ARQUITETURA COMO LINGUAGEM
Monica Pernambuco Costa
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A expressão linguagem arquitetônica se refere ao
conjunto de elementos que dão à composiçao
arquitetonica, enquanto expressão artistica e
manifestação da vontade humana, um certo
ordenamento sistático, morfológico e semântico. Os
arquitetos não pretendem com sua obra passar
"mensagens" concretas, traduzíveis em palavras,
através do domínio da gramatica e da sintaxe das
formas e do espaço, mas do contrário, transmitir ao
usuário da arquitetura uma determinada experiência
abstrata.
VISÃO GERAL
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O domínio da linguagem arquitetônica envolve o
reconhecimento
de
que
a
composição
arquitetônica surge a partir das relações formais,
sintáticas e pragmáticas dos elementos a serem
trabalhados e que diferentes formas de
organização das informações existentes busca
resultar em produtos adequados a uma dada
intenção. Dessa forma, o estudo desta linguagem
confunde-se com os postulados teóricos da teoria
da gestalt, mas não se limitam a ela.
VISÃO GERAL
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Portanto, a linguagem arquitetônica de uma
determinada obra de arquitetura se dá pela relação
entre seus elementos e o todo, de acordo com o partido
tomado pelo arquiteto e compondo, através da relação
entre as partes e o todo, uma unidade estética.
Eventualmente a palavra é confundida com a
expressão estilo, embora do ponto de vista teórico, o
estilo se refere a uma determinada classificação (em
geral histórica) sobre a produção arquitetônica de um
povo ou período: normalmente está associado ao
estabelecimento de regras de composição e projeto. A
linguagem, por outro lado, se refere simplesmente ao
uso dos elementos arquitetônicos com o fim de se
chegar à composição, seja ela qual for.
VISÃO GERAL
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A linguagem arquitetônica também transcende a
questão do belo, por si só: não se pretende a
beleza como simples juízo de valor, mas como
experiência estética que gere uma certa fruição.
Em geral, o correto domínio dos elementos,
através do controle de suas várias relações,
resultará em obras "belas", mas ainda assim de
um ponto de vista relativo.
ESPAÇO
Como as questões relativas à linguaguem
aplicam-se aos diversos campos da expressão
humana, é preciso limitar campo de atuação da
linguagem da arquitetura. Para isso, é preciso
refletir sobre aquilo que a define por princípio,
pelo seu principal meio de expressão e de
trabalho.
 Este meio é o espaço. É no espaço (entendido em
toda a sua amplitude de significados, não só o
espaço cartesiano mas também o espaço social, o
espaço vivenciado pela experiência humana) que
a arquitetura efetivamente se manifesta e no
qual os seus elementos podem ser arranjados.
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A linguagem da arquitetura, portanto, é
sinteticamente o espaço. Os invólucros
formais que definem o espaço (as paredes de uma
construção, por exemplo), do ponto de vista da
linguagem, são considerados não um fim mas um
instrumento: as alterações que se fazem neles
têm como fim a alteração do espaço como ente a
ser percebido pelo homem. Um exemplo claro
deste raciocínio é a pintura de apenas uma entre
várias paredes de uma cor mais escura que as
outras, alterando a forma como um indivíduo
sentirá o tamanho a ser percorrido até chegar até
ela.
ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO
ARQUITETÔNICA
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Os seguintes elementos são os mais explorados como
meio de expressão da arquitetura:
Forma
Dimensão
Textura
Cor
Luz e Sombra
Os seguintes artifícios são utilizados como
instrumento de composição daqueles elementos:
Proporção
Ritmo
Repetição
Contraste e harmonia
FORMA
Forma é uma relação que permanece constante
mesmo que mudem os elementos aos quais ela se
aplica. Os triângulos podem ter vários tamanhos,
diversos ângulos internos etc., mas a
triangularidade
permanece
constante,
independente das características peculiares deste
ou daquele triângulo particular.
 Devido a esta generalização, há um aspecto
intelectual por trás da definição de forma. Todo
ato de perceber uma forma no mundo é um ato
intelectual de destacar um significado. A forma é
o oposto da indiferença, o avesso da
insignificância.
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TEXTURA
Áspera ou lisa, acolhedora ou espinhosa, a
textura é a característica das superfícies que
alude ao sentido do tato.
 A textura é a pele da comunicação visual, sendo a
qualidade determinante da sensualidade das
superfícies. É também uma determinante para
definir o material de que são feitas as figuras
presentes.
 Um piso de mármore, uma coluna de cedro, um
tecido de veludo azul, anéis de ouro reluzente, a
pele cálida e relaxada depois do amor, todos são
representados através de suas texturas.
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COR
É a mais emotiva das características das
superfícies. A cor tranqüiliza, agride, enleva ou
entristece. Cor é luz, tanto a luz vinda de uma
fonte luminosa quanto a luz que é refletida pelas
superfícies dos objetos.
 No primeiro caso, a cor resultante é chamada de
cor-luz. No segundo caso, é denominada de corpigmento. Todas as cores-luz podem ser obtidas
pela mistura de apenas três cores: o vermelho, o
verde e o azul. Estas três cores puras chamam-se
de cores primárias.
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É a mais emotiva das características das superfícies.
A cor tranqüiliza, agride, enleva ou entristece. Cor é
luz, tanto a luz vinda de uma fonte luminosa quanto a
luz que é refletida pelas superfícies dos objetos.
No primeiro caso, a cor resultante é chamada de corluz. No segundo caso, é denominada de corpigmento. Todas as cores-luz podem ser obtidas pela
mistura de apenas três cores: o vermelho, o verde e o
azul. Estas três cores puras chamam-se de cores
primárias.
A cor é composta de três dimensões: matiz,
saturação e brilho. Matiz diz respeito ao aspecto
cromático do fenômeno, isto é, matiz é como
denominamos as diferentes longitudes de onda
responsáveis pela nossa percepção da cor.
RITMO
É a tradução, em meio visual, da expectativa
produzida por uma repetição. O ritmo comporta
aspectos cognitivos devido à previsibilidade de
suas ocorrências.
 Podemos dizer que as primeiras civilizações, por
exemplo, se estabeleceram devido ao trabalho
realizado sobre os ritmo naturais. Assim ocorreu
com o Egito antigo. A previsibilidade dos períodos
de cheia do Nilo permitiu aos egípcios construir
uma sofisticado sistema de irrigação das terras
ribeirinhas, a qual foi a base material de sua
extraordinária cultura milenar.
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