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EU NÃO VOU
CONTAR A
MINHA IDADE"
JULIA MARIA K. DE SIQUEIRA
FOTOS: © MARCELO KRELLING / CLUBE CURITIBANO
UMA OBRA DE ARTE
A associada Julia Maria K. de Siqueira, no esplendor
de seus quase 84 anos é elegante, está sempre bem vestida e é vaidosa - nos recebeu com um lenço de onça
no pescoço. Sua espontaneidade surpreende: “eu não
vou contar a minha idade”, mas depois topou e contou
o segredo para ser bonita e ter tanta energia.
“Ser uma mulher bonita quando se é velha é uma
obra de arte. Há uns 12 anos, quando fiquei viúva, decidi que precisava ocupar o meu tempo e resolvi começar
a nadar. A natação fez com que eu me sentisse segura
porque faz eu me sentir bonita. Além disso, ela é ótima
para deixar um porte elegante. Sou vaidosa e me cuido.
Como todo dia no vegetariano, vou para o inglês e antes
de vir para a natação no Clube passo na Biblioteca para
ler a Folha de São Paulo. Agora eu também estou aprendendo a mexer no computador e no celular, ontem eu
enviei meu primeiro e-mail. Eu me divirto muito porque
quando a gente gosta de fazer alguma coisa, fazemos
bem. Ficar em casa, comer e assistir à televisão não
serve para nada. Temos que nos integrar com outras
pessoas. Isso faz parte da vida. Nós não podemos ficar
sozinhos.”
NÃO PARA UM MINUTO
Depois de trabalhar dez anos como fotógrafa e tocar
os negócios de uma empresa de correios durante um
longo tempo, a associada Rosiclér M. Pires, de 60 anos,
dedica-se inteiramente à família e ao cuidado consigo
mesma. Bonita e de olhos claros expressivos, conta sobre como não consegue se manter parada, sobre sua
paixão pelos netos e como começou a jogar no vôlei
master do Curitibano.
“Eu gosto muito de esportes. Comecei a praticar
quando eu tinha 32 anos. Até então, eu só ficava olhando. Desde então, não parei mais! Mas o que eu acho
REVISTA DO CLUBE CURITIBANO
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