BIENTE é um programa de dliesen v o fim en to rural socioambiental dirciiaio aos produtores familiares da Am azônia paima a proaição em Sistem as equilibrados 29 co n u ejo integra dos recursos naturais em toda aaaa unidacke >ndução (PROA M BIEN TE, 2012 a região Transamazônica e X ingu exKÚiiiste um *dc Pioneiro do Programa PR3.ÍBIENTE, eivolvendo 364 famílias d e agricccuiultores, ic nunicípios de Pacajá, Anapu e Síicr José Porfrio. iis tipos de serviços ambientais estão sendo}}) trabalhais 10 program a: desm atam ento evia)seqüestro ce carbono atmosférico, restabeeeellecimenDds funções hidrológicas dos ecxsstnas, conseivação e preservação da biodivecccrsidade, ;osrvação dos solos e redução da naabilidade dis paisagens (TURA, 2002). Uma perspectiva geral, os sistem as implannnnitados roânbito do projeto Roça Sem Quíiadâo condições em term os técnico-agronômititidico de “casilcar” as práticas sem uso do fog>xio “positivas" em se tratando dos s e rw w iç o s ante.tiis do PRO AM BIEN TE, priioaiente - seqüestro de carbono atm osfécnrrico, prtsra;ão da biodiversidade e corscvião dos solos, que seriam viabilizados a pamnrttir do tram nto e m anejo que é feito no sisfcn loça Sem Queimar". frtanto, a consolidação das experiências >de sisten sfro d u tiv o s em Roça Sem Quúasão vistas com especial interesse pelo Proggggram a PLOV.BIENTE, pois proposta é quceesistem as alternativos ao uso do fogo, portannmnto “pronjares” em term os de serviços amlitts, sejam adotados nas propriedades de agriccccultores <u a:em parte do ProAm biente (JumCsta3 - Informação verbal). M e sentido, é de relevante importância que j j ; se realizei s:udos e acompanham entos sistmtDS e de processo das experiências de “ ‘ ‘‘'R oça &n Queima”, com o forma de ideitic. quais as lim itações e possibilidades não SGGeomente faa ua viabilidade agronômica, lorm ação levan tad a a tr a \é s de entrevista sem i-estrtrtn ru tu rad a en n vem b ro de 2004, c o m o se n h o r Jurai aia C o sta . A gricultor fa m ilia r em M ed ic ilâ n d ia , partrtrtrt:icipou da ;o r e ia ç à o das a tiv id a d e s d o P rojeto R oçí si 'teim ar em sua im plem entação. 30 príicefinanceira ds implantação e sustentabilidade (e por conseguinte ser difundido entre of- çrutores da Tiaisamazônica e Xingu), com o também para serem usadas com o objetivo dt srrcom o sisteim que atende aos serviços am bientais do ProAmbiente (sendo usado não sotín 10 Pólo Traniamazônica, como também nos dem ais pólos na Amazônia). 3.1 DJETO ROÇASEM QUEIMAR: UMA EX PERIÊN CIA À LUZ DOS PRINCÍPIOS DAVRDECOLOGlA )m o visto anteriormente, o objetivo do Projeto Roça Sem Queimar foi desenvolver um ptca altemativi ao uso do fogo, como forma de plantio de culturas agrícolas, a partir deuiiD que agroewlógico. v Agroecologia tem sido reafirmada como uma ciência ou disciplina científica, ou sea u campo de conhecimento de caráter m ultidiciplinar que apresenta uma série de prnipi, conceitos c metodologias que nos permitem estudar, analisar, dirigir, desenhar e avilinjroecossistenias (ALTIERI, 2001; CAPORAL, 2002; GUZMÁN, 2001; LEFF, 20)1 n essência, o Enfoque agroecológico corresponde à aplicação de conceitos e prmps da Ecologia, da Agronomia, da Sociologia, da Antropologia, da ciência da Caur,a;ão, da Economia Ecológica e de tantas outras áreas do conhecimento, no rece;io e no manejo de agroecossistemas que querem os que sejam mais sustentáveis atrivso tempo. Trata-se de uma orientação cujas pretensões e contribuições vão além de asjeu neram ente tecnológicos ou agronômicos da produção agropecuária, incorporando dinesis mais am plas e complexas, que incluem tanto variáveis econômicas, sociais e ecdqis como variáveis culturais, políticas e éticas (CA PO RA L, 2002). 31 ( processo dt criação do Projeto Roça Sem Queimar, teve como em basam ento ccneiul, os principia da Agroecologia. E nesse sentido, duas questões foram centrais. A (ondução pcls agricultores do processo de experim entação - A condução dos a g iitce s no procsso de execução do Projeto é conceituada como “agricultura pal33dva”, que premde fazer um desenvolvimento participativo de tecnologias agrícolas, cor) 'nntação que prmite fortalecer a capacidade local de experimentação e inovação dos propisigricultores, om os recursos naturais específicos de seu agroecossistema. Trata-se, p a s ecriar e avalif tecnologias autóctones, articuladas com tecnologias externas que, medatto ensaio e a ílaptação, possam ser incorporadas ao acervo cultural dos saberes e ao siacn e valores prprios de cada com unidade (FUNDAÇÃO VIVER, PRODUZIR E PFBIVAR, 2002). A partir ex)riiatadores desíí na princípio, fases de buscou-se ao execução máximo do projeto. envolver Este os agricultores envolvim ento se mítriliada/efetivadaem reuniões para decidir o calendário do projeto durante o ano, na deinçode quantos e quais os locais usados para os “dias de cam po” e principalm ente, na libiriaeque os agríultores tinham para “recom binar” formas de plantio das roças, “iroad” em suas tnidades experimentais. A coordenação do projeto contribuía na oriíraã dos principies da Agroecologia e na apresentação de com o foram feitas as práticas "btn uedidas de Nedicilândia”. A partir daí, os agricultores implantavam em seus resicVG lotes, da forna que fosse conveniente para cada realidade. a) 'tocupação c*m o manejo do solo - Existia uma atenção voltada para a m aittço da cobertua do solo, seja com o material orgânico da vegetação originária da árei.qe ra mantida e nanejada, como também pela implantação de leguminosas, que eram implmds, principalmente feijão de porco e mucuna-preta. 32 i adição de :oberturas ao solo pretende aum entairr a infiltração, reduzir a perda de rm tn orgânica d( solo, além de estimular o desenw voH m ento dos m icroorganism os bm.fiG à fertilidadi do solo (FUNDAÇÃO VIVER, PR O ))D lZ IR E PRESER V A R , 2002). Lses eram ts dois pressupostos fundamentais dlco projeto Roça Sem Queim ar; a lifedd dos agriculores na gestão de seus experimentos,, e í preocupação na m anutenção e rmrej a fertilidadi do solo. Destaque para este últim o)j, qie m otivou a realização deste tn b lb le pesquisa. b) kspeito ao onhecim ento empírico de cada agrriicutor/experim entador - D eu-se litedd< para que os agricultores inovassem na irrm pljitação das roças em seus esia>e;unentos, obetivando o resgate, valorização e aippereiçoam ento do conhecim ento enpnoí da experiêjcia de vida que cada agricultor possuiída. c) Vativar o jnt-*rcâmbio das experiências - Foram reaizados ‘'dias de cam po”, onde toco s gricultores preparavam juntos uma área de “Roç;ca &m Q ueim ar” . A idéia era que esfadiáiica proporciona-se uma interação e envolvimemtito ;ntre os agricultores, para que elesodssem d is c u t i conjuntamente os resultados que teelesestavam alcançando em seus lotíi >iporcionando uma reciprocidade e intercâmbnào das práticas e experiências de:evbdas. d) 3nservação da biodiversidade existente na áirrea - Prim ava-se pelo m anejo e vabizço da vegetação existente na área onde foram iir.mpantadas as roças. G eralm ente fo ra rservadas as espécies de interesse diverso (m ediiocm l, frutos, m adeireiro, óleos e cascsfira, alimentação, manutenção da sombra, produçàãão (e biom assa vegetal). Segundo dedfcà de alguns agricultores (FUNDAÇÃO V IV ER li, IRODUZIR E PR ESER V A R, 20(2, S2 foi um dos grandes benefícios da "Roça Sem <(Quàmar”, tendo em vista que no sisetu tidicional “corte e queim a”, não há como selldecimar e preservar as espécies exiitnsia área. 33 e) lersificação de espécies, cultivo e plantio seqüiencial - Além da diversidade e riqiet isada pelo manejo das espécies que são mantidas-; na área pelo não uso do fogo, do inciee principalm ente de leguminosas para m anutenção) da cobertura do solo, os sistem as fonnequecidos também pelo plantio de diversos cultiivos (anual - feijão, arroz, sem ipertn -anana, milho, e perene - cacau, café), além dco plantio de árvores de interesse divtn adeireiro, medicinal etc). Isso tudo dentro de ujm a seqüência tem poral (rotação, seqié;e espacial (SA F's com distribuição lógica e interaativas das espécies). f) Iiinuição do uso de insumos externos - Uma reggra rigorosa havia de ser cum prida peltsgultores, a de que não usassem agrotóxicos de ntenhum tipo. Isso era inegociável. Nãc jdam ser usados, para nenhum fim, produtos sintétticos de origem agroquím ica, nem conoiizante, nem para combate a infestação de plantas da regeneração natural ou insetos e m ocm ism os indesejáveis. A proposta era desenvolvesr um sistem a com auto-regulação trófc(:ulação biótica, com aumento de agentes de co^ntrole natural), e com utilização sorree recursos provenientes da propriedade. Foram tesfctados alguns biofertilizantes (com uso ierco e outros somente com plantas), para aumento* da fertilidade do solo, e algum as “c a llfra proteger as plantas atacadas por fungos, bactérrias e insetos. 3.4. jias e práticas para preparo da área em sistem a i de roça sem queim a. S istem as de Roça Sem Queimar, como dito, forram im plantados seguindo vários prin:ío; estratégias agroecológicas, refletindo diretamesnte num a grande diversidade de sisters e foram implantados pelos agricultores. ietanto, tomando como base as avaliações da cooordenação técnica do projeto em conjin m os agricultores, na oportunidade de um semináario de avaliação do projeto, pode- 34 se dize <u- luas forra as formas de preparo de área, i m a s q u ad ram encontrados resultados m ais ponsíores. a) Tp« Abafad» - Consiste em im plantar na área jlatis de cobertura com bom potencil e produçfc» de biom assa vegetal, para abiaaafar o mcrial oriundo da vegetação origina la ;rea. Foam utilizados quatro sistem as ;; a p a r tr è espécies diferentes e da com binqi eitre ela:. 1- >stna com íanana (M usa sp)4. 2- >stna com V.ucuna-preta (Stizolobium aten rrrim u m , >atante conhecida na região )d(s;u potetttfl de produção de biom assa5. 3- >Btna com Mamona (Ricinus communis). 4- íi;tna Diversificado - Outra possibilidade errara implxia duas ou m ais espécies ao n:sn tempo N esse ‘ ipilafado’-, 3 área é prepara em duas etapas, iddiescrits í eguir; Ia E ta p - h z e r a loçagem da área com foice, fac:âãão, e aul; de m otoserra. As árvores maiore;s.oJdxadas. Operação conhecida na região com rm o “b n a\ 2a E ta p - \) ó s a bioca, é realizada a sem eadura oui u planti» ls espécies de cobertura no prim eir a*, no segundo ano, são implantadas as culttitiuras deiiiivas6. V »aacira foi escolh id a p e lo seu c r e sc im e n to rápido i e e e fo r m a a td so m b ra cerrad a, q u e a te n d e à s n e c e ssid a e o oafar os galhos e tro n co s oriu nd os d a cap oeira ( S il.I I L V A , 2'0) ^ n m a preta 5e d e s e n v o lv e bem nas c o n d iç õ e s d e s t o o o lo da rq io lo g o d e p o is da se m e a d a c r e s c e rapidam ettaiu ndo toda a área, form an d o, se g u n d o o s a g r ic u lto in n r e s um “jp t v e r d e ” ( S I L V A , 2 0 0 3 ) . Vseitvas d efin i-ivas sã o e m geral culturas p eren es. N a s s-i e x p e r iè c is J e s e n v o lv id a s n o p r o je to , fo ra m im plantaosbiiom ente c íc a u , c u p u a çu , p im e n ta -d o -r ein o e c a fé. 35 Fi>ira: oca da área e plantio de leguminosa (mucunannnna) no 1°. Aio Fi guraLco em trilha e plantio da d efin itiva (cacau) no 2°. Ano. Destaque para a t t t a regenera çi< t mantji a egetação natural da ánalonderson Serra. b) ’i Picadinho - Este forma de preparo d ( ( cde área paie dos prníios desenvolvidos pec actor Emest Gosth, que prestou assessoiooooria ao projeto no au e 2000. Parte dos mtsn mcípios do abafado, mas com algumnrrrmas modificações ru fialização. Após a derbaa vegetação existente na área, os galaaaalhos e troncos são pcdos com facão e m*t>sasão deixados sobre o solo. Em seguidalddda, são impiaitadas ai Uuras definitivas a s e e i ifntadas na roça. Nesse sistema, a culturannrra definitiva é implaitd logo no primeiro an> leeiro da área. Figia e : Derrubada e tritu ração manual da área (fa&ftfaacão, foice tnctosstra) leiaque para o solo |ue fica coberto com material vegetal. Foto: A ::. Anderson ferra. ítema de “Roça sem Queimar” segue a li 11 1 lógico do: sistemas d ultivos em faixas, coihco mbém como “alley croping”, sistema o 11 de pousio contínuo oi pusio simultâneo, orne í pcura reproduzir, na área cultivada, i , . efeitos s:nelhaite; 16 de um pousio sueiâociclagem de nutrientes, diversificaçãoíááao do ecojs.stema, wtção do solo). A 36 subliiic da área en faixas de produção de matériaaai or;âii;a e faixas de culturas de remiieto perm iten ransferir nutrientes das primeiras, uccanaiaido-os de form a concentrada par; a íiias de c u lro (ROSA et al., 2000). òserva-se dí forma geral nas experiências deseeeiravoMs pelo projeto, um a grande heteqeeidade quaro às condições nas quais as roçaaass ex>rinentais foram im plantadas. Rehoacio a; a) ve^tação original da área - vegetação >> prinái; e secundária, desta última, em lbnr.es período le pousio, b) tipos de solo - solos cddle mi<r; de menor fertilidade, terra rox; ctiturada eutrof ca, latossolo vennelho-am arelo disss;trófcc mtre outros. Lrtro da di/ersidade de com binações das espce im plantadas nas roças, preunian entre is espécies florestais, o mogno (((ÍS w ito a m acrophila), a copaíba (Co)aêj sp.) o Ipê Amarelo (Tabebuia Chrysotrichaai));, a Gsanha-do-Pará (B erthollitia excüs)£htre as ciliuras perenes, estão o cacau (Theec(o>bron ;acao), a pim enta-do-reino (Pip:riirum), o cupt-açu (Theobroma grandiflorim ) e ■uo> caécmillon (Coffee Canephora) (FUUl^AO V IV E I PRODUZIR E PRESERVAR, 200(0)2). Eiritanto, observou-se também que apesar de luuim a li’csidade na com binação de espé:n tentadas ao n esm o tempo ou de forma seqüenccciiada a oças foram im plantadas na lógialihiver uma espécie como com ponente principooaid, qiaD à produção vegetativa e consiaete retom o econômico da atividade. NJiti quadro de diversidade dos sistem as de roççpía senqieimar, quando estiven n os trataiü o sistema Cacau, que é objeto de enfoque para n e e ste suio, estam os nos referindo a um íieia Agroflorestal com posto por espécies arbórecaais, fbcsais e com outros cultivos (anuáü/uperenes) com diferentes interesses, que tem ccccom oxroonente principal a cultura do c;ca.) critério para considerá-lo com o cultura princripipal psú com o dito anteriormente, pelo nesse de produção e retomo econôm ico da esppp>écic em com o desdobram ento prátiiojmar as outras espécies do sistem a com o foo3)rma à contribuir para o m elhor 37 deseroirto vegetativo do componente principakhhl.1, no casoc;ciu. Como por exem plo, o planti < aneira e o manejo de árvores da vegggggetação irgnil da área com o forma de pronvtonbream ento temporário do cacau. Qrse em um levantamento feito pela Funnnnadação \ í\ ji ’nduzir e Preservar, 2002, p o d en atar que entre as formas de preparo de éáááárea e sitciade produção im plantado, a utiliz;ãdiucuna-preta e banana, assim como o >> sistemacciu oram as m ais utilizadas, respecvne. 3.5 IC O R E S DE SU ST EN T A B IL ID A D Eiiv, DO SCj ) síO C O N TEX TO DAS “ROÇS1 Q UEIM AR" \ta ç ã o do solo para fins agrícolas, seja nnnoaos trópio inilos ou em qualquer outra região:hra, só pode ser sustentável ou contínuauaaa quand»» ijrcultor utiliza práticas de manej usejam capazes de evitar o gradaaaatitivo empobcrco pode resultar tanto da retirada enplncm ento da terra. Esse <((de nutie.tis (o solo pelas colheitas sucessacio de alterações físicas e quím icas eecmrn consqêiu; da erosão, lixiviação e compaá<o solo cultivado (ALVIM, 1989). Avisto, esse sistema pretende tom ar suauuastentáve ib fcrmas de produção, para tanto ze'cessário investigar se tais práticas i ( i icontribi^n d: alguma m aneira para a manuttç) fertilidade e sustentabilidade do solo. ísástem as têm impacto direto nas conaaocdições os*h, para tanto, escolhem os algunsnores ligados ao teor de matéria orgânniiniica do s»b e;t>que de serrapilheira no solo, «rtnorgânico, nitrogênio total, relação caaaanrbono egneo e nitrogênio total), e a ativida? íobiana do solo (teor de carbono da 111 biomasani:r>biana, relação carbono 38 micoi) ‘ carbono orgânico, respiração basal e quooo>cienertabólico, dado pela relação enteer^ão basal e carbono microbiano). 3.51 ]q e de Serrapilheira no Solo (onpartimento formado pela serrapilheira e peeedo sd<eo sítio de todas as etapas da decirpço da matéria orgânica e da ciclagem de nuoüttriene ntretanto, não significa que os lies fenômenos envolvidos nesse processo occctorran jxlusivamente nessa estreita p o rá anbiente, pois, assim que um tecido vegetaahll é bndo, começa a ocorrer a sua dearpço. E nesse compartimento, porém, qi^qiue s oncentram os organism os resps;i;pela tarefa de fragmentar as cadeias carbôm m icas,eibradas de maneira com plexa peles iis >rganismos autotróficos (CORREIA; A N D FPR A D :i99). (oijunto serrapilheira-solo não só rep resen tan fone Ucarbono e energia para os orgar.n lo solo, mas também o habitat onde todidias a çes do organismo ocorrem, g aran asu a sobrevivência e reprodução. A serrapilHlllheiraéi>orção mais dinâmica desse conaic jossivelmente, a mais variável não só entre t ecosi:eias, mas também dentro de um nsi ecossistema (CORREIA; ANDRADE, 1999) ).).. Pedo processo de retom o de matéria orgâniccam e eb uientes para o solo florestal se d té da produção de serrapilheira, sendo coniisusidena meio mais importante de tranfcêade elementos essenciais da vegetação para coco soli i/IA L et al., 2004). CSYF entre os diversos sistemas agropecuáriidios d; is da terra, são aqueles que acuruu) naior ativo de biomassa. Portanto, são freqqqiuent:rere admitidos como uma das forram tdequadas de desenvolvimento dos trópicoss s úmite 0STERROHT, 2002). 39 3.52V:éi Orgânica do solo rtéria orgânica do solo (M OS) é todaaldda fração crgrc, localizada abaixo da sup:rit ( solo, e consiste de matéria m orta (98°/°/$8S% do tobld ( <rgânico do solo) e viva (ran n e ltrapassa 4% do total de C orgânicciucco do sdi) c* provenha de plantas, m icoinnos, da meso e macro fauna morta, e ddtddde resídutsd ainais e m icroorganism os do » y / DA SILVA; PASCAL, 2000). rréria orgânica do solo se constitui num i nm compon-ner.prtante da fertilidade do mesrDjpdo acredita a maioria dos autores, a i a u despeito cd k)de, ultim am ente, terem surjiognas controvérsias a esse respeito. A rrrrrrm atéria ogiic xerce m últiplos efeitos sobeisuiedades físicas, químicas e biológicas c g <; do terrera aea.do-lhes, para m elhor, o nívd eridade e produtividade (M ELLO et al., 11' 111989). méria orgânica do solo é citada em divenrscrrsas litentirs olre o assunto com o um a das^rie capazes de detectar as alterações na qyiqqqualidadedi dj :m função do m anejo e por:QTiite, como indicador da boa fertilidade ( c ;; do solo FIDlí', 2002; K A ISER et al., 199-;V?'A SILVA; PASCAL, 2000). Oísenso em relação a MO como indicaddiaador de q iaiaeio solo em ana de dois fatoe poais. O primeiro, o teor de matéria o rg â â ^ íâ n ic a no oaíniito sensível em relação às pácc manejo, principalmente nas regiões troppoopicais e ai)bjais, onde, nos prim eiros ano: euivo, mais de 50% da MO previam eeioeente acumldí i perdida por diversos procsc <tre esses, a decomposição microbiannmnna e a eoã. Sgundo, a m aioria dos atribísDolo e do ambiente relacionados às funççcççções básia: o co, citadas na definição, tem etitarelação com a MO. Destacam-se a i a a i estabililalt o agregados, estrutura, infilrçíe-tenção de água, resistência à erosão, atitntiütividade lidqta capacidade de troca de 40 cátios (CTC).csnbilidade de nutrientes para as plantaasss., li;i'a;ão de nutrientes, liberação de C 0 2 e outro ge> para a atmosfera. A adiçã m ateriais orgânicos é fundamental à cqqqiualddt do solo, caracterizando-se pela liberação gd.tiva de nutrientes, que reduz procccciesstsomo lixiviação, fixação e volatilizaçãc, eiln dependam essencialmente da taxai i de ictm posição, controlada pela temperatura, nid;, textura e mineralogia do solo, aaiikllém a decom posição quím ica do m aterial orgiiio iizado (LEITE et al., 2003). Os est)ui te m atéria orgânica do solo e seus cccc<ormd:inentos são im portantes na disponibilidaceloitrientes, agregação do solo e no flu?xxciO dí ,a;es do efeito estufa entre a superfície terrm <atmosfera (LEITE et al., 2003). A m itínr^ânica do solo representa o principjooail n srató rio de energia para os microorganisnc Jc nutrientes para as plantas. O declíniidco oi cnscimo da m atéria orgânica serve para rtesui a preservação dos ecossistemas natim e os desequilíbrios dos agroecossisteiu, u seja, é utilizado como critério na ;avaicã) da sua sustentabilidade. (KAISER eta4 í5 apud PEREZ; RAMOS, 2004). A mit;nrj;ânica exerce influências benéficas; sobivárias propriedades físicas, quím icas e bblgas do solo, importantes no que se irra e fe c i fertilidade do m esm o. Os principais faioe ctados são, i) estruturação e aeração, iii)))) deishde aparente, iii) retenção e um idade (MELD al., 1989). As dirttEi gerais para a manutenção da matériiacai orçaúa do solo são, i) retom ar todos os resíiic <plantas e de outros materiais orgânitccocos, ibilançá-los com N extra, se necessário, ii o;ar fertilizantes minerais e orgânicoss^,;, senc:ssário, iv) arar e gradear apenas o necesriiv) evitar a erosão (MELLO et al., 198$SS9). 41 3.5.3 Carbao aom assa Microbiana do solo A bim;snicrobiana do solo é definida como o ( to em inente m icrobiano vivo do solo e é cornoa bactérias, fungos, m icrofauna e a l g a s . . Aavdade dos m icroorganism os que compcei aiiassa microbiana, incluindo bactérias, a ;; acbiiietos, fungos, protozoários, algas e micofit resulta na decomposição da m a té rirn ia rgrica do solo, participando diretam ente lo i'-biogeoquímico dos nutrientes e, coioojnsqeitemente, m ediando a sua disponibiliIdeu;olo (MERCADANTE et al., 2000).)).). Aai, a biom assa m icrobiana representa o;oipimento central do ciclo de composiçãtâãão o nsíduos vegetais existentes sobre a supefíe solo, pode funcionar como compartiÉkiimüt (e reserva, dreno ou com o catalisadorn dio)osição da matéria orgânica (PAUL; C dT L /R l.1989). A bim aaicrobiana do solo (BMS) é fonte poterecrncil enutrientes para plantas por ser o conprtieJ de mais rápida ciclagem que occcccorr i m atéria orgânica. A sua quantificaçãi é sicial para estudos da dinâmica de m n u t e t i s e da m atéria orgânica, facilitando ( enjm ento de processos biológicos em ; sois Istim ativas de C e N da biom assa rairoh do solo, juntamente ao carbono orgânmmici m trogênio orgânico total do solo e resp rçãò il microbiana, fornecem índices que p f ppodn tm eionar com o parâm etros cinéticos p^r o <to da dinâmica do C e N do solo (VASGSCCOJ ELOS, 2002). A qjatitáo da biomassa microbiana do solo em n m siíei;s agrícolas é essencial nos estudos de c:la:iJa matéria orgânica e de nutrientes, pipppohpmite avaliar a contribuição da biom assamntana na decomposição da matéria oiooDrgáia e, consequentem ente, na fertilidade <ic so.GAMA-RODRIGUES, 1997). A roonra da quantificação da biom assa niim icoim a deve-se, portanto, ã conveniéncaderia como um índice mais sensível daíaaas ítcawes edáficas oriundas de 42 dacont por ser o compartimento de mais rápido "tumni(0/c”da m atéria orgânica do solo (GaLR)RIG UES, 1997). inversos os fatores ambientais bióticos e abióóitiio iue interferem na biom assa microi;atores químicos - teores de carbono e nitrogêéèm orlações com plantas, pH do solo,rapesados e pesticidas, fatores físicos - textunrra ctutura, microclim a do solo, intírçô ficas, protozoários e nematóides, ácaros e colêètrmxo; e m aerofauna. nutenção da produtividade dos ecossistem as aaa;gíohs e florestais depende, em graic 11 do processo de transformação da matéria oo)ir;âiia e, conseqüentem ente, da bions;rrobiana do solo. A biomassa m icrobiana repretesiraarn im portante com ponente ec o ó u is é responsável pela decomposição e mineraradzçõ dos resíduos vegetais no sole, qi ) constituídos por material facilmente e lenrmtireite decom posto e material recchtnt Sendo também responsável pelos tluxos dees üits constituintes da m atéria orgircra, de compostos recalcitrantes não protefidos eeü cei;terial m icrobiano. Assim, a bionssnrobiana seria o compartimento central do cicloo) ce’ 10 solo, e de acordo com as condiõ ífoclimáticas do ecossistema e da qualidade ddlasm pilheira, poderia funcionar corro:opimento de reserva, dreno, ou como um catalisssalc ia decom posição da m atéria orgá-uPJL; CLARK, 1989 apud GAM A-RODRIGUESÍS.19'). /bnassa microbiana responde rapidam ente à adiliiç;ol< carbono C e nitrogênio N prortaiitlisponíveis, o que sugere que a maioria doss; oipm entes da m icroflora está lim iaasC e pelo N (GAMA-RODRIGUES, 1997). A|iitidade e qualidade dos resíduos vegetais nocoisst:mas produtivos provocam altenoí composição da comunidade microbiana, , deconcç. Neste sentido, os sistemas de manejo nu;nciando a sua taxa de cd» ;do atuam diretam ente na persstna)s resíduos no solo, no tamanho da biomassa í micoiiana e, conseqüentem ente, na siKJtibdade dos agroecossistemas. Assim, a biomastsss; íiro b ian a pode ser utilizada 43 parra in d ic a r > ivl de degradação do solo, em 11 função iisstem a de manejo utilizado (G vA M A -R O IR j ES, 1997). Consiler 10 <lue os princípios que norteaaaaram asttncas e práticas agrícolas no pnotcesso de linpiação do sistema Cacau nas roçaaass passa >aamente pela preocupação na pr<o>duçãode to a sa vegetal para fins de depósito r r r n o solo,píise do princípio de que estas esitiratégias s e :r o s n t* das” pelo indicador “biom assaaaa microfcai lo solo” . 3.5;.4 A th id a tí Ifrobiana - Respiração Basal A ativi;k dos microorganismos é mediddcda em eus metabólicos, através de indiicadores d( C- liberado, 0 2 absorvido, atividdddades eirrúticas e caloríficas, P e S m im eralizados.Q e ™ 0 respiração do solo é definiddddo com oaborção de 0 2 e/ou liberação de (C 0 2 pjlas nd;des vivas e metabolizantes do sooo^lo. Já aroração m icrobiana é definida corm o a atsorço e0 2 ou a liberação de C 0 2 pelas 111 bactéria, irgos, algas e protozoários no soko, inclundoisr>cas gasosas que resultam de ambbbbos os rrebdismos aeróbio e anaeróbio. A v/antagtm d e.rjed ir C 02, ao invés de 0 2 , está 11 ino fato 1C)2 refletir a atividade tanto de im icroo-ganin*aeróbios quanto de anaeróbios (CCCGAMA-IO^IGUES, 1997). 3.5..5 Carbono )g»nico do Solo E s tu d o s i espeito do carbono orgânico do >>> solo sòlierentes sistem as fornecem s u b síd io s mponjtes para a avaliação da qualidade dddio solo. Ixt: interesse cada vez mais na idemtificaçlo dc jstemas de manejo de culturas e | ] jpastageisu: promovam a melhoria do estoique dt carbrJ no s° l° (FREITAS et al., 2000000). O ne» teor do carbono orgânico esto>cado io sol s ta diretamente relacionado c o m u i o aum u ia emissão de C 0 2 para a 44 atnoítrque pode estar aum entando o efeito estufa. ] Is;so pnue o gás carbônico é um dos priicpi: gases causadores verijiDsiínte nos desse últim os 40 efeito anos e cujaas (R O C H A \, errsões 200. no Daí mundo a cresceram importância do acom ihrento dos sistem as de Roça Sem Queim ar, ] pielo id^ador do carbono orgânicodo sole. Va:éria orgânica do solo se constitui num conm ponat importante da fertilidade do m em osindo acredita a maioria dos autores. A matitéiria ognica exerce m últiplos efeitos so b ee }priedades tísicas, quím icas e biológicas ddo sok iterando-lhe, para melhor, o nívddifílidade e produtividade (M ELLO, 1989). ) rbono orgânico é o elemento de maior p a articip çà na com posição da matéria orgm e solo. Portanto, com um ente ele é usado piara oar a quantidade de matéria orgínc (solo, pela convenção de que a matéria orgââruica o solo é constituída de 58% de cartoKoànico (M ELLO , 1989). 3.5.* Srênio total do Solo ' trogênio ocupa uma posição de destaquue enti os elem entos essenciais ao desevevento das plantas. Apesar de apresentar-se í n a caia(a arável do solo, em alguns casos «njuantidades relativam ente elevadas (maitis de 7)00 kg ha "'), sua baixa disp>iilhde, som ada à grande necessidade pelos ' v<eget;s faz com que seja um dos nutreitsais lim itantes à produtividade da maioria ddas; cu h rs. Sua baixa disponibilidade é de;<nr de que 95% ou mais do nitrogênio do soolo enoitra-se coinplexado na forma orgâic; ado som ente uma pequena parte mineralizaad.a pei nicrobiota do solo durante o ciclc ceu determ inada cultura (CAM ARGO, 1996). 45 3>.5.7 ín d ic e s derivadas 3'. 5 .7.1 C arb o n o micrcbiai'/Carbono orgânico Considerandc-se <u biomassa microbiana é um ic:or,tituinte da m atéria orgânica do sto lo , a quantificação h jfcentagem de C microbiano, ce;im elação ao C orgânico, perm ite aic o m p a n h a r. de fome na’ rápida, as perturbações sofri udlaspelo desequilíbrio ecológico e v a r i a ç õ e s no total nototild matéria orgânica, ocasionas p»e:lonanejo do solo, pois reage com rm a io r rapidez qu eo sp u ân tro s fisico-químicos (C A T T E IL A Í; V ID O R , 1990). A relação Cmic:C<r, funciona como um parâmetro* icintico para avaliar a dinâm ica da rm a té ria orgânica e seu ga* e potencial de decom posiçáito n solo, assim com o alterações s io f n d a s pela BMS nc cspiç» e no tempo. A relação Cmic:<C'or aum enta ou dim inui conform e O’ a u m e n to ou a diminiiçío da matéria orgânica de baixai qulidade possuem m enor relação C’m iic :C o rg do que selos ton matéria orgânica de boa quiaillidde nutricional, m esm o quando o>s n í v e i s do C orgàni:o d( íoIo pennanecem inalterados. lEinn ma região clim ática ou em um eicoissistem a, a relação C rí^Corg pode ser uma consUainUem equilíbrio com o tem po. D e s v io s nessa relação jodiri indicar se está havendo perdíat oiacúm ulo de C no solo e quanto o s o lo está distante do seu ijtado de equilíbrio (V A S C O N C E D S , 2002). 46 '3.5.'7.2 Cax) orgânico / Nitrogênio total a ilão C/N da m atéria orgânica do solo é em gteiral via entre 10/1 e 12/1, podendo ^scr maicruenor, de acordo com o estado de decompo>súçãoa m atéria orgânica (M ELLO, 11989). t. )lão C/N tem sido com um ente usada como* iindador da qualidade da m atéria <(orgânicíG x> (BAYER; M IELNICZUK, 1997; M E R C A .D A T E et al., 2000). .33.5.7.3 Oucite m etabólico (relação respiração basal / ciairboi m icrobiano) /1<ii estudos têm procurado relacionar a quiaimtidle de C -C 02 com o C da Itbiomass; ii)biana na m esm a am ostra de solo. Essa p r o p ta tem suporte na teoria de (COdum (Ç9segundo a qual a relação (respiração totíail')/(bmassa total) diminui com o ittem po oi )0 sucessão num ecossistem a. Esse modelo* tam :m pode ser interpretado pela irrazão (nsirão m icrobiana) / (biom assa microbiana)j, no uai o quociente m etabólico (((TRBM )crui com o aum ento da m aturidade do solo),, po<ndo ser usado para definir e (cquantificim; claram ente a atividade microbiana e para e;aracrizar os riscos de degradação (tdos solo: eirmos de m atéria orgânica. Nesse sentido, ai TRM nulo, prediz que, à m edida cq:|ue um adeiinada biom assa m icrobiana se tom a mais <e:fíciite, m enos C é perdido com o <(202, peaeiração e uma fração significativa de C é limcoorada ao tecido microbiano. lD esta forr, na biom assa m icrobiana "eficiente” teria rm ienoaxa de respiração em relação ;at uma bitm “ ineficiente” (G AM A -ROD RIG UES, 19859). 47 4 M ÉTO D O S 4.1 D ESCRIÇ Ã O DA ÁREA 4.1.1 L ocalização As áreas de estudo estão localizadas no m unicípio de M edicilândia e U ruará. As áreas estão em propriedades de agricultores familiares que participam do Projeto Roça Sem Queim ar. Os m unicípios de M edicilândia e Uruará estão situados na BR -230, R odovia Transam azônica, respectivamente a 90 e 180 km da cidade de A ltam ira, no sentido para Itaituba, região O este do Pará. Figu-a 06: Mapa de localização das áreas onde foram feitas as coletas de campo. Município de Uruará e Medcilândia. Fonte: Laboratório de Sensoriamento Remoto da FVPP - Altamira-Pará. 4.1.2 C lim a A tem peratura do ar é sempre elevada, com m édia térm ica anual de 25,6°C e valores m édos para a m áxim a de 31°C e para a mínima de 22,5°C. A um idade relativa apresenta valo*es acim a de 80% em quase todos os meses do ano. A pluviosidade se aproxim a dos 2.00)m m anuais, entretanto, é um tanto irregular durante o ano. A estação chuvosa coincide c o m o cses de dezembro a junho e, a menos chuv/osa, e julho a novembro (CEPLAC, 1*9*94). ita normal climatológica é consideradai pai os municípios da rodovia Tran;ai;ônica e Xingu. Chuva e Temper,-aitura 26.0 25.5 ô 25.0 <o ■o .5 24.5 24.0 | e3 s £ E i23.5 23.0 Jan Fav Mar Abr Mai Jun Jul Aigio Sai Out Nov Daz IFiguri 7Temperatura e umidade nos municípios de UJruarse Medicilândia. Fonte: Aspectos <agrociiá:os do município de Medicilândia - CEPLAC., 1994 ‘4.1.3V çação e Solo v. 'getação é representada, em sua maior extensião, pia Floresta Densa XingurTapaj): :1a Floresta Densa Submontana da S ub-região da sperfície arrasada da Serra dos 1 (C arajis :1a Floresta Densa dos baixo platôs. siargens da rodovia Transam azônica, intenso>s desiatam entos propiciaram o . saparetiieo da Floresta Secundária ou Capoeira. s solos são representados, em maior peroentapm , pelo Latossolo Amarelo <(distróic, m várias associações, incluindo a Areia (Quantosa distrófica. Concrecionário lILateríio.lidrom órficos Indiscriminados e Gleyzados, a té Ltossolo Vermelho. Em pequena u o co rrêiaem M edicilândia e Uruará, está o Podzó>l:io Vrmelho-Amarelo, também em ;aissocine com Solos Litólicos distrófícos, L atossolo Vrmelho-Amarelo distrófico e <(Concr;oirio Laterítico. Com grande presença nos dtois mnicípios, em tom o de 28% de js>ua án; ttá presente a Terra Roxa Estruturada eu tró fica m associações com Latossolo 49 v e rm e lh o distrófico 'U com Latossolo Roxo distrófico (CE1LAC, 1994; RADAM BRASIL 1 973). Q uadro 01: Proprieddes quínica do solo em sistemas altermaivos ao uso do fogo. Município de M edicilândia - solo ipo terrí roxa estruturada eutrófica (sstema sem queima, sistema com q ueim a e sistema devegetaçio natural - mata - Município de Uruará - solo tipo latossolo am arelo distrófico (sitema sen queima e sistema de vegetaçãoíatural - mata). T i p o de Solo Sistoia T ra ta ie n to Roça em queiia T cirra Roxa Estruturada Eutrófica Roça <om queiia M edicilândia Mai Roça Sm queiia Latossolo A marelo Di strófico U ruará Mal (cm) pH em agua 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 6,2 5,5 5,3 5,0 7,4 6,8 6,7 6,3 6,4 5,8 5,3 5,7 5,9 5,5 4,8 4,9 4,3 3,9 3,8 3,7 frofundidade _ K Ni Mg/drm 384 95 227 58 205 56 736 I8< 107 33 60 19 45 17 54 17 269 64 43 15 54 17 29 10 99 25 52 12 72 17 66 17 130 29 103 25 116 35 205 48 Ca C a+M g Cmolc/dm 12,8 8,0 7,4 6,1 17,0 13,0 11,5 9,6 14,5 7,6 8,0 6,9 6,1 3,7 2,9 3,5 3,6 2,1 1,6 1,3 9,7 5,8 5,2 3,8 15,2 11,3 9,6 7,4 11,3 5,4 5,8 4,4 4,4 2,6 1,8 2,1 2,3 M 0,9 0,6 AI H + Al 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,5 0,6 0,5 1,5 2,6 3,0 3,63 3,47 3,63 3,63 2,15 1,98 1,82 0,50 2,81 2,64 2,81 2,64 2,31 2,48 2,15 2,48 3,30 3,63 3,80 3,63 Fonte: Pesquisa de Canpo, 20«>5. Q uadro 02: Caracteriticas granulométricas do solo em sis>tenas alternativos ao uso do fogo. M unicípio de Medicilndia - solo tipo terra roxa estruturad; cutrófica (sistema sem queima, sistem a com queima (sistema de vegetação natural - mata -Município de Uruará - solo tipo latossolo amarelo distnfico (sistema sem queima e sistema de vgetação natural - mata). T i p o de Solo G raulom etria (g/kg) Sitema Profundidade T ra tm e n to (cm) Areia A re i fina Silte Argila ______________ _____________________ grossa___________________________ total Rca Sem qeima Terra Roxa Estruturada Eutrófica M e d ic ilâ n d ia Roa Com qeima lata Latossolo Amarelo Di strófico Roa Sem qeima l ruará fata F on te: Pesquisa de C m po, 2005. 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 10-20 20-30 30-40 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 130 120 110 100 130 110 80 90 140 130 1 10 90 150 110 120 140 120 90 80 80 30 30 ]0 20 30 20 R0 70 30 30 30 K0 90 50 50 30 20 40 40 30 290 100 320 260 340 260 280 280 380 340 280 310 120 80 110 100 200 330 220 240 320 520 360 420 300 420 460 460 200 240 360 420 140 260 260 220 160 180 240 300 50 4.2 C aracterização e Histórico da área - Unidades E xperim entais do Projeto “ Roça Sem Q ueim ar” As experiências a serem estudadas são agrupadas no quadro abaixo. A descrição das técnicas utilizadas para o preparo da área e forma de plantio das culturas foram as feitas dentro dos princípios e m étodos do projeto Roça Sem Q ueim ar. O critério para escolha dessas áreas baseou-se em dar condições de “com paração” das práticas de plantio do cultivo, com uso do fogo (com queim a), no sistema tradicional, e sem uso do fogo (sem queim a), no sistem a alternativo proposto pelo Projeto Roça Sem Queim ar. Portanto, os critérios foram os seguintes. a) Localização e tipo de solo: A localização deveria proporcionar condições de viabilidade logística para coleta das amostras e sobre o tipo de solo, deveria ser representativo da diversidade de solos da região Transam azônica e Xingu. No caso, os m unicípios de M edicilândia e U ruará estão relativamente próximos a A ltam ira e representam a diversidade de solos da região, este últim o, solo com menor fertilidade natural, e aquele, solo de m aior fertilidade natural. b) A ntecedente da área e tipo de preparo: As áreas deveriam ter o m esm o histórico de manejo (no caso nos dois municípios era uma capoeira de 15 anos de descanso, tendo sido lavoura branca de arroz por 3 anos, e mata nativa), e terem tipo o m esm o tratam ento e forma de preparo (no caso, foram preparadas pelo sistema abafado com m ucuna e banana), para que esses fatores não interferissem nos resultados. No caso, será necessário fazer um inventário para cada área a ser analisada, considerando. c) Cultura representativa das experiências de Roça Sem Queim ar: Entre as culturas que foram desenvolvidas pelos agricultores, era necessário escolher um a que fosse representativa e que tivesse importância econômica para a região. No caso, a cultura do cacau 51 fo i d esen v o lv id t pela grande maioria dos agricultores do Projeto Roça Sem Queimar, além de s e r u m a cu ltu ra rrportante em termos econômicos para a região Transam azônica e Xingu. Portanto, )s sistemas escolhidos que atenderam aos critérios foram são os a p re s e n ta d o s aba>o; Q u ad ro 03: D escido das experiências do manejo e itinerário técnicas dos sistemas alternativos a o u so do fogo. Vegetação Idade Tratamento Preparo Demais Parâmetro Município Tipo de Solo_____ Original______________________ da Área Espécies Implantadas Agricultor C ap oeira F r a n c isc o Terra R oxa Estruturada M o n te ir o * Eutrófica M e d ic ilâ n d ia Preparo d e Área e im plantação das culturas 15 anos R oça S em M ucuna q u e im a e ________________B a n a n a R oça Fogo C acau, p im e n ta , açaí, m ogno, jacaran d á, crau beira, ja c a , fe ijã o g u an d u , fe ijã o d e p o rco e urucum C a c a u , b an an a, te ça e m o g n o . Q u e im a d a M ata prim ária L atossolo U ruará A m arelo B e n v in d o d a d istrófico S ilv a * C ap oeira Á r ea d e v e g e ta ç ã o prim ária a d jacen te 15 R oça S em q u e im a anos M u cu n a C a ca u , a ça í, g r a v io la , in g á , m o g n o , e ban ana ban an a, m a m o n a , fe ijã o gu an d u M ata prim ária Á rea d e v e g e ta ç ã o p rim ária ad jacen te F onte: Pesquisa deCampo, 2005. 4 .2 .1 Apresentarão visual das áreas estudadas. a) Área 01 -Sistema Sem queim a - M edicilândia - Terra Roxa Estruturada Eutrófica v e g e ta ç ã o origiml da área capoeira de 15 anos - Sistem a Agroflorestal tendo como co m p o n e n te principal o cacau. l U 1 p l j 1 i V 1 « 1 m m f X \ ' * v '*x \s~ S ’■ ■ d. i&KÜÉ F igu ra 08: Área preparada sem fogo - “entrelinha da cultura” - Figura 09: Área preparada sem foigo - local sob a ‘projeção da copa” do cacau. Foto: Anderson Serra. 52 b) Á rea 02 - Sistema Com queima - M edicilândia - Terra Roxa Estruturada Eutrófica - vegeiação original da área capoeira de 15 anos - Sistem a Agroflorestal tendo como com ponente principal o cacau. Figura 10: Área preparada com fogo - “entrelinha da cultura” - Figura 11: Área preparada com fogo - local sob a “projeção da copa” do cacau. Foto: Anderson Serra c) Á rea 03 - Sistema Mata - Medicilândia - Terra Roxa Estruturada Eutrófica - Vegeiação natural da área. d) Á rea 04 - Sistema Sem fogo - Uruará - Latossolo Vermelho Distrófico - vegetação original capoeira de 15 anos - Sistema Agroflorestal tendo como componente principal o cacau Figura 12 e 13: Área preparada sem fogo - vista panorâmica do sistema. Foto: Anderson Serra. e) Á rea 05 - Sistem a mata - Uruará - Latossolo Vermelho Distrófico - vegetação original. 53 4.3 C O LET A E PREPA RO DAS AMOSTRAS NO CAMPC As coletas de solo foram feitas de tal maneira que npresentasseruiceogeneidade de cada sistem a estudado, e que tivesse um número m ín im o ie amostras pr;p»:eder à uma análise de variância, com com paração de medias entre os resiltados analisac. Para tanto, foram feitas 18 perfurações (am ostras sinples), que fcai eiradas para fazer 06 am ostras com postas. De cada 3 simples, fez-se 01 amosa onposta. As profundidades foram 05, sendo: Interface, 0-5cm, 5-10cm, l(-20cm e 20 - 3Ci.íitretanto, os resultados dos dados para interface apresentaram alta variaçio e não forarcoicerados para fim de discussão nesse trabalho. As coletas foram feitas em dois momentos, em juiho de 2004 ht do período chuvoso, e janeiro de 2005, que na verdade já é mês com precipitação eiih (C E P L A C , 1994), porém o ano de 2005 foi um ano atípico, e ainda nío havia c o n ç d i; chover de form a acentuada. Existia uma programação para fazer a colea no mês de nvrbo de 2004, m as não foi possível pois não havia veículo para viajar ao; municípios e\e<icilândia e Uruará. Houve problem a no m anuseio das amostras coletaias em junhi vlsurou-se as am ostras sim ples de tal maneira que ficaram apenas 02 amcstras compostsira cada área, im possibilitando ao procedim ento da análise estatística. Dessa fomu >s <ados aqui apresentados e discutidos referem -se às amostras coletadas :m janeiro ce 20 , período de fim de período seco nos sistemas, com 06 repetições pan cada sisteTi sa<ado. C om exceção dos sistem as em área de mata, que foram feita; apenas 09 msr;s sim ples, contabilizando 03 am ostras compostas. As amostras foram passadas em peneira de 2,0 m m (tera fina) e hoioeezadas. E.m seguida foram retiradas as raízes e residuos visíveis de plant;s e animais. ian;enadas cm 54 o sacos plásticos, sendo protegidas da luz e mantidas em caixas téirncs antes de serem transportadas para o laboratório. Em cada sistema, foi feita uma trincheira, onde retirou-se solo >aa álculo da DA = densidade aparente (peso seco do solo coletado / volum e do cilindro usaoxa a coleta) Esse solo usado para o cálculo da DA, foi usado taméi para a análise granulom étrica. Figura 16 e 17: Coleta de solos. Foto: Anderson Serra. 55 F igu ra 18: C roqui da Área, coleta de solos. Legenda: © Planta de cacau. Ponto de coleta na ‘linha do cacau” (projeção da copa), 30 cm da planta (seta azul) - interesse em verificar a influência da produção vegetal do cacau. JL. Ponto de coleta na “entre linha do cacau”, eqüidistante dos “pés” de cacau (seta verm elha) - interesse em verificar a influência da produção das legum inosas. O bs. Esquema válido oara as para as áreas sem queim a e com qu eim a de M edicilândia, e sem queim a para U ruará As duas áreas de mata, em M edicilândia e U ruará, foram feitas com distância de 5 metros entre as amostras, em linha reta. 56 4.4 M ETO D O LO G IA DE LABORATÓRIO 4.4.1 C aracterísticas químicas e granulométricas do s$<o)ll<o-) valores de pH, K, Na, Ca, C a+M g, Al, H +A l, assim como os dados das caracteristiiccíais le s do solo, foram analisados segundo E m brapa (1997), no laboratório de solos da Emb)irraip. -^lATU. 4.4.2 Estoque de Serrapilheira - A metodologia para qnuiaunita a serrapilheira foi descrita por Em brapa A m azônia Oriental (2002). A serrapilhe;iirrra í cisiderada aqui como todo m aterial acum ulado sobre o solo (folhas, galhos e cciae;) em diferentes graus de decom posição. Foram utilizados quadrados de 0,25m. Es>ís<es.. Verapilheira coletada foi seca em estufa a 105 c, depois pesado em balança analítica (prtecccii:sok0,01 g). O cálculo utilizado para serrapilheira foi BH (t/haa) = (PSM/P FM) x (!JP'1F"4 x 0,04 Onde: BH = biom assa da serrapilheira, matéria seca, PSIMÍI =psi seco da am ostra coletada, PFM = peso fresco da amostra coletada, PFT = peso fresccco> toaoir m etro quadrado (no caso, m ultiplicou-se por 4, pois foram feitas coletas em quadrnattdo >n 14 de metro - 0,25m.), e 0,04 = fator de conversão. 4.4.3 M atéria orgânica - Método de determinação p or' ]p)ed.p>r ignição. Foram pesados cerca de 20g de TFSA , com repetição, colocado em esttiuufaa(5 C por 24 horas. D epois colocado em m ufla por 550 C por 3 horas. A percentagem de matéria orgânica (%MO) foi callíetuildoila fórmula. (ALEF, 1995). %MO = (Peso estu fa - p e s o n tu n ffllai*(!) (Peso seco ) 57 4 .4 .4 z>no orgânico do solo - O Carbono orgâniiiccco f< cterm inado por colorim etria (a b so râ k d e 590 nm) a partir da oxidação da matériai icoirgáii com solução sulfocrônica e aqueciitt(B A K E R , 1976 apud ANDERSON; INGR/AYlIM , )Ç). 4 .4 .5 lUg-nio total do solo - O nitrogênio total foi dteíttcermiso pela digestão do solo com ácido alrro e água oxigenada, seguida de destilação iaai vaprK jeldahl) com hidróxido de sódio itil^ão do coletado com indicador de ácido bóriiiccco e ;io clorídrico (A LEF, 19l)5). 4.4.6 Giesão dos dados para estoque / área (M OS,, <(CC'orjISjtal). )id o s de MOS, Corg e Ntotal, foram trabalhacdkco>s ei itoque total por área, usando a exprcs ^REIXO et al., 2002). Est M O S / C / N =M O S /C / W * I. , 10> Em qui Est M G eto q u e de matéria orgânica, ou C, ou N na canrrm iadeíjdada (M g haa -1) M OS /'•}- m atéria orgânica, ou carbono orgânico ou írmiitropn total (g kg -1) Ds - do»<e do solo da camada estudada (kg dm -3) e - espcsí la cam ada estudada. 4.4.7 Crro Biom assa Microbiana do solo oitlizado o método da fumigação-extração pairraai est.i; o C (V A N C E et al., 1987; TATE i , 1988). Amostras de aproximadamente 20g (((pestfisco) foram acondicionadas em desedcr e submetidas à fumigação com clorofó)irrmnio i\e de álcool por 48 horas, agitada y 1 hora em extratos (K 2S04 0,5 M) ei' filtid; em filtro w hatm an 42. Imediatmt: após o início da fumigação foram subrmiHe:tid( ex tração conform e citada 58 anteriorm ente. Os extratos foram armazenados em frascoss>ss; piaos sob congelam ento até o início das análises químicas. A determinação do C microbiano foi realizada pelo» > imcco;olorimétrico (absorbância d e 590) m m ) a partir de uma alíquota do extrato juntainrrmeUcm solução sulfocrônica e aquecim ento (ANDERSON; INGRAM, 1993). Para o cáltcc:iulio I m icrobiano, utilizou-se a seguinte equação: C-BM = (F —NF)/Keccfi; , , oti O nde; C -B M = C da biom assa microbiana em g de C por g de sokoo>> s a F = quantidade de C extraído na amostra fumigada em g; NF = quantidade de C extraído na amostra não fumigada ermmi ge Kec = fator de eficiência de extração de C Para a determinação do C-BM, foi utilizado K.ec cddUe (3 oerfeiçoado para solos da região am azônica pelo laboratório de ecofisiologia da Embrrirrrap -rA T U . 4.4.8 R espiração basal da biomassa microbiana dox>» sl< Q uantificação do C 0 2 desprendido no processo de respiração microbiana, duirirnare i ixidação dos com postos orgânicos. Para isso, 20 gramas de solo (TFSA), livres deees r;z> possíveis insetos, foram incubados cm frascos de plástico hermeticamente fechado>S)Si, ofirio um frasco m enor com 20 ml de NaOH 0,5 N para capturar o C 02. Após 3 dias dtee; inuido, os frascos com N aO H foram retirados e o C 0 2 desprendido foi determinado por ttitiittuneta com HC1 0,5 N, ap ó s a precipitação do carbonato de sódio pela adição de 2 mL de s js<o1ç) quosa saturada de cloreto de bário (ALEF, 1995). 59 4.5 ANÁDS ÍSTATÍSTICA Osdics foram submetidos à analise de variância, teste de com paração de médias, à 5% de proaldaie, teste de TUKEY (PIMENTEL GOM ES, 1990). O rçnma estatístico usado foi o SIGM ASTAT 3.1 (SYSTAT, 2004). As tabelas e dados forn tabalhadas em no programa Microsoft Excel - versão 2003 e program a QuatroPRt Ctrel 2005. 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO. Tabela 05: Indicadores de susterlabilidade do solo - Coleta Jsneuo de 2005 - Estoque de serapilheira (ES), loatena orgámca do solo (MOS). caiòono orgânico do solo (Corg). nitrogênio total (Ntotal). relação Corg Ntotal, carboao microbuno (Cmic), relação CmicCorg. respiraçâo basal (RES?) e quocíente metabólico (qCO). em três ecossistemas (área ’-em queima, ajea com queima e mata), em dois npo; de solo, terra roxa estruturada eutrófica. localizado no município de Medicilindra, e colo tipo iatossoio amarelo distrofico. localizado no município de Uruará - 3R.-230 Rodopia Tiansamazómca Indicadores de sustentabilidade Serapilheira (1) M s liecrai el MOS (1) Ms hectare1 C .it bouo Orsánico (1) Ms hectare1 Nirrosènio Total (1) M s hectare1 C orgânico /Ntotal (#o) Carbono Microbiano (2) (us C g J) Prof. (cm) 11.158 1.997 8.753 6.543 7.99S 0 -3 0 94.18 ± 6 .1 4 A 8S.4S = 5.30 A 90.28 = 2.62 A 76,59 = 2.06 ns S0.26 = 2.52 ns 0 - 30 45.45 ± 0.309 A 36.56 = 0.472 B 43 90 = 2.182 A 38 22 ± 0 376 s 35.66 = 1 595 s 0 —30 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 3.34 ± 0.192 A 11.75 12.26 17,88 23.65 948.32 = 35.48 Aa 466,90 ± 46,58 Ab 271.62 = 35.38 Ac 2.17 ± 0.200 B 13.96 15.84 16.88 24.46 265.14 ± 1 3 ^ 6 Ba 225,22 ±17,31 Ba 1 71 7 4 = 08.29 Bb 2.30= 0.046 B 12.43 18.02 22.84 24.37 63 7,67 = 43,66 Ca 273,25 ± 65,90 Bb 208,10 ± 16,95 Bbc 2 .0 1 = 0 142 s 14.4S 18.17 18,18 21.15 420,88 = 81.91 Ba 275.41 = 3733 Abc 217,92 = 25.71 Acd 30i-y3 2 49 ± 0.084 3 11.36 12.43 12.13 18.17 300,75 = 29,28 Aa 249,73 ± 21,15 Aab 195.29 ± 12,52 Ab <4-17 \fi. SV T?0 - 9 = o - ' j-y Respiração Basal (2) (ug (!-C O :. 24 solo dia'1) qCO: (ug C -CO: .g'1 de CBM d ia 1) Uruara - Latossolo Amarelo Distrófico Mata * Sem Queima ** (M-LA) (SO-LA) - - Ciuicrobiauo Corçanico (1) Medicilándia •• T em Roxa Estruturada Eutrófica Sem Queima ** Cora Queima ** Mata * (SQ-TR) (M-TR) (CO-TR) 0-5 ,5-JO iw -o 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 0-5 5-10 10-20 20-30 k «A/>/>T> j, i_ in níipi - t n m o- í m m 1.05 ± 0 .32 A 32.7S0 = 3.08S Aa 19.419 ± 3.342 Ab 15.111 ±3.209 Ab 14.598 ± 2.562 Ab 0.0346 ± 0.0033 A 0.0425 ± 0.0117 A 0.0566 = 0.0166 A 0.0659 = 0.0183 A m m 1.00 = 0.43 A 23.637 ± 1.203 Ba 1S.S76 = 1.829 Ab 15.460= l.S^l Ac 13,523 ± 4.254 Ac 0.0893 ± 0.0064 B 0.0842 ±0,0101 B 0.0898 ± 0.0129 B 0.0938 = 0,0361 B IAj. o -*o r ii k m z 1.12 ± 0.27 A 45.871 = 5.713 Ca 22.096=5.821 Ab 21.957= 5,-iS 5 Ab 17.365 ± 2.363 Ab 0.0724 = 0.0132 8 0.0853 = 0.0327 AB 0.1049 (0.0215) AB 0.1019 (0.0101) B < i - n j í â». âv -> 4_n m â 4 i ± 6 . ò) á 1.26 ± 0.23 A 22.803 ± 2.970 Ab 21.580 ± 4.SS3 Abc 18.664 ± 2.507 Abc 17.110 = 0.914 Ac 0.0765 = 0.0138 A 0.0871 = 0.0214 A 0.0957 ±0,0125 A 0.0907 = 0.0108 A í oi j- ^6 â? k i km ni n-j 44 - 1 Oi 4- ">Ç A-J â A "------ ------ — *> . A A? D * Q« « A AC Ti 1,67 ± 0 .18 A 1,54 ± 0 .0 7 A 20,709 ± 1.218 Ab 17.442 ± 0.668 Bbc 15.705 = 0 668 AR13.954 = 0.463 Ac 0.0502 = 0.00S4 B 0.0642 = 0.0098 B 0.0727 = 0.0099 B 0.0768 = 0.0101 A Media: seguida: de = de:no padrão. Letra: mniuscula: comparam media- entre as área1; (linhas) e Wrr»s minu-tula- com p itim mtdu-. «nu* p ro fu n d id a d e *. d« um n ilf t n n i m M.éài:n segniias poi '« m : iguais nao àiiei em estansricamente entre si (p«ão te:i« ae 1 uKey a ” 1)6 (seis) repetiçoe: - * 03 (três) repetições Esquema estanstico: (1) - Analise de variánria com 01 fator (tratamento) - (2) - A nilhe de variância com 02 fatores (tratamento x profundidade) C omparaçòe: somente entre o: sistema: no me:mo tipo de solo (Medicilíndia e 1'ruara). 62 O O 61 5.1 SOLO DE MEDICILÂNDIA (ÁREA SEM QUEIM^AAAA SC/TR, COM QUEMA CQ-TR E M A TA M-TR). 5.1.1 Estoque de serrapilheira (ES) - Matéria Orgâniccccca d«So!o (MOS). O m aior estoque encontrado de ES foi para SQ-TITrrR, o n 11,158 t/ha, seguido M -^R, 8,753 t/ha, e CQ-TR. 1,997 t/ha. Os valores confirm am ai 111 teselt que a serrapilhdra é vartável de acordo com o ecossistema considerado e seu estágio siuuuacesíoial (DELITTI, 1>89). O ES na M-TR está de acordo com a descrição fe;i:i:iita ei outros trabalhospara árens de floresta; 6,39 t/ha e 5,34 t/ha, em solos secos e molhiaaaados respectivamente >ara Floresta A tlântica - Interior de São Paulo (VITAL et al., 200411W); 71'. t/ha, em floreia tropical M anaus-Amazonas (CORREIA; ANDRADE, 1999), e jpppoara kresta plantada o m eucaliPto de 07 anos, 7,46 t/há, município de Três Marias - MG (G ////A M /-IO D R IG U E S , 1*97). Pressupõe-se que o alto valor de ES tem relação iddddiret;com o manejo dcsistem a SQTR, que além do incremento de espécies legum inosasssss coi o propósito de produção de biom assa vegetal, existe ainda a regeneração natural dai 11 vegtição da área qui é m a n e ja d a para o mesmo fim. Algumas leguminosas arbóreas por desenvolverceeeem-s le forma vigoresa em solos onde a fertilidade é fator limitante para a maioria das esp>ooeécie:vigetais, têm side em pregadas com o objetivo de fornecer nutrientes para espécies em ccccoonsóou ou para recuptrar os níveis de matéria orgânica de solos degradados (CORREIA; ANiriTDRA)E, 1999). Esse sistema, fundamento dos sistemas de roç;aaaa sei queimar, prova’elm ente irá contribuir positivam ente para a manutenção da fertilidacilddde dcs>lo, pois promere condi<;<)es favoráveis às propriedades físicas, químicas e biológicas (ddddo sco tendo em vista jue a adição de cobertura ao solo pode aumentar considerave±bH m ere a infiltração, reduzir a 62 evapotranspiraçãoeaea de matéria orgânica do scoccolo, altm de estim ular a> aynunkades m icrobianas (CORlii;^NDRADE, 1999). No sisterru ioo, as coberturas (no caso, a u a i vegetição m anejada eincnnenio de legum inosas). subttina serrapilheira original, seeeeendo un m isto de fonü dt cartono, energia e habitat. In u;nto na disponibilidade de eEcnnnergia.associada à exist;ncú de n^vos habitats favoráveis àdcização, contribui para um aauuuumentt da densidade e Ihesidace de todos os grupos dafau 2 solo. Essa prática de m aneyyyyo tem sido considerada com) unu dos processos chave pa-; miutenção da estrutura e fertiililiülidadedos solos tropicas (CORRÊA.’ A N D RA D E, 1999) Diversos etidscom leguminosas confirrm aaaam a contribuição que estis d?o à m anutenção da qiaicd do solo. As legum inosas; i i ; guanui (Cajanus Cajai), eucei*a e m ucuna-preta (Stiltz)bi aterrimn), promoveram auinunmentono teor de matéra cr»ánici do solo em função do n;ta; vegetal depositado na s u p e rrtttflc ie d» solo (MARTINS et a.. 19 *M). A incorponçú os restos vegetais das keeeegumirosas promoveu urn aum>í'lto proporcional na pncuicem grãos da cultura de sojnnnrgo, qie havia sido plaital) con> as leguminosas. Verifciueiue a deposição de m a te r ia lllll fisiohgicamente inerte na sjperfície> as leguminosas fora;ca utilizadas como banco d e : :: proteíias, contribuíram pa-a elevü' o percentual de materaoiâica do solo (MARTINS et akhhlil., 1990. Para o sistem QrR, 0 valor de ES na o rd e m n m de 1, >9 t/ha, encontrase xixo, p°*s em decorrcncii da |iei;la, parte da serrapilheira sooooofre conbustão, liberandt aizas ri^as em bases que se incmui ao solo. A quantidade de rceeeesíduosvegetais sobre o :olo lecres^e> juntam ente com oí edos alterados existentes no>>>> interiir do solo. A qiantdade de serrapilheira diminii snicativãm ente depois da quuuueeima, t continua decres:erd) coin 0 tempo (MARTINS <t il 190). 63 A queim a de áreas para fins de plantio ou colheoeeita em efeitos negativts drást- 08 s o b re as populações de animais do solo. Além da elim inaaaaçãodreta de praticameite todo os a n im a is que vivem na superfcie do solo, a destruição >>» da ;errapilheira esgoia a fon e de c a rb o n o e energia e desestrutura o habitat. Sem esssssa s condições e sem habitat a reco lo n izarão , quando ocorre, é lenta e restrita a poucoDoas gnpos (C O R R EIA ; /NDRA?^» 1999). Inúmeras modificações das propriedades físicas, qqqquímcas, m ineralógicas t biológvas do s o lo ocorrem a partir do momento em que o sistema naaaaturl é destruído pelo ftgo e o í^ 0 u tiliz ad o para o cultivo é depois abandonado à capoeira (CZCDERJIet al., 1985). Os valores de estoque de MOS são de 94 ,Ü S £ 8 tAa, 88,48 t/ha, e *0,28 tha, respectivam en te os sistemas SQ-TR. CQ-TR e M-TR. N ãáddo hídiferença significatva en t‘t os sistem as. Isto pode estar relacionado com o fato de e sse : j ; sol. ser de alta fertiliJide naiua*E ntretanto, o valor maior foi encontrado na área SQ > M - ll 11 R >CQ-TR. Essa constatação permite deduzir que a queima daaaa vejeiação im plicou na liminui'30 do estoque de MOS na área. Teores menores de MO foDODramcnservados, após aqueim a ^ 3 vegetação, em solos tipo aluvial eutrófico dc textura areno 999sa (IEZERRA et al., l 0^ ). Entretanto, a diminuição do teor de matéria orgânuiiiiica d solo sob cultivo rão se <kve unicam ente à redução da quantidade de resíduos adicionnnnado, mas tam bém ao a im e n to da ativ id ad e microbiana, causada por melhores condiçõesses d aeração, temperauras i ^ ,s elev ad as e alternâncias mais freqüentes de umedecimento » • • e seagem do solo (S T E V E N S C N , 1982 apud MALCHIOR1 JÚNIOR. 1999). É oportuno estudar a correlação entre a MOS e o tt tte o rk argila para os s.semas CQ‘ T R e M-TR, pois o alto teor de argila comum em solos tippppo trn roxa, pode ter :ifluenciíd° com plexando húmus, atuando como fonte de Al e Fe, eeee cortrindo estabilidacea m aié’’a 64 oiqg^áânica do solo («FvLDES, 1995). Daí o fato de não hanaaavr diferença significati\aeit'e ° esttcoo)que de MOS eir.Q-TR e M-TR. Na compaiç entre sistemas onde houve a quuuueeina da vegetação, com 5jttcas oirjg’éâânicas, práticas oencionais e área de mata nativa, emnnm s«lo podzólico vermelho arai^0’ eotmasstatou-se a dimiuo dos teores de MO do solo (GERVAAAMDES, 1995). 5..A...12 C arbono orà:o do solo (Corg) - Nitrogênio ttttto a l do solo (Ntotal) - i.eaÇao C aurrrbono orgânico? trogênio total (Corg / Ntotal). Os estoque:drorg e Ntotal seguiram a m esm a tt t tteidência observada para a coirmm m aior estoqueuio sistema SQ-TR, depois para á r e a n u N-TR, e posteriormente pír; T!Pl... Estoques cretes de matéria orgânica em solos anazônicos foram atribuílis ao auirmmento da fitoma;a)rodução de matéria orgânica bruta 1 1 1 c<m a sucessão (VIEIRA. 9*0Não há difen estatisticamente significativa entreeee; airea SQ-TR e M-TR pari u»)r8 > com m i valores de 4 5 ,5 a e 4 3 ,9 0 t/ha, respectivamente. PoDDDirén, entre o estoque obsenalc' n0 si:s’.t(eesma M-TR comalo ao sistema CQ-TR, com 36,56 t t t t t / h , existe diferença sign:fcitva> conrm i maior estoqu Corg para área de M-TR. Resuuuuiltdo com m aior quantidue de Coirrrjgânico para árednata também foi encontrado quanddddco om parado à sistemas ccn :ana' de-<aa<içucar, café e mhGONÇALVES; CERETTA, 1999).).).).. A quantidac tearbono orgânico acum ulado no sg g g co I i depende fundamentalnitne Qa qu;airm tidade de masi :a produzida pelos sistemas de culilililltua (GONÇALVES; C E R i^ A , 19‘9>CÇ9). Este com ponnto pennite dizer que o estoque de <( ( (Ccg na área sem queimar c rt?lor enru lffunção do manei )tado, caracterizado pela grande prccccodção de biom assa vegetal O estoque d<Cg na área de mata é m aior do que nnnnia rea queimada, porque en ío1°s courmii cobertura vegtmatural, o Corg encontra-se em cuilíbrio dinâmico, com t(Ores praittiiicamente constatcom o tempo. Essa condição é alterr:r:rraa quando o solo é submíteo 30 cuillttnwo, e um novo qibrio é atingido num nível que varnnrriami razão das caracterísciuS do sisttieerma de manejo M o . Nos trópicos, a introdução d e ; ; j sitemas agrícolas em áreai o*5™ vegetação nativa resulta, geralmente, num a rápida perdi de C orgânico, em virtdd; com binação entre calor e um idade (G ON ÇA LV ES; C E R E T ÍA , 1999). Neves et al. (2004), acom panhando sistem a agroslvipastoril com parado à áídt m ata, também verificou dim inuição no estoque de carbonc orgânico do solo, em funaco m anejo, atribuindo tal com portam ento ao aum ento da o>idação de com postos orgáis, ruptura mecânica dos agregados e exposição da superfície do solo ao im pacto das goi:e chuva. Os estoques de Ntotal ficaram em 3,34 t/ha, 2,30 t/ha e 2,17 t/ha, para áre sn queim a, mata e com queima, respectivam ente. Existe diferença significativa entre a área sem queiirn, com parando-a as dem ais r<, e não existe diferença significativa entre a área de m ata e a áiea queimada. Novamente o manejo do sistem a pode ter influenciindo no aum ento do estoqe; Ntotal na área sem queima, pois a adição de resíduos de legim inosa reflete em acrésciro) N total do solo em diferentes sistem as de preparo (convencioial, reduzido e sem preparo A intluência exercida pela presença da legum inosa não significa apenas a adiço: carbono orgânico ao solo, mas, também, ao fato de ela fx ar nitrogênio do ar, meca; bactérias do gênero Rhizobium. Aumento no estoque de Corg e Ntotal em sistem as agrícolas está associado ao ia aporte de resíduos vegetais retom ados ao solo, tam bém foi constatado por Leite et al. (20 Esta constatação permite dizer então que o estoque de serrapiheira influenciou positivarei na matéria orgânica do solo, através dos indicadores C org e Ntotal, na área sem queima. Por conseguinte, por meio dos benefícios causados à fertilidade e à estrutura do o as aplicações dos compostos orgânicos podem aum entar o rendim ento das cultun, portanto, contribuir para ganhos ainda maiores de C org e N btal, a partir de m aior apon resíduos vegetais, promovendo uma relação de causa-consequincia. 66 A área onieima, apresentou o menor estoque332; dt Ntotal no solo, in d ic a io ue houve m udança 1 . obrtura vegetal. Esta constatação tamhhhlbén foi encontrada em estuo ),n cronossequêncií leforesta-primária cupuaçu, em trabaaaailht desenvolvido por Moti e M alavolta (2000 u< afirmam ainda que a d im in u iç ão ))) di Ntotal pode está assccu a m udanças signifc.t'a na estrutura do solo, afetando a suaaaaiatvidade biológica. O estoqu;liítotal foi significativamente maior í i n r u í r e a sem queima. P resaiõse que o sistem a dtnç sm queimar pela sua prática de aduliliblbaião verde com o uso de eséeS da fam ília das ltginnsas, possibilita que quantidades exxxxcprssivas de nitrogênio p o lm er adicionadas ao s)b ps incorporação destas plantas, em 1 1 1 fuição da fixação biológicai’te nutriente. A praiiad adubação verde com uso de leeee?£uninosas resultando em \c°r necessidade de itliaão de adubos nitrogenados minera-a-aras para que altas produti/iaeS sejam alcançada.^}.RETO, 1999). Na relaçà)Gr / Ntotal, com exceção da protunnnmciiade 10-20, quando cornpr^ com a m esm a pnfiniade da área com queima, todas as c ( c cdínais profundidades da áie snl queimar apresenaai menor relação Corg/Ntotal. EstCCCte om portam ento está ligac :1 qualidade da mat:ra>rânica presente na área sem queim aaaau, |ue pode ter relação ao is ,aí> leguminosas, corutitío verificada por Amado et. al. 199999)6,que indica que a u tiliz íço ^ sistemas de cultua: uuncluíam leguminosas determinarannnrn , grande adição de resídic c1*3 se refletiram em aráshos no Ntotal do solo. Amado et d.( 1>96), também identificaram que aaaai dminuição da relação CT cronossequência li Icesta-primária - cupuaçuzal, esteeee 2*e relacionado ao aum eit *:l população de legmicas, que promoveu mudanças siggggjrilcativas na estrutura di o0, afetando sua ativiiaUbjlógica. E de se considerar ainda que mudanças relacionados à uma série de fatores, como clima, nos tecres de N total do soli pH , atixidade m icrobiana, proprxcf físicas do solo, manejo, vegetação e material de origeeeeem (LONGO, 1999). 5.1.3 C arbono da biomassa microbiana (C m iccccc) - Reação C arbono microban carbono orgânico (Cniic / Corg) - Respiração 1 H IB asal (Resp ) - Q uociente metbti' (q C 0 2 ). Os valores de Cmic foram maiores em todas ta a a a s profurdidades no sistem a SQ-T., 01 diferença estatisticam ente significativa, comparado aaaaaos sistenas M-TR e CQ-TR. N o :snl SQ -TR, os valores variam entre 226,49 e 948,32 pg (CCCC.g1, pan as profundidades 20-30m 05, respectivam ente. O sistema CQ-TR teve os meno:>ODDres estoqaes para todas as profundiít Redução do C microbiano em função do cultivo tamfcbbbbém foi observado por Cerri et al. (95 Em todos os tratamentos o comportamento dcoodo Cmic apresentou decréscim o de c-t com o aum ento da profundidade. Em cada uma das; >>> três áreís, houve diferença s ig n itú 1 entre as cam adas 0-5cm e 5-10cm. Entre a cam ada lKH<10-20cm t 20-30cm, não houve dilnç significativa. M aior atividade microbiana, e por conasiaaseguinte naior estoque de C micrbn nos prim eiros 15cm iniciais, também foi constatado pjoopor Cerri ;t al. (1985). No sistem a M-TR, ficou entre 170,19 a 637,(,CCC67 49 pg C.g' , para a profundidae( 30cm e 0-5cm , respectivamente. No sistem a CQ-TR, que apresentou os m enojnnnres valor;s para todas as profundiaj' ficou entre 146,33 a 265,14 49 pg C .g'1, para as carm nnnadas 20-50cm e 0-5cm respectivaiQt Isso indica que o m anejo-tratamento influenciou na diiliiilinâmica ca biom assa microbiana. Com a rem oção da cobertura vegetal, 0 ciclooooo de equiíbrio dinâm ica na ciclagnj, nutrientes é quebrado, alterando a qualidade e;J2 3 a quaitidade de m atéria orgna Consequentem ente, há uma diminuição da atividadeseee microbima, principal responsávc jl; ciclagem de nutrientes e pelo fluxo de energia dentrooooo do soloe que exerce grande inflèii; tanto na transform ação da matéria orgânica quanto ddddda estocajem do carbono e mineras^ seja, na liberação e 11a imobilização de nutrientes (K\NNMALAV0LTA, 1987). Os efeitoski 3 pertu rb ação nas propriedades do solo interferem na <ccccapacidade de regenerar a florts 1 m esm o n a introdução de outras plantas. A diminuição da biomassa microbiana foi obs;eeeervada por Cerri (1985), em áE-q" tinha sido queimada para o plantio de sistemas aggggrícolas. Para o estudo citad«,;se com portam ento foi atribuído à destruição da biom ass;aaaa superficial pelo fogo, decornn ? aquecim ento e da perda de água consecutivos à queirmnnna, e tam bém , à uma inadaptaçud'’ m icroorganism os p&-a utilizar o carbono do húmus c c td o solo, uma vez que, com c g’ rom peu-se o suprimento de substâncias orgânicas n«oooovas, derivadas da vegetação /n " serrapilheira. Entretanto, alguns anos após a implantação ( t c dos cultivos, há uma adaptaçi m icro flora e da micro fauna, e também produtos orgânnnnicos novos são gerados pelas jht? cultivadas, principalmente pelas raízes, restabelecendcoooo a biom assa no solo (MARA^IO 1982). M esm o assim, o tempo de recuperação-reestabel:l:l;lecimento do sistem a CQ -TR, i ã f 1 suficiente para alcançar teores de Cmic próximos ao sistMrtctema M-TR. A inda descrevendo sobre o sistema CQ-TR, veeeerificam os que M aranino (1981)^ estudo nos cultivos convencionais, percebeu que a aeeeeeleração da mineralização da nari1 orgânica do solo, inicialmente e posteriormente por uimanna indução a m ineralização da peri1 biom assa, aliados à menor disponibilidade de C orgâmnnnico no solo durante todo o ci<l<cf cultivo, não pennitem o reestabelecimento da biom assa rnnmicrobiana. O fundamento Cmic/Corg foi menor em todas aaaas profundidades para o sistemi ÇT TR, indicando que o Cmic tem menor participação no Corg do solo, mostrando bxl qualidade nutricional do solo. Cerri (1985) estudando urrmnna terra roxa estruturada submetdai’ cultivo com algodoeiro por dez anos encontrou valores idddde C microbiano / C orgânico nafx 1 de 0,7 a 0,8, valores que são menores à um sistema com 111 mata nativa adjacente. N o sistem a SQ-TR, a relação Cmic/Corg foi maiiiiitiorsignificativam ente para isl'3* cam adas iniciais, quando comparado ao sistema CQ-TR.l.1.1, iidicando que na área SÇ-'^ A q u an tid ad e de carbono imobilizado como biomassa microbbbbiaia foi maior. O s teores de Cmic/Corg no sistema M-TR est;t;t;tão de acordo com a bibli);a1:l consultada; 1,7% para O-lOcm (GERALDES et al., 1995555). 1,3% para O-lOcm; 1,29 lOcm (C E R R Ie t al., 1985). Em todas as áreas existe uma tendência para dimiiiiiiinução da relação Cmic / C*r inl função da profundidade, indica que vai caindo a qualidadeeee nuricional, e pela m enor atvia*c m icrobiana. A respiração basal tem sido maior no sistema M-TRRRR, p ra todas as profundidades.vl1* existe diferença apenas na camada inicial entre as áreeeeas, todas as dem ais não d f ê11 estatisticam ente. Indica que o sistema M-TR está ddddespendendo C 0 2 pela ati'iaJc m icrobiana. Vale destacar que os valores de respiração basal c c td e srito s na literatura são bistfrc variados. Insam et al. (1991), analisando amostras proveeeenieites de solos cultivados ;cn a m esm a cultura por até 77 anos, observaram que a respiraçççção >asal variou de 8,40 a 335 \ & g"1 dia de C -C 0 2 no solo. Rodrigues et al. (1994), por suaaaa vtz, constataram que a respr;?° basal, em solos coletados sob condição tropical, variou de ; ; : 6 ,.' a 20 pg g ’ 1 dia _l de C-CCi*0 solo. Tal variação pode ser influência da diferença entre ; ; ; as ases de decom posição di (BALOTA et al., 1998), ou com a precipitação pluvvvvionétrica, temperatura do a c consequentemente, da umidade do solo (ESPÍNDOLA et al.1.1.1., 2)01). Em todos os sistemas, as quantidades de C -C 02222 esprendidas decrescem o i 3 profundidade de am ostragem, refletindo os maiores contttititeíuos de carbono, bem co n i()S maiores teores dos nutrientes nas camadas superficiais.?.*.}. Como nas camadas inicias ?e encontram os melhores índices de MO, sugere que atividaaaade nicrobiana é fortem ente lgda 70 ao substrato orgânicc ispindola et al. (20 0 1 ) tambérmnri observou resultados parecido; e?e e m sstem a com eucaipc e mata nativa. O m enor valer de quociente metabólico foi cccconstatado na área sem queimiris’0 significa que a b io m sa está se tornando mais eficiemnntte para a liberação, pois tem artr* ta x a de respiração, Sepxido Espindola et al. (2001)^,1,l, o q C 0 2 decresce com o tenj suceisão em um ecosiítm a, pois, na medida em que ( ( o ecossistem a se desenvolve, o^c 11 m a is condições para i cbrevivência dos m icroorgannsssm os no solo, reduzindo a eneg m anitenção requerid;. Segundo Balota et al. (1998)),),), a respiração basal por unidie Ibiom issa m icrobiana linnui em agroecossosistemas rrrrrmais estáveis. O utra possibilidalié 3 de qie altos teores te Cmic e baixos valores do qjquuociente m etabólico, sugerem qe a 1biom issa microbiana, firciona como um compartimemnnito de reserva de nutrientes, e\iti<° ] perda; através de pro;eíos de lixiviação. Comportarmonento observado por E spindolaeaM ' (((2001), na região da Báiala Fluminense. 5.2 S )L O DE U R U A I/ - (ÁREA SEM QUEIMA - SíÇÇQ-LA, E Á REA DE M ATA - V-A* :: 5.2.1 Estoque de serri|ihcira (ES) - Matéria orgâniiddea do solo (M O S). O ES encontrad) 10 sistema M-LA, foi maior, 7,',í,í,99 t/ha, do que na área SQ-LA,64^ 111 t/ha. O valor de MO> tanbérn seguiu a mesma tendêínnncia, sendo m aior no sistema N-A’ i i icom <0,26 t/ha, do que íaárea SQ-LA, 76,49 t/ha. Porcééénn, não existe diferença signifi:a\a ( ( ientre ;s áreas. Isto sugere quea>se alterar o manejo, a m atérrnria orgânica sofre rápidas alteriç^’’ ;; ;atingiido um novo equlbiio, sendo maior na mata natunuiral, menos em culturas perm an^^' ( ( ((BAL)TA et al„ 1988) Um outro fator que corrobora positivamente para o >>i aum ento da serrapilheira ncske que o cultivo do cacau é considerado um cultivo protetor ddddo solo e econom icam ente acbaí0 para o am biente regional da Transamazônica (M ORAIS; S/A /A N T O S, 1986). A biom assa da vegetação secundária em solos áciddddos e degradados quando corvti 3 em cinzas, não aumenta o status nutricional do solo. Assi;i>i;im, sugere-se o uso de prátc? e m anejo da biom assa da capoeira que sejam alternativas paaaara a derruba e queima. Portuoe im portante que a biomassa seja utilizada como cobertura 1 1 1 m orta ou que as capoeiras tjr1 enriquecidas com espécies de valor econômico (M ED EIRO )33S; CARVALHO, 1997). 5.2.2 C arbono orgânico do solo (Corg) - Nitrogênio (ttto ta l do solo (Ntotal) - Rilçí* C arbono orgânico c nitrogênio total (Corg/Ntotal) Os valores de Corg e Ntotal foram maiores na áreessa sem queim ar do que na á \ P mata, havendo diferença significativa para ambos. O estoque de Corg e Ntotal na área sem queimar, 1f 1ficaram em 38,22 t/ha e 2,4) h’ respectivam ente. Para área de mata, ficou em 35,66 t/ha i u e 2,01 t/ha, para Corg e Wtr respectivam ente. Novam ente pressupõe-se que o manejo da área ssssem queima, com incremeitic 2 leguminosas, foi responsável pelo aumento no estoque d e ) 33 Ntotal, pois as leguminosísei 1 potencial de fornecimento de nitrogênio no solo atra w rv és da fixação biológica, ef decomposição de folhas, caules e raízes, e pela morte de nóooodulos (ESPÍNDOLA et al., 1(1 ■ Solos deficientes de nitrogênio, as leguminosas fixadorassss competem com vantagerr h1 espécies não nodulíferas ou não leguminosas e são uma altltltltemativa importante e econ>rcl para adicionar o nitrogênio ao sistema solo-planta-animal (ESSSSPINDOLA et al., 2001). Entre as espécies leguminosas, mucuna-preta, usadaaaa na área sem queim a em e:ttc mostrou-se com m aior potencial para a proteção do solo connnntra a erosão, quando c o m p a n i 1 72 c ro ta lá ria e labelabe. Na comparação feijão bravo (Croocotylia floribunda), m ucuna c iz ^ ( S tizo lo b iu m niveum) e feijão guandu (Cajanus cajan), a 1 1 im ucuna preta novam ente apree ^11 m e lh o r potencial para cobertura do solo (M EDEIROS; C M A .R V A L H O , 1997). Para o fundamento produtividade total de maa<atéria seca, entre 14 e s p é a s ^ le g u m in o sas estudadas, o labelabe, o feijão-de-porco >> e o guandu-com um , este ttK> em p re g ad o também na área sem queima em estudo, foramnm as espécies que mais m ostram ^ p ro m isso ras (BARRETO; FERNANDES, 1999). Portanto, o incremento de leguminosas m o stra-se;e: com o estratégia prom issora aia m an u ten ção da sustentabilidade dos sistemas em estudo. Um a outra contribuição importante da legum inossssa para o m anejo sem fogo, e:ác abafam ento das espécies de crescimento espontâneo da áreeeea. Sendo esse um dos o b je tiv sIS roça sem queimar. Nessa perspectiva, a mucuna-preta, m nm ostrou-se ser a m ais efic ien ttf 3 este abafam ento de espécies de crescimento espontâneo, c i (quando com parada o feijão-brve feijão-guandu (JUCKSCH et al., 1998). Para o estoque de Corg na área de sem queima, o » ) aporte de m aterial vegetal taibn deverá ter influenciado positivamente, pois resíduos orgãâíânicos depositados no solo, aóa decom posição, são essenciais no processo de adição e perddcda de C orgânico do solo (D O iA 1 980). A relação Corg/Notal é maior na área de mata param a todas as profundidades, istoi(e estar relacionado ao fato de que na floresta p rim á ria ,,, dim inuição da mineralização da matéria orgânica do o aum ento da relação C /N ia s g g ío I o geralm ente ocorrem pelaa 3 quantidade de folhas, ramos e galhos, que são de difícil dddlecom posição (V IEIRA; SAN O ’ 1987). 5.2.3 C arbono da bioma^si microbiana (Cm ic) ------ R elação C arbono microba> c carb on o orgânico (Cmic / (org) - Respiração B a sssía l (Resp ) - Q uociente met;bi;p (q C 0 2 ). Os teores de Crmc entre os sistem a SQQQ}-LA e M -LA , foram d;fcrit's significativam ente somente eitre a primeira profundddiidade. Para as dem ais, não bive diferença significativa. No sistem a SQ-LA, c Cmic ficou entre 191,15 |.}4 p g C.g ' 1 e 300,75 pg C .g ' 1 . ]a cam adas 20-30cm e 0-5, respectivamente. No m esm o sisssstem a,quando se estuda o efe.ti it'e as cam adas, verifica-se que eriste diferença apenas daaaas duas cam adas iniciais, mosr*f° m aior atividade microbiana pa a as camadas iniciais. O ( c cdecréscimo da população micnhf 3 em profundidade deve-se [rovavelmente às condiúridções m ais desfavoráveis pir 0 desenvolvim ento dos microorganismos, tais com o a rrrm en o r aeração do solo e a ni(,r disponibilidade de matéria orgáiica (LUIZÃO et al., 199ÍIM1). No sistema M-LA. o Cnic ficou entre 184,01 e 444120,88 p g C.g"1, para as carnais^*' 30 e 0-5cm, respectivamente. Entre o sistem a SQ-L/ e M-LA, houve diferennm ça significativa entre o e s to q u d e Corgânica, com m aior estoque para a área SQ-LA. Entititiretanto, a m esm a tendência nxft'1 acompanhada para o teor de Cmic, pois houve diferençççça significativa entre os tra:aneOs apenas na camada inicial. Teo-es de C orgânico tendernrrm a dim inuir e não necessarianite levam à redução de C microbano do solo, pois esses valores nem sem pre se r e l a ;»*!1'1 (WARDLE, 1992). A relação Cmic/Corg decresce de acordo com o auum mento da profundidade para o <’is sistemas. Entretanto, as menores relações de C m i c /C o r g ; f o r a m encontradas no sisten; Q ' LA. em todas as profundidades, indicando que os maioooores teores de carbono imobilzl(i como biomassa microbiana foran maiores na área de floreeessta. A respiração basal foi maior em todas as profuinnndidades no sistem a SQ-LA d o ^ ii 1 área M -LA, com valores entre 17,110 e 22,803 pg C-CíCCC^.g"1 solo d ia '1, para as profunade 20-30 e 0-5 respectivamente, indicando que a com umiiiiidade m icrobiana nesse ecossisea : m ais ativa. Um m aior valor de respiração basal podidde ser reflexo da m aior depositãd m atéria orgânica, reserva c fluxo de nutrientes (FERNAVXANDES et al., 1997). Com parado a área de mata, existe diferença apeeeenas entre a segunda profundidaid 5-10, para as dem ais não há diferença significativa. O quociente metabólico foi menor no s is te m a m M -LA para todas as profundiles variando entre 0,0502 e 0,0768 q C 0 2 para as profimcdddidades 0-5 e 20-30, respectivanít Parece ocorrer uma relação inversa entre a biom assa irrm icro b ian a e o quociente m etalóo sugerindo que, em maiores teores de C, podem ocorreeeer aum enta da biom assa m icroba dim inuição do quociente metabólico. Resultado encontrrrrado tam bém por Balota et al. ( 9i) em estudo com cultura trigo/soja e trigo/milho. 75 6 CO N CLU SÕ ES 1 . O estoque de serrapilheira no solo, a biomassa m icrobiana de carbono, os teores de carbono o rg â n ic o e nitrogênio total, a respiração basal e os índices derivados (relação carbono o rg â n ic o / nitrogênio total, relação carbono microbiano / carbono orgânico e quociente m e tab ó lico dores estudados mostraram-se indicadores sensíveis às alterações ocorridas no s o lo nos manejos estudados. 2. N o solo de Medicilândia o sistema sem queimar apresentou índices favoráveis à m a n u ten çã o da sustentabilidade do solo, quando com parado ao sistem a tradicional com uso d o fogo. 3. N o solo de Uruará, o sistema sem queimar apresentou índices próximos ao encontrado no s is te m a com vegetação natural, indicando que às práticas de roça sem queim ar favorecem o restabelecim en to das condições e níveis desejáveis de fertilidade do solo. 4. O s agroecossistem as de “roça sem queimar’’, baseados nos princípios da agroecologia, são c a p a z e s de estocar grandes quantidades de material orgânico, com tendência para estoque de ca rb o n o e manutenção da fertilidade do solo, tomando-se, portanto, uma prática agrícola p ro m isso ra para ser implantada nos Pólos do Programa ProAm biente, como um a estrategia p a ra o desenvolvim ento da agricultura familiar em bases sustentáveis. 76 R EFER ÊNC IAS BIBLIOGRÁFICAS ALEF, K. íS^ooil Respiration: M ethods in Applied Soil M icrobiology and Biochemistry. In: K.ASSEM, /M V ; NANNIPIERI, P. (Ed.). Estimation of M icrobial Activies. N ew York: A cadem ic P'irceess, 1995. C hapter 5. p. 215-220. ALTIERI, M i l » A groecologia: A dinâm ica produtiva da agricultura sustentável. 3. ed. Porto Alegre: Uni \w eersid ad e Federal do Rio G rande do Sul, 2001. ____ ■Agro»e;cccology: The scientific basis o f altem ative agriculture. Boulder: W estview Press, 1987. A L V A R E N 'G 3jA , M. I. 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