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1 - RESUMO
Este trabalho teve por objetivo testar a utilização de uma mistura de Calcarea
carbonica 30 CH e Calcarea phosphorica 30 CH na dieta de Bovinos de dois grupos
genéticos, quanto à composição corporal e à qualidade da carcaça. O estudo foi
realizado na Unidade Universitária de Aquidauana da Universidade Estadual de Mato
Grosso do Sul (UEMS). Foram utilizados 39 Bovinos, machos, não castrados, sendo 20
½ Simental x ½ Nelore e 19 ½ Holandês x ½ Nelore. O peso inicial médio foi de 325
kg. Os bovinos foram alimentados com uma dieta composta por 50% de concentrado na
matéria seca, e a dieta foi balanceada segundo o NRC (2000) para um ganho de peso
vivo diário de 1,2 kg. Metade dos animais recebeu a mistura de Calcarea carbonica 30
CH e Calcarea phosphorica 30 CH na proporção de 1 : 1, veiculada em carbonato de
cálcio e misturada ao premix mineral em quantidade que garantia um consumo de 2
gr/animal/dia. As pesagens foram realizadas a cada 28 dias. À medida que os animais se
aproximavam do peso de abate pré-estabelecido (entre 15 e 17 @), era definida a data
de abate a partir de uma projeção da evolução do peso vivo. Antes do abate, os animais
foram submetidos a um jejum prévio de 16 hs. Para o cálculo do peso de corpo vazio
pesou-se: a carcaça, o sangue, cabeça, couro, cauda, pés, vísceras e órgãos. O peso total
de órgãos foi calculado pela soma dos pesos da carne industrial, fígado, coração, rins,
baço, pulmão e língua. Para calcular o peso total de vísceras somou-se os pesos do:
rumem, retículo, omaso, abomaso, intestino delgado e grosso, mesentério, gordura
interna, esôfago, traquéia e aparelho reprodutor. O total de gordura visceral foi
calculada pela soma do peso do mesentério + o da gordura visceral, o total de gordura
interna pela soma de gordura visceral total + gordura interna cavitária, e a gordura
corporal total pela soma da gordura da carcaça + a gordura visceral total. Determinou-se
o comprimento da ½ carcaça direita. Na ½ carcaça esquerda resfriada coletou-se uma
amostra correspondente à seção da 9ª a 11ª costela (seção H.H) para determinação dos
componentes físicos das carcaças. Também foram medidas a área de olho de lombo e a
espessura de gordura subcutânea na posição da 12ª costela. Utilizou-se para análise de
variância, o teste F a 5% de probabilidade. Para comparação das médias utilizou-se o
teste de Tukey a 5% de probabilidade ou o teste T de Student de acordo com o
coeficiente de variação de cada característica conforme Sampaio (1998). Ambos os
grupos reagiram de forma semelhante ao tratamento com as Calcareas. O tratamento
mostrou tendência a melhorar o rendimento de carcaça, e alterou os sítios de depósitos
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de gordura no corpo animal, deslocando depósitos de gordura interna para a carcaça,
tendendo a priorizar os depósitos de gordura subcutânea nesta.
2 - PALAVRAS-CHAVE
Qualidade de carcaça, Composição corporal, Homeopatia Veterinária.
3 - INTRODUÇÃO
Atualmente o mercado Brasileiro de carne bovina vive um momento histórico,
tendo atingido o topo do ranking mundial dos exportadores. Assiste-se hoje a um
crescimento na produção, acompanhado do aumento dos custos desta sem, contudo, que
se observe alterações no preço final da carne bovina. Assim, todas as técnicas para
melhoria da produtividade devem ser testadas relacionando-se ainda, o custo x benefício
antes de serem utilizadas.
A bovinocultura de corte brasileira, almejando o aumento de sua produtividade
com sustentabilidade, busca, atualmente, produtos alternativos na homeopatia
veterinária. Segundo Rüdinger (1998), na Alemanha, 90% dos veterinários usam
medicamentos homeopáticos. Isto acontece principalmente porque os proprietários dos
animais já tiveram experiências positivas com a homeopatia em seus próprios
tratamentos. Existe também uma grande desconfiança com relação aos tratamentos
convencionais em geral e aos antibióticos e corticosteróides, em particular, que são
associados a reações medicamentosas adversas. Embora a homeopatia tenha um uso
prático bastante amplo, ela ainda carece de base científica sobre sua eficácia clínica e
produtiva na medicina veterinária.
Briones (1987) ressalta a necessidade do aumento de produção de proteína
animal a baixo custo e com qualidade para sustentar a população que vem crescendo
bastante nas últimas décadas, principalmente as mais pobres. Este autor lembra ainda
que, com a intenção de aumentar a produtividade, surgiram substâncias conhecidas
como “promotores de crescimento”, onde se destacam as de origem hormonal e os
antibióticos, atualmente proibidas em alguns paises, devido ao risco que seus resíduos
representam à saúde humana. Ele conclui que em razão disso, surgiram os
medicamentos homeopáticos no campo da produção animal, com a finalidade de obter
preparados com ação comparada àquela dos “promotores de crescimento” alopáticos,
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mas sem riscos, por pequenos que sejam, para o consumidor e a custos muito mais
baixos para a produção animal.
A maior dificuldade no uso da homeopatia veterinária é adaptar uma terapia
essencialmente individual ao tratamento de uma população. Em geral, a Calcarea
phosphorica atua muito bem em casos de nutrição deficiente, com crescimento
imperfeito dos tecidos, especialmente o ósseo e o ganglionar. Já a Calcarea carbonica é
utilizada em indivíduos com tendência à obesidade e formação de gordura, de
crescimento rápido, escassa pigmentação da pele e que sofram facilmente transtornos do
tecido ósseo.
Trabalhando com estas duas Calcareas, em frangos da raça “Broiler”, que são
eminentemente carbonicos, e suínos cruzados das raças “Largewhite” e “Landrase” de
constituição phosphorica, Briones (1987) conclui que as Calcareas homeopáticas atuam
melhor como “promotores de crescimento” quando o potencial genético dos animais
não é explorado eficientemente.
Por outro lado, com a finalidade de reduzir o custo de produção, o mercado de
carnes brasileiro tem procurado abater bovinos mais jovens, em geral, pesando entre 15
e 17 arrobas. Entretanto, quando se trabalha com animais a pasto, sem suplementação, é
difícil obter um acabamento de carcaça ideal com este peso. Para se obter animais com
carcaças pesadas e bem acabadas é necessário se procurar material genético adequado
ou utilizar promotores de crescimento ou dietas mais ricas em energia, o que encarece o
sistema de produção.
No entanto, a falta de valorização de carcaças com melho r acabamento tem
colaborado para o abate de animais mais velhos e pesados, mas a um custo de produção
maior.
Por outro lado, a única forma de promover crescimento, não só em quantidade,
mas também em valores negociados nas exportações brasileiras de carne bovina, será
através do fornecimento de um produto com melhor qualidade e homogeneidade (NIEZ,
2004).
Os fatores relacionados à qualidade da carne são principalmente a idade de abate
(ligada à maciez), o acabamento de gordura (ligado à proteção, ao resfria mento e ao
sabor) e o peso adequado de carcaça (ligado ao tamanho dos cortes). Segundo Felício
(1997), a falta de acabamento da carcaça pode influir ainda, desfavoravelmente, sobre
características de maciez, suculência e palatabilidade da carne de animais jovens
enviados ao abate.
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A produção de carcaças com qualidade, desejada em condições de pastagens nos
trópicos, só é possível através da utilização de tecnologias como suplementação ou
confinamento, permitindo elevar o nível nutricional dos animais na recria e na engorda
(NIEZ, 2004).
Biologicamente, o crescimento do animal é uma medida quantitativa do aumento
de massa corporal, que depende da hiperplasia, hipertrofia e diferenciação das células,
dando origem a tecidos de diferentes estruturas e funções (PAULINO e RUAS, 1988).
O maior interesse no estudo dos animais produtores de carne está centrado no
crescimento dos tecidos musculares, adiposo e ósseo. Os tecidos do corpo animal
desenvolvem-se
de
forma
diferenciada:
ossos
e
órgãos
vitais
apresentam
desenvolvimento precoce; músculos, intermediário; e tecido adiposo, tardio. Durante o
crescimento e a engorda dos animais, as diferentes taxas de síntese dos tecidos alteram a
composição física e química da carcaça, influenciadas principalmente por idade, estádio
fisiológico, nutrição, genótipo e sexo do animal (BERG & BUTTERFIELD, 1979).
A taxa de desenvolvimento do tecido adiposo e a distribuição do mesmo
influencia muito o valor da carcaça. A gordura intramuscular (marmorizada) confere
melhor sabor à carne. Já a gordura subcutânea (gordura de cobertura) protege a carne
contra o frio, evitando o “Cold Shortning” (encurtamento do sarcômero pelo frio), que
provoca o encolhimento das fibras musculares, tornando rígidas as carnes mais
superficiais. Além disso, alguns cortes comerciais como a picanha e o contra filé são
valorizados pela gordura de acabamento. Já a deposição de gordura visceral requer
maior energia de mantença. O tecido adiposo é o mais variável no corpo animal e o
excesso de gordura é fator importante que pode contribuir para redução do rendimento
de carcaça (BERG e BUTTERFIELD, 1979; FONTES, 1995).
De acordo com Berg e Butterfield (1979), a proporção dos tecidos na carcaça no
momento do abate é o aspecto da composição do animal de maior importância, que
determina grande parte de seu valor econômico e influi na eficiência e no custo de
produção da carne. Uma carcaça é considerada superior quando apresenta quantidade
máxima de musculatura, mínima de ossos e adequada de gordura, que varia segundo os
desejos do consumidor.
Bovinos de diferentes raças ou originados de seus cruzamentos diferem no peso
em que iniciam a engorda e, provavelmente, também diferem na velocidade de
deposição de gordura. Durante esta etapa segundo Berg e Butterfield (1979), Fontes
(1995) e Oliveira (1999), animais precoces e de altas taxas de maturação têm menores
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exigências de mantença que animais de grande porte, mas normalmente apresentam
requerimentos nutricionais elevados para garantir rápidos períodos de intenso
crescimento e de engorda. Animais de altas taxas de maturação, independente do peso
adulto, se submetidos a períodos de subnutrição, podem apresentar prejuízos de caráter
permanente, relacionados ao desenvolvimento corporal e peso ao abate. Portanto, o
aumento de eficiência de produção requer a identificação de genótipos mais adequados
para ambientes e sistemas de produção específicos.
Os sistemas de produção devem utilizar materiais genéticos apropriados aos seus
objetivos e ambos devem ser compatíveis com o ambiente. Decisões acertadas podem
reduzir custos e tempo de produção, além de elevar os índices zootécnicos e a qualidade
dos produtos obtidos (BARBOSA, 1998; LANNA, 1997). Assim, juntamente com as
exigências dos diferentes mercados consumidores, também há necessidade de se avaliar
as disponibilidades e os requerimentos de alimentos, como também os custos associados
a cada sistema.
Altas taxas de ganho de peso, como conseqüência de boa alimentação, exercem
grande influência na composição da carcaça de animais em crescimento. Alguns
experimentos indicam que, para um mesmo genótipo, o crescimento rápido provocado
por um plano de nutrição alto, produz maior deposição de gordura no corpo do que
quando o crescimento é mais lento. A velocidade de engorda e a quantidade de gordura
depositada são determinadas principalmente pelo plano de nutrição, genótipo, estádio
fisiológico e pelo sexo do animal. A ingestão de energia é o aspecto nutricional mais
importante, porque modifica a partição percentual da energia utilizada para mantença e
produção. Porém, deficiências de outros nutrientes podem ter influência sobre as taxas
de crescimento e de maturação dos animais. O nível de consumo de energia também
modifica a participação da utilização deste nutriente para retenção de proteínas e
lipídios ou seja, em termos de tecidos na carcaça, para o desenvolvimento dos tecidos
musculares a adiposo (BERG e BUTTERFILED, 1979).
De acordo com Barbosa (1998) e Lanna (1997), a forma mais simples para
alcançar a composição desejada da carcaça é por intermédio do fornecimento de
alimentação de alta qualidade no período de terminação do animal, aumentando o peso
de abate e proporcionando o acabamento adequado de carcaça.
De acordo com Robelin e Geay (1984) o problema é saber precisar os benefícios
e quando e em que extensão é possível manipular o crescimento dos tecidos; que tecidos
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e componentes estão mais envolvidos e em que proporção eles podem ser modificados
por alterações na nutrição.
Os sistemas de tipificação e classificação de carcaças existentes no Brasil, ainda
não remunerarem adequadamente e de forma diferenciada aquelas de melhor
acabamento, conformação e qualidade geral (MATTOS, 1995; EUCLIDES FILHO et
al, 1997). Apesar disto, o mercado de bovinos para abate, que antes considerava apenas
o peso da carcaça ou peso vivo do animal e o rendimento da carcaça, está passando a
avaliar também a qualidade da carne. Determinados mercados consumidores já exigem
carcaças com rendimento superior da porção comestível (cortes desossados e aparados
do excesso de gordura) e carne com maciez, suculência, sabor e aroma adequados
(LUCHIARI FILHO, 1995; FELÍCIO, 1997).
Algumas características quantitativas da carcaça têm sido usadas para se estimar
o rendimento de cortes comerciais, incluindo-se o tecido muscular e a uma quantidade
aceitável de gordura, sem a necessidade de se efetuar a separação física dos tecidos da
carcaça. Dentre estes, incluem-se o comprimento da carcaça, a área transversal do
músculo Longissimus dorsi (área de olho de lombo) e a espessura de gordura
subcutânea, os dois últimos tomados à altura da 12ª costela.
Geay (1975 citado por ALVES et al 2004) salienta que o rendimento de carcaça,
calculado sobre o peso corporal vazio, é mais consistente que em relação ao peso vivo,
em função da variação a que o peso do conteúdo gastrintestinal está suscetível (10 a
20% do peso vivo). Essa variação pode ser decorrente da influência do tempo em jejum
dos animais antes do abate, da raça, do tipo da dieta, do sexo (SEIDEMAN et al., 1982),
do peso de abate e/ ou da idade e do grau de engorda (FIELD e SCHOONOVER, 1967;
PRESTON e WILLIS, 1974). Da mesma forma, o peso do couro e da cabeça também
podem influenciar o rendimento de carcaça (GONÇANVES, 1988; GALVÃO, 1991;
PERÓN et al., 1991; JORGE, 1997).
Segundo Müller (1980), a área de olho de lombo, utilizada em conjunto com
outros parâmetros, auxilia na avaliação do rendimento em cortes desossados da carcaça.
Em adição, Crouse e Dikeman (1976) e Fernandes (2001) demonstraram relação
positiva entre a área de lombo e várias medidas de rendimento de carcaça.
Segundo Alves et al. (2004) a composição física da carcaça, normalmente
expressa em termos de porcentagem de ossos, músculo e tecido adiposo, é avaliada com
o propósito de determinar possíveis diferenças existentes entre animais, devido a fatores
genotípicos ou ambientais.
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O objetivo deste trabalho foi testar a utilização da Calcarea carbonica 30CH e
Calcarea phosphorica 30CH na dieta de bovinos de dois grupos genéticos, não
castrados e confinados, quanto à qualidade da carcaça e composição corporal.
4 - MATERIAL E MÉTODO
O estudo foi realizado na Unidade Universitária de Aquidauana da Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Aquidauana - MS.
Foram utilizados 39 bovinos, machos, não castrados de dois grupos genéticos,
sendo 20 ½ Simental x ½ Nelore, e 19 ½ Holandês x ½ Nelore. O peso inicial médio
dos animais foi de 325 kg, representativo do peso vivo inicial de animais encaminhados
à terminação.
Os animais foram alojados em grupos de cinco, em baias com piso de cascalho,
com cerca de 80 m2 cada e área coberta de 10 m2 , providas de bebedouro e cochos para
alimentação.
Antes do início do experimento, os animais foram vacinados contra Botulismo e
Carbúnculo, e vermifugados com Ivermectina a 1% para controle e tratamento de endo e
ectoparasitos. Além disto, receberam 2.000.000 de unidades internacionais de vitamina
A.
Os animais foram alimentados com dietas compostas por 50% de concentrado
(tabela 1) e 50% de volumoso, balanceadas segundo o NRC (2000) para um ganho de
peso vivo diário de 1,2 kg. Nos primeiros 64 dias de confinamento, a porção volumosa
da dieta era composta por 80% de silagem de milho e 20% de feno de aveia picado
grosseiramente, a partir daí a porção volumosa passou a constituir-se apenas de silagem
de milho.
A metade dos animais recebeu uma mistura de Calcarea carbonica e Calcarea
phosphorica na proporção 1:1, veiculadas em carbonato de cálcio, na diluição de CH
30. As Calcareas foram misturadas ao premix mineral do concentrado de forma a
garantir um consumo médio de dois gramas por animal /dia.
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Tabela 1. Composição da ração concentrada fornecida aos animais do experimento.
Ingrediente
%
Milho
83,00
Farelo de Soja
15,02
Uréia
1,17
Premix Mineral
0,81
A ração foi fornecida uma vez ao dia e os cochos completados, se necessário, cerca de
14 horas após a alimentação. Tanto a quantidade de ração fornecida diariamente como as
sobras semanais foram registradas para determinação do consumo médio de cada grupo
genético.
Os animais foram pesados a cada 28 dias. À medida que um animal aproximava-se do
peso de abate pré-estabelecido (entre 15 e 17 arrobas), era definida a data de abate a partir de
uma projeção da evolução do peso vivo do animal com base no ganho de peso médio diário
do último período. Por exigência do frigorífico onde eram realizados os abates, os animais
eram abatidos em lotes com 15 ou 30 animais. Antes do abate, os animais foram submetidos a
um período de jejum de 16 horas.
De cada animal abatido pesou-se o sangue, orelha, chifres, máscara, rúmen, retículo,
omaso, abomaso, intestino delgado, intestino grosso, mesentério, gordura visceral, carne
industrial, gordura interna cavitária, fígado, coração, rins, baço, pulmão, língua, couro, cauda,
esôfago, traquéia, aparelho reprodutor, cabeça e pés. Nesta oportunidade também foi medido
o comprimento da meia carcaça direita.
As duas meias-carcaças foram pesadas no dia do abate e, posteriormente, resfriadas
em câmara fria (– 5º C), durante um período de 24 horas. Após esse período, coletou-se uma
amostra representativa da meia-carcaça esquerda, correspondendo à seção da 9ª à 11ª costela,
segundo Hankins e Howe (1946, citado por SANTOS et al., 2002), seção H x H, para
posteriores dissecações e determinação dos componentes físicos das carcaças. Também foram
medidas a área da seção transversal do músculo Longissimus dorsi (Área de Olho de Lombo
– AOL) e a espessura de gordura subcutânea na posição da 12a costela.
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O total de órgãos foi determinado pela soma dos pesos da carne industria l, fígado,
coração, rins, baço, pulmão e língua. Já o total de vísceras foi calculado pela soma dos pesos
do rúmem, retículo, omaso, abomaso, intestino delgado, intestino grosso, mesentério, gordura
visceral, esôfago, traquéia e aparelho reprodutor.
A gordura visceral total foi determinada pela soma do mesentério e da gordura
visceral. Já a gordura interna total, pela soma da gordura visceral total e da gordura interna
cavitária. A gordura corporal total foi determinada pela soma da gordura da carcaça e da
gordura interna total.
O peso do corpo vazio dos animais foi determinado pela soma do peso de carcaça,
sangue,orelhas, chifres, máscara, cabeça, couro, cauda, pés, vísceras e órgãos.
O comprimento da meia carcaça direita foi medido, partindo-se da porção anterior
medial da primeira costela até o ponto médio da curvatura do osso púbis.
A partir das proporções de músculo, tecido adiposo e ossos na seção H x H,
determinou-se a proporção dos mesmos na carcaça, segundo as equações desenvolvidas por
Hankins e Ho we (1946).
Músculo: Y = 16,08 + 0,80 X;
Tecido Adiposo: Y = 3,54 + 0,80 X;
Ossos: Y = 5,52 + 0,57 X;
em que X é a percentagem dos componentes na seção HH.
Para o estudo de todas as características utilizou-se um modelo estatístico que
considerava os efeitos do grupo genético, do tratamento com as Calcareas e da
interação entre grupo genético e tratamento com Calcareas. Como não foram
observadas interações significativas, avaliaram-se os dados de ambos os grupos
genéticos em conjunto.
Nas aná lises de variância utilizou-se o teste F, a 5% de probabilidade. Na
comparação das médias aplicou-se o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade,
ou o teste T de Student, de acordo com o coeficiente de variação de cada característica,
conforme sugestões de Sampaio (1998).
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5 - RESULTADOS E DISCUSSÂO
O consumo diário de matéria seca, a conversão alimentar, o ganho médio diário
de peso e o peso vivo de abate não foram afetados (P>0,05) pelo tratamento com
Calcareas (tabela 2).
Observou-se um consumo diário de matéria seca (CDM) correspondente a
2,31% do peso vivo dos animais tratados com Calcareas e a 2,38% do PV para os não
tratados. Estes resultados são bem semelhantes ao predito pelo NRC (2000), que
preconiza valores em torno de 2,38% do peso vivo para animais nestas condições.
Junqueira et al. (1998) trabalhando com animais F1 Marchigiana X Nelore
consumindo uma dieta com 40% de volumoso e 60% de concentrado, relataram
consumo diário de matéria seca abaixo do encontrado neste trabalho (2,15% do PV).
Isto pode ser atribuído ao maior peso inicial dos animais e à dieta mais rica em energia,
reportados por estes autores.
Diferente do observado neste experimento, Briones (1987), citando um trabalho
com suínos castrados, observou uma melhor conversão alimentar nos grupos tratados
com Calcarea phosphorica (2,745), seguidos pelos tratados com Calcarea carbonica
(2,886). Ambos os grupos apresentaram ainda melhor (P<0,05) conversão alimentar
quando comparados com o controle.
Este autor observa ainda que, ao final do período experimental de 112 dias, os
pesos alcançados pelo grupo tratado com Calcarea carbonica (83,89 kg) e com
Calcarea phosphorica (86,44 kg) foram significativamente superiores (P<0,05) ao
grupo controle (77,42 kg). Neste mesmo trabalho, o autor relata ainda um experimento
com frangos onde observou, no grupo tratado com uma combinação de calcareas
(Calcarea carbonica D6, D12, D18 + Calcarea fluorica D6, D12, D18+ Calcarea
phosphorica D6, D12, D18) na fase de recria e engorda, um peso 12,1% (P< 0,01)
superior ao grupo controle.
Já a semelhança do peso médio de abate dos animais tratados ou não com
Calcareas aqui observada foi obtida graças ao acompanhamento preciso da evolução do
peso vivo dos animais experimentais.
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Tabela 2. Médias por quadrados mínimos do consumo diário de matéria seca (CMD), da
conversão alimentar (CA), do ganho médio diário de peso (GMD) e do peso vivo ao
abate (PV), de bovinos cruzados de dois grupos genéticos, tratados ou não com
Calcareas.
Tratamentos
CMD
CA
GMD
PV
(KgMS/DIA)
(KgMS /
(kg/d)
(Kg)
Kg GPV)
Com Calcareas
10,47
7,27
1,506
452,68
Sem Calcareas
10,81
7,49
1,463
452,54
C.V. (%)
3,27
6,92
14,24
4,33
Na tabela 3, são apresentadas as médias do peso de corpo vazio (PCVZ), do
rendimento de carcaça quente (RCQ), do total de vísceras (VIS) e de órgãos (ORG) dos
animais experimentais, todos expressos em porcentagem do peso vivo.
Não houve diferenças (P>0,05) entre os tratamentos quanto ao peso de corpo
vazio, expresso como porcentagem do peso vivo. Os valores aqui observados foram
semelhantes ao proposto pelo NRC (2000) (89,1 %). Ambos os valores, entretanto,
ficaram abaixo do encontrado por Fontes (1995), revisando diversos trabalhos
realizados em condições brasileiras (92,58 %).
Foi observada uma tendência (P<0,10) de que o peso relativo de órgãos dos
animais tratados com Calcareas fosse menor que daqueles não tratados. Os valores aqui
observados foram superiores aos reportados por Fernandes (2001) e por Alves et al.
(2004), ambos trabalhando com animais cruzados. Neste último trabalho, no entanto, o
peso da carne industrial e da língua não foram computados no total de órgãos, o que
pode justificar parte desta diferença.
Observou-se um peso relativo das vísceras dos animais tratados com Calcareas
menor (P<0,05) que daqueles não tratados.
Os valores aqui observados para porcentagem de vísceras em relação ao peso
vivo ficaram abaixo dos encontrados por Fernandes (2001), que trabalhou com animais
F1 Nelore x Caracu, F1 Nelore x Holandês e Nelores. Este autor observou valores de
12
9,77 % , 9,42 % e 9,62 % respectivamente. Ainda segundo este autor, animais
submetidos à seleção leiteira tendem a privilegiar maior desenvolvimento de órgãos e
vísceras, com o intuito de aumentar a capacidade de ingestão de alimentos e a maior
atividade metabólica dos mesmos. Por outro lado, as raças zebuínas de corte possuem
um perfil de adaptação a condições ambientais adversas. Esta situação beneficia animais
de baixo metabolismo basal, com menores tamanhos de vísceras e órgãos menos ativos.
Isto nos permite inferir que um dos efeitos do uso das Calcareas tenha sido a redução
do metabolismo basal dos animais, ou que poderia permitir um maior aporte de
nutrientes para produção.
Observou–se ainda uma tendência (P<0,10) dos animais tratados com Calcareas
apresentarem um maior rendimento de carcaça quente. Esta tendência parece estar
diretamente ligada aos menores pesos relativos de órgãos e vísceras aqui observados, já
que o peso vivo e o peso de corpo vazio dos animais não diferiram.
O rend imento de carcaça obtido neste trabalho foi menor que os observados por
Fernandes (2001), sendo superior, no entanto, ao rendimento de 54,96 % encontrado por
Alves et al. (2004) em bovinos ½ sangue Holandês x ½ sangue Guzerá e ½ sangue
Holandês x ½ sangue Gir. Neste último experimento, uma dieta mais rica em volumosos
fornecida aos animais experimentais pode explicar um maior desenvolvimento do trato
gastro- intestinal, com efeitos inversos sobre o rendimento de carcaça dos mesmos.
Tabela 3. Médias por quadrados mínimos do peso de corpo vazio (PCVZ), do
rendimento de carcaça quente (RCQ), do total de vísceras (VIS) e do total de órgãos
(ORG), expressos como porcentagem do peso vivo de bovinos cruzados de dois grupos
genéticos, tratados ou não com Calcareas.
Tratamentos
PCVZ
RCQ
VIS
ORG
(%PV)
(%PV)
(%PV)
(%PV)
Com Calcareas
90,26a
55,99 a
8,18a
4,78 a
Sem Calcareas
89,37 a
55,09 a
8,71b
4,95 a
2,19
2,78
7,12
5,65
C.V. (%)
Médias na mesma coluna, seguidas por letras diferentes, diferem pelo teste de Tuckey ao nível de 5% de
significância.
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A tabela 4 apresenta as médias de comprimento de carcaça, de área de olho de
lombo e de espessura de gordura subcutânea dos animais experimentais, parâmetros
normalmente utilizados para se estimar o acabamento e as proporções das partes
comestíveis da carcaça.
Não foram observadas diferenças (P>0,05) entre os tratamentos com relação ao
comprimento de carcaça e à área de olho de lombo. A área de olho de lombo medida por
Fernandes (2001) em animais ½ sangue Holandês X ½ sangue Nelore foi maior
(80,23cm) do que a observada neste experimento. Já os valores de comprimento de
carcaça aqui observados são bastante semelhantes aos encontrados por este autor.
Euclides Filho et al. (1997), por sua vez, trabalhando com animais ½ sangue
Simental x ½ sangue Nelore, e abatidos com 440 kg de peso vivo, observou
comprimentos de carcaça inferiores (variando de 1,20 a 1,25m). Jorge et al. (1999)
lembram ainda que animais abatidos a maiores pesos vivos apresentam maior
comprimento de carcaça e área de olho de lombo, porém este resultado se inverte
quando se considera o comprimento de carcaça em função do peso do animal. Segundo
este autor, isto mostra que animais mais pesados apresentam carcaças mais compactas,
em conseqüência de um maior desenvolvimento dos seus tecidos moles, especialmente
adiposo e muscular, na fase em que já ocorreu desaceleração do tecido ósseo. As
maiores áreas de olho de lombo destes animais devem refletir exatamente esta situação.
Os animais tratados com as Calcareas mostraram tendência (P<0,10) a
apresentar uma maior espessura de gordura que os não tratados. O alto coeficiente de
variação (36,28%) observado para esta característica indica que fatores não controlados
interferiram na resposta, o que pode ter prejudicado a acurácia da análise, impedindo
que a diferença observada (cerca de 22,9%) fosse significativa.
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Tabela 4. Médias por quadrados mínimos do comprimento de carcaça (COMPCAR), da
área de olho lombo (AOL) e da espessura de gordura (ESPGORD) de bovinos cruzados,
de dois grupos genéticos, tratados ou não com Calcareas.
Tratamentos
AOL
COMPCAR
ESPGORD
(cm2 )
(m )
( mm )
Com Calcareas
64,22
1,28
4,12
Sem Calcareas
63,30
1,28
3,38
C.V. (%)
10,32
1,95
36,28
Os cortes comerciais da carcaça compreendem músculos, quantidades variáveis
de tecido adiposo e, em certos casos, ossos. As proporções estimadas de músculos (M),
ossos (O) e gordura (G) da carcaça em porcentagem do peso vivo e do peso da carcaça
são apresentadas na tabela 5.
Não foram observadas diferenças (P>0,05) entre os tratamentos quanto à
quantidade de músculo, osso e gordura da carcaça (tabela 5). Isto mostra que a
utilização das Calcareas não interferiu sobre a composição física final das carcaças
produzidas. Considerando-se este aspecto, a tendência observada de maior deposição de
gordura de cobertura quando da utilização das Calcareas (tabela 4) parece indicar uma
tendência do animal beneficiar este local de depósito de gordura, em detrimento da
deposição de gordura intra e inter muscular. Isto é importante quando se busca uma
carcaça com melhor cobertura de gordura e, ao mesmo tempo, uma carne menos
gordurosa.
Alves et al. (2004), trabalhando com bovinos ½ sangue Holandês x ½ sangue
Guzerá e ½ Holandês x ½ sangue Gir, observou proporções de músculo, gordura e osso
semelhantes às encontradas neste experimento. Já Peron et al. (1995) trabalhando com
animais Nelore, ½ sangue Holandês x ½ sangue Nelore , ½ sangue Chianina x ½ sangue
Nelore , ½ sangue Holandês x ½ sangue Gir e 1/4 sangue Holandês x 3/4 sangue Gir
obtiveram menores proporções de músculo em relação à carcaça (52,42 %), e maiores
ossos (19,50 %) e gordura (28,08 %). Estas diferenças podem ser explicadas pela maior
quantidade de ossos em raças grandes (como a Chianina) e à dieta mais rica em energia
fornecida aos animais naquele experimento.
Já Galvão et al. (1991), utilizando bovinos machos, não castrados, das raças
Nelore, F1 Nelore x Marchigiana e F1 Nelore x Limousin, observaram proporção de
15
músculos na carcaça dos animais Nelores próxima à deste experimento. A proporção de
ossos de todas as raças ficou um pouco abaixo do aqui observado (entre 14,71 % e
15,42 %). Por outro lado, a proporção de gordura aqui observada foi semelhante à dos
animais F1 Nelore x Marchigiana e dos F1 Nelore x Limousin e inferior à observada
nos Nelores.
Tabela 5. Médias por quadrados mínimos das porcentagens, em relação ao peso vivo e
ao peso de carcaça, da quantidade de músculos (M), de ossos (O) e de gordura (G) da
carcaça de bovinos cruzados, de dois grupos genéticos, tratados ou não com Calcareas.
Tratamentos
M
O
G
M
O
G
( % PV)
( % PV)
( % PV)
( % CARC)
(%CARC)
(% CARC)
Com Calcareas
32,73
9,60
13,9
58,42
17,15
24,85
Sem Calcareas
32,07
9,42
13,85
58,18
17,11
25,16
C.V. (%)
6,38
7,18
8,07
4,42
7,23
8,94
Na tabela 6 são apresentadas as médias de gorduras visceral, cavitária, interna
total e total como porcentagens do peso vivo, e de gorduras interna e da carcaça
expressas como porcentagem da gordura total.
Observou-se menos (P<0,05) gordura visceral e cavitária nos animais tratados
com Calcareas em relação àqueles não tratados. Como conseqüência, o total de gordura
interna também foi significativamente menor (P<0,05) nos animais tratados com
Calcareas.
Já a gordura total do corpo animal não variou significativamente entre os
tratamentos. Por outro lado, a porcentagem de gordura interna em relação à total foi
menor (P<0,05) e a de gordura da carcaça maior (P<0,05) no grupo dos animais tratados
com Calcareas.
Estes resultados sugerem um deslocamento do sítio de deposição de gordura
interna para a carcaça nos bovinos tratados com Calcareas, sem que se observe, no
entanto, aumento da quantidade total de gordura corporal, o que aumentaria a demanda
de energia para ganho.
Uma vez que não se observo u aumento significativo do total de gordura
depositada na carcaça (tabela 5), pode-se sugerir que o deslocamento do sítio de
16
deposição tendeu a beneficiar exclusivamente os depósitos subcutâneos de gordura
(Tabela 4) ao mesmo tempo em que reduziu os depósitos intra e intermuscular.
A menor deposição de gordura interna, pode ainda explicar, em parte, o menor
peso das vísceras e órgãos (tabela 3) observados em animais tratados com as Calcareas.
Fernandes (2001) observou que, do total de gordura corporal, os animais de
origem leiteira tendem a depositar maior percentual na forma de gordura visceral, ao
contrário dos animais oriundos de seleções para corte. Neste contexto, o tratamento com
as Calcareas induziu uma resposta fisiológica semelhante àquela observada em grupos
genéticos que têm origem em raças tradicionalmente selecionadas para corte.
Tabela 6. Médias por quadrados mínimos, expressas em porcentagem do peso vivo, da
gordura visceral total (GVIT), da gordura cavitária (GCAVT), da gordura interna total
(GINT), e da gordura total (GT); e médias por quadrados mínimos da gordura interna
total (GINPT) e da gordura da carcaça (GCARPT), expressas em porcentagem da
gordura total, de bovinos cruzados, de dois grupos genéticos, tratados ou não com
Calcareas.
Tratamentos
GVIT
GCAVT
GINT
GT
GINPT
GCARPT
(%PV)
(%PV)
(%PV)
(%PV)
(%GT)
(%GT)
Com Calcáreas
1,42a
2,05a
3,47a
17,38ª
19,99a
80,01a
Sem Calcáreas
1,64b
2,24b
3,88b
17,73ª
21,87b
78,13b
C.V. (%)
17,78
12,26
12,70
7,85
9,57
2,54
Médias na mesma coluna, seguidas por letras diferentes, diferem pelo teste de Tuckey ao nível de 5% de
significância.
6 – CONCLUSÕES
Ambos os grupos genéticos reagiram de forma semelhante ao tratamento com
Calcareas.
O tratamento com as Calcareas mostrou tendência a melhorar o rendimento de
carcaça dos animais, na medida em que reduziu os tamanhos de órgãos e vísceras dos
mesmos.
17
O tratamento alterou os sítios de depósitos de gordura no corpo animal,
deslocando depósitos de gordura interna para a carcaça, tendendo a priorizar os
depósitos de gordura subcutânea nesta.
Novas pesquisas são necessárias para se validar os resultados aqui observados,
bem como para que se avalie a resposta à utilização de Calcareas em animais de outros
grupos genéticos, planos nutricionais, estágio fisiológico e sexo. Sugere-se ainda,
nessas novas pesquisas, a inclusão da avaliação das características organolépticas da
carne.
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Utilização de uma mistura de Calcarea